Portugal passa a integrar uma rede europeia para certificação da produção agrícola, através da Universidade de Évora, com o objetivo de implementar um certificado de integração da biodiversidade na gestão dos agroecossistemas, nomeadamente na gestão do olival.
É no contexto do projeto Olivares Vivos +, financiado pelo Programa LIFE na área de Natureza e Biodiversidade, que o nosso país passa a integrar uma rede de países europeus, que vai testar e implementar um novo certificado que garanta a integração da biodiversidade na gestão dos agroecossistemas.
Liderado por José Herrera, coordenador do Grupo de Investigação em Biodiversidade e Alterações Climáticas no Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da Universidade de Évora, o investigador adianta, segundo a página da Universidade, que o principal objetivo é “desenvolver um certificado que garante o compromisso dos olivicultores com a conservação da biodiversidade”, para tal, “será testado o impacte das práticas agrícolas na biodiversidade, bem como a eficiência de diferentes atuações destinadas à sua conservação, nomeadamente o incremento da disponibilidade de refúgios artificiais para a fauna vertebrada e invertebrada”.
José Herrera sublinha ainda a importância de “valorizar o papel da biodiversidade na sustentabilidade dos sistemas agrícolas, e providenciar aos agricultores um certificado que garanta o seu compromisso com a biodiversidade e os serviços derivados da sua conservação”. Os investigadores esperam ainda “contribuir para uma maior resiliência e resistência, face às alterações climáticas, do olival, uma cultura chave para a economia da Europa mediterrânea em geral e de Portugal em particular”, recorda o investigador.
O projeto denominado por Olivares Vivos + conta com a participação de quatro países europeus, com particular relevância na cultura da oliveira, nomeadamente Espanha, Itália, Grécia e Portugal.