Grupo Nabeiro: um exemplo nacional ao nível da intervenção precoce

Especialistas, pais e educadores estão esta quinta-feira, 3 de novembro, reunidos, no Centro Cultural de Campo Maior, para falar e ouvir falar de intervenção precoce, naquele que é já o 14ª encontro sobre o tema, promovido pelo Coração Delta, a associação de solidariedade social do Grupo Nabeiro.

Analisar as condições de desenvolvimento dos mais novos, o seu crescimento pessoal e social, bem como a necessidade de vigilância de crianças com risco de atraso no desenvolvimento, são os principais objetivos do evento que, num primeiro momento, e depois da sessão de abertura, contou com uma conversa entre a apresentadora de televisão Fátima Lopes, três mães de crianças com Trissomia 21 e Autismo e o psicólogo Eduardo Sá.

No decorrer deste primeiro painel do encontro ficou evidente a diferença de acesso aos cuidados, ao nível da intervenção precoce, prestados em Campo Maior, pela Coração Delta, em relação a outras partes do país.

Para o secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, que falou aos presentes na sessão de abertura, a intervenção precoce deve resultar de “um esforço coletivo, não só do Estado e das autarquias”, mas da sociedade civil e de associações como a Coração Delta, cujo trabalho representa a “generosidade e solidariedade” do comendador Rui Nabeiro.

Lembrando que uma das questões que preocupa o país é a demografia, Gabriel Bastos assegura que “tudo deve ser feito” para que sejam criadas as condições que mais crianças nasçam em Portugal. Para isso, é necessário ajudar sempre, e sobretudo, aquelas que têm necessidades especiais. “É preciso ajudar essas crianças e preocuparmo-nos com o contexto familiar, para que todas as condições estejam reunidas, para que possam ter projetos de vida e igualdade de oportunidades”, remata.

Já o comendador Rui Nabeiro, que foi homenageado no decorrer deste encontro, lembra que as crianças e os idosos têm sido sempre a sua maior preocupação e que tem procurado levar até às pessoas os cuidados que muitos não teriam acesso de outra forma.

Segundo Rita Nabeiro, presidente deste 14º Encontro da Intervenção Precoce, o objetivo da iniciativa passa, sobretudo, por “incidir nas carências e nas necessidades” existentes, para que se possa, em articulação com as entidades locais e governamentais, prestar “outro tipo de cuidados” às crianças com necessidades especiais. A responsabilidade, em identificar as carências ao nível da intervenção precoce, para que depois se possam “apontar caminhos”, garante Rita Nabeiro, “é de todos”.

Não cabendo ao Estado “fazer tudo”, a este nível, diz Rita Nabeiro, é, contudo, necessário “articular melhor” os recursos existentes. “Pensar e fazer as coisas de uma forma mais incisiva. Se no final, pensarmos desta forma, o resultado dessa otimização será benéfico para todos: para o Estado, as famílias e as entidades locais”, acrescenta.

Recordando o trabalho desenvolvido pela Coração Delta, o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, garante que estes são dois dias importantes para o concelho, com a participação neste encontro, quer do secretário de Estado da Segurança Social, quer do ministro da Saúde, a quem caberá o encerramento deste primeiro dia do evento. “Debatemos aqui matérias super importantes, porque aquilo que está em causa são as crianças: as crianças, as respetivas famílias e o modelo de acompanhamento que nos é possível dar”, assegura.

O autarca garante ainda que, e depois de aprovada a nova Lei da Saúde Mental, há esperança que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, possa hoje apresentar novidades sobre a tão desejada Unidade de Cuidados Continuados Integrados.

O que se segue à intervenção precoce, o neurodesenvolvimento, a importância do seio familiar e do acompanhamento dos pais no desenvolvimento infantil foram os assuntos abordados neste primeiro dia do encontro promovido pela Coração Delta. Para amanhã estão agendados seis workshops, relacionados com a temática do encontro.

Estágios INOV Contacto com candidaturas abertas até dia 17

A pensar nos jovens licenciados, que queiram ter experiências internacionais, a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) volta a promover o programa de estágios INOV Contacto.

As candidaturas, para esta 26ª edição, destinadas a jovens com a idade máxima de 29 anos, encontram-se abertas até 17 de novembro. Estes estágios, que contam com o financiamento do Portugal 2030, garante Ana Pereira, do Europe Direct do Alto Alentejo, na edição desta semana do “Espaço Europa”, são “muito interessantes”.

Com a duração de seis a nove meses, estes estágios podem ser feitos em vários países do mundo. Desde a primeira edição deste programa, em 1997, adianta Ana Pereira, já foram realizados mais de seis mil estágios, em mais de 1300 empresas, num total de 85 países.

Os candidatos, para além de um máximo de 29 anos, para se poderem candidatar, devem ter uma licenciatura ou um mestrado concluído e permanência legal em Portugal. Devem ainda ter elevados conhecimentos de inglês.

Passada a fase de candidatura, cabe depois à equipa do INOV Contacto identificar o estágio que mais se adequa a perfil, competências e motivação de cada candidato. Os estagiários selecionados têm direito a uma bolsa, que inclui, entre outros, as viagens de ida e volta, e uma remuneração mensal que pode chegar aos 1.900 euros.

Tudo sobre este programa de estágios INOV Contacto para saber aqui. A edição desta semana do “Espaço Europa” para ouvir no podcast abaixo:

Forte da Graça comemora aniversário de reabertura com entradas gratuitas

O sétimo aniversário da reabertura do Forte da Graça, em Elvas, após as obras de requalificação, é comemorado ao longo do dia 27 de novembro com entradas gratuitas para todos os que queiram conhecer o monumento Património Mundial.

Rondão Almeida, presidente da câmara de Elvas, explica que “as comemorações vão decorrer de forma modesta, com alguma animação, mas contando sempre que a câmara de Elvas tem que ter meia dúzia de grandes eventos. Esta data serve para marcarmos presença mas os grandes eventos estão neste momento a ser estudados para serem colocados nas grandes opções do plano e no respetivo orçamento”.

O Forte da Graça reabriu, depois de cerca de 11 meses de obra de requalificação, a 27 de novembro de 2015.

Intervenção precoce debatida em Campo Maior

O Coração Delta, a Associação de Solidariedade Social do Grupo Nabeiro, promove, esta quinta e sexta-feiras, dias 3 e 4 de novembro, o XIV Encontro de Intervenção Precoce, no Centro Cultural de Campo Maior. O encerramento, neste primeiro dia, estará a cargo do ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“Desenvolvimento Infantil: Um passo depois do outro” é o tema deste encontro que reúne especialistas, pais e educadores para analisar as condições de desenvolvimento das crianças, o seu crescimento pessoal e social bem como a necessidade de vigilância de crianças com risco de atraso no desenvolvimento.

A sessão de abertura é presidida por Luís Rosinha, presidente do Município de Campo Maior, Rita Nabeiro, presidente do XIV Encontro de Intervenção Precoce e Maria Inês Amparo, presidente do Sistema Nacional de Intervenção Precoce.

O primeiro painel “Intervenção Precoce: e depois?”, conta com a participação de duas mães com uma voz ativa neste assunto – Andreia Paes de Vasconcellos, autora do blog Tomás – my Special Baby e Andreia Neves dos Santos, autora do blog Autismo, bem como da mãe Vanessa Bicho e do psicólogo Eduardo Sá.

Os neuropediatras Frederico Duque e Rita Lopes Silva vão abordar o neurodesenvolvimento e o neuropediatra José Boavida Fernandes e o Professor Catedrático Carlos Neto a “Prática centrada no movimento”.

Para capacitar os cuidadores, Robin McWilliam, Professor, Special Education and Multiple Abilities Director, da Universidade do Alabama, e Marian Fuertes, Mestre em Intervenção Precoce, Doutorada em Psicologia e Professora da Escola Superior de Educação de Lisboa, falarão da importância do seio familiar e do acompanhamento dos pais no desenvolvimento infantil.

No último dia do encontro estão agendados seis workshops. “Clown, Clown – Uma Metodologia de Sorrisos”; “Recusa Alimentar Infantil: prevenção e sinais de alerta”; “Mindfulness”, “Cuidar a Motricidade fina para evoluir em relação”; “Rotinas para famílias felizes” e “Recusa Alimentar Infantil: avaliação e intervenção em terapia da fala” têm participação aberta a todos os profissionais do setor e interessados nas temáticas.

Festival de Caminhadas: percurso pedestre em Arronches no sábado

O percurso pedestre do Forte e Valorosa Vila de Arronches será percorrido, este sábado, 5 de novembro.

A caminhada tem início às 10 horas, com partida junto ao Centro Interativo da Ruralidade de Arronches.

A iniciativa insere-se no Festival de Caminhadas TransAlentejo, o mais importante evento de Turismo de Natureza do Alentejo, que decorre até domingo.

As caminhadas, que integram este festival e a Rede TransAlentejo, resultam de uma estruturação no terreno por iniciativa da Turismo do Alentejo, em parceria com os municípios da região.

Empada de Arraiolos “não é melhor nem pior, é diferente”

A Empada de Arraiolos apresenta, na sua confeção, uma relação íntima com a Gastronomia Alentejana. De formas diversas, foram transmitidos estes saberes seculares envolvendo sabores tradicionais que enchem de bons aromas a cozinha.

José Franco (na foto) está na Mostra Gastronómica, Feira do Tapete e Festival da Empada, em Arraiolos, a fazer demonstração de confeção de empadas com o intuito de “desmistificar a empada e mostrar às pessoas que é fácil fazer, seguindo as normas obrigatórias em termos de tempero. Estamos abertos a que as pessoas possam meter a mão na massa e experimentar a fazer. A carcteristíca que as empadas têm é contar com carne de galinha ou caça, tendo como tempero obrigatório a mangerona e um toque de vinagre”.

Para José Franco, a empada de Arraiolos “não é melhor nem pior que as outras, é simplesmente diferente. A diferença está nos temperos e acredito que a forma de fechar, que também é muito nosso, dá um toque especial”.

A empada de Arraiolos é um dos produtos de destaque na Mostra Gastronómica, Feira do Tapete e Festival da Empada que está a decorrer no multiusos da vila até domingo, dia 6.

Núcleo de Elvas presta homenagem a combatentes falecidos em Dia de Finados

O Núcleo de Elvas da Liga dos Combatentes homenageou esta manhã de quarta-feira, 2 de novembro, Dia de Finados, os combatentes falecidos.

Esta homenagem decorreu no talhão do Núcleo, no cemitério de Elvas tendo contado com a deposição de flores por parte das diversas entidades presentes, assim como foi feito um minuto de silêncio em memória dos combatentes.

Este ano, à semelhança do que aconteceu em outros locais, as forças militares não marcaram presença, face aos “efetivos insuficientes”, revela Luís Franco, presidente do Núcleo, adiantando que não poderiam deixar de prestar “esta singela, mas sentida homenagem a todos os combatentes, para que não ciam em esquecimento”.

Já o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida lembra que este é um dia em que o município recorda “os elvenses já falecidos”, com a missa que decorreu no Convento de São Francisco destacando a homenagem do núcleo aos combatentes, onde afirma “foi com um certo significado que se juntaram ali os representantes de todas as entidades civis e miliutares, para homenagear e nunca esquecer a alma de todos aqueles que combateram pela nossa nação”.

O diretor do Museu Militar de Elvas, o coronel Nuno Duarte, marcou presença nesta homenagem e destaca que este dia se torna importante “para homeagear aqueles que tombaram em nome de Portugal e é uma forma de mostrar às novas gerações a importância destes dias e dos militares que serviram o exército português”.

Trabalho desenvolvido no InnovPlantProtect em destaque na nova rubrica da RCM

O trabalho desenvolvido no InnovPlantProtect é o mote para a nova rubrica que é emitida às quartas-feiras na Rádio Campo Maior, às 12.45 e 16.30 horas.

Esta semana, no primeiro programa Ricardo Ramiro, diretor do Departamento de Gestão de Dados e Análise de Risco no InnovPlantProtect, explica o que é este laboratório colaborativo, instalado em Elvas, desde 2020, bem como qual o trabalho desenvolvido. “O InnovPlantProtect é um laboratório colaborativo, que tem como missão desenvolver produtos e serviços que possam ajudar os agricultores a proteger melhor as suas culturas de pragas e doenças.

“O que fazemos é utilizar os mais modernos conhecimentos científicos para resolver os problemas colocados à agricultura mediterrânica pelo aparecimento de novas pragas e doenças e pela redução da disponibilidade de fitofármacos. De modo a aumentar e acelerar o nosso impacto, o nosso trabalho é feito em colaboração com vários intervenientes nacionais e internacionais”.

Ricardo Ramiro explica também que, por parte do InnovPlantProtect para prevenir as pragas e doenças, na agricultura, estão neste momento a “desenvolver soluções que permitam aos agricultores fazer uma gestão mais sustentável das pragas e doenças. Para tal, desenvolvemos produtos biológicos para o controlo destes organismos e serviços digitais e laboratoriais que permitam aos agricultores prever e detetar as pragas e doenças o mais rapidamente possível, para que possam tratar as culturas no momento certo”.

O InnovPlantProtect está organizado em cinco departamentos, três mais laboratoriais e dois mais focados no digital. Os departamentos laboratoriais focam-se no desenvolvimento de produtos de base biológica, incluindo o desenvolvimento de novas variedades de plantas resistentes a pragas e doenças, formulações inovadoras para a aplicação de bio pesticidas e novos microrganismos bio protetores, sendo que submetemos recentemente uma pré-patente para um destes microrganismos para o controlo do fogo bacteriano, que é uma doença com um efeito devastador em pereiras e macieiras”.

O trabalho desenvolvido nos departamentos do InnovPlantProtect é o tema em destaque esta semana, nesta nova rubrica que tem como objetivo dar a conhecer os projetos deste laboratório colaborativo, em Elvas, o primeiro programa pode ouvir, no podcast abaixo:

“Greve não prejudicou aulas em Campo Maior”, diz Jaime Carmona

A Federação Nacional da Educação marcou para hoje, dia 2 de Novembro, uma greve, com o objetivo dos professores demonstrarem o seu descontentamento contra o Orçamento de Estado para 2023 (OE2023).

No Agrupamento de Escolas de Campo Maior, “foram 11 os docentes a aderir à greve” o que, de acordo com o diretor Jaime Carmona, “não coloca em risco o funcionamento das aulas”.

Já no Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas, “oito professores aderiram à greve, sendo sete da escola sede do agrupamento e um da Escola Básica de Alcáçova”, de acordo com a diretora Paula Rondão.

Para este dia, os Sindicatos de Docentes da FNE prepararam iniciativas no âmbito de cada região, utilizando várias modalidades envolvendo a presença dos respetivos dirigentes e ativistas.

No que diz respeito aos restantes agrupamentos de escolas de Elvas, ainda não foi possível apurar os número de adesão à greve.

Campo Maior: combatentes recordados e homenageados em Dia de Finados

O Núcleo de Campo Maior da Liga dos Combatentes, juntamente com a câmara municipal e as juntas de freguesia, prestou na manhã desta quarta-feira, 2 de novembro, em Dia de Finados, homenagem aos combatentes campomaiorenses já falecidos, no cemitério da vila.

Depois da cerimónia, com a deposição de flores no talhão do núcleo, a comitiva seguiu para Degolados, para prestar também homenagem ao combatente sepultado no cemitério daquela freguesia.

Esta, segundo o presidente do núcleo, José Trindade, é uma cerimónia que se deve realizar todos os anos, com o objetivo de recordar os combatentes que já partiram.  “Fico bastante satisfeito por esta homenagem”, garante, explicando que, por esta ocasião, foi ainda colocada uma placa do núcleo numa campa de um antigo combatente que não se encontra sepultado no talhão. “Na altura, quiseram sepultar o senhor na campa dos familiares e agora vieram nos pedir se podíamos lá colocar um monumentozinho por parte dos combatentes e nós fizemos essa homenagem”, acrescenta.

Desta vez, e contrariamente ao que é habitual, os militares do Regimento de Cavalaria nº 3 de Estremoz não estiveram presentes nesta cerimónia, de acordo com José Trindade, por “falta de elementos e verbas”. Nesse sentido, o núcleo convidou a Banda 1º de Dezembro a marcar presença nesta homenagem. “Eles agradeceram o nosso convite e a homenagem foi feita à mesma”, remata.

Já o Município de Campo Maior, garante o vice-presidente, Paulo Pinheiro, deve associar-se sempre a esta cerimónia, através da qual se homenageiam aqueles que “se sacrificaram pela pátria”. “É sempre um gesto de silêncio, de tristeza e é o mínimo que podemos fazer, é sempre celebrar e homenagear estes que tanto fizeram pela pátria”, diz ainda.