Portalegre: bombeiros do distrito recebem formação

FormacaoMarcoA Ação de Formação de 1º Comandante de Operações de Socorro (COS), integrada no plano de atividades para o distrito de Portalegre, foi composta por três ações, que se realizaram em três fins-de-semana consecutivos, com início a 14 e 15 de março.

A primeira ação decorreu em Fronteira, com um total de 16 formandos dos corpos de bombeiros de Avis, Campo Maior, Elvas, Fronteira e Sousel, bem como um elemento de cada equipa de sapadores dos municípios das corporações envolvidas. A segunda ação decorreu em Portalegre, com a participação de 19 formandos de Arronches, Castelo de Vide, Marvão, Monforte e Portalegre. A última, nos dias 28 e 29 de março, realizou-se no Gavião e contou com a participação de 17 elementos de Alter do Chão, Crato, Gavião, Nisa e Ponte de Sor.

Este conjunto de treinos técnicos operacionais teve como principal objetivo preparar chefes, subchefes, bombeiros de 1ª e chefes de equipa de sapadores florestais a assumir e desempenhar funções de 1º COS de forma mais competente, potenciando uma melhoria no combate a incêndios.

Comunidade Neocatecumenal de Elvas no “À Conversa Com”

CaminhoNeoCatecumenalA Paróquia de Santa Luzia é, a partir da próxima semana, às segundas e quintas-feiras à noite, espaço para os encontros da Comunidade Neocatecumenal de Elvas.

“Estes encontros – cerca de 15, 16 – vão decorrer às nove da noite, onde vamos falar sobre a história da Igreja, sobre a história que Deus tem feito, dando a nossa experiência, e onde vai estar presente o padre Moisés”, começa por explicar Vasco Abreu (na foto, à esquerda), membro da Comunidade Neocatecumenal e convidado na edição de hoje do “À Conversa Com”. “Nestes encontros falamos de coisas do dia-a-dia, do sentido que a vida e da descoberta que Jesus está vivo e dentro de nós”, acrescenta.

Nos próximos quatro domingos, o processo de evangelização sai à rua. A Praça dos Descobrimentos, em Elvas, é o local onde estes encontros se vão realizar, a partir das 16.30 horas. De acordo com Miguel Herves (na foto, à direita), “sair e anunciar aos homens que se afastaram, que deixaram de acreditar na Igreja, é a nossa missão”.

Ouvir aqui “À Conversa Com”

Idosa de Campo Maior em risco de perder braço

BracoSenhoraCampoMaiorMariana Martins, de 84 anos, natural de Campo Maior, deu entrada no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, no dia 26 de Março, com “uma insuficiência respiratória já diagnosticada pela pneumologista de Portalegre”. Em Elvas, “fizeram-lhe uma punção arterial (gasometria) para medir o oxigénio no sangue o que lhe provocou uma hemorragia interna. A minha mãe começou a ficar com o braço muito inchado e muito negro e estava a ser tratada, com antibiótico, para uma infeção”, referiu-nos o filho da doente, Eduardo Durão.

Quatro dias depois a idosa é transferida para o Hospital Dr. José Maria Grande, em Portalegre, onde o médico que a atendeu informa a família que o que senhora tinha “não era nenhuma infeção mas sim uma grave hemorragia e que tinha que ser submetida a uma intervenção cirúrgica”, relatou o filho.

“A minha mãe esteve em coma induzido, inicialmente, estando agora muito sedada e a ser alimentada por uma sonda. O médico disse-me que ela ficou com um buraco no braço, porque a carne apodreceu, correndo o risco de lhe ser amputado o membro”.

Eduardo garante agora à Rádio Campo Maior que vai “seguir com o caso para tribunal porque, desde o dia em que a minha mãe foi transferida para Portalegre, ninguém do Hospital de Elvas me contactou para explicar o que aconteceu. Acima de tudo queria que a minha mãe não tivesse passado por este sofrimento mas também quero que se faça justiça”.

Contactada pela Rádio Campo Maior, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que administra o hospital de Elvas, pelas palavras do porta-voz, Ilídio Pinto Cardoso, informa que “a senhora de Campo Maior encontra-se em vigilância de insuficiência cardíaca, na Unidade de Cuidados Intensivos e ao mesmo tempo a fazer tratamento da cicatriz. A senhora está a evoluir favoravelmente”.

Notícias da manhã de quinta-feira, dia 16 de abril

noticias_RCMNotícias da manhã de quinta-feira, dia 16 de abril, na Rádio Campo Maior, com edição de Andreia Claro e os seguintes temas em destaque:

– Idosa de Campo Maior em risco de perder braço depois de punção arterial no hospital de Elvas;

– Atletas do Estrela de Portalegre alegadamente vítimas de exploração, sem alimentação e a viver em más condições;

– 30 militares da GNR doaram ontem sangue em Elvas;

– Cocktail dos Idiotas hoje em Portalegre pelos alunos de Administração Publicidade e Marketing do Politécnico;

– e X Congresso Nacional “Cientistas em Ação” decorre entre hoje e sábado no Centro de Ciência Viva de Estremoz.

Ouvir aqui Notícias da manhã na Rádio Campo Maior

Fome e más condições de habitação denunciadas por jogadores do Estrela de Portalegre

estrela_PortalegreDavi, atleta profissional, natural do Rio de Janeiro (Brasil), chegou a Portalegre, em Janeiro, com o sonho de “estar na vitrina” e destacar-se “em clubes grandes”. Mas algum tempo depois percebeu que a realidade não era essa. “Eu estive a residir na sede do clube durante 15 dias, até encontrar uma casa para mim, e deu para ver que a alimentação não era aquela que um atleta devia ter. Quando comíamos uma bifana era um dia maravilhoso porque a nossa alimentação era sempre à base de massa, arroz e atum”.

O jogador de futebol ouviu muitas “vezes os colegas queixarem-se de que o salário estava atrasado. Muitas vezes ajudei os meninos a comprar medicamentos e a carregar o telemóvel para poderem falar com a família”.

“Quando vim para cá informei que não me preocupava com o salário. Se todos recebessem eu queria receber mas se os outros não recebessem eu também não me importava”, garantiu. “O dinheiro era sempre uma promessa. Ele (Sérgio Daniel) dizia sempre que ia pagar e nunca pagava”.

Com apenas 22 anos, Vazilen, nasceu na Moldávia e jogou durante 6 meses no Estrela de Portalegre. “Ao princípio esta experiência foi muito boa pois diziam-nos que a equipa ia subir e que íamos ter boas condições mas ao fim de algum tempo começámos a ver que faltavam muitas coisas. Nós dormíamos num alojamento, com mais 13 ou 14 colegas, onde muitas vezes faltava comida”.

“Eu acabei por sair quando o clube suspendeu a equipa sénior. Durante seis meses recebi apenas um mês. Ele (Sérgio Daniel) prometia, prometia mas nunca pagava. No final ainda falei com ele para pagar tudo mas foi-me dito que ainda não tinha o dinheiro”.

Vasilen garantiu-nos que “nunca assinou nenhum contrato para jogar no clube, assinei apenas a ficha de jogo para uma época”.

No caso do Bruno, residente e natural de Portalegre, nunca precisou de recorrer ao alojamento cedido pelo clube. “Eu jogava no Arronches mas já conhecia os jogadores de elite que o Sérgio Daniel tinha trazido para Portalegre porque treinava com eles. Depois, quando a época começou, convidaram-me para jogar e eu aceitei”.

“No início, os atletas até tinham condições normais, tinham uma cozinheira que lhes fazia a comida e a limpeza do local onde eles estavam. Era tudo muito bonito. Mas a situação começou a descambar. A senhora deixou de lhes ir fazer a comida e eles passaram a ter que fazer a limpeza da casa”. Bruno garante que “todos os jogadores saíram de livre vontade, nenhum foi dispensado”.

“Eu quando fiquei a conhecer o projeto achei que era uma ideia bastante boa porque ia ajudar o Estrela a ser visto a nível nacional e, ao mesmo tempo, ajudava os miúdos a singrar no mundo do futebol. A questão é que eles não são máquinas, eles precisam de estar bem a nível físico e psicológico para poderem dar o melhor em campo”, sublinhou. “A mim devem-me quatro meses de salário. Dissera-me que o dinheiro haveria de vir mas nunca chegou”.

Os jogadores, provenientes da África do Sul, Cabo Verde e Brasil, entre outros, eram escolhidos por Sérgio Daniel, da Elite Sports Group. “Nós temos um português no alojamento, que tem família aqui em Portalegre. Então se as condições fossem assim tão más será que ele preferia estar no alojamento do clube em vez de estar com a família?”.

“A única situação que nos aconteceu foi com o Etoo que, supostamente, teria que regressar a África por causa do visto e como já tinha marcado cinco ou seis golos aqui em Portugal achou que já devia jogar na primeira liga e foi para outros lados sem dar conhecimento a nós ou ao empresário. Acho esta situação toda muito estranha”, referiu.

No que diz respeito à questão dos ordenados, Sérgio Daniel, diz que existiram “algumas dificuldades, entre Novembro e Janeiro, devido à situação política da Nigéria e não conseguimos pagar as ajudas de custo e digo ajudas de custo porque como toda a gente deve saber, no futebol distrital não há salários”.

Do outro lado da história está também Carlos Augusto, capitão da equipa do Estrela de Portalegre, que garante que “num alojamento onde só residem homens é normal que haja bagunça mas temos a senhora que faz a limpeza duas vezes por semana”.

“Os atrasos nos pagamentos deveram-se à situação política da Nigéria mas eles deram-nos a garantia de que este mês ia ficar tudo resolvido e nos iam pagar os salários e tratar de legalizar a nossa situação”, referiu.

Durante dois anos e meio, até Janeiro deste ano, chegaram a Portalegre 23 jogadores estrangeiros: 12 brasileiros, seis nigerianos, quatro sul-africanos e um cabo-verdiano.

Atualmente, Davi, continua por Portalegre, sem clube e Vasilen treina em Odivelas.