Borrego em destaque nas ementas dos restaurantes de Vila Viçosa

A Semana do Borrego, inserida na iniciativa gastronómica “Vila Viçosa à Mesa”, decorre até amanhã, dia 1 de abril, nos cerca de 15 restaurantes aderentes.

Sendo a Páscoa uma época em que a população da região dá destaque ao borrego, nas suas mesas, o município de Vila Viçosa, como revela o vice-presidente, Tiago Salgueiro, pretende valorizar a gastronomia tradicional e também o património do concelho. “Vamos ter mais uma semana gastronómica, desta feita alusiva ao borrego, em 15 restaurantes do concelho, para valorizar a nossa gastronomia tradicional, uma vez que o borrego marca a gastronomia, no Alentejo, na Páscoa, que é uma altura propícia em Vila Viçosa, porque recebe sempre muitos visitantes, procuramos assim dinamizar a restauração e dar visibilidade ao território, através do seu património edificado”, refere.

Para além dos pratos tradicionais de borrego “muito procurados, nesta época, pelos visitantes”, os restaurantes tentam também inovar na forma como o confecionam, acrescenta Tiago Salgueiro.

Câmara de Arronches com práticas ambientais sustentáveis

Tendo presente a importância em adotar comportamentos de proteção do meio ambiente, a Câmara de Arronches adquiriu, recentemente, uma viatura elétrica.

A par desta aquisição, como revela o presidente João Crespo também a iluminação de alguns espaços municipais, do concelho, tem sido alterada para LED.

O autarca diz ainda que “a aquisição desta viatura é mais uma prova de que estamos apostados em prol do ambiente e que o município é ainda reconhecido, a nível nacional, por cumprir e trabalhar para cumprir os objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas”.

A nova viatura elétrica, adquirida pela Câmara de Arronches, teve um custo de 20.400 euros.

Páscoa sem ser no campo e sem borrego “não é Páscoa”

Em Elvas, este Domingo de Páscoa, para muitos, tem de ser passado no campo, na Ajuda, onde o borrego é obrigatório à mesa.

Ainda que alguns estejam acampados junto às margens do Guadiana desde quinta ou sexta-feira, há outros que já lá se encontram desde o passado domingo. É o caso de Fernando Brás.

“Este ano o tempo é que não ajuda, que há algumas pessoas que montaram tenda, mas já se foram embora”, revela Fernando, que explica que, para o campo, levou uma “casa completa”. “Passamos aqui oito ou nove dias, por isso vale a pena”, assegura.

Sem ter dúvidas de que é dos primeiros a chegar e dos últimos a ir embora, Fernando conta que a tradição já foi passada aos mais novos da família. “Eles já têm o bichinho no corpo. Assim que vim montar isto, os meus sobrinhos quiseram vir logo para aqui”, revela.

No que toca à refeição tipíca deste dia, este elvense garante que “Páscoa sem borrego não é Páscoa”.

Romaria Pascal de regresso à Capela da Ajuda

À semelhança do que já aconteceu no ano passado, a Junta de Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso volta a promover uma Romaria Pascal na Capela de Nossa Senhora da Ajuda, em Elvas, entre este domingo e segunda-feira, dias 31 de março e 1 de abril.

Ainda que, todos os anos, muita gente rume até à Ajuda, para passar a Páscoa no campo, a junta de freguesia, como explica o presidente Joaquim Amante, tem vindo a tentar recuperar a componente mais religiosa desta tradição. “Começámos em conversas com o senhor Arcebispo, apresentámos-lhe um projeto para a recuperação da Capela da Ajuda, em que tivemos a aprovação e o interesse do senhor Arcebispo, que achou a nossa iniciativa muito positiva e, em colaboração com a Arquidiocese de Évora, estamos a recuperar a capela”, recorda.

No domingo, no âmbito desta Romaria Pascal, será rezado o terço, a partir das 21 horas. A missa, seguida de procissão, está marcada para segunda-feira, às 16 horas.

No ano passado, quando a junta retomou a realização desta romaria junto à capela, a adesão foi significativa, “dentro das expectativas”. “Com a continuidade dos anos, esperamos sempre que vá aumentando. Há mais divulgação e a capela vai estando mais embelezada, o que vai trazendo mais pessoal”, acrescenta Joaquim Amante.

A intenção da junta de freguesia é que, num futuro próximo, possa ser criada uma comissão de festas, capaz de dar outra animação a esta romaria. “Queremos ali fazer uma feirinha e trazer para ali, para a zona da capela, algumas iniciativas diferentes”, remata.

Em Campo Maior o Domingo de Páscoa é passado na Enxara

Neste domingo de Páscoa, os campomaiorenses passam o Dia na Enxara, onde na mesa da maioria das famílias não falta o tradicional Ensopado de Borrego.

Neste momento, Maria Graciosa, cedeu o lugar da sua tenda ao neto, pelo que agora só vai à Enxara passar o dia, mas recorda como eram vividos os tempos naquele local, na sua época: “esa romaria era uma maravilha, passávamos a noite à volta do lume, com o café, a tocar pandeireta e a cantar às saias”.

Ricardo Leonardo começou a ir para a Enxara, nesta época de Páscoa com a família, mas hoje é com os amigos que recria esta tradição, que valoriza bastante e que se assume como “uma forma de desconectar do mundo, num local onde reina o convívio e a festa está sempre garantida”. Quanto ao ensopado de Borrego, neste domingo está garantido.

Para Fábio Miranda, estes dias passados na Enxara são uma forma de “escapar ao stress do quotidiano”, e há mais de 20 anos que cumpre esta tradição, que “não tem explicação”. Vítor Carapinha diz que “a união, nestes dias, é a palavra de ordem.