O isolamento imposto, durante o período mais crítico de pandemia, aos idosos, sobretudo àqueles que vivem em lares, agravou situações de saúde mental e trouxe mais solidão, uma vez que esta franja da população viu-se privada de liberdade e de contactos com a família.
No caso do lar da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, às restrições impostas, “para bem da saúde” dos idosos, lembra a animadora sociocultural Alexandra Mamede juntaram-se, aquelas que resultaram da obra que tem vindo a ser feita na instituição. “Para além das restrições Covid, continuamos com a nossa obra – neste momento, já numa fase muito final – mas que acaba também por nos colocar algumas restrições”, revela.
Desde o início da pandemia, garante a técnica, a instituição procurou sempre “seguir as diretrizes” da Direção-Geral da Saúde, em termos de visitas e saídas. Passados dois anos, e a “retomar aquilo que era habitual”, começam-se a “normalizar as atividades”, sendo que muito recentemente os idosos voltaram a poder assistir, na instituição, à eucaristia semanal. “Era uma coisa que não podíamos ter até então, pelo que digo que, felizmente, voltamos a viver”, assegura.
Uma das atividades que também já foi retomada, no seio da instituição, e que “é bastante apreciada” pelos idosos, é a dança adaptada. “Fazemos esta atividade, semanalmente, na nossa instituição. É uma dança que “é feita na cadeira, adaptada à terceira idade, de modo a evitar as vertigens e as quedas”, explica ainda Alexandra Mamede.