A associação “Agora Quer’Arte” estreia, este sábado, 4 de março, a revista à portuguesa “Agora Damos a Segunda”, no Centro Cultural de Campo Maior, sendo o espetáculo também apresentado, amanhã, em duas sessões.
Trata-se, segundo o ator, cantor e encenador Duarte Silvério, de um espetáculo “diferente” e com “melhores cenários”, em que em palco se juntam a 18 pessoas, entre elenco e bailarinos, a Banda 1º de Dezembro. “É com um enorme orgulho que temos a banda agregada ao nosso espetáculo, que faz já parte do elenco, que é isso que nós queremos que sintam”, adianta.
Este promete ser um espetáculo “mais próximo das pessoas, em nome da liberdade”, sendo precisamente assim que começa a ser pensado. “Começámos a ter ideia de algumas cenas e pensámos por que não fazermos uma segunda revista à portuguesa”, adianta o encenador, assegurando que, inicialmente, não tinham em mente fazê-la. É daí também que surge o nome do espetáculo.
Comparativamente a “Agora É Que É”, a primeira revista produzida por este grupo de jovens, “Agora Damos a Segunda” tem “mais brilho”. “A luxúria do espetáculo é muito maior e tem um corpo de baile maior também”, acrescenta Duarte Silvério.
Com o objetivo de “acrescentar cultura” a Campo Maior, através dos vários espetáculos que tem vindo a realizar, a associação procura fazer sempre “mais e melhor”. “Queremos abranger mais pessoas, porque a verdade é que percebemos, com o outro espetáculo, que conseguíamos levar muitas pessoas ao Centro Cultural e é isso que já se verifica agora. Vão 600 pessoas ver este espetáculo. É um número que nós queremos ainda ultrapassar, estamos só ainda a tentar ver outras datas, para que possamos, também, ir a outros sítios”, diz ainda Duarte Silvério.
Sendo este um espetáculo através do qual se quer “quebrar tabus”, revela a atriz e cantora Leonor Alegria, não é recomendado a menores de 12 anos. Ainda assim, “fica ao critério de quem as quiser levar”. Apesar de diferente, este espetáculo, tem o mesmo registo “Agora É Que É”, juntando o teatro à dança e à música. “Mas é diferente porque temos uma mensagem a transmitir, uma mensagem que quebra tabus e fala em nome da liberdade. É isso que queremos transmitir”, garante Leonor Alegria.
“Desta vez tivemos uma preocupação em elevar os figurinos, os cenários e as próprias cenas e distanciarmo-nos daquilo que já foi feito”, revela, por sua vez, outro dos elementos do elenco, Miguel Henriques. Adiantando que o espetáculo contaa com uma pequena cena de homenagem ao fado, o artista revela ainda que o público vai poder esperar “muita dança, muitos ritmos de diferentes partes do mundo, muita alegria, muita cor e, essencialmente, liberdade”.
A verdade é que os bilhetes, no valor de oito euros, esgotaram no mesmo dia em que foram colocados à venda. Para isso, não tem dúvidas Duarte Silvério, contribui o facto da população de Campo Maior apoiar sempre muito os artistas da terra: “as pessoas querem-nos apoiar, querem mostrar que Campo Maior tem talento e que Campo Maior consegue avançar. É isto que faz sentido, é isto a essência também de uma comunidade”.
“Eu sinto muito, nestes momentos, o carinho das pessoas e que as pessoas querem muito vir nos ver. É assim que nos estamos a sentir nos últimos dias e é maravilhoso termos esgotado. Eu quero que muito mais pessoas vão”, diz ainda. Em conjunto da Câmara Municipal de Campo Maior, a associação está já a tratar de novas datas, porque, também para o município, garante o artista, deve ser um orgulho ter o Centro Cultural cheio.
Aqueles que foram a tempo de comprar bilhete, terão oportunidade de assistir a este “Agora Damos a Segunda”, este sábado, pelas 21 horas; ou amanhã, dia 5, em duas sessões: às 15 e às 19 horas.
De recordar que, depois de “Agora É Que É”, em março de 2022, a associação apresentou ao público, em Campo Maior, o espetáculo “Agora… Canta-se o Fado!”, em outubro.