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Campo Maior: investimento a fazer com estragos das cheias obriga a repensar Orçamento Municipal

Foi na semana passada que a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve reunida com vários autarcas da região, nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, para lhes explicar que apoios o Governo vai ter disponíveis para ajudar as autarquias, e não só, a fazer face aos prejuízos causados pelas cheias.

Nessa reunião, entre outros, esteve o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, que explica que, identificados quatro milhões de prejuízos no concelho, com as inundações de 13 de dezembro, na melhor das hipóteses, o município terá de investir 40% desse valor, dado que a taxa de comparticipação do Estado não irá além dos 60%. O autarca adianta que Ana Abrunhosa terá dado conta, nessa reunião, que o Governo tentará, ainda este mês, abrir os avisos para as candidaturas destinadas às câmaras municipais.

“Há-de chegar também a altura e o devido aviso para que os empresários possam recorrer ao fundo. Ainda não estavam fechadas as taxas de comparticipação, mas também está em análise e aquilo que aguardamos, neste momento, é a própria regulamentação e a abertura dos avisos”, acrescenta.

“Nós estamos, neste momento, a preparar aquilo que é uma recuperação em estradas municipais, porque temos de o fazer; temos também ainda uma estrada cortada; o património cultural e religioso de São Joãozinho; temos ali uma série de ruas com prejuízos”, revela Luís Rosinha. É agora necessário “repensar” o orçamento municipal para este ano, até porque, diz Rosinha, há um mês a esta parte, o executivo “não contava com esta despesa”.

Ainda que lembre que a Câmara Municipal de Campo Maior tenha terminada 2022 com “alguma disponibilidade financeira”, o autarca assegura que há projetos que, inevitavelmente, devido a este investimento agora necessário, terão de ficar parados, pelo menos, para já. “Tínhamos os nossos projetos em curso e temos aquele que será um projeto de grande envergadura, que tem a ver com a questão das áreas de acolhimento empresarial. Tínhamos aqui as nossas reservas e as nossas verbas guardadas para fazer face ao avanço destes projetos todos, mas agora estamos a rever financeiramente aquilo que é o processo”, diz ainda.

De recordar que o Governo aprovou apoios no valor de 185 milhões de euros para compensar os prejuízos provocados pelas cheias que atingiram o país em dezembro, sendo que foram identificados, com o levantamento feito no terreno, prejuízos de quase 300 milhões.

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