
Covid-19: Campo Maior baixa número de casos ativos com mais sete altas

Produtores querem aumento de cinco cêntimos no litro de leite
O preço pago ao produtor de leite, por litro, está estagnado, há vinte anos, nos 32,5 cêntimos, com a Associação de Produtores de Leite de Portugal a querer chegar a um entendimento com as distribuidoras para uma atualização destes valores, subindo até aos 38 cêntimos.
Segundo a associação, desde o final do ano passado, e depois dos custos de produção terem aumentado em cerca de 30 por cento, muitos produtores ficaram numa situação de grandes dificuldades.
Mirjam Buil, proprietária da vacaria da Herdade das Coelherinhas, em Elvas, garante que, atualmente, o lucro com a venda do leite é praticamente inexistente, o que, em muitos casos, nem dá para garantir a sobrevivência dos negócios. A empresária originária da Holanda, assegura que o preço pago ao produtor por litro de leite devia subir, no mínimo, cinco cêntimos ou, acompanhar os custos de produção.
“Nós trabalhamos porque temos gosto. É todos os dias, sete dias por semana. Mas não é pelo lucro, que quase não há. Só o custo da alimentação das vacas é mais de 50% do preço do leite”, revela Mirjam Buil, assegurando que é preciso, por vezes, pedir empréstimos para manter o negócio de pé.
A empresária holandesa revela que muitos dos seus colegas de profissão, por não conseguirem suportar mais a situação, já deixaram de vender leite, adiantando que um aumento para 38 cêntimos, neste momento, “já seria bom”, ainda que, do seu ponto, este valor nunca deveria ser fixo. “Não faz sentido falar num valor fixo. Devia-se seguir os custos de produção, porque facilitava os pagamentos aos fornecedores”, acrescenta. “Se o preço do leite fosse maior, nós também tínhamos incentivos para, por exemplo, aumentar a nossa produção”, alega ainda, assegurando, por outro lado, que, nos dias de hoje, com os preços praticados, não há qualquer interesse nisso.
Contrariamente ao leite, tem-se registado, em todas as outras bebidas, uma de subida gradual de preços. O mesmo, revela Mirjam Buil, foi possível fazer ao nível dos iogurtes produzidos na Herdade das Coelheirinhas. “A vantagem que nós temos com os iogurtes é essa, das subidas de preços. As embalagens, os rótulos e o transporte subiram imenso no último ano, mas eu consigo subir os preços dos iogurtes. No leite não conseguimos, porque somos obrigados a receber os preços pagos pela indústria”, explica ainda.
Com as constantes promoções nas embalagens de leite, nas superfícies comerciais, garante Mirjam Buil, quem acaba por pagar são os produtores. “O consumidor está a ganhar, mas nós estamos a perder. É um produto básico e não o deviam vender a um preço tão baixo”, diz ainda, assegurando que a indústria e os supermercados deveriam ser responsabilizados por fazerem de tudo para comercializar desta forma o produto.
A Associação dos Produtores de Leite de Portugal tem vindo a lamentar a “passividade” do Governo, que leva a que a produção de leite em Portugal esteja cada vez mais “na cauda da Europa”, assegurando que o setor tem saído muito “prejudicado pelos preços esmagados que se praticam nas grandes superfícies”.
CROA em Campo Maior pode estar concluído em outubro
O Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROA), que se localiza junto ao armazém municipal, em Campo Maior, está praticamente concluído, “faltando apenas pequenas obras e também algum mobiliário, pelo que poderá estar concluída já em outubro”.
João Muacho, presidente da Câmara de Campo Maior, refere que este espaço pretende “diminuir a população de cães e gatos errantes ou em risco, proporcionando condições para que possam ser recolhidos, tratados, esterilizados e ser encaminhados para uma adoção responsável”.
O CROA conta com gabinete veterinário, dois espaços com apoio ao centro e alojamento dos animais, podendo acolher cerca de 50 animais. “Haverá também um espaço para animais com problemas graves de saúde”, adianta João Muacho, na esperança que seja suficiente, tendo em conta que o número de gatos tem tendência a aumentar.
O Centro Oficial de Recolha de Animais de Companhia resulta de um investimento de 180 mil euros comparticipado, em cerca de 50 mil euros.
“Dança na Rua” anima manhãs de fim de semana em Campo Maior
O Grupo de Dança Contemporânea dos Projetos de Formação do Município de Campo Maior deu início na manhã de ontem, 4 de setembro à iniciativa “Dança na Rua”, que vai levar esta arte ao Jardim Municipal também este domingo, dia 5, e a 11 e 12 de setembro.
O presidente do município, João Muacho, e a vereadora Vanda Alegria marcaram presença nesta primeira sessão.
Para os interessados em participar nesta iniciativa as sessões decorrem junto ao Coreto do Jardim Municipal, a partir das 9 horas para pessoas com mais de 65 anos; às 10 horas, dos 13 aos 65, e às 11 horas, dos cinco aos 12 anos.
As vagas são limitadas e o uso de máscara é obrigatório.
Alentejo com mais 77 casos de Covid-19
Mais 1.713 casos Covid e 13 mortes em Portugal
Portugal regista este sábado, 4 de setembro, 1.713 novos casos de Covid-19 e mais 13 mortes.
Nas últimas 24 horas, o número de casos ativos baixou para 42.358 (menos 951 que ontem) e foram registados mais 2.651 recuperados da doença.
Hoje, há ainda a registar, menos 17 doentes internados em enfermarias (664 no total) e mais três em unidades de cuidados intensivos (são agora 139).
Mais três doentes recuperados da Covid-19 em Elvas
Elvas não regista este sábado, 4 de setembro, novos casos de infeção por Covid-19. São reportados, por outro lado, três recuperações da doença.
No concelho, encontram-se agora ativos 30 casos de infeção, num total de 1686 registados, desde o início da pandemia.
Da doença, no concelho, já recuperaram 1627 pessoas e morreram 29.
Simão Comenda homenageado em Montemor com corrida de touros este domingo
A empresa Montemor É Praça Cheia organiza, amanhã, dia 5 de setembro, pelas 18 horas, uma corrida de touros de homenagem a Simão Nunes Comenda, figura incontornável do mundo tauromáquico, que ficará recordado para sempre como uma das maiores referências, a nível nacional, na arte de pegar toiros.
Simão Nunes Comenda, que faleceu em fevereiro, era um dos sócios gerentes, a par de Paulo Vacas de Carvalho, da empresa, responsável pela época tauromáquica da Praça de Touros de Montemor-o-Novo.
“Quis Deus que a última corrida, destes últimos vinte anos, fosse de homenagem ao Simão Comenda”, começa por comentar Paulo Vacas de Carvalho, recordando o trabalho conjunto, ao longo dos anos de existência da empresa, assegurando só ter “bem a dizer” do mesmo, enquanto sócio e amigo. Como tal, o empresário considera esta homenagem a Simão Nunes Comenda mais que justa, por tudo o que foi, ao longo da sua vida, e o que ainda representa para o mundo da tauromaquia: “como pessoa, como aficionado, como forcado do grupo de Montemor, embaixador de Montemor pelos quatro cantos do mundo e como empresário, que elevou esta praça como ninguém”.
Nesta corrida, explica Paulo Vacas de Carvalho, será ainda feita a mudança no cabo do grupo dos Forcados de Montemor, com António Vacas de Carvalho a dar lugar a António Pena Monteiro. “Vai ser um momento histórico para o grupo e para Montemor”, assegura. António Pena Monteiro torna-se, assim. o 11º cabo da história do grupo.
Após dois anos sem corridas de touros, devido à Covid-19, António Vacas de Carvalho afirma que este será um marco importante, para o regresso da arte tauromáquica à cidade, onde não faltarão emoções fortes. Cabo desde 2013, não esquece as muitas memórias, amizades e experiência que foi adquirindo ao longo destes anos, deixando “um agradecimento muito grande a esta instituição, que torna adolescentes em homens.”
António Pena Monteiro será o sucessor ao cargo de cabo, uma escolha considerada natural e unânime, por parte de António Vacas de Carvalho e do grupo, que atravessa uma das suas melhores fases. “O António tem as condições pessoais e institucionais para ter uma vida de cabo muitíssimo boa”, assegura o cabo em fim de funções, não tendo dúvidas que Pena Monteiro é um dos melhores a nível nacional.
Em praça, neste dia, vão estar os cavaleiros João Moura Jr., João Telles Jr. e Francisco Palha, que Paulo Vacas de Carvalho considera ser “dos melhores da sua geração”. Pela frente, tantos os cavaleiros, como os forcados de Montemor, terão pela frente um curro de touros de São Torcato. A abrilhantar a corrida, que Paulo Vacas de Carvalho não tem dúvidas que contará com muitos momentos “de emoções à flor da pele”, vai estar a Banda Carlista.
Já o filho de Simão Comenda, que partilha o mesmo nome do pai, agora em representação da família na empresa Montemor É Praça Cheia, garante que o pai será sempre insubstituível, mas que continuará a dar todo o seu apoio a Paulo Vacas de Carvalho.
Campo Maior: mais um caso Covid e cinco altas
José Martins lança livro sobre as igrejas do concelho de Elvas
O elvense José Martins (na foto) fez o levantamento de todas as igrejas existentes no concelho de Elvas. Esse trabalho vai dar origem a um livro, lançado no início do próximo ano.
Em declarações à Rádio ELVAS, José Martins refere que “na sua obra há igrejas que já nem existem na cidade ou já têm outra utilidade. Por exemplo, o Convento dos Paulistas, onde é hoje o hotel Vila Galé. Eu tinha o historial todo da igreja na minha casa. Era uma pena não usar”.
O elvense considera que este “é um projeto bastante ambicioso. Assim, quem quiser procurar alguma coisa sobre igrejas de Elvas tem aqui”.
O livro de José Martins conta com ilustração de José Kuski e prefácio de Rui Jesuino.