Há cada vez mais portugueses a contratar seguros de saúde

São cada vez mais os portugueses, 31% mais precisamente, que têm um seguro de saúde. Este é considerado um bom complemento ao Serviço Nacional de Saúde, já que permite o acesso a cuidados de saúde privados.

Tal como em qualquer contratação de serviços, o consumidor deve ter toda a informação para que possa tomar as suas decisões de forma informada e ponderada, sabendo concreta e rigorosamente que serviços está a contratar com a escolha desse seguro de saúde.

À DECO chegam frequentemente dúvidas e pedidos de esclarecimento de consumidores que, querendo contratar um seguro de saúde, acabam por assinar um plano de saúde sem terem a noção clara das diferenças entre ambos.

Na verdade, um plano de saúde não é um contrato de seguro, não estando sujeito às mesmas regras legais de um contrato de seguro, nem à supervisão da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

De acordo com a ASF, o plano de saúde é um produto que funciona dentro de uma rede de prestadores e que permite ao cliente aceder a um conjunto de serviços de saúde a um valor mais reduzido, não havendo a assunção de risco por parte da entidade gestora do plano. Assemelha-se a um cartão de descontos que permite aceder a um conjunto de serviços de saúde a um valor mais reduzido e que vai variar em função do prestador selecionado.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:

Roda Gigante e nova iluminação do Santuário: as novidades da edição deste ano da Feira de São Mateus

É já esta sexta-feira, 19 de setembro, que o Parque da Piedade, em Elvas, se volta a encher de vida e cor, para mais uma Feira de São Mateus e as Festas em honra do Senhor Jesus da Piedade.

Esta, que é considerada a maior romaria de todo o Alentejo, organizada pela Confraria do Senhor Jesus da Piedade, tal como recorda o juiz Carlos Damião, tem o seu ponto alto na Procissão dos Pendões, marcada para este sábado, às 18 horas, com saída da Sé. 

“As festas religiosas são imponentes. A Procissão dos Pendões será presidida pelo senhor Arcebispo de Évora, mas depois teremos várias missas durante as festas em honra do Senhor Jesus da Piedade”, diz Carlos Damião. Ainda relativamente à Procissão dos Pendões, o juiz da confraria recorda que são sempre “milhares e milhares” de devotos que fazem questão de participar neste cortejo religioso, que chega a “atingir três quilómetros” de extensão. 

Na manhã deste sábado, no centro histórico de Elvas, as três bandas que participam na Procissão dos Pendões – a Banda 14 de Janeiro e as bandas filarmónicas de Sousel e Redondo – irão realizar as habituais arruadas.

Para além da componente mais religiosa, estas festas nunca deixam de lado a vertente profana, desde logo com a Expo São Mateus, promovida pela Câmara Municipal de Elvas. Por mais que a feira se inicie já esta sexta-feira, a iluminação decorativa do Parque da Piedade só será ligada amanhã, aquando da chegada da procissão ao recinto. “Como vem sendo habitual, quando o dia 20 é um sábado ou um domingo, damos oportunidade a todos os expositores de, no dia 19, mesmo sem iluminação decorativa, abrirem, para que façam mais algum dinheiro na feira”, revela Carlos Damião.   

Relativamente à feira em si, e dando conta que não há registo de grandes alterações face ao ano passado, o juiz destaca, enquanto novidades, a Roda Gigante e a nova iluminação do Santuário do Senhor Jesus da Piedade. Face ao ano passado, mantém-se “mais ou menos” o mesmo número de feirantes presentes. O tabuleiro superior do Parque da Piedade volta a estar ocupado por carrosséis, bares e stands de automóveis, enquanto os comerciantes de loiças e vestuário, sobretudo, voltam a marcar presença na parte de baixo do espaço.  

A entrevista completa a Carlos Damião sobre a Feira de São Mateus e as Festas em honra do Senhor Jesus da Piedade para ouvir no podcast abaixo:

Campo Maior: ruído é mote para exposição que o espaço.arte acolhe a partir deste sábado

O espaço.arte, em Campo Maior, abre amanhã, sábado, 20 de setembro, portas a uma nova exposição: “When the World is Full of Noise”, com curadoria de Orlando Franco.

A mostra, que reúne obras de pintura, desenho, escultura, fotografia e vídeo de 24 artistas, parte da ideia de que o ruído é inevitável e omnipresente, mas capaz de revelar camadas poéticas e sensíveis da experiência quotidiana.

Considerando que tem sido “fantástica” a mostra expositiva que tem dado vida ao espaço.arte, o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, garante que levar “qualidade” e diversidade à galeria municipal da vila, desde que foi inaugurada, tem sido a preocupação da autarquia. “A vereadora São Silveirinha e a equipa de cultura do município têm tido essa preocupação e, efetivamente, temos tido aqui uma regra própria para a gestão do espaço”, diz o autarca.

“Tem sido uma forma de trazermos mais um elemento cultural a Campo Maior e trazemos gente que, propositadamente, visita Campo Maior para visitar o nosso espaço.arte Acho que tem sido um trabalho muito bem executado. É continuarmos com este tipo de programação, sempre constante, onde temos entre três a quatro trabalhos expositivos em cada ano”, remata.

A exposição “When the World is Full of Noise”, que “entre gestos explosivos e detalhes mínimos, transforma o ruído em experiência e desperta os sentidos e a atenção para o espaço e o tempo que habitamos”, é inaugurada amanhã pelas 15 horas. Patente ao público até 7 de dezembro, a mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10 às 13 horas e entre as 14 e as 17 horas.

R.A.I.A. procura incentivar criação e investigação artística com base na identidade desta região fronteiriça

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, iniciativa de Luís Eduardo Graça (na imagem) e Nuno Franco Pires, é um dos projetos a votação à edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Elvas.

Trata-se de um projeto que tem em vista a criação e a investigação artística, tendo em conta a comunidade, a identidade e a cultura locais. Com a ambição de que venha a surgir, nesta zona da Raia, “um polo cultural mais ativo”, Luís Eduardo Graça explica que a ideia deste projeto partiu da necessidade de se aproveitar, do ponto de vista artístico e cultural, “a triangulação” entre Elvas, Campo Maior e Badajoz. “Devíamos aproveitar um bocadinho mais a vertente artística e cultural que estas localidades têm para oferecer e a R.A.I.A. pretende ser um espaço de encontro, de partilha e de reflexão do que é que o Alentejo, a raia ibérica, neste cruzamento de culturas desta fronteira física”, revela o responsável.

Nesse sentido, o objetivo é que os jovens de “vários pontos da Península Ibérica” se possam deslocar até Elvas para, e através de residências artísticas, explorar “o modo de vida, a cultura e os hábitos” das gentes do concelho, através de diferentes tipos de arte.   

Estas residências artísticas destinam-se a jovens estudantes ou que tenham, recentemente, concluído os seus estudos superiores, até aos 30 anos, de Portugal e Espanha, que pretendam explorar durante uma semana a comunidade local e transformar essa experiência num produto artístico ou de investigação. Numa primeira fase, o projeto contempla o desenvolvimento de três residências artísticas, em torno de três áreas distintas: música, desenho e literatura.

Assegurando que este é um projeto que, independentemente de vencer ou não o Orçamento Participativo, terá “pernas para andar”, Luís Eduardo Graça explica ainda para que servirá o valor de 11 mil euros que foi candidatado à iniciativa da Câmara Municipal de Elvas: “são três jovens que vêm para cá e esta verba serve para os acomodar, para os seus alojamentos, alimentação, para os seus transportes, para os materiais – para pintarem, para escreverem, para fazerem as suas artes –, como também para terem alguns workshops, durante essa semana, e um orientador, que tanto perceba de Elvas como da expressão que eles estão a estudar”.

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, a par de outros seis projetos, está a votação, até final deste mês, ao Orçamento Participativo (saber mais aqui).

A entrevista completa a Luís Eduardo Graça para no podcast abaixo:

CURPI deu início ao Ano Letivo 2025/2026 da Academia Sénior

A Academia Sénior da CURPI-IPSS de Campo Maior deu inicio ao ano letivo 2025/2026, com um momento de reencontro e de celebração entre os alunos.

Durante a tarde foram apresentados os trabalhos realizados no último ano letivo na forma de poesia, teatro e na atuação do coro e da tuna da Academia Sénior.

A Academia, que vai retomar as suas aulas no início do mês de outubro, tem disponíveis as disciplinas de Coro, em parceria com o Município, Conta-me como era, Pintura a óleo, Cidadania, Artes decorativas, Roda da Conversa, Costura, Aula de castanholas, Yoga/Meditação, Teatro e Aula da Flor, nas quais estão inscritos cerca de 30 alunos.

Para aqueles que ainda pretendem fazer a inscrição, devem dirigir-se à CURPI-IPSS para obter mais informações.

Estiveram presentes nesta cerimónia o presidente da câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, os vereadores Paulo Pinheiro e São Silveirinha e a presidente da CURPI-IPSS, Anselmina Caldeirão.

Laboratório de línguas para ajudar na inclusão de alunos estrangeiros a votos no Orçamento Participativo de Elvas

Com vista a dar um impulso ao trabalho que já vem a ser feito no Agrupamento de Escolas nº 2 de Elvas, ao nível da integração dos alunos estrangeiros, as professoras Helena Galvão e Célia Durão candidataram o projeto de um laboratório de línguas ao Orçamento Participativo da Câmara Municipal.

Dando a conhecer a ideia que está na base de “L@bLínguas – Aprender Português com Voz e Mundo”, Helena Galvão começa por explicar que a “aprendizagem do português é fundamental, é a pedra de toque para uma boa integração, para uma boa inclusão”. O projeto, adianta a docente, é destinado, não só aos alunos estrangeiros, mas também “aos alunos do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, em que a base é a edução inclusiva”, acrescenta.

A ideia do projeto, revela Célia Durão, surge de uma necessidade há já muito sentida no agrupamento, desde que as escolas de Santa Luzia começaram a receber “alunos e famílias estrangeiras, que não têm o português como língua materna e que sentem uma grande dificuldade em integrar-se na vida, não só da escola, mas da comunidade, devido à barreira da língua”. Nesse sentido, as professores consideraram que o Orçamento Participativo seria “uma excelente oportunidade para criar um espaço destinado ao desenvolvimento de competências linguísticas”.

A candidatura ao Orçamento Participativo, com um orçamento de 5.892 euros, tem como objetivo a aquisição do material necessário para equipar uma sala, atualmente dedicada à disciplina de Português Língua Não Materna, que irá dar lugar a este laboratório. Tablets, livros, jogos didáticos e globos interativos são apenas alguns dos instrumentos necessários.  

Com diferentes recursos tecnológicos, o projeto prevê a possibilidade de um “desenvolvimento autónomo da língua”. “Sentindo dificuldades numa determinada área da língua, podem dirigir-se ao laboratório e realizar tarefas e fazer um percurso autónomo, com feedback imediato, porque há essa possibilidade graças ao digital”, explica ainda Célia Durão.

“L@bLínguas – Aprender Português com Voz e Mundo” é uma das sete propostas a votação, até final deste mês de setembro, ao Orçamento Participativo da Câmara de Elvas (saber mais aqui).

A entrevista completa para ouvir no podcast abaixo:

Alandroal aposta na inovação turística com projeto de Inteligência Artificial

O Município de Alandroal viu aprovada mais uma candidatura no âmbito do programa ALENTEJO 2030, com o projeto “Alandroal Turismo IA – Programa de Digitalização e Inteligência Artificial dos Centros Interpretativos e Centros de Acolhimento ao Visitante”. Com um investimento global de 372 mil euros, o projeto conta com uma comparticipação FEDER de 150 mil euros.

Esta iniciativa visa modernizar e enriquecer a experiência turística no concelho através da produção de conteúdos, aquisição de equipamentos, cenografia e desenvolvimento de aplicações informáticas e multimédia. Os beneficiários diretos incluem os Centros Interpretativos da Fortaleza de Juromenha e da Casa do Castelo de Alandroal, bem como o Centro de Acolhimento Turístico de Juromenha, conforme referiu à Rádio ELVAS o presidente do Município, João Grilo: “procuramos uma interação com o visitante para que o turista sinta que faz parte da experiência e tenha um contacto mais aprofundado com o Concelho do Alandroal. A Primeira intervenção foi na entrada da Fortaleza de Juromenha. Estamos a criar polos que estamos a ultimar, como o centro interpretativo do Castelo de Alandroal, o antigo Posto da Guarda Fiscal, o Centro acolhimento em Terena, a Academia da cozinhas do Rio, no Alandroal, com uma componente do Alqueva mais inovadora. Já que estamos a criar agora, vamos incluir o máximo de inteligência artificial possível, para termos tecnologia de ponta disponível no apoio ao Turismo”.

Uma das grandes apostas do projeto é a criação de um portal e uma aplicação baseada em Inteligência Artificial, capazes de personalizar experiências, otimizar estadias e elevar a qualidade da oferta turística. Segundo João Grilo, a ideia é consolidar o que já está a ser desenvolvido e estruturar um conjunto de produtos que posicionem Alandroal como um destino turístico de excelência.

Através da integração entre produtos turísticos, redes de visitação e tecnologias inteligentes, o município pretende promover uma abordagem mais sustentável, reduzindo impactos ambientais e sociais, melhorando a gestão de recursos e incentivando práticas responsáveis. A IA será também uma ferramenta para minimizar desperdícios durante as viagens, tornando o turismo mais eficiente e consciente.

Está já prevista uma segunda fase do projeto, que irá abranger o Centro de Acolhimento Turístico de Terena, o Centro Interpretativo do Castelo de Terena e o Centro de Artes e Ofícios de Alandroal, ampliando o alcance da transformação digital no território.

Mitos sobre as certificações agrícolas em destaque no programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”

Na edição desta semana do programa “Agricert: do Alentejo para o Mundo”, o responsável de esquema e auditor da empresa, Manuel Antunes (na imagem), procura desfazer alguns dos mitos que existem em torno das certificações agrícolas.

No que toca, desde logo, aos custos associados a uma certificação, o responsável garante que esses custos deverão ser encarados como um investimento, até porque “o objetivo final de qualquer certificação é agregar valor a um produto que vai ser colocar no mercado”.    

Por outro lado, e se há quem pense que as certificações servem apenas para responder a exigências regulamentares, a verdade é que estas abrem mercados mais competitivos onde os preços são, naturalmente, mais apelativos.

Do ponto de vista do consumidor, há que ter em atenção que os produtos, nas prateleiras das superfícies comerciais, não são todos os iguais. Os sistemas de certificação propõem ao operador acrescentar valor aos produtos por via da sua produção e transformação, o que conduz a um produto diferenciado aos olhos do consumidor final. O que há a fazer “é identificar nos pontos de venda as certificações”.

O programa completo desta semana para ouvir no podcast abaixo:

Campo Maior: Calouste Gulbenkian renova financiamento para projeto de apoio domiciliário da Santa Casa

A Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior viu, recentemente, renovado o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian para dar continuidade ao projeto com o qual tem vindo, ao longo dos últimos anos, a prestar apoio domiciliário aos idosos da vila.

“Vamos ter mais dois anos de intervenção com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, o que significa que vamos dar continuidade àquilo que foi feito no âmbito do projeto já financiado. Dirige-se, fundamentalmente, às pessoas que ainda estão em casa e permite promover a ocupação das pessoas e o apoio psicossocial e de psicomotricidade no domicílio”, revela Rosália Guerra, uma das responsáveis da instituição.

A ser retomado em outubro, o projeto até então designado de “My Sad” passa a contar com algumas novidades, “nomeadamente, equipamentos digitais que permitam que as pessoas possam ter alguma monitorização e acompanhamento nas suas casas, a partir de um dispositivo móvel”. Esse dispositivo móvel não é mais que um relógio, “que permite fazer a monitorização de sinais vitais” e de manter o idoso “ligado a um cuidador”.

O projeto passa também a contar com uma “plataforma de ocupação, por via digital, que permite que as pessoas possam fazer atividades de estimulação cognitiva, adaptadas às suas capacidades”.  

Até então, com “My Sad”, a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior tem vindo a prestar apoio, ao domicílio, a mais de 30 idosos.

“Ambiente em FM”: Quercus apela à regeneração urgente do território após um dos piores anos de incêndios

Este ano, até 31 de agosto, na sequência de mais de sete mil incêndios registados, arderam em Portugal mais de 254 mil hectares, de acordo com o 5.º relatório provisório de incêndios rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). É o quarto pior valor desde 1996.

Perante esta realidade, a Quercus lança um apelo urgente à regeneração do território, dizendo que é “tempo de inverter a trajetória da destruição e apostar na regeneração” e que “o futuro das nossas florestas depende de um financiamento justo a quem cuida do território e de um compromisso coletivo para criar paisagens seguras e resilientes”.

Nesse sentido, a Quercus tem vários projetos em marcha, como “Criar Bosques”, iniciado em 2008, e que mobiliza voluntários e empresas para plantar espécies autóctones em todo o país. Outro dos projetos é o “Floresta Comum” que, desde 2012, disponibiliza plantas para reflorestação. Já o projeto “Aldeias SuberProtegidas”, desde 2023, tem vindo a criar faixas de proteção com sobreiros em redor de aldeias em risco.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, com José Janela, da Quercus. Para ouvir no podcast abaixo: