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A Câmara Municipal de Elvas tem vindo a fazer uma aposta séria naquilo que, nos últimos anos, se tem revelado um dos problemas mais graves que Portugal enfrenta: o do acesso à habitação condigna.
Assegurando que, no decorrer do atual mandato, a autarquia terá em obra cerca de 300 fogos, o presidente Rondão Almeida garante que o município tem investido bastante nesta área, algo que deve, só por si, “orgulhar os elvenses”. “A Câmara de Elvas é uma das poucas deste país que decidiu investir bastante num dos problemas mais graves que a nossa sociedade tem e digo isto porque o problema da habitação está na agenda da Europa e de Portugal”, assegura.
Não tendo dúvidas de que o Município de Elvas tem sido “pioneiro” nesta área, Rondão Almeida lembra que a autarquia tem estado, desde 2021, a procurar, com oferta pública, dar resposta aos “preços extremamente elevados na aquisição de casa, no pagamento das prestações, quando se recorre a um banco, e também nos arrendamentos”.
A Câmara Municipal, adianta Rondão Almeida, fez um empréstimo por 20 anos, para a obra dos 60 fogos de rendas acessíveis, na Quinta dos Arcos, que prevê que estejam prontos entre agosto e setembro, “se o empreiteiro cumprir com os prazos”. Já a obra do prédio da Estrada de Santa Rita, com um total de dez apartamentos para rendas acessíveis, será, muito em breve, lançada novamente a concurso, por um valor superior (a rondar um milhão de euros). Está também para se iniciar, muito em breve, a empreitada de requalificação de 130 fogos no Bairro da Boa-Fé.
Rondão Almeida revela ainda que podem vir a ser construídos, futuramente, mais cem fogos, para rendas acessíveis, caso venha a ser reeleito presidente da Câmara já este ano. “Não me importa, rigorosamente nada, de chegar a determinada altura e ter que fazer mais um empréstimo para esses cem fogos, porque os cálculos que estão feitos, nos termos de uma renda acessível, o dinheiro da renda dá para amortizar o empréstimo”, garante. “Isto é que é uma gestão equilibrada, ou seja, sem se mexer naquilo que são os fundos próprios da autarquia, consegue-se resolver um problema de habitação, muito especialmente à classe média”, remata.