Contrastando com a realidade do Agrupamento nº 3 de Elvas, nem o Agrupamento nº1, nem o nº2 de Elvas, possuem qualquer desfibrilhador automático externo (DAE), fazendo parte dos 90% das escolas portuguesas que não detêm estes equipamentos que ajudam a salvar vidas.
Sem querer gravar declarações, a diretora do Agrupamento nº1, Paula Rondão, revelou que a informação que possui é de que seria o Ministério da Educação a dotar as escolas destes equipamentos, algo que, até ao momento, não aconteceu.
Já a diretora do Agrupamento nº2, Brígida Gonçalves, que revela que a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) chegou a fazer o levantamento das escolas que possuem ou não desfibrilhadores, explica que, até então, nenhum desses equipamentos chegou às escolas de Santa Luzia, sendo que o agrupamento não tem dinheiro para os adquirir. “Não temos verbas para comprar isso. Sabemos que é caro, que inclui uma avença mensal para a formação e nós estamos a aguardar, mas parece que as escolas secundárias estão à frente (na entrega de DAE pela DGEstE)”, revela.
Brígida Gonçalves explica ainda de que forma, em caso de uma paragem cardiorrespiratória no seio escolar, o Agrupamento nº2 atua: “teremos de chamar logo os bombeiros e seguir as indicações que o INEM nos der”.
Assegurando que seria importante que a DGEstE acelerasse o processo de distribuição de desfibrilhadores pelas escolas, Brígida Gonçalves adianta ainda que a direção do Agrupamento tem estado a “averiguar os valores”, para ver se consegue adquirir, pelo menos, um destes aparelhos.
De recordar que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no país, representando um terço do total de óbitos entre a população. Nos últimos anos, o acesso a desfibrilhadores ter aumentado, sendo que, neste momento, em todo o país, há mais de quatro mil espaços públicos com o equipamento.