A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, foi esta segunda-feira, 16 de dezembro, a Campo Maior, inaugurar a obra de ampliação do Lar Santa Beatriz, da Santa Casa da Misericórdia, que passa agora a dar resposta a mais dez utentes, num total de 65.
Esta obra resulta de um investimento de mais de 1,8 milhões de euros, em que o Município de Campo Maior assumiu a contrapartida pública nacional, no valor de mais de 270 mil euros.
Para o provedor da Santa Casa de Campo Maior, Luís Machado, que recorda as “vicissitudes” enfrentadas no processo, como a pandemia e a escassez de dinheiro, este é um dia “muito feliz” para a instituição e para a vila. Para além da ampliação, explica o provedor, foi levado a cabo uma intervenção que permitiu a reabilitação de um edifício que estava “decrépito”. “Esgotos, canalizações e eletricidade: nada funcionava e tudo isso foi revisto e feito de novo”.
À ministra, Luís Machado apresentou ainda algumas reivindicações, até porque o financiamento do Governo a este tipo de instituições continua a ser curto. “É a precariedade em que vivem este tipo de instituições. Entre o dinheiro que o Estado nos dá e o dinheiro das pessoas, sendo que no interior as reformas são baixíssimas, esse montante junto não chega para pagar o custo da mensalidade de um utente em lar ou centro de dia”, garante. Garantindo que a instituição não quer ganhar dinheiro, Luís Machado explia o objetivo é que a Santa Casa “viva dignamente” e sem ter de andar a “fugir de fornecedores”.
Também o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, aproveitou a oportunidade para pedir um maior apoio do Governo, lembrando que, em breve, a autarquia vai estar a candidatar o projeto da Unidade de Cuidados Continuados ao Plano de Recuperação e Resiliência. Com isto, a ministra levou da vila, diz o autarca, “um verdadeiro caderno de encargos”. “Mas acho que temos de tentar chegar aos nossos governantes e deixar a nota daquilo que é o sentimento real, daquilo que é o contacto real com as instituições que estão no terreno”,
Quanto à obra de ampliação do lar da Santa Casa, Rosinha recorda um processo “delicado”, sendo “que a operação teve de ser partida em dois, entre aquilo que foi a remodelação e a posterior eficiência energética do espaço”. “Mas hoje é um dia para festejar, para estarmos satisfeitos e pensarmos já naquilo que possa ser já o próximo objetivo, aquilo que possa vir a continuar a ser um trabalho social que temos feito junto de todas as IPSS”, acrescenta.
Já a ministra, questionada sobre o estudo levado a cabo pelo Governo sobre a componente da taxa social global, a chamada TSU, garante que o mesmo é “complexo”. “(Esta componente) há muito tempo que não é revista, julgo que há 13 anos, e deve ser revista com maior periodicidade. É o que vamos fazer, é só o que eu posso adiantar por agora”, disse ainda.