O Município de Campo Maior voltou a aderir à “Semana Europeia de Prevenção de Resíduos”, que decorre até 30 de novembro, este ano sob o tema Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos” (REEE).
REEE é a sigla para Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos, que são todos os aparelhos que usam eletricidade ou baterias e que constituem resíduo porque foram descartados, incluindo todos os seus componentes, subconjuntos e consumíveis. Incluem-se, desde grandes eletrodomésticos (como frigoríficos), até equipamentos informáticos (computadores e telemóveis), e pequenos aparelhos (como torradeiras e ferros de engomar, por exemplo).
A Trimagisto apresenta no Cine-Teatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, esta quinta e sexta-feira, dias 27 e 28 de novembro, “IA ou a Memória Futura…”, um espetáculo singular que propõe um teatro sem atores humanos, sem presença física em cena, onde a dramaturgia é inteiramente construída através de hologramas, vozes sintéticas e presenças digitais.
“É um espetáculo de teatro que não tem corpos humanos, sem atores. É essa a provocação deste espetáculo. É essa a minha ideia quando o imaginei criar”, começa por explicar o encenador Nuno Coelho. “Se a Inteligência Artificial hoje é uma realidade, se ela nos substitui em tantas coisas, será que nos pode substituir na arte? Foi o ponto de partida para criar este espetáculo. Essa é a minha reflexão, o meu objetivo”, adianta.
Neste espetáculo procura-se partilhar a ideia de que “não vale a pena fugirmos da inteligência artificial”, até porque ela “já é parte da nossa realidade: está presente no que fazemos, no que criamos e no modo como vivemos”. Nuno Coelho defende até que será mais produtivo colocar a IA ao serviço da imaginação e do pensamento do que temê-la ou evitá-la.
“A inteligência artificial fascina-me profundamente como ferramenta criativa. Neste trabalho foi uma grande aliada, abriu caminhos e permitiu-me explorar possibilidades que, de outra forma, talvez não fossem acessíveis. Mas, ao mesmo tempo, ela também me assusta. Há zonas que não controlo, questões que ultrapassam a nossa compreensão imediata enquanto humanos. E é nesse espaço entre o fascínio e o receio que nasce este espetáculo”, revela o encenador.
Confidenciado que o “IA ou a Memória Futura…” não tem uma mensagem, Nuno Coelho explica que o espetáculo é, acima de tudo, uma “proposta de reflexão”. “A forma que escolhi foi a de uma conferência de inteligências artificiais para inteligências artificiais. São elas que tomam a palavra. São elas que revisitam a própria história: como surgiram, como foram criadas, que desejos humanos lhes deram origem. Ao longo da conferência, essas IA’s discutem-nos a nós — os seus criadores — e investigam o nosso antigo sonho de gerar outra inteligência, outro tipo de ser. Esse impulso acompanha-nos há séculos; não é novo, não pertence apenas à era digital. Já na Grécia Antiga se imaginavam seres artificiais, criaturas capazes de pensar e agir. O espetáculo percorre esse fio histórico e simbólico, desde as primeiras inquietações humanas até às tecnologias que hoje nos acompanham diariamente”, refere.
Amanhã, quinta-feira, ainda antes da primeira apresentação do espetáculo, realiza-se uma conferência sobre o tema na biblioteca Almeida Faria. “Durante o processo de criação deste espetáculo, percebemos que o teatro, para além de ser um espaço artístico, é também um lugar privilegiado para refletirmos sobre as questões que nos inquietam enquanto sociedade. E, neste momento, a inteligência artificial é uma dessas inquietações centrais. Por isso, surgiu a pergunta: por que razão havemos de refletir apenas nós, artistas e criadores envolvidos no espetáculo? Porque não alargar este diálogo à comunidade? Foi assim que nasceu a ideia de organizar uma conferência paralela, aberta a académicos, profissionais de diferentes áreas e ao público em geral, para pensar a inteligência artificial nos seus vários impactos: na educação, no empreendedorismo, na arte e na vida quotidiana”, explica ainda o responsável.
Esta conferência, com início às 9h30, terá uma primeira parte dedicada ao universo empresarial, com destaque para os financiamentos e ferramentas disponíveis para a implementação de IA nos processos de trabalho. “Encerramos esta primeira parte com a participação de professores do IGPT e da Universidade de Évora, que abordarão temas essenciais como a ética e as relações entre IA, educação e cidadania”.
Durante a tarde, o tema central será a arte. “Convidámos artistas que já trabalharam com inteligência artificial para partilharem as suas experiências: de que forma a tecnologia os ajudou, quais os desafios, que possibilidades futuras se abrem. No final, reunimos os agentes culturais de Montemor — as Oficinas do Convento, o Espaço do Tempo, o Projeto Ruínas — para um debate informal sobre o que a IA representa para nós, artistas: os medos, os potenciais, as dúvidas e as oportunidades”, remata Nuno Coelho.
Os Punishers (Chapter 3) voltam a unir-se à Associação Desportiva IALBAX para, no próximo domingo, dia 30, assinalar o “Novembro Azul”, mês de consciencialização para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da próstata, com a organização de várias atividades, em Elvas.
À semelhança do que já tinha acontecido no ano passado, o evento conta com uma caminhada, um passeio de motos e um almoço-convívio. “O objetivo é angariar uma verba que reverte na íntegra a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro e, claro, consciencializar o homem no aspecto do cancro da próstata”, começa por referir o presidente do Chapter 3 dos Punishers, Carlos Vaz (na imagem), que recorda o evento realizado no ano passado como um “enorme sucesso”.
O passeio motard tem concentração marcada para as 9 horas, na Praça D. Sancho II, para saída dos participantes meia hora mais tarde. Prometendo um passeio diferente, face ao ano passado, o percurso será feito, desta vez, não só pelo concelho, mas também fora dele, com o pequeno-almoço a ser servido na “casa-mãe” dos Punishers. Este passeio é aberto a todo o tipo de moto, independentemente da cilindrada.
Já a caminhada, da responsabilidade da IALBAX, tem concentração marcada para as 9h30, também na Praça D. Sancho II, para se iniciar às 10 horas. Com um percurso “acessível a todas as faixas etárias”, Carlos Vaz garante que este é, acima de tudo, um evento “muito familiar”, sempre tendo por base o “espírito solidário” da população. Ambas as iniciativas culminam com um almoço-convívio a ser servido no Centro de Negócios Transfronteiriço de Elvas, a partir das 13 horas.
As inscrições, que se vão manter abertas até ao próprio dia do evento, têm um custo de cinco euros, tanto para a caminhada (com direito a t-shirt, peça de fruta e água), como para o passeio motorizado (com direito a t-shirt e “bucha”). Quem quiser também participar no almoço paga mais cinco euros.
A inscrição é feita aqui. O valor da inscrição é pago através de transferência bancária, para o IBAN da Liga Portuguesa Contra o Cancro (PT50 0018 0000 0544 2679 0015 6). Feita a transferência, o comprovativo deve ser remetido para o email novembroazulelvasg3@gmail.com. Para mais informações, a organização tem disponíveis o contacto 966 668 272 e o email saradores@sapo.pt.
A entrevista completa a Carlos Vaz para ouvir no podcast abaixo:
Através de um Passaporte Turístico, o Município de Campo Maior tem vindo a procurar valorizar e dinamizar os principais pontos de interesse turístico do concelho, convidando residentes e visitantes a conhecer de forma integrada o seu património cultural.
Este passaporte poderá ser obtido e carimbado em cada um dos espaços que integram este roteiro, funcionando como registo da visita efetuada. Após a conclusão do percurso e a recolha da totalidade dos carimbos, os participantes receberão um certificado simbólico emitido pela autarquia, em reconhecimento do seu interesse e empenho na descoberta da identidade cultural campomaiorense.
De acordo com o presidente da Câmara, Luís Rosinha, o objetivo é levar aqueles que visitam Campo Maior a passarem não só por um ou dois, mas por todos os espaços museológicos da vila. “É também uma forma de animar aqueles que nos visitam. Assim que tenham o passaporte concluído, levam uma lembrança de Campo Maior”, acrescenta.
A verdade é que a oferta museológica de Campo Maior é vasta. “Temos a questão mais cultural, mais tradicional, do ponto de vista daquilo que é o Museu Aberto e a Casa das Flores, mas também temos uma das poucas Capela dos Ossos deste país e um património religioso significativo, do ponto de vista até da Casa-Museu Santa Beatriz, ou até mesmo aquilo que é uma das nossas essências, que tem a ver com o Palácio Visconde d’Olivã, onde temos o nosso museu direcionado à questão do azeite e da azeitona”, recorda o autarca.
O Município de Campo Maior reforça, desta forma, a sua estratégia de promoção turística e cultural, incentivando a participação da comunidade e proporcionando aos visitantes uma experiência diferenciadora, que alia o carácter lúdico à valorização da memória coletiva e das tradições locais.
Nenhum apostador acertou na chave vencedora do sorteio de ontem, 25 de novembro, do Euromilhões. Na sexta-feira, estará em jogo um jackpot no valor de 178 milhões de euros.
Não houve segundos prémios atribuídos, sendo que para Portugal veio um terceiro prémio, num total de 13 vencedores, de 74,451.38 euros. O quarto prémio, de 782,33 euros, foi conquistado por 73 jogadores, três deles com aposta registada em território nacional.
A chave vencedora do sorteio de ontem era composta pelos números 6, 11, 17, 35 e 44 e as estrelas 3 e 7.
Inácio Esperança, reeleito presidente da Câmara de Vila Viçosa nas últimas autárquicas, não tem dúvidas de que este será o seu mandato “mais desafiante”, dizendo que poderá ser mesmo o último.
O autarca revela que, até 2029, a prioridade do município será dar cumprimento ao quadro comunitário e às 14 candidaturas aprovadas a fundos europeus. A intenção é também executar projetos que foram delineados durante os últimos quatro anos: “vamos concretizar os projetos que desenhámos no primeiro mandato, terminar as obras que começámos e começar novas”. São “cerca de 20 projetos” que a autarquia irá tentar executar ao longo do mandato, incluindo “a construção do novo edifício municipal, a variante a Bencatel e o quartel da GNR”.
Muito em breve, adianta o autarca, terá início a obra de construção de uma Incubadora de Base Não Tecnológica em Vila Viçosa, que contará com “14 alvéolos para gabinetes, para instalação de empresas, para além da incubação virtual”. “Temos uma parceria com a Startup Portugal e com o PACT (Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia) do Alentejo e vamos iniciar uma nova fase de desenvolvimento económico e de apoio aos empresários, aos investidores e aos jovens que queiram formar a sua empresa no nosso concelho”, acrescenta.
“É o mandato mais desafiante que vou ter, provavelmente, porque se calhar também será o último. Não sei ainda, não sei se me vou recandidatar mais, mas enquanto o primeiro foi um de preparação, este é claramente um mandato de execução”, remata o autarca.
Alcáçovas, no concelho de Viana do Alentejo, volta a acolher, de 5 a 8 de dezembro, um dos principais eventos do calendário de inverno da região: a tradicional Mostra de Doçaria, já na sua 24ª edição.
“A Mostra de Doçaria em Alcáçovas pretende divulgar e preservar a doçaria tradicional, com um foco especial para a doçaria conventual e palaciana. Ao mesmo tempo, também pretende valorizar o saber-fazer e os conhecimentos passados de geração em geração, pelas doceiras”, começa por dizer o presidente da Câmara de Viana do Alentejo, Luís Metrogos.
Assegurando que o certame tem um “impacto bastante positivo”, seja a nível económico, seja a nível cultural, o autarca lembra que os principais “cartões de visita” da mostra são o Bolo Conde de Alcáçovas, o Bolo Real, as Sardinhas Albardadas e os Amores de Viana. Para além da venda destes doces no local, “desenvolvem-se contactos a nível profissional, que mais tarde dão, certamente, origem à concretização de outros negócios”.
Por outro lado, Luís Metrogos destaca a questão do turismo. “A restauração e o alojamento local têm, nestes dias, sempre uma maior procura e, naturalmente, o município pretende, à semelhança dos outros eventos, apoiar todos os seus agentes económicos a desenvolver e manter os seus negócios”.
Quanto aos expositores, o autarca revela que se mantém o mesmo número das últimas edições do evento. “Teremos 20 expositores de vários pontos do país e aproveito esta oportunidade para lhes agradecer a presença, porque são eles que contribuem para a qualidade da Mostra de Doçaria. Queremos muito que, este ano, com algumas alterações nas condições, possam melhorar a disponibilidade dos seus produtos e que consigam, com isso, também aumentar as suas vendas”, acrescenta.
Esta 24ª edição da Mostra de Doçaria vai contar com sessões de showcooking, espetáculos de cante alentejano, ateliers para os mais novos, os concertos de Sandra Lopes, Teresinha Landeiro e Soul Gospel Project e ainda atividades para assinalar o 10º aniversário da classificação do Fabrico de Chocalhos como Património Cultural e Imaterial da Humanidade, com necessidade de salvaguarda urgente pela UNESCO.
O certame, que decorre no Largo da Gamita, em Alcáçovas, com entrada livre, pode ser visitado no dia 5, a partir das 19 horas, e nos dias 6, 7 e 8, a partir do meio-dia. A Mostra de Doçaria encerra à meia-noite, com exceção do último dia, em que fecha as portas às 18 horas.
O montado de sobro é hoje mais do que um ecossistema emblemático do Alentejo e de Portugal: é também fonte de inspiração artística e consciência ambiental.
No “Ambiente em FM” desta semana, José Janela, da Quercus, destaca o projeto “Histórias à sombra do Montado”, uma iniciativa da Ronha – Associação Cultural, com apoio do programa Odemira Criativa.
Cinco escritores e quatro artistas visuais criaram histórias em banda desenhada que celebram o montado, sublinhando a sua importância para o território, a cultura e os ciclos naturais. Já na terceira edição, esta proposta mostra como a arte pode ser uma poderosa aliada na valorização e proteção da paisagem.
O programa “Ambiente em FM” desta semana para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo:
Uma vez mais, a Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Expectação, em Campo Maior, e num complemento ao apoio prestado pela Câmara Municipal, procura ajudar os estudantes do Ensino Superior, com a atribuição de um conjunto de bolsas de estudo. Em causa está um valor na ordem dos mil euros.
Lembrando que o Município tem vindo a aumentar o número de bolsas que atribui, anualmente, algo que considera “muito positivo”, o presidente da junta, Hugo Milton, explica que o objetivo é que entre as duas entidades não se deixe ninguém de fora.
“É necessário que haja uma candidatura. A Câmara, inicialmente, faz a seleção das candidaturas. Nós depois, com as candidaturas feitas, vamos ver que nomes lá temos. Aqueles que se repitam em relação ao município irão ficar excluídos da nossa parte, porque já têm o apoio do município. Tentamos ali que as coisas funcionem e que todos saiam beneficiados”, assegura Hugo Milton.
Dizendo que a prioridade são os alunos de licenciatura, mas no caso de “não haver candidaturas suficientes” e de surgirem candidaturas de alunos de mestrado, a junta de freguesia não nega esse apoio. Hugo Milton adianta que, habitualmente, a junta atribui dez bolsas de estudo. “Por vezes chegamos às 11 ou 12 bolsas, mas aí teremos que fazer um ajuste, que pode ou não ser aceite por todos, mas normalmente sim”, garante.
Os interessados em candidatar-se a este apoio têm até final desta semana para o fazer. Para isso, basta dirigirem-se à Junta de Freguesia da Expectação e preencherem um formulário, que foi recentemente atualizado. “Têm de apresentar também alguns papéis – que o nosso país é todo ele de papéis – e nós aqui não fazemos exceção, mas pronto, basta ir à junta de freguesia e os nossos profissionais darão o melhor seguimento”, remata Hugo Milton.
As bolsas de estudo são apenas um dos assuntos abordados numa entrevista a Hugo Milton sobre o início de um novo mandato à frente dos destinos da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Expectação, que disponibilizamos, na íntegra, no podcast abaixo:
Foi aprovado o projeto EcoChain – Cadeias de Valor para a Descarbonização, com início a 1 de novembro de 2025 e término a 31 de outubro de 2027. A iniciativa é liderada pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e conta com a participação do Instituto Politécnico de Portalegre, cujo investigador responsável é Paulo Brito.
O projeto visa apoiar PME dos setores agrícola, alimentar, das bebidas e químico das regiões Norte, Centro e Alentejo na transição para modelos produtivos mais sustentáveis e de baixo carbono. Através de estudos técnico-ambientais, transferência de tecnologia, demonstrações práticas e capacitação, o EcoChain promove a valorização de resíduos, a adoção de soluções circulares e o fortalecimento da competitividade empresarial.
Estruturado em cinco domínios de ação, o projeto abrange diagnóstico ambiental, mobilização empresarial, transferência tecnológica, disseminação de boas práticas e comunicação de resultados. Entre as tecnologias em foco estão a digestão anaeróbia, gaseificação, integração de energias renováveis e valorização de resíduos.
Alinhado com o Plano Nacional Energia e Clima 2030 e o Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050, o EcoChain é financiado pelo FEDER, no âmbito do Programa COMPETE2030 – Inovação e Transição Digital, com um investimento total de 397.544,33 €, dos quais 159.022,54 € correspondem ao Politécnico de Portalegre.