O fornecimento para a campanha de rega de 2016 não vai ser prejudicado pela seca de sequeiro que se tem vivido nesta região do Alto Alentejo, segundo o engenheiro Aristides Chinita (na foto ao lado), gestor da Associação de Beneficiários do Caia.
Aristides Chinita revela na edição de hoje, terça-feira dia 20, da À Conversa Com, quais as implicações que a situação de seca de sequeiro que se tem vivido na região.
Este ano, concretamente, houve seca; não em regadio, mas em sequeiro. Isto porque, comparando com o ano anterior, em que praticamente choveu três vezes do que este ano, analisando um pouco mais exaustivamente a situação, verificamos que o outono/inverno do ano 2013/14 choveu exatamente o mesmo que no ano 2014/15. A diferença é que no período de janeiro a setembro, no ano 2014 choveram à volta de 400 milímetros, e no ano corrente choveu só 140, ou seja, praticamente metade, começa por revelar Aristides Chinita.
O engenheiro garante: isto, como é evidente, afetou mais ou menos seriamente só a zona de sequeiro, tanto em pecuária como em cereais, na medida em que o regadio com as reservas hídricas acumuladas na albufeira do Caia, não se fez ressentir essa seca.
O engenheiro garante que os agricultores beneficiados pela Associação de Beneficiários do Caia não têm que ter reservas quanto à campanha de rega de 2016: nós tivemos uma campanha normal, começámos com umas reservas hídricas na ordem dos 160 milhões, a campanha está terminada com 100 milhões, fizemos uma exportação de evaporação e perda de 60 milhões, o que quer dizer que na situação atual está garantida a campanha de rega sem rateios na campanha do ano 2016.
Esta é uma entrevista que repete hoje às 18 horas e amanhã às 6 da madrugada.