As Festas do Povo de Campo Maior tiveram início hoje, sábado 22 de agosto, e neste primeiro dia comemora-se o Dia de Portugal, com a atribuição da flor Tulipa, que significa paz.
A sessão inaugural realizou-se no Centro Cultural, numa cerimónia presidida pelo presidente da Junta da Estremadura, Guillermo Fernández Vara e que contou com discursos Pedro Murcela, presidente da Assembleia Municipal, Ricardo Pinheiro, presidente da Câmara Municipal, e João Rosinha, presidente da associação das Festas do Povo de Campo Maior.
Pedro Murcela, agradeceu o trabalho desenvolvido por todos os campomaiorenses para que estas festas pudessem acontecer. Gostaria também de agradecer ao presidente da Associação das Festas do Povo, ao presidente da Câmara Municipal e a todos os funcionários da autarquia e, como não poderia deixar de ser, a alguém que sempre ajudou de forma benemérita a população e a organização das Festas do Povo, o Comendador Rui Nabeiro.
Gostaria agora de agradecer ao meu amigo D. Guillermo Fernández Vara, pela sua presença nesta sessão o que vem reforçar a relação entre estas duas regiões, sublinhou.
Pedro Murcela sublinhou que o facto de estas festas serem únicas levou-nos a querer ser reconhecidos como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela Unesco e acreditamos que a edição deste ano vai ajudar-nos a receber essa distinção.
João Rosinha sublinhou o mote destas festas: o povo quis e as flores voltaram a mostrar aquilo que de melhor se faz em Campo Maior. O presidente da Associação das Festas do Povo de Campo Maior agradeceu ao povo de Campo Maior pela dedicação e amor a esta causa. Sem eles não haveria Festas do Povo e, mais uma vez, ai estão elas.
2015 vai ser o ano de viragem na forma de fazer as Festas do Povo pois vai fazer com que os jovens se envolvam na arte de fazer as tradicionais flores, que há muitos anos destacam o povo campomaiorense, sublinhou.
Ricardo Pinheiro destacou a dedicação demonstrada pela Guarda Nacional Republicana e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil no desenrolar destas festas para que tudo corra bem.
Sempre que falo de Festas do Povo, faço-o com enorme respeito porque é um evento que se realiza à escala nacional e internacional, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior.
Ricardo Pinheiro reforça a ideia de que é necessário demonstrar à humanidade, através de uma candidatura a Património da Humanidade, que os portugueses e os campomaiorense têm capacidade para dar a conhecer o mundo ao mundo. As flores de papel de Campo Maior estão hoje no imaginário de todos os portugueses e isso só acontece graças ao apoio e trabalho do Comendador Rui Nabeiro.
O município de Campo Maior está neste momento a preparar a abertura de um museu dedicado às Festas do Povo. Com este espaço queremos homenagear todos os que estão envolvidos na realização das flores e, ao mesmo tempo, permitir que quem visite Campo Maior possa conhecer esta tradição mesmo nos anos em que ela não se realiza, referiu Ricardo Pinheiro.
O presidente da Junta da Estremadura, Guillermo Fernández Vara, mostrou-se agradecido pelo convite para estar presente nesta cerimónia.
Guilhermo Fernández Vara garante que sente que os portugueses fazem parte da sua família pois em Olivença fomos ensinado, pelos nossos pais, a ter uma boa relação com Portugal.
Antigamente a fronteira acabava com os sonhos das pessoas. Hoje em dia é uma local onde tudo começa pois permite melhorar a economia de dois países, através das exportações. Os povos e as cidades não se diferenciam umas das outras pelos seus edifícios mas sim pelas suas tradições e cultura, sublinhou.
Na opinião do presidente as Festas do Povo são a prova de que um evento acontece quando o povo quer.
Eu empenhei-me, durante muito tempo, na melhoria da relação entre a Estremadura Espanhola e Portugal e vou continuar a dedicar-me aos projetos comuns pois estou convencido que são o futuro das duas regiões, garantiu.
O programa de hoje inclui ainda, pelas 21 horas, no palco Amo Campo Maior, em frente ao Hotel Santa Beatriz, a atuação dos ranchos Folclóricos de Campo Maior, das Carvalheiras de Argivais, Maceira da Lixa, Casa do Povo da Conceição, Casal Pinheiro e Fragosas Alcobaças, Sesimbra e Atalaia.
Pela mesma hora, mas no Palco Alentejo, situado no Largo do Barata, decorre uma noite de fados com Beatriz Clemente, Joel Moriano, António João Gonçalves e Luís Corta-Ventos, acompanhados por Paulo Cachinho, na guitarra portuguesa e José Quaresma na viola de fado.