A diretiva comunitária relativa aos direitos dos consumidores entrou em vigor em Portugal há um ano. Na altura, a DECO previa menos direitos e maiores riscos para o consumidor. O diagnóstico confirma-se, como nos referiu Mara Constantino (na foto), jurista na delegação de Évora da DECO e convidada na edição de hoje da Conversa em Dia.
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Um ano depois da entrada em vigor da nova lei aplicável aos contratos celebrados fora do estabelecimento comercial e à distância, o consumidor português está menos protegido. Muitas empresas ainda não cumprem o estabelecido na lei e não adaptaram os contratos às novas regras. O que esta diretiva poderia ter melhorado em Portugal, não melhorou, e o que retirou aos consumidores deixou-os mais desprotegidos do que seria suposto, garante a jurista.
Mara Constantino revela que o problema é transversal a diferentes setores, do da energia ao das telecomunicações, abrangendo ainda a compra e venda e prestação de serviços nos contratos celebrados porta a porta e as compras online.
Contratos desajustados à nova legislação e incumprimento dos deveres de informação são alguns dos problemas verificados no momento em que se faz o balanço da entrada em vigor das novas regras, sublinhou.