O InnovPlantProtect (InPP), o Laboratório Colaborativo instalado em Elvas, na antiga Estação nacional de Melhoramento de Plantas, prepara-se para, dentro de pouco tempo, submeter uma candidatura para a criação de uma patente relacionada com a proteção de árvores em relação a pragas.
Pedro Fevereiro, CEO do laboratório, refere que “a instituição está ainda numa fase de desenvolvimento de produtos mas, dentro em breve, poderão surgir novidades. Estamos a desenvolver vários produtos mas posso dar o exemplo de um que consiste numa solução para prevenir o ataque da xylella fastidiosa a diversas árvores, mais concretamente às oliveiras. Este +produto, é baseado na utilização de um microrganismo que vai impedir que a bactéria se possa multiplicar e crias a doença na árvore. Esse microrganismo constituirá um produto que será patenteado”.
A utilização de produtos de origem biológica tem sido uma aposta a todos os níveis, quer da União Europeia, quer por parte dos próprios agricultores. Pedro Fevereiro garante que, esta procura tem surgido “sobretudo junto dos agricultores com uma formação mais avançada”.
De recordar que o InnovPlantProtect conta com 38 investigadores, dos quais 16 doutorados, 17 mestres e cinco licenciados.
Cristina Azevedo, diretora do departamento de biopesticidas, é natural do Porto, engenheira agrónoma de formação e doutorada em interação planta – patógeno. Ingressar neste laboratório foi a oportunidade de regressar a Portugal depois de 22 anos em Inglaterra. Atualmente, referiu-nos que o seu departamento “está a tentar desenvolver pesticidas biológicas, indo de encontro às diretivas da União Europeia”.
Pedro Rosa, natural da Figueira da Foz, é um dos investigadores que faz parte desta equipa. Formado em Biotecnologia de plantas, está neste momento a realizar uma investigação relacionada com o arroz: “estou a trabalhar com um fungo que ataca o arroz e a tentar utilizar os seus mecanismos celulares para consegui atacá-lo. Uma espécie de uma partida ao próprio fungo”.
O InnovPlantProtect (InPP) de Elvas foi criado para desenvolver soluções inovadoras de base biológica para proteger as culturas de pragas e doenças e prestar serviços de diagnóstico e monitorização, contribuindo assim para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.