Exposição sobre Aristides de Sousa Mendes no Centro Cultural

ExposicaoAristides2015_4A exposição da banda desenhada “Aristides de Sousa Mendes – Herói do Holocausto” foi inaugurada na tarde de ontem, no Centro Cultural de Campo Maior, numa organização da Associação de Artes Plásticas de Campo Maior.

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Esta obra conta a história do diplomata português, todo o seu percurso como cônsul pelo mundo e a sua determinação altruísta, ao assinar vistos para que milhares de refugiados perseguidos pelos nazis pudessem atravessar Espanha, e de Portugal embarcar nos navios que os levaram depois para as Américas.

José Ruy, autor e ilustrador desta banda desenhada, revela que este projeto de elaborar a banda desenhada começou porque “frequentava a Biblioteca Museu República e Resistência, que existe em Lisboa, e, há uns anos, em 2002 ou 2003 o diretor convidou-me a fazer uma banda desenhada que ele pudesse mostrar aos alunos que visitavam a instalação, porque ele utilizava uma pequena banda desenhada francesa”.ExposicaoAristides2015_3

O ilustrador revela que fez “um resumo, uma história mais pequena, porque ele [diretor do museu] também não tinha muitos meios depois para publicar, eu ofereci a história e tinha que a imprimir. Foi impressa a preto e azul, aquando do lançamento dessa obra, no Museu, estiveram várias individualidades presentes, inclusivé o embaixador de Israel, e ao conversarmos, ele dizia que era interessante fazer-se uma edição para Israel, porque eles têm grande consideração por este gesto de Aristides de Sousa Mendes, e assim foi, fizemos uma edição em hebraico”.

O neto de Aristides de Sousa Mendes, que herdou o mesmo nome, garante que esta banda desenhada acerca do Cônsul tem em vista “dar a conhecer o gesto do meu avô, eu acho que o exemplo do meu avô é fundamental para a formação da juventude, para todos nós. Mas se estes exemplos forem recolhidos desde crianças eu tenho a certeza que vai surtir efeito na vida das pessoas”.

A banda desenhada “Aristides de Sousa Mendes – Herói do Holocausto” tem já quatro edições: em português, em hebraico, em inglês e em francês.

A exposição vai estar patente na sala do Centro Cultural de Campo Maior até dia 30 de abril.