Já se sabe que a fronteira terrestre com Espanha vai reabrir amanhã, dia 1 de maio. Depois de vários meses encerrada, houve setores da economia, do lado de que cá, que, inevitavelmente, se ressentem da falta dos clientes espanhóis. Que o digam os restaurantes de Elvas.
A Adega Regional, no centro histórico de Elvas, reabriu ao público no passado dia 19, mas sem a presença da clientela, sobretudo, de Badajoz, o negócio tem saído, de alguma maneira, prejudicado.
O proprietário do restaurante, João Tinoco, compara o atual momento com o primeiro confinamento, lembrando que, por esta altura, o número de casos diários de Covid-19 é muito inferior, pelo que não justifica que as fronteiras se mantenham encerradas. “No ano passado tínhamos muito mais casos ativos, no país, por dia, e tínhamos as fronteiras abertas. É lamentavelmente um prejuízo grande para nós empresários”, garante.
Em média, e tendo em conta o momento pré-pandemia, 60 por cento dos clientes que frequentam a Adega Regional, adianta João Tinoco, eram oriundos do outro lado da fronteira. “Há meses mais fortes que outros, mas ao fim de semana essa média subia”, revela, lembrando que a “estrutura” do restaurante está preparada, precisamente, para acolher os clientes quer do concelho de Elvas, do país, como os espanhóis.
Agora, o negócio vai correndo “dentro do esperado”, sem o movimento de outros tempos, tendo em conta também as restrições impostas pelo Governo e a Direção-Geral da Saúde, em termos de horários. “Sabíamos que não íamos trabalhar com muito movimento”, sendo que “as noites têm sido mais movimentadas que os almoços”, adianta João Tinoco. “Não é a ocupação desejada, mas a possível”, acrescenta.

Este empresário elvense assegura ainda que, do seu ponto de vista, as fronteiras já deviam ter sido reabertas, não só devido à falta dos clientes espanhóis, como pela própria liberdade de circulação que está impedida. “Era para estar aberta ontem já”, alega João Tinoco. “Espero que seja o mais breve possível, e ainda em maio”, diz ainda.
O proprietário da Adega Regional considera ainda que o Governo tem noção que é necessário reabrir as fronteiras, ainda que a situação afete, apenas, o interior do país. “Eles sabem bem o que se passa, mas isto afeta o interior do país, e não a capital e as outras grandes cidades. A economia do litoral é uma e a do interior é outra, que depende muito das fronteiras”, remata, dizendo ainda que não há outra alternativa senão esperar por melhores dias.
De recordar que os restaurantes podem volta a funcionar, sem limite de horários, já a partir de segunda-feira, dia 3 de maio, de acordo com o plano de desconfinamento do Governo.


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Um homem de 28 anos foi ontem, 29 de abril, detido pelo crime violência doméstica, no concelho de Ponte de Sor, pelo Comando Territorial de Portalegre da GNR, através do Núcleo Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) de Portalegre.
A restauração tem sido um dos setores mais afetados quer pela pandemia, quer pelo encerramento das fronteiras uma vez que grande parte dos clientes das localidades raianas são oriundos da Estremadura espanhola.
O Primeiro-Ministro, António Costa, confirmou esta quinta-feira, dia 29 de abril, a reabertura das fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha no próximo sábado, dia 1 de maio.
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O concelho de Elvas não regista hoje novos casos de Covid-19.
Nas últimas 24 horas, Portugal registou uma morte devido à pandemia e 470 novos casos de infeção. De ontem para hoje 545 pessoas recuperam da doença.
Os protocolos dos Acordos de Cooperação para a instalação dos Espaços de Teletrabalho/Coworking no Interior, nos municípios de Vendas Novas, Alvito e Alter do Chão, foram assinados, na passada terça-feira, dia 27 de abril, em Vendas Novas.
Campo Maior regista esta quinta-feira, 29 de abril, um novo caso de infeção por Covid-19, após 21 dias sem qualquer caso ativo.