O Parlamento aprovou uma proposta do PAN, que proíbe a prática do tiro ao voo de aves libertadas de cativeiro com o único propósito de servirem de alvo.
Por outro lado, foi criado um regime contraordenacional associado a esta prática.
Luís Villar Mayor, presidente do Clube de Tiro e Caça de Elvas, considera que esta medida “é um ataque cerrado ao mundo rural. O Clube de Tiro e Caça vai sentir algumas dificuldades, sem esta modalidade, uma vez que estavam previstas algumas provas para este ano, em Elvas, que já não se vão realizar. Mas não é só o clube que vai sair prejudicado mas sim toda a cidade. As provas que tinhamos previstas iriam trazer até Elvas centenas de pessoas que ficavam cá alojadas e comiam nos nossos restaurantes”.
Luís Villar Mayor refere que “o tiro aos pombos é uma modalidade com muita tradição e que tem mais praticantes que o tiro às hélices. Apesar de serem duas disciplinas completamente diferentes,m hoje em dia até há mais pessoas a atirar aos pombos. O tiro às hélices pratica-se há cerca de 20 anos e aos pombos, aqui em Elvas, atirávamos há mais de 100 anos”.
O presidente do Clube de Tiro e Caça não concorda com esta medida garantindo que também não é “praticante de pesca e não é por isso que vai contra os pescadores. Aliás, em não falo com ninguém que goste de ter os pombos a sujar os carros e as ruas. É pena que três ou quatro que não gostam da modalidade venham impedir que se pratique. A verdade é que nunca vi essas pessoas tratar dos animais. Em época de incêndios, quem trata dos animais são os caçadores e não essas pessoas que dizem coitadinhos dos animais”.
Tiro aos pombos passa a ser proibido, existindo coimas a aplicar que podem ir dos 200 aos 3.740 euros, no caso de pessoas singulares, e de 500 a 44.800 euros, no caso de pessoas colectivas.