Está a chegar ao fim, na freguesia de São Vicente, a tradicional romaria em honra de Nossa Senhora da Ventosa, depois de dias de muita festa no campo.
Recordando que são já 30 anos desta romaria, que se faz de “muito convívio” entre gerações, o presidente da Junta de Freguesia, João Charruadas, explica que, desta vez, e para dar “outras condições” àquele espaço, junto à capela da Ventosa, foi construído um telheiro, que serviu para abrigar e proteger os romeiros da chuva e do vento.
“Temos a igreja arranjadinha e pintada, como fazemos todos os anos e temos o pessoal aqui acampado, a comer e a beber”, comenta, lembrando que o importante é que a tradição vá sempre sendo passada aos mais novos. Foi nesse sentido que também na sexta-feira, as crianças da escola de São Vicente passaram o dia naquele local.
João Charruadas lembra que, para passar estes seis dias no campo, as pessoas são obrigadas a levar quase que a casa às costas para o campo. “Temos aqui grandes condições, com tendas, roulottes, mesas, grelhadores, máquinas de café. Passamos aqui estes seis dias em condições”, assegura.
Quem, por estes dias, tem tratado das refeições de muitos daqueles que têm estado acampados na Ventosa é Joaquim Serpa. É assim desde que João Charruadas é presidente da junta, segundo conta, lembrando que foi precisamente ele, juntamente com outros dois amigos, fizeram nascer, há 30 anos, esta romaria. “Infelizmente, esses dois amigos já cá não estão, que era o senhor António Malhado, que foi presidente da junta, e o João Caiola. Fiquei eu cá, tanto que a missa do dia 1 é sempre rezada por eles”, diz ainda.
E para passar estes dias em pleno no campo, há quem tire férias do trabalho. É o caso de Andresa Garriapa, que explica o que significa para si esta tradição: “significa tudo, o espírito, o companheirismo que aqui existe, é comer, beber, divertirmo-nos; é assim que se passa aqui os dias”.
Sendo que se conhecem todos uns aos outros, José Passarinho diz que esta é uma romaria “muito alegre”, que já leva uns bons anos de tradição. Já o neto de José, Francisco Passarinho, lembra-se desde muito pequeno de rumar ao campo para passar dias em convívio com família e amigos.
De recordar que o dia mais importante da romaria é o feriado de 1 de maio, quando se realiza a tradicional procissão desde a igreja matriz de São Vicente até à capela da Ventosa. Nesse mesmo dia, a junta de freguesia oferece sempre o almoço a todos quantos compareçam.