A Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior candidatou-se a um programa financiado pela Fundação BPI La Caixa, uma candidatura inserida nos prémios BPI Rural.
Já no ano passado um projeto da instituição tinha sido aprovado. Estes prémios têm como objetivo que as instituições desenvolvam trabalhos, que reduzam o impacto da ruralidade, assente em várias vertentes, junto das crianças, dos idosos, no fundo, como revela Rosália Guerra, da instituição, “esta linha de intervenção prevê que o projeto incida sobre fatores da ruralidade, que colocam as pessoas em situação de desigualdade, por causa do isolamento social, ou pelas características da população mais envelhecida.”
O projeto apresentado pela Santa Casa de Campo Maior denomina-se de “Vamos falar de demência?”, e como explica Rosália Guerra foi “inspirado em algumas práticas internacionais com o objetivo de colocar a população em geral, e alguns grupos específicos, como crianças, adultos e médicos de família, a dialogar sobre as questões da demência”. Numa primeira fase o projeto assenta “numa conversa mais aberta sobre este tema, porque ainda há muito a fazer neste campo, sendo o grande objetivo está relacionado com a previsão de redução da incidência das demências vasculares”.
Este tipo de demências, explica Rosália, “são passíveis de prevenir, na prevenção dos fatores de risco, nomeadamente a hipertensão, obesidade, diabetes, hábitos tabágicos e estilo de vida, sobre os sinais de alerta, até porque esta demência ocupa um lugar cimeiro em Portugal, em termos percentuais, e temos que batalhar muito para diminuir este flagelo”.
O projeto envolve diversas parcerias e colaborações, que Rosália Guerra considera fundamentais: a Alzheimer Portugal, “a instituição cuja credibilidade nesta matéria está no expoente máximo, por outro lado foi estabelecido um protocolo de colaboração com o Agrupamento de Escolas de Campo Maior, uma vez que os alunos vão ser beneficiários deste projeto, também com a ULSNA foi estabelecida uma colaboração no sentido de envolver os médicos de família, que têm um papel fulcral, uma vez que são eles que falam com os doentes, nas suas consultas”.
A submissão do projeto foi feita recentemente, e aguarda-se a divulgação da sua aprovação. A ser aprovado o projeto “Vamos falar de demência?” da santa casa de Campo Maior, terá um prazo de execução de um ano.