Confirmada a presença de um exemplar de lobo ibérico na Extremadura

A 29 de julho do ano passado, em Villanueva de la Vera, no nordeste da província de Cáceres, a equipa técnica da Direção Geral de Sustentabilidade recolheu uma mostra fresca de excrementos, dentro do enquadramento das amostras sistemáticas que estão a ser realizadas para detetar a presença do lobo ibérico, no âmbito da aplicação da Estratégia do Lobo do Estado e dos censos nacionais.

Esta mostra, que foi recolhida numa área bastante aberta com nascentes próximas, foi enviada para análise genética à Universidade do Porto, que é membro do Centro Europeu de Investigação de Excelência Cibio-Biópolis, com o qual existe um acordo para o desenvolvimento destas ações do Projeto Interreg Biotrans.

O resultado da análise confirma que pertence a uma fêmea reprodutiva. O haplótipo genético corresponde a uma espécie de lobo do centro/norte de Espanha que, note-se, é diferente da portuguesa. Este facto foi comunicado ao Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico para a sua inclusão no inventário da biodiversidade.

Desde a confirmação desta análise genética, esta semana já se intensificaram as buscas, naquela área e arredores, para verificar ou descartar a presença do lobo, uma vez que não existiram outros indícios que comprovam a sua presença, não havendo, atualmente, evidências de que seja estável.

De acordo com a Junta de Extremadura, vai ser realizada uma reunião com o ministério, para coordenar os passos a seguir, para posteriormente serem adotados mecanismos de colaboração com departamentos da própria Administração Extremadura e outras entidades e organismos externos, que possam ser afetados pela candidatura da atual Estratégia para a conservação e gestão do lobo, em Espanha, que data de 2005, quando não havia registo de fêmeas reprodutoras na Extremadura.

Na Extremadura não existe plano de recuperação do lobo, onde é uma espécie protegida. A porta está aberta para a elaborar, como resultado dessa nova presença do lobo, na região e deve estar, de qualquer forma, alinhada com o que é aprovado em nível estatal.

O Ministério da Transição Ecológica e Sustentabilidade garante o fluxo de informações com os setores envolvidos, para acordar as medidas consideradas necessárias, para a conservação e gestão desta espécie, caso se confirme sua presença na região.

Mais 37 casos Covid registados em Elvas

Elvas regista este sábado, 19 de fevereiro, 37 novos casos de Covid-19, assim como três recuperações, da doença.

No concelho, encontram-se ativos, ao dia de hoje, 180 casos de infeção, mais 34 do que ontem.

Desde o início da pandemia, Elvas regista 5.736 casos positivos, 39 óbitos e 5.517 recuperações.

Projeto “Dentes de Leão” mobiliza jovens de Évora na área das artes participativas

Évora integra o projeto Dentes de Leão, através da Associação Pó De Vir A Ser. Este é um projeto, no âmbito das artes participativas que mobiliza jovens artistas do Sardoal, Évora e Lisboa, para a criação artística e processos colaborativos.

Mariana Passos, dos órgãos da direção da Associação Pó de Vir a Ser, explica que este projeto é financiado pelo mecanismo de financiamento EEA Grants que têm três países dadores: a Islândia, Noruega e Liechtenstein, e que aposta “em financiamento de projetos artísticos baseados em territórios de baixa densidade, como é o caso de Évora e Sardoal”.

Relaciona estes três territórios, com densidades diferentes, convocando jovens, entre os 15 e 18 anos, destes três territórios, “para participarem com jovens artistas com menos de 40 anos que residam nos distritos de Évora, Santarém e Lisboa num processo partilhado e próximo de criação de projetos artísticos de artes participativas”.

No caso desta associação eborense, dedica-se “à escultura em pedra, num espaço de criação artística, mas trabalha também uma noção alargada a escultura enquanto mecanismo de ação, onde todos podem esculpir a realidade”, revela Mariana Passos, adiantando que “a associação Materiais Diversos em Santarém, e a Culturgest que trabalha a partir de Lisboa, sendo os três parceiros que deram arranque ao desenho da candidatura e convocaram outros parceiros como, o município de Sardoal e de Évora, Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Évora, mas também parceiros dos países dadores”.

Mariana Passos adianta ainda que no total são 12 jovens e 11 artistas que, em cada território, que vão participar no projeto. Já estiveram juntos em Sardoal e em Évora, “havendo jovens de Santana do Campo, Arraiolos, Montemor-o-Novo, entre outros que responderam a uma convocatória, e foram selecionados pelos mediadores, tendo este projeto uma mediadora, em cada território para trabalhar com os jovens”.

Relativamente às atividades, “os participantes vão decidir o que acontece, onde e quando, e como se relacionam com o território e vão se encontrar todas as semanas para o explorar, e partilhar com o grupo de artistas quais as suas expectativas, visões e necessidades e recursos que eles apontam no território como relevantes e vão estar em contacto com os artistas que estão nestes territórios a realizar residências artísticas”.

Um curso de artes participativas, também integra o projeto e terá lugar em cada um destes territórios, em que “é objetivo refletir e capacitar as pessoas que tenha interesse nesta área neste sentido, desenhado para ir de encontro às vontades dos participantes e atividades serão decididas em colaboração, dando voz às necessidades e desejo das pessoas que participam”, revela ainda Mariana Passos.

O projeto “Dentes de Leão” desenvolve-se até maio de 2023, em Évora, Sardoal e Lisboa.

Tamborada abre festividades de Carnaval em Badajoz este sábado

O Carnaval em Badajoz, recentemente classificado como festa de interesse turístico internacional, vai viver-se de 25 de fevereiro a 1 de março. No entanto as festividades têm início já hoje, sábado, 19 de fevereiro, com a Tamborada que vai decorrer nos pavilhões da IFEBA, a partir das 20 horas.

Apesar de algumas restrições, tendo em conta a situação pandémica, os desfiles contarão com mais de 3.700 participantes, 45 comparsas de adultos, 31 de crianças, 11 grupos mais pequenos e 27 carros alegóricos.

O alcaide de Badajoz, Ignacio Gragera adianta quais as medidas tomadas para este Carnaval, destacando o entusiasmo e a vontade que existiam de retomar esta festa tão característica da cidade pacense. “Este será um Carnaval diferente, vamos tentar potenciar várias zonas, para que as pessoas possam ter mais espaço para sair, e tomaremos medidas especiais para que os bares sejam na rua, para que as pessoas não tenham que entrar no seu interior, e tínhamos muita vontade de retomar esta que é a festa mais característica da cidade, que para além disso foi considerada, recentemente, de interesse turístico internacional, pelo que estamos ao nível de grandes carnavais como de Cadiz, Tenerife, Colónia ou Nothing Hill”, refere o alcaide.

Ignacio Gragera afirma que neste momento a situação pandémica, na cidade, está controlada e não há pressão hospitalar, o que permite assim retomar o desenvolvimento de algumas atividades. “A incidência subiu muito rápido, mas também desceu muito rápido, e a verdade é que com esta nova variante, a Omicron, a pressão hospitalar não foi afetada, pelo que razoavelmente, vamos mantendo algumas medidas e estamos conscientes que a situação é muito melhor, o que nos permite fazer certas atividades”.

Festividades de Carnaval, em Badajoz que têm início hoje com a Tamborada, na IFEBA, às 20 horas. O desfile das crianças realiza-se na próxima sexta-feira, dia 25. Já dois dias depois acontece o momento alto do evento e cabe à comparsa de Olivença “Donde Vamos La Liamos” abrir o desfile de dia 27.

Campo Maior regista mais 17 casos de Covid-19

Campo Maior regista este sábado, 19 de fevereiro, mais 17 casos de Covid-19.

Sem recuperações, nas últimas 24 horas, no concelho, encontram-se ativos, ao dia de hoje, 106 casos de infeção.

Desde o início da pandemia, Campo Maior registou 2.286 casos de Covid-19, 14 óbitos e 2.166 recuperações.

Ouguela é destacada como uma das 12 aldeias secretas do país a visitar

A aldeia de Ouguela, no concelho de Campo Maior, surge em sexto lugar, num artigo da Vortex Magazine, que destaca 12 aldeias quase secretas, para visitar em Portugal.

Segundo o artigo, estas aldeias “são autênticas guardiãs a história, dos costumes e das tradições dos nossos antepassados. É nelas que ainda se mantém viva a vontade de preservar aquilo que Portugal tem de mais valioso e de mais genuíno: as suas gentes e os seus hábitos. E embora estejam cada vez mais ao abandono… vão resistindo como podem”.

Para além de Ouguela, este artigo destaca também a seguintes aldeias: Alvoco da Serra, no concelho de Seia; Brotas, no concelho de Mora; São Xisto, em São João da Pesqueira; Branda da Aveleira, no Parque Natural da Peneda Gerês; Candal, na Serra da Lousã, Veiros, no concelho de Estremoz; Lapa dos Dinheiros, no concelho de Seia; Alcaide, no concelho do Fundão; Lamas de Olo, no concelho de Vila Real; Alte, em Loulé; e Querença, em Pedralva, no Algarve.

Acesso às urgências do Hospital de Portalegre feito por uma via paralela devido a obras

As obras de remodelação do Serviço de Imunohemoterapia do Hospital Doutor José Maria Grande de Portalegre têm início na próxima segunda-feira, 21 de fevereiro.

Para tal, será necessária a instalação do Estaleiro que ocupará a via de acesso ao Serviço de Urgência, no seu atual trajeto.

O acesso ao Hospital continuará a fazer-se, como atualmente, já o acesso ao Serviço de Urgência (SU) será corrigido, em função da instalação do Estaleiro, passando a fazer-se pela via paralela à atual, com viragem à direita e entrada no SU, no mesmo sentido que se usa atualmente.

A saída do Hospital continuará a fazer-se normalmente.

Pode ver o novo circuito, para aceder ao serviço de urgência, no mapa abaixo:

CURPI de Campo Maior vai ter aulas de pilates clínico

Estão abertas as inscrições para as aulas de pilates clínico, que terão lugar na CURPI de Campo Maior, lecionadas pelo professor Jorge Santos.

Tendo em conta que agora não há convívios no salão da instituição, estas aulas serão lecionadas nesse espaço, explica Anselmina Caldeirão, da direção da CURPI de Campo Maior, adiantando que “esta aula vai ser inserida também na Academia Sénior, uma vez que tem vários benefícios para a saúde, a nível de postura, dores, concentração, entre outros, e está também aberta a toda a população, de todas as idades”.

Os interessados podem fazer a sua inscrição através do facebook da instituição ou da própria Anselmina Caldeirão.

Campos da Extremadura estão no limite devido à seca

Foto ilustrativa

O campo, na Estremadura Espanhola, e à semelhança do que acontece no Alentejo e em Portugal, continua sem ver chuva, e a Agência Meteorológica não prevê qualquer precipitação abundante na região, pelo menos nos próximos dias.

Consequentemente, se a situação de seca que a Estremadura vive, continua prolongar-se, daqui a duas semanas, a produção de culturas como tomate, arroz ou milho poderá ser seriamente reduzida. É o que afirmam as organizações agrárias ao El Periodico Extremadura, que concordam exigir que as administrações públicas implementem medidas urgentes para tentar aliviar uma situação que hoje é “insustentável”.

O porta-voz do governo regional, Juan Antonio González, adiantou ontem, que os ministros da Agricultura de Espanha e Portugal vão realizar na próxima segunda-feira um encontro com responsáveis ​​europeus para reclamar fundos comunitários para ajudar a mitigar os efeitos da falta de água. Na conferência de imprensa após o Conselho do BCE, González transmitiu “o compromisso” do Executivo com o sector agropecuário, uma vez que é “fundamental” no Produto Interno Bruto (PIB) da Extremadura.

O presidente da Junta da Extremadura, Guillermo Fernández Vara, sobre este assunto, sublinhou que o setor agroalimentar da Extremadura representa “uma parte importante da nossa economia e do nosso modo de vida, que temos de defender”.

Por outro lado, as organizações agrárias manifestam a sua preocupação com a situação nos campos da Extremadura, uma vez que não podem esperar mais, para que sejam tomadas medidas a este respeito. “As culturas de sequeiro e as pastagens estão no limite, se não chover em 15 dias podem perder-se”, lamenta o presidente da Asaja Extremadura, Ángel García. “A situação é catastrófica e esperamos que o Conselho de Ministros tome uma decisão em breve. Isso pode ser amenizado com medidas de natureza fiscal ou auxílio direto aos agricultores, autorizadas pela União Europeia e pelo Governo”.

Já o presidente da Apag Extremadura, Juan Metidieri, concorda que a situação é “muito complicada”. “A alimentação, nas nossas pastagens, para o gado é praticamente inexistente e tem de ser complementada com ração”. A isto junta-se o facto de as albufeiras da Extremadura estarem a 38,12% da sua capacidade total. “Não temos qualquer tipo de resposta das Administrações quando o que pedimos é certeza”.

“Precisamos de um plano de choque, do ponto de vista económico, com medidas urgentes”, afirma o secretário de Agricultura da UPA-UCE Extremadura, José Cruz. “Muitas famílias estão a ser afetadas e a situação é muito preocupante, não só na agricultura e pecuária, mas também para as empresas auxiliares que complementam essas atividades”, afirma. “As pastagens para o gado estão a ser consumidas e as culturas irrigadas precisam de muita água”, diz Cruz, que acrescenta que a seca pode ter consequências negativas “na economia da Extremadura como um todo”.

As organizações agrárias exigiram, ontem, que o seguro de compensação de pastagens mostre a realidade que vive o campo da Extremadura, perante a pior seca, dos últimos 25 anos, e que não está refletido nas últimas leituras publicadas pela Agroseguro. Metidieri assegurou ontem que este seguro está “condenado a desaparecer” por se tratar de um “golpe e engano” aos agricultores, para o qual solicita o parecer de peritos, no terreno, e não por satélite como se faz atualmente.

Para tornar clara esta reclamação pública, os agricultores da região estiveram ontem em frente às instalações da Agroseguro, na Extremadura, em Cáceres, com um cartaz que dizia: “Agroseguro, sinto-me enganado”.