Muito em breve, o Cante vai chegar a duas escolas de Elvas

Miguel Rondão (à direita), acompanhado de Gabriel Zuna

Neste ano em que se celebra o décimo aniversário da classificação do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade, está para ser implementado, em Elvas, o projeto “O Cante Vai à Escola”, de Miguel Rondão, vencedor do Orçamento Participativo, promovido pela Câmara Municipal em 2023.

O objetivo central deste projeto passa por levar e ensinar, às gerações mais novas, o cante, nas escolas de primeiro ciclo do concelho.

Com algumas burocracias ainda por tratar, e na esperança que, “muito em breve”, o projeto possa chegar, numa primeira fase, às escolas da Calçadinha e da Raposeira, Miguel Rondão tem vindo, com a equipa de trabalho que criou, e da qual fazem parte João Grenho, Jorge Grenho e Carolinas Dimas, a preparar e a planear as aulas. Mais tarde, a intenção, e se “assim o entenderem” e o projeto “surtir algum resultado”, é fazer chegar “O Cante Vai à Escolas” à Boa-Fé e a Santa Luzia.

“O nosso principal objetivo seria promover aquilo que é o Cante. Eu acho que, a nível do Alto Alentejo, este projeto é único. Temos uma equipa digital, temos uma área de teoria musical e pretendemos incentivar os nossos meninos a conhecer um pouco da nossa cultura elvense e do Cante”, adianta o responsável.

“O Cante Vai à Escola”, diz ainda o jovem elvense, era um projeto que tinha em mente há já “muitos anos”. “Já pertenci a alguns grupos e em conversa, em 2023, surgiu a hipótese de concorrer ao Orçamento Participativo. Eu já queria ter uma reunião com o Município de Elvas, no entanto, não foi preciso essa reunião, porque ganhei o Orçamento Participativo e foi possível iniciarmos o projeto, com a ajuda do nosso município, que está sempre pronto para ajudar nestas coisas”, diz ainda Miguel Rondão.

De recordar que este projeto conta com um orçamento de 25 mil euros.

CCDR Alentejo recebe sessão de apresentação das Normas de Arruamentos Urbanos

Enquanto Autoridade de Transportes do Alto Alentejo, a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) participou numa sessão de apresentação relativa às Normas de Arruamentos Urbanos, que ficou a cargo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e que decorreu na sede da CCDR-A, em Évora, no passado dia 4 de março, segunda-feira.

O objetivo passou, essencialmente, pela apresentação do novo documento que rege as Normas de Arruamentos Urbanos, mais legível, mais intuitivo e de consulta mais simplificada, que vem rever a informação que constava na versão anterior. A sua revisão acontece tendo em consideração as novas Estratégias de âmbito nacional, nomeadamente a Estratégia Nacional de Mobilidade Ativa Pedonal e a Estratégia Nacional de Mobilidade Ativa Ciclável, com vista à integração da mobilidade ativa no desenho do espaço público, tornando-o assim um guia mais efetivo e completo. O processo do documento foi bastante participativo, com várias entidades envolvidas ao longo do mesmo.

A ideia do documento é apresentar um conjunto de critérios que possam ser aplicados a arruamentos e a zonas envolventes, através do planeamento – de forma integrada – dos diferentes modos nos projetos de rodovias urbanas, considerando a vertente do tráfego, mas também, e principalmente, a do usufruto do espaço pelas pessoas, contribuindo desta forma para a diminuição da sinistralidade rodoviária e para o fomento de cidades mais sustentáveis, inclusivas e seguras.

O novo documento das Normas de Arruamentos Urbanos deverá estar disponível em breve na página do IMT: https://www.imtip.pt/sites/IMTT/Portugues/Paginas/IMTHome.aspx

Quercus recorda acidente em Fukushima e alerta para perigo da Central de Almaraz

O acidente nuclear de Fukushima, no Japão, aconteceu há precisamente 13 anos, tendo sido considerado um dos mais severos da história do nuclear.

Neste dia, José Janela, da Quercus, recorda que a Central Nuclear de Almaraz, localizada a cerca de 100km da fronteira e junto ao rio Tejo, continua a revelar-se como um potencial perigo para toda a região transfronteiriça dado que já ultrapassou o seu período normal de funcionamento.

O ambientalista considera que é importante continuar a alertar para os riscos que esta forma de energia comporta, para que Portugal e o mundo estejam livres de perigo do nuclear.

Tudo para saber sobre este tema no programa “Ambiente em FM” de hoje, que pode ouvir na emissão às 12.45 e às 16.30 horas ou no podcast abaixo:

Exposição de Paco dá cor e “vida” à Casa da Cultura de Elvas

A exposição “A Vida a Cores”, do pintor francês Paco, está patente na Casa da Cultura de Elvas.

Esta exposição, nas palavras do autor, é “um convite a uma viagem pelo mundo da vida quotidiana”, um “mundo que todos conhecemos”. Paco considera que este “mundo”, que inclui o simples terraço de uma casa, a esplanada de um café ou um mercado, possa até ser “banal”, ainda que, segundo diz, se cada um for buscar o “olhar de criança que guarda”, será possível vê-lo de uma “forma mais cativante”. As obras em exposição incluem, sobretudo, paisagens “serenas” e retratos “vibrantes”.

Esta, que é a segunda exposição do ano, na Casa da Cultura de Elvas, feita de “muita cor”, revela o vereador Cláudio Monteiro, pode ser visitada até 23 de março. “Até foi o Paco que manifestou interesse em vir aqui expor – ele vive aqui num concelho vizinho, por mais que seja francês – esta obra lindíssima”, revela, não tendo dúvidas de que o artista quis expor os seus trabalhos em Elvas por se tratar de uma cidade Património Mundial.

Convidando todos a visitar a mostra, o vereador garante ainda que, e ao contrário de outras obras de arte mais abstratas, estas são “bastante objetivas”, sendo que qualquer elvense ou turista se vai identificar com os trabalhos em exposição. A mostra, diz ainda, e entre outros aspetos, “tem qualquer canto e recanto das ruas e da arquitetura” de Elvas.

“A Vida a Cores”, de Paco, o pseudónimo do pintor francês Patrice Cousin, que se apaixonou pelo Alentejo, disponível para visita, durante um mês, na Casa da Cultura de Elvas. Esta exposição pode ser visitada, de segunda a sexta-feira das 9 às 13 horas e das 14 às 17 horas e aos sábados das 10 às 13 horas.

Candidaturas abertas para operacionalizar Instrumento Territorial Integrado Temático

Estão abertas as candidaturas para apresentação do Plano de Ação para operacionalização do Instrumento Territorial Integrado Temático (Investimento Integrado de Base Territorial do Oeste e Vale do Tejo), cujo período de candidatura decorre até dia 15 de abril.O Acordo de Parceria Portugal 2030 que estabelece a estratégia e a estrutura operacional do período de programação de fundos europeus relativo a 2021-2027, consagra a importância dos instrumentos territoriais como elemento central de promoção do desenvolvimento e coesão territorial.

Foi neste contexto que o Centro 2030 e o Alentejo 2030 se propuseram a responder ao desafio de atenuar as fragilidades e vulnerabilidades de territórios específicos, através de abordagens mais integradas, multissetoriais e inovadoras, assentes em modelos territoriais flexíveis, capazes de agir à escala adequada para responder a problemas concretos.

As dotações indicativas, por Programa Regional, afetas a Investimentos Territoriais Integrados do Oeste e Vale do Tejo é de 23,5 milhões de euros FEDER, repartidas da seguinte forma por cada um dos Programas Regionais, 15,5 milhões de euros para o Programa Regional Centro e 8 milhões de euros para o Programa Regional do Alentejo, que se destinam concretizar ações como de apoio a projetos piloto de integração digital de serviços e recursos, à valorização dos recursos do território comuns ligados à água e ainda Ações conjuntas de atração de investimento, internacionalização, promoção do conhecimento, e consolidação do tecido empresarial isto para alem de Intervenções que promovam a mitigação e adaptação climática.

Estes apoios serão articulados entre as AG do Centro e do Alentejo para assegurar sinergias, evitando sobreposições e o duplo financiamento.

Núcleo de Elvas dos Combatentes promove visita a Monsaraz no dia 23

José Miguêns, eleito presidente do Núcleo de Elvas da Liga dos Combatentes no início do ano, tem vindo a procurar estabelecer parcerias, com diversas associações, para levar a cabo um conjunto de iniciativas que possam envolver, não só os sócios, mas também a população em geral.

A primeira atividade, a Caminhada pela Paz, aconteceu já no passado dia 25 de fevereiro, sendo que a intenção, explica o sargento-mor, é retomar as várias iniciativas que o núcleo promovia antes da pandemia. “Antes da pandemia, o Núcleo de Elvas tinha muitas atividades e era bastante dinâmico, mas passámos dois anos em que o contacto com os sócios e a população, praticamente, se perdeu”, recorda.

Já no próximo dia 23 de março (sábado), será realizado um passeio a Monsaraz, “com visita às Antas e ao Alqueva”. José Miguêns explica que todos os lugares que não forem preenchidas pelos sócios e suas famílias, podem ser ocupados por quaisquer outras pessoas que queiram participar na iniciativa (mais informações sobre esta iniciativa no cartaz abaixo).

Numa parceria com a Delegação de Fuzileiros de Juromenha/Elvas e a Associação de Paraquedistas do Alto Alentejo, o Núcleo dos Combatentes pretende ainda realizar, a 22 de junho, por altura do São João, uma sardinhada, atividade pela qual os sócios “perguntam muito”.

No que toca às tradicionais cerimónias militares, o núcleo recorda, no próximo dia 9 de abril (terça-feira), aquela que foi a Batalha de La Lys, junto ao monumento do combatente. No mesmo dia, haverá almoço convívio do combatente. “Iremos promover isso junto dos sócios, para poder contar com a sua presença”, refere, adiantando que, em novembro, será altura de comemorar o Armistício da 1ª Grande Guerra.

 

Festival “Terras de Borrego” no fim de semana da Páscoa em Sousel

O primeiro festival “Terras do Borrego” realiza-se no fim de semana da Páscoa, de 29 a 31 de março, em Sousel.

Esta primeira edição do certame, que contará com animação musical, tasquinhas e a participação de associações e dos municípios do distrito de Portalegre aderentes à Quinzena Gastronómica “Terras do Borrego”, com os seus próprios stands, revela o presidente da Câmara de Sousel, Manuel Valério, coincide com a altura do ano em que mais pessoas se deslocam até Sousel.

“Tínhamos pensado, inicialmente, em fazer uma Bienal do Borrego, mas depois veio a Covid-19 e não foi possível fazer e pensamos em ir crescendo gradualmente. Vamos fazer este primeiro festival, a calhar precisamente neste fim de semana da Páscoa, em que há um maior consumo de borrego”, explica o autarca.

Manuel Valério lembra ainda que, logo a seguir, a 1 de abril, celebra-se o feriado municipal de Sousel, com um dia “muito preenchido”, em que a população, por norma, ruma à Serra de São Miguel, para a romaria em honra de Nossa Senhora do Carmo. “Teremos a procissão, a ‘Rebola’, como costumamos dizer, em que as pessoas podem confraternizar em família, e depois, ao final da tarde, há a tradicional tourada à portuguesa”, remata.

Cante Alentejano celebrado na Feira do Queijo de Rio de Moinhos

A já tradicional Feira do Queijo de Rio de Moinhos, no concelho de Borba, realiza-se no fim de semana da Páscoa, de 29 a 31 de março.

Numa parceira com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), revela a vereadora na Câmara de Borba, Sofia Dias, o evento vai, desta feita, e pela primeira vez, contar com uma degustação de produtos gastronómicos feitos à base de queijo. “Penso que será uma grande mais-valia. É uma situação muito interessante, quer pelo protagonismo que damos a estes formandos da escola do IEFP, quer pela possibilidade de experimentaremos outras inovação ao nível gastronómico, com utilização de queijo”, assegura.

A abertura do evento, como já vem sendo habitual, acontecerá com o desfile pela Oficina da Criança. “São as crianças que nos levam até ao recinto da feira, para que lá possamos iniciar e dar as boas-vindas a todos aqueles que estejam connosco”, adianta Sofia Dias.

Este será o primeiro certame do ano em que o Município de Borba vai procurar fazer referência aos dez anos da classificação do Cante Alentejano enquanto Património Mundial. “Estamos em estreita articulação e parceria com a Entidade Regional de Turismo e, em todos os eventos que tiverem Cante, iremos fazer referência a este décimo aniversário”, garante a vereadora.

A par disso, e a pensar também na candidatura à “Cidade do Vinho”, não vão faltar provas de tinto, branco e outras variedades.

Conheça o programa completo do evento:

O primeiro dia da Feira do Queijo, 29 de março (sexta-feira), começa, às 10.30 horas, com o desfile por parte da Oficina da Criança e arruada com o Grupo de Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho, seguindo-se a inauguração oficial com a Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba, pelas 11 horas. Ao meio-dia há degustação de produtos regionais. Durante a tarde decorrem várias atuações musicais: “Flash Dance” (15.30 horas); artistas de Rio de Moinhos (16.30 horas) e Grupo de Cante Alentejano “Os Garridos” (18 horas). Pelas 21 horas decorre a procissão do Enterro do Senhor, pelas ruas da freguesia. Já os “Al Canti” atuam às 22.30 horas, seguindo a animação noite dentro com uma “Noite Jovem”, numa organização do Grupo Recreativo e Cultural das Festas de S. Tiago de Rio de Moinhos.

No dia seguinte, 30 de março (sábado), o certame abre às 11 horas, com a iniciativa “Vamos Fazer as Onze”, que conta com os grupos de Cante Alentejano “Fora D’ Horas” e “Os Garridos”. A tarde será dedicada ao folclore com a atuação do Rancho Folclórico Cravos e Rosas do Alentejo. Pelas 21.30 horas atuam os Sangre Ibérico, com a animação a prosseguir com mais uma “Noite Jovem”.

O último dia do evento, 31 de março (domingo), conta com uma harmonização de vinhos com queijos, às 10.30 horas, altura em que haverá animação de rua. O certame encerra com a atuação do Grupo “Los Chupitos”, marcada para as 15.30 horas.