Trabalhadores da Hutchinson de Campo Maior numa “greve histórica”

Os trabalhadores da Hutchinson estão em greve até às 22 horas desta quinta-feira, 1 de fevereiro, numa luta que irá durar 24 horas, uma vez que começou ontem, pela mesma hora.

Campo Maior: agricultores sentem-se “menosprezados pelo Governo”

Devido ao protesto dos agricultores, em Campo Maior, só é possível chegar à vila, ou pela estrada da Barragem do Caia, ou pela Estrada do Retiro, estando cortados os acessos pela Nacional 373 e pela estrada de Degolados.

Na estrada do Retiro, que liga Campo Maior a Badajoz, a passagem está a ser permitida a veículos ligeiros, pelo que há filas de quilómetros, com veículos pesados de mercadorias, não só neste acesso mas também no sentido Arronches – Campo Maior.

São cerca de 60 os agricultores que se manifestam em Campo Maior, com mais de 30 tratores. António Pinheiro, um dos agricultores revela que todos se sentem “menosprezados pelo Governo”, afirmando que “as últimas Políticas Agrícolas Comuns têm feito com que os agricultores tivessem dificuldades brutais, relativamente às políticas ambientais acabaram com a eletricidade verde e querem acabar com o gasóleo agrícola.

O que levou os agricultores a insurgir-se, garante António Pinheiro, “foi o corte de 35% nas medidas agroambientais que levou jovens agricultores a terem problemas graves, porque tinham contratos feitos, há créditos de campanha e compromissos com as entidades bancárias que têm de ser cumpridos. Existe uma linha direta do IFAP que é direta para as entidades bancária, em que as pessoas comprometem e a entidade bancária adianta o dinheiro, mas houve um corte de 40, 50 e 60%, e quem tem agricultura biológica levou ainda um corte maior e portanto neste momento não consegue fazer face aos compromissos que tem”

“Torna-se insustentável continuar a agricultura assim”, garante António Pinheiro. O objetivo deste protesto passa por “obrigar o Governo a tomar medidas, junto da Comissão Europeia, para salvaguardar a agricultura portuguesa”.

António Pinheiro garante ainda que o protesto se mantém por “tempo indeterminado”, pelo que só irá terminar quando obtiverem uma resposta favorável por parte da tutela.

Outro dos agricultores, Luís Minas, explica que as reivindicações passam, entre outros, pelas “exigências ambientais” que têm vindo a ser feitas, no caso das políticas agroambientais. Sobre o comunicado emitido ontem pela CAP, que dava conta de uma reversão nos apoios ao setor, este agricultor diz que “é uma promessa que não dá garantias a ninguém”.

Luís Minas lamenta que os pesados de mercadorias sejam prejudicados com este protesto, mas “não havia outra forma de reivindicarmos e sermos ouvidos, porque infelizmente os agricultores estão muito abandonados pelo Governo”.

Neste momento, os pagamentos das ajudas não foram o que as pessoas contavam e isto, adianta Luís Minas, “leva a agricultura à falência, porque muitos agricultores já passam dificuldades e não conseguem cumprir os seus créditos, porque contavam com determinados apoios, que desapareceram”.

De recordar que a A6, na fronteira do Caia, tem estado cortada nos dois sentidos, entre Portugal e Espanha, com viaturas que impedem o trânsito, devido a este protesto, que acontece hoje, não só na região, mas em vários pontos do país.

Agricultores exigem respostas do Governo para libertar trânsito no Caia

A A6, na fronteira do Caia, tem estado cortada nos dois sentidos, entre Portugal e Espanha, com viaturas que impedem o trânsito, devido ao protesto dos agricultores, que acontece esta quinta-feira, 1 de fevereiro, não só na região, mas em vários pontos do país.

Justificando esta ação com os “oito anos de sofrimento” que o setor da agricultura tem enfrentado, o elvense José Eduardo Gonçalves começa por pedir desculpa aos portugueses. “Este Governo tratou-nos muito mal. Fomos tratados sem respeito, sem dignidade e chegou ao ponto do copo de água que transborda”, assegura.

Promovido pelo Movimento Civil de Agricultores, este protesto, “que não tem, nem associações, nem confederações por trás”, surge na sequência do “não pagamento de ajudas, que foram mal calculadas pelo Governo”. “Tivemos que atuar. Portugal está fechado no Caia e esperamos que não seja por muito tempo, desde que haja condições”, acrescenta.

Ainda hoje, os agricultores esperam respostas do Governo, relativamente aos apoios, que ontem foram anunciados, através de um “comunicadozinho” de uma assessora de imprensa do Ministério da Agricultura. “Quando se anuncia que há cortes, é o IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas) quem anuncia que temos esses cortes nas vésperas de os recebermos”, recorda José Eduardo Gonçalves. “Estamos a falar de 80 milhões de euros em que os agricultores foram enganados e estamos aqui para reclamar aquilo que é nosso”, diz ainda, assegurando que caso as respostas não surjam ainda hoje, este “Movimento não sabe o que é que vai fazer, podendo não ficar por aqui”.

Garantindo que os agricultores não estão numa “barricada”, José Eduardo Gonçalves revela que não querem prejudicar ninguém, até porque não impedem a passagem de mercadorias e de ambulâncias. “Queremos que o Governo tenha a coragem de nos dizer hoje quando é que vai pagar, como é que vai pagar e a quem é que vai pagar”, remata.

De recordar que, para além da fronteira do Caia, na A6, o trânsito está também cortado, devido ao protesto, no nó de acesso à mesma autoestrada, em Varche, para além da ponte da Ajuda, impossibilitando a ligação entre Elvas e Olivença.

No caso de Campo Maior, só é possível chegar à vila, ou pela estrada da Barragem do Caia, ou pela Estrada do Retiro, estando cortados os acessos pela Nacional 373 e pela estrada de Degolados.

As declarações de José Eduardo Gonçalves à comunicação social, na fronteira do Caia, ao final da manhã desta quinta-feira, para ouvir no vídeo abaixo:

Plataforma “Help” tem cursos online gratuitos sobre Direitos Humanos

O Conselho da Europa é um organismo que se dedica aos Direitos Humanos e trabalha em estreita ligação com a União Europeia.

Este organismo tem uma plataforma online, denominada de “Help”, que disponibiliza cursos gratuitos, alguns em português, sobre vários temas relacionados com direitos humanos, nomeadamente, crianças refugiadas, acesso à justiça, liberdade de expressão, crimes de ódio e combate ao tráfico humano.

Tudo para saber sobre este organismo e os cursos online, no âmbito da plataforma online Help, no programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo, que pode ouvir na emissão às 12.45 e às 16.30 horas ou no podcast abaixo:

Protesto dos agricultores impede acesso a Campo Maior por Elvas e Arronches

O protesto dos agricultores está a impedir o acesso a Campo Maior, para quem circula a partir de Elvas e de Arronches.

Os agricultores estão a cortar o trânsito no entroncamento entre as estradas nacionais 371 e 373, bem como a saída da vila para Arronches.

Ainda assim, as viaturas ligeiras conseguem circular transitar pela Estrada do Retiro, que faz a ligação de Campo Maior a Badajoz, permitindo também, por essa via, a entrada na vila.

Ministro da Cultura na abertura da exposição “Sempre e Nunca Mais” em Elvas

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, preside este sábado, 3 de fevereiro, à inauguração da exposição “Sempre e Nunca Mais”, que se vai dividir entre o Paiol de Nossa Senhora da Conceição e o Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE).

De acordo com o comendador António Cachola, esta é uma exposição que se integra no programa nacional das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, através da qual, não se procura contar a história do 25 de Abril, até porque “já foi contada muitas vezes”, mas que, “de alguma maneira”, fala de valores associados à Revolução dos Cravos.

Nesta mostra, adianta o colecionador, serão dadas a conhecer peças de arte contemporânea que estão “associadas aos problemas que se vivem, atualmente, no mundo”, sendo que questões relacionadas com a liberdade, “ou a falta dela”, estarão representadas nas obras em exposição. Ainda que contemple momentos históricos, relacionados com o 25 de Abril, como a guerra colonial, a exposição irá “transportar para os dias de hoje” quem a visitar. “O conflito entre Israel e Palestina, por exemplo, vai estar presente através de um filme da Filipa César e há outras peças que mostram a fragilidade do mundo em que vivemos”, adianta António Cachola.

Muito muito abrangente no que toca à variedade de suportes utilizados na produção de peças de arte contemporânea, “Sempre e Nunca Mais” conta com obras de vídeo, pintura, escultura,  instalação e fotografia”.

São apresentadas nesta exposição, com curadoria de Ana Cristina Cachola e assistência de curadoria de Tiago Candeiras, obras da coleção António Cachola, em depósito no MACE, de mais de 30 artistas, como Adriana Proganó, André Romão, Fábio Colaço, Joana Vasconcelos, João Pedro Vale, Luísa Cunha, Mariana Gomes, Rui Serra e Xavier Almeida.

A inauguração, no sábado, no Paiol, está marcada para as 15 horas. Para já, a data de término da exposição ainda não está definida, sendo que, em junho, Elvas será palco de mais uma “grande festa” da Arte Contemporânea.

Agricultores cortam trânsito na A6 entre Portugal e Espanha

A A6, na fronteira do Caia, tem estado cortada nos dois sentidos, entre Portugal e Espanha, com viaturas ligeiras que impedem o trânsito, devido ao protesto dos agricultores desta quinta-feira, 1 de fevereiro.

A Estrada Nacional (EN) 4, junto a Elvas, esteve também temporariamente cortada ao trânsito esta manhã, sendo que o trânsito esteve bloqueado, uma vez que os tratores circularam em marcha lenta, entre Varche e Elvas. No nó de acesso, em Varche, à A6, o acesso esteve também bloqueado pelas viaturas.

Por outro lado, nem o acesso pela Ajuda, em Elvas, a Olivença, nem pelo Retiro, em Campo Maior, a Badajoz, estão cortados ao trânsito.

Oriundos de vários concelhos, quer do distrito de Portalegre, quer do de Évora, os agricultores começaram a concentrar-se por volta das cinco da manhã, em Varche, sendo que o protesto terá começado perto das seis e meia.

Os agricultores manifestam-se pelo direito à alimentação adequada e à valorização da atividade. Este é um protesto que se estende a outras zonas do país, sendo que, em causa está uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, que decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC). 

Campo Maior: greve na Hutchinson teve início com “adesão de 80%”

Os trabalhadores da Hutchinson, em Campo Maior, estão em greve, desde as 22 horas de ontem, 31 de janeiro, para exigir melhores salários. No decorrer desta greve, que dura até às 22 horas de hoje, 1 de fevereiro, os funcionários têm-se mantido junto às instalações da fábrica.

Para além de melhores salários, lutam pela atualização do subsídio refeição para o máximo permitido em cartão; pelo pagamento das horas trabalhadas ao sábado e feriado em horário normal, como trabalho suplementar; criação de diuturnidades; e atribuição do dia de aniversário.

“Se não houver respostas da Administração, os trabalhadores vão continuar a luta”, garante o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul. Segundo o sindicato, esta greve começou “com uma adesão de 80%”, com funcionários de “praticamente todas as áreas de produção”.

Festival dos Grous começa esta quinta-feira com atividades para o público escolar

Foto arquivo

O Festival dos Grous tem início esta quinta-feira, 1 de fevereiro, em Ouguela, no concelho de Campo Maior, para aquela que é a sua sexta edição, numa organização do Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura (GEDA).

Esta edição tem como objetivo, à semelhança das anteriores, promover o destino birdwatching e a sua conservação, neste território”, revela João Sanguinho, um dos responsáveis do GEDA.

Esta quinta e sexta-feira, dias 1 e 2  de fevereiro, são dedicadas “a atividades direcionadas para a comunidade escolar e, os dois dias seguintes, nos quais a população em geral pode participar, contam com saídas de campo, observação de aves, percursos pedestres, jornadas técnicas e degustação de produtos regionais”. Este ano, acrescenta João Sanguinho, há uma novidade uma vez que foi estabelecida uma parceria com a AIAR- Associação de Desenvolvimento pela Cultura, “que irá desenvolver uma atividade de desenho de natureza que será apresentada ao longo das jornadas técnicas”.

A temática das jornadas técnicas para este ano está relacionada com a conservação transfronteiriça nas espécies de avifauna, dando especial atenção, explica João Sanguinho, “aquilo que é o trabalho desenvolvido, com bons exemplos do que é feitos dos lados da fronteira, na conservação destas espécies”.

Todas estas atividades vão decorrer em Ouguela. Para o responsável do GEDA é uma forma de “dar a conhecer e dinamizar esta aldeia histórica do concelho de Campo Maior”.

6ª edição do Festival dos Grous que decorre, em Ouguela, entre os dias 1 e 4 de Fevereiro. A programação completa para conhecer no cartaz abaixo: