Marvão e Valência de Alcântara reconhecem a fronteira anualmente

Marvão e Valência de Alcântara, em Espanha, assinam atas de reconhecimento da fronteira, um procedimento anual entre os dois municípios vizinhos.

Luís Vitorino, presidente da Câmara Municipal de Marvão, e Alberto Piris Guapo, alcalde de Valência de Alcântara, assinaram, recentemente, o reconhecimento da fronteira entre Portugal e Espanha, compreendida nos limites municipais de Marvão e Valência de Alcântara, de acordo com o disposto no Tratado de Limites das Nações, de 29 de dezembro de 1864.

Após este ato simbólico, que se repete anualmente, os documentos assinados são enviados para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, para cumprimento legal.

Mais 27.916 casos Covid e 49 óbitos em Portugal

Portugal regista esta segunda-feira, 31 de janeiro, mais 27.916 casos de Covid-19 e 49 óbitos.

Encontram-se internados em enfermaria 2.469 doentes com Covid-19, mais 72 do que ontem. Os internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos mantêm-se, estando atualmente 160 doentes internados.

A região Norte, com 14.536 novos casos, foi a que reportou mais infeções nas últimas 24 horas. Seguem-se Lisboa e Vale do Tejo, com mais 7.038, a região Centro, com mais 3.362, o Algarve, com mais 983 e o Alentejo, com mais 662. Nos Açores também se registam mais 798 infeções e na Madeira 537.

De ontem para hoje, os casos ativos, no país, desceram: há menos 11.729 do que no domingo. Há também mais 39.596 doentes recuperados e 8.578 contactos em vigilância.

A Coopérnico, cooperativa de energias renováveis no “Ambiente em FM”

A Coopérnico é uma cooperativa de energias renováveis, que alia à sua natureza social o apoio a projetos de solidariedade, educacionais ou de proteção ambiental, sendo que existe um grupo local desta cooperativa em Portalegre.

No programa “Ambiente em FM”, desta semana, José Janela explica que a Coopérnico “criou uma grande comunidade de cidadãos e empresas com vontade de contribuir para um novo modelo energético, social e empresarial, onde juntaram parte das poupanças em investimentos em pequenos projetos de energias renováveis em que cada um pode ser dono da parte que desejar”.

A eletricidade que produz “é integrada na rede elétrica e serve para abastecer famílias e empresas e os seus projetos geram benefícios económicos, com a venda da eletricidade produzida, e ambientais com a produção de eletricidade limpa (sem emissões de dióxido de carbono e outros poluentes), e distribuem os benefícios gerados entre a sociedade, os investidores e o meio ambiente”.

O objetivo de grupos locais, como o de Portalegre é “a promoção da atuação coordenada dos serviços descentralizados de âmbito regional da Cooperativa em permanente articulação com a Direção”.

Estar num grupo local contribui para dar a conhecer a Cooperativa e identificar novas oportunidades de projetos, áreas de atuação ou tecnologias em que investir.

José Janela adianta ainda que qualquer pessoa, depois de se fazer membro da Coopérnico pode comprar a eletricidade da cooperativa, uma eletricidade 100% renovável.

A Coopérnico é o tema em destaque esta semana no programa “Ambiente em FM”.

Vitória do PS: a vitória da “sensatez”, diz Capoulas Santos

A vitória do Partido Socialista nas legislativas de ontem, 30 de janeiro, é, para o cabeça de lista pelo PS pelo círculo eleitoral de Évora, Luís Capoulas Santos, um “resultado histórico”, que o surpreende a si próprio, que o deixa muito feliz, mas, ao mesmo tempo, “muito responsabilizado”.

“Os eleitores do distrito de Évora compreenderam a nossa mensagem, que foi assente no ’cumprimos no passado, cumpriremos no presente’”, revela o antigo ministro da Agricultura, assegurando que esta foi a “vitória “da sensatez”.

“Os portugueses e os alentejanos são pessoas de bom senso e percebem que são aqueles que tudo prometem, sem nunca terem condições de as puderem cumprir”, adianta.

Capoulas Santos recorda que os últimos dois anos foram, praticamente, vividos em pandemia, “em situações extremas para as famílias, para as empresas, para o Serviço Nacional de Saúde, pelo que agora é hora de “preparar o futuro”. O deputado diz ainda ser importante “vencer a pandemia e a crise económica, criando mais riqueza no país, distribuí-la melhor, para que os salários possam ser também impulsionados para cima e que possamos todos ter melhores condições de vida”.

Quanto à sua eleição, Capoulas Santos, que se diz “muito grato”, garante que tudo fará para “honrar a confiança no futuro” que lhe foi confiada.

Para além de Capoulas Santos, foi também eleito, no distrito de Évora, pelo PS, Norberto Patinho e Sónia Ramos, pelo PSD.

Em Évora, o PS alcançou 43.95% da votação (34.693 votos), seguindo de PSD, com 21.41% (16.902 votos), CDU, com 14.56% (11.494 votos), Chega, com 9.15% (7.222 votos), Bloco de Esquerda, com 3.33% (2.628 votos), Iniciativa Liberal, com 2.47% (1.947 votos) e CDS, com 1.14% (896 votos).

Eleições esclarecem quem os portugueses querem para Governar o País

As eleições legislativas deste domingo foram esclarecedoras de quem os portugueses querem que seja Governo. As sondagens em Portugal valem cada vez menos e até as que foram feita à boca das urnas deixaram muito a desejar. O País mudou e está a mudar e o pessoal da sondagens ainda não deu por isso. A abstenção diminui pela primeira vez em muitos anos, o que quer dizer que os eleitores, sim, tem interesse pela politica. Afinal, os muitos debates que se realizaram, nas televisões e rádios sempre com muita audiência, colocaram a politica no prato do interesse comum nacional. Pontos que ficaram como resumo da noite:

-O PS ganhou com maioria e alargou a distancia para os parceiros de esquerda que foram descartados, talvez mesmo responsabilizados pela dissolução da Assembleia da Republica e para a direita, onde o PSD, segundo as sondagens, iria discutir, quiçá ganhar as eleições. Costa é um fenómeno e com seis anos de desgaste no poder, vence com o melhor resultado, a sua primeira maioria.

A desilusão da noite foi o PSD e Rui Rio, iludido pelas sondagens, nunca disputou verdadeiramente a eleição e agora, palavras do próprio, auto descarta-se e vai deixar o partido 

-Os três partidos esquerdistas da gerigonça perderam, Os Verdes desaparecem até do parlamento, sendo (os três partidos) “culpados da crise” pelo eleitorado, mais até no caso do Bloco de Esquerda que passa de terceiro a quinto partido mais votado, foi mesmo resumido a cinco deputados (perdeu 14), mais penalizado do que o PCP que vem em queda geral e perdeu metade dos deputados (seis, incluindo João Oliveira em Évora). Entra finalmente na Assembleia, Rui Tavares pelo Livre e o PAN de tanto querer proibir foi quase proibido de entrar no parlamento, ficando apenas com a líder, numa solitária cadeira, no hemiciclo.

-À direita, André Ventura, confirmou-se como a segunda vedeta da noite, em terceiro lugar nacional, somando 12 deputados que prometem agitar a legislatura. Se um Ventura incomodava muita gente, agora 12 Ventura incomodam muito muito mais. A Iniciativa Liberal ganhou um grupo parlamentar, atingindo oito deputados, tudo contra um CDS que se evaporou pela primeira vez do Parlamento, deixando de ser o partido do táxi para ser o Belenenses da politica portuguesa, um partido que já foi grande, mas agora vai ter que se refundar pelas divisões inferiores.

António Ferreira Góis

Diretor da Rádio Campo Maior

Ricardo Pinheiro e a vitória do PS em Portalegre: “ganha um projeto que tinha uma estratégia”

É com um “sentido de responsabilidade enorme” que Ricardo Pinheiro, eleito ontem, 30 de janeiro, deputado do PS, pelo círculo eleitoral de Portalegre, nas eleições legislativas, que ditaram a vitória do Partido Socialista, com uma maioria absoluta, que tanto ele, como o segundo e último deputado eleito pelo distrito, Eduardo Alves, também do PS, encara os próximos quatro anos.

Ricardo Pinheiro garante que o PS, acima de tudo, tem procurado “dar credibilidade à democracia de forma honesta e transparente”, sendo que, para si, em Portalegre, “ganha um projeto que tinha uma estratégia, um momento de cultura organizacional, em que os homens e as mulheres do Alto Alentejo confiaram”.

A promessa do antigo presidente da Câmara de Campo Maior é de “continuar a lutar por este território, em diferentes áreas e em diferentes setores”, procurando sempre colocar o Alto Alentejo “em linha com aquilo que são os grandes pilares de desenvolvimento à escala europeia”. Para além disso, diz o deputado, há que “transformar este território e as pessoas que nele habitam”, continuando sempre a desempenhar um papel de crescimento.

Comprometendo-se com o seu melhor para a governação do Alto Alentejo, Ricardo Pinheiro agradece ainda a todos aqueles que confiaram no Partido Socialista e lhe deram a vitória nestas legislativas. Para a região, diz ainda, os fundos comunitários “vão fazer toda a diferença”.

Em declarações à Rádio ELVAS, Pinheiro deixou ainda uma palavra de gratidão a toda a comunicação social, e ao “enorme trabalho isento que fez”. “Um bem-haja sempre a todos os jornalistas que fazem comunicação isenta no território do Alto Alentejo”, remata.

De recordar que o PS, no distrito de Portalegre, obteve 47.21% da votação (25.271 votos), destacando-se de PSD, com 23.23% (12.432 votos), Chega, com 11.46% (6.136 votos), CDU, com 7.58% (4.058 votos), Bloco de Esquerda, com 2.90% (1.550 votos), Iniciativa Liberal, com 2.08% (1.115 votos), e CDS, com 1.19% (635 votos).

Ricardo Pinheiro e Eduardo Alves eleitos pelo distrito de Portalegre

O PS venceu com vantagem suficiente para eleger os dois únicos deputados pelo circulo eleitoral de Portalegre, com à frente do PSD que teve

Na verdade, a diferença de 204 a favor do PS, impediu a eleição de José Pedro Luís, o jovem de 19 anos e cabeça de lista do PSD.

O CHEGA foi a terceira força com