À semelhança do que acontece um pouco por todo o país, também em Montemor-o-Novo, os pedidos de ajuda, por parte das famílias, têm aumentado nos últimos tempos, tendo em conta as várias situação de vulnerabilidade em que a pandemia as tem deixado.
A Santa Casa da Misericórdia acaba por ser, através dos seus projetos de ação social, uma das principais instituições que tenta dar resposta a estes pedidos de ajuda.
Desde 2013 que a Santa Casa acompanha várias famílias do concelho, situação que, no decorrer deste último ano, tem vindo a aumentar, dadas as dificuldades enfrentadas agora também por agregados que, até então, não se enquadravam na tipologia de famílias carenciadas, segundo revela a diretora técnica da instituição, Rita Oliveira.
“Infelizmente, a situação pandémica que estamos a atravessar, tem trazido ao de cima mais casos ainda e mais dificuldades. Famílias que, à partida, não seriam enquadradas nesta tipologia de famílias carenciadas, mas que, por motivo dos layoffs, desemprego, de uma quebra abrupta dos rendimentos, encerramento de alguns estabelecimentos, depararam-se com dificuldades muito específicas”, adianta.
Os muitos pedidos de ajuda, quer de famílias, quer de outras instituições, de outros serviços da comunidade que trabalham com esses agregados familiares, acabam por deixar quase que em sufoco a capacidade de resposta da Santa Casa. “Não é fácil respondermos a todas estas situações”, garante Rita Oliveira.
A diretora da instituição montemorense adianta ainda que, através de um projeto da Comunidade Europeia, a Santa Casa presta apoio alimentar a algumas famílias, sendo que este apoio é dirigido a uma tipologia de agregados familiares muito específica. Perante este novo cenário, e com o aumento dos pedidos de ajuda, de famílias que não se enquadram nos critérios desse projeto, a Santa Casa acaba por tentar, também, dar resposta.
Atualmente, a Santa Casa está a distribuir, todos os meses, cerca de 90 cabazes de alimentos a famílias de Montemor. “Nós pertencemos a uma rede, que é a Zero Desperdício, e somos apoiados por dois hipermercados de Montemor, que nos dão os excedentes e os produtos que entram em quebra, e nós, com esses produtos, construímos cabazes para levar a essas famílias”, explica Rita Oliveira, adiantando que os produtos angariados são sempre “muito pouco diversificados”. “Hoje, podem vir muitos legumes, mas não temos mais nada que isso. E para nós apoiarmos famílias, precisamos de ter um leque de produtos que consideramos ser o mínimo necessário para dar uma alimentação para uma, duas, três semanas”, remata.
Apesar do aumento dos pedidos de ajuda, a verdade é que ninguém estava preparado para as consequências desta pandemia, que tem contagiado as famílias, não só em Montemor, mas em todo o país, criando uma realidade que até aqui não se conhecia: a de uma pobreza envergonhada que não sabe como pedir auxílio.


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