Entre 2010 e 2014, as 15 autarquias do Alto Alentejo, em conjunto, perderam um total de 440 trabalhadores.
Campo Maior perdeu 70 trabalhadores neste período. Ricardo Pinheiro, presidente da câmara, justifica esta redução com as medidas tomadas pelos sucessivos Governos e com as reduções no Orçamento de Estado.
No caso do concelho de Campo Maior, existiam 60 funcionários com contrato de termos certo e, desde que finalizaram os contratos de 3 anos, a lei do Orçamento de Estado tem vindo, sempre, a ser impeditiva de contratação de novos funcionários e basicamente aquilo que existiu foi uma redução de pessoas no nosso município.
O autarca salienta que em 2010, cerca de 70% da nossa receita estava afeta ao pagamento de pessoal e hoje em dia essa percentagem baixou para os 48%.
O autarca lamenta que o governo central não tenha a sensibilidade de perceber que as autarquias são uma sinergia enorme para a criação de emprego, sobretudo na zona do interior.
Portalegre está no conjunto de autarquias que mais trabalhadores perdeu, com um total de 114.
A presidente da câmara municipal, Adelaide Teixeira, garante que este número deve-se a causas naturais, como a reforma dos trabalhadores.
Armando Varela, presidente da comunidade intermunicipal do Alto Alentejo, garante que a função do Estado não é gerar emprego mas sim criar condições para que os postos de trabalho apareçam.
No lado oposto da tabela estavam Sousel, que reduziu o seu quadro de pessoal em apenas 3 trabalhadores, seguindo-se Fronteira, com menos 6, Elvas (-7), Crato (-11), e Alter do Chão (-13).