Oito professores reformam-se em Campo Maior até 2023

José Pedro, professor de sociologia na Secundária de Campo Maior, atinge em dezembro deste ano a idade de reforma. Vai reformar-se com 66 anos e três meses de idade, o que corresponde a 41 anos de serviço o que considera “uma injustiça. É muito cansativo e se olharmos para outras profissões, da função pública, atingem uma pré reforma ou aposentação mais cedo.

O professor José Pedro não diz que está saturado, porque tem funções que tem de cumprir, assim como o seu dever, e apesar de saber que tem do outro lado alunos que precisam de si, a sua disponibilidade “é cada vez menos”.

Nos próximos dois anos, “oito professores reformam-se em Campo Maior, num universo de 130”. O diretor do agrupamento, Jaime Carmona, refere que “a média de idades do agrupamento é de 50 anos”.

Este mês, as escolas perdem 173 professores, incluindo cinco educadores de infância. Em fevereiro, serão menos 11 educadores de infância e 154 docentes, segundo a lista mensal divulgada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), que revela que haverá 338 novos reformados nestes dois primeiros meses do ano.

Até 2030, estima-se que mais de metade dos professores se reforme, tendo em conta que atualmente a maioria tem pelo menos 50 anos.