O incêndio que deflagrou ontem, 29 de julho, no concelho de Nisa, foi dado como dominado na manhã desta quarta-feira, pelas 7h25, de acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Ainda assim, por volta das 8 horas, este incêndio mobilizava ainda 297 operacionais e 98 veículos.
As populações de Vinagra e Pé da Serra, que foram evacuadas durante a tarde de ontem, por precaução, já regressaram às suas casas. Ainda ontem, durante a noite, um bombeiro teve de ser assistido no Hospital de Portalegre, após sofrer ferimentos leves.
Por enquanto, segundo a GNR, mantém-se cortada, nos dois sentidos, a Estrada Nacional 18, entre Nisa e Vila Velha de Ródão.
Uma mulher ficou desalojada na sequência do incêndio que está a lavrar esta terça-feira, 29 de julho, numa zona florestal, no concelho de Nisa, e que já levou à evacuação parcial da aldeia de Vinagra.
Não sabe, para já, se a habitação em causa, localizada nessa aldeia, ardeu parcialmente ou por completo.
A aldeia foi parcialmente evacuada pouco depois das 13 horas, por precaução. O vento forte, sobretudo, tem estado a dificultar os trabalhos no terreno.
No combate às chamas, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 15h30, encontravam-se 202 operacionais, apoiados por 63 veículos e dois meios aéreos.
Verónica Gaspar é apenas uma de muitos estudantes universitários de Elvas que, recebendo uma bolsa anual de 1.500 euros, por parte da Câmara Municipal, esteve já, durante duas semanas de julho, a colaborar com o município: no caso, com o programa “Férias Ativas”, de ocupação dos tempos livres dos mais pequenos.
Estudante de mestrado em Psicologia, Verónica considera que apoiar as monitoras da Arkus nestas “Férias Ativas” foi “um bom desafio” para si. “Gosto muito de crianças e acho que é uma forma de também desenvolver algumas habilidades”, revela esta jovem, dando conta que, neste âmbito, tem vindo a aprender várias atividades que, mesmo “em contexto de psicologia”, poderão vir a ser-lhe muito úteis no futuro.
Quando questionada sobre a polémica medida da Câmara Municipal de Elvas, ao “convocar” os bolseiros para, durante as férias de verão, colaborarem, durante duas semanas, com os serviços da autarquia, Verónica diz que é “justo”, até porque 1.500 euros é “uma grande ajuda importante para quem estuda e tem de pagar alojamento, alimentação e outras contas”.
“Nós apenas estamos a trabalhar duas semanas, a ajudar nas muitas atividades que a Câmara está a desenvolver durante este verão. Se pensarmos que, em duas semanas, ganhamos 1.500 euros, esse pensamento acaba por ajudar e tranquilizar”, acrescenta.
Quanto às atividades desenvolvidas no decorrer das “Férias Ativas”, esta jovem destaca, sobretudo, os tempos livres em que as crianças têm oportunidade de dar asas à sua imaginação e criação. Embora a responsabilidade seja grande para si e para as restantes monitores, Verónica assegura que as idas à piscina são o momento de maior felicidade para os mais novos.
Ao todo, no último ano letivo, foram 200 os estudantes de Cursos Técnicos Superiores, Licenciaturas e Mestrados, do concelho de Elvas, que usufruíram de uma bolsa de estudo de 150 euros mensais, ao longo de dez meses. Agora, colaboram com a Câmara Municipal, durante dez dias, no decorrer do verão, em respostas como as “Férias Ativas”.
Com o objetivo da promoção da qualidade de vida através de um envelhecimento saudável e ativo, a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior continua a desenvolver um conjunto de atividades com os seus utentes, ajustando as mesmas às condições físicas e psicológicas de quem frequenta a instituição.
Segundo explica Rosália Guerra, técnica da Santa Casa da Misericórdia, é através de atividades de culinária ou de apoio à cozinha que estes utentes encontram uma forma de passar o seu tempo com utilidade e satisfação.
Tarefas simples como descascar vegetais ou fruta, e preparar alguns pratos para que sejam servidos na cantina da instituição, “são algumas atividades que os idosos gostam bastante”.
Por outro lado, a Santa Casa não descura as habituais atividades de estimulação. “Elas fazem parte do nosso modelo de intervenção e acompanham-nos ao longo do ano”, remata a responsável.
O Centro Educativo Alice Nabeiro (CEAN) foi oficialmente certificado como membro da RedePEA (Programa de Escolas Associadas) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Este reconhecimento destaca o projeto educativo em três grandes áreas: cidadania global e uma cultura de paz e não violência, desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis e aprendizagem intercultural e a valorização da diversidade cultural e do património.
O CEAN, que faz parte da Associação Coração Delta, integra agora o Programa de Rede de Escolas Associadas da UNESCO, criado em 1953, eque conta atualmentecom 11.500 estabelecimentos de ensino espalhados em 182 Estados. Integram esta rede as escolas que promovem um ensino intercultural e que aplicam, nas suas estruturas e métodos, princípios democráticos e participativos; que se distinguem pelo trabalho de equipa, pela procura de elevados padrões de qualidade, pela valorização de um ambiente criativo e empreendedor, e por uma atuação orientada por um forte sentido ético.
Alinhado com estes princípios, o CEAN tem vindo a desenvolver, ao longo dos seus 18 anos, um modelo educativo inovador e centrado nas crianças dos 3 aos 12 anos, tendo já acompanhado 901 crianças e, atualmente, 170 crianças beneficiam do projeto pedagógico,que assenta na promoção de uma educação sustentável, através de recursos e metodologias adaptados às exigências do século XXI. Com uma equipa educativa dedicada desenvolve um conjunto de atividades organizadas em áreas estratégicas — Artes, Biblioteca, Ciências, Música, Desporto e Expressão Dramática —, cada umacom recursos próprios e que potenciam a participação ativa do CEAN na RedePEA.
Entre os recursos disponíveis no CEAN, destacam-se ainda os materiais didáticos adaptados e o acesso a plataformas digitais, que facilitam a partilha de experiências com outras escolas da rede. Estas ferramentas garantem uma educação de qualidade e colaborativa, proporcionando aos alunos e professores um ambiente de aprendizagem enriquecedor.
Este projeto pedagógico baseia-se no modelo da Escola Cultural, integrando o espírito empreendedor como uma das suas principais forças, sendo uma das ferramentas mais emblemáticas do CEAN o manual de treino de competências “Ter Ideias para Mudar o Mundo”, desenvolvido internamente, e que oferece uma abordagem criativa, dinâmica e motivadora, valorizando o percurso e as competências de cada criança.
O compromisso do CEAN com um ambiente seguroé um pilar fundamental da sua missão educativa. Por isso, implementa diversas políticas e práticas que asseguram o bem-estar físico e emocional dos alunos, fomentando uma cultura de respeito e escuta ativa. Entre as iniciativas destacam-se os workshops sobre resolução de conflitos e bullying, dirigidos tanto a alunos como a professores, bem como atividades que celebram a diversidade, como as semanas temáticas dedicadas a diferentes culturas e tradições.
“No Centro Educativo Alice Nabeiro, acreditamos que a educação é a chave para construir um futuro mais inclusivo e sustentável. Ao integrarmos a Rede de Escolas Associadas da UNESCO, reafirmamos o nosso compromisso com a formação de cidadãos críticos, criativos e solidários, preparados para transformar o mundo com responsabilidade. Procuramos continuamente enriquecer a nossa abordagem educativa, e este reconhecimento permite-nos partilhar experiências e boas práticas com outras instituições, aprofundar o nosso conhecimento sobre as metodologias implementadas e contribuir para uma educação mais global, preparando os nossos alunos para o futuro.Cada criança merece crescer num ambiente onde a diversidade é celebrada e o conhecimento é a base para um caminho com um propósito maior.”, reforça Rita Nabeiro, Presidente da Associação Coração Delta
A região do Alentejo está este verão a ser fustigada por muitos e grandes incêndios, como aqueles que lavraram em Alandroal, Santo Aleixo e Nisa.
Elvas, que no ano passado foi o concelho com maior área ardida em todo o Alto Alentejo, até ao momento, ainda não registou incêndios de grandes dimensões, de acordo com o comandante dos Bombeiros de Elvas, Paulo Moreiras, que lembra, ainda assim, que os soldados da paz da cidade têm sido “camisola amarela” no apoio no combate às chamas na região.
“O facto de as chuvas terem ido até muito tarde, os combustíveis finos, que é aquilo que provoca acima de tudo a velocidade de propagação dos incêndios, estão muito disponíveis. Tivemos ali um incêndio entre Santo Aleixo e Vila Fernando em que, em pouco mais de uma hora, arderam mais de 220 hectares. Isto representa uma velocidade de propagação extrema”, revela.
Apelando aos cuidados e aos comportamentos preventivos da população e revelando que não se está a viver, em Elvas, o flagelo do ano passado no que toca a área ardida, Paulo Moreiras diz-se “preocupado”, tendo em conta “vários sinais de alerta”. “O verão, no que diz respeito aos incêndios florestais, nas regiões norte e centro do país, meteorologicamente só agora é que começa, ou seja, só agora é que começa a ficar mais seco nessas regiões. Se o verão alentejano já trouxe os problemas que trouxe, temos aqui vários sinais de alerta para o que poderá aí vir”, acrescenta.
Até meio deste mês de julho, os Bombeiros de Elvas já tinham registado, no concelho, 25 ignições: “é um número superior ao ano passado, mas que se traduz numa área substancialmente mais baixa”. “Estamos a falar de 30 hectares quando, no ano passado, pela mesma altura, já íamos com cem hectares”, revela ainda Paulo Moreiras.
Abertas ao público desde 14 de junho, as piscinas municipais de Campo Maior são, por esta altura do ano, um espaço de eleição, não só para campomaiorenses, mas também para a população de alguns concelhos vizinhos, sobretudo ao fim de semana. Isto porque de segunda a sexta-feira são, quase sempre, as crianças dos vários ATLs que dão vida àquele equipamento de lazer.
Num destes dias, a Rádio ELVAS foi lá encontrar as crianças dos Clubes de Verão, da Câmara Municipal, entre mergulhos, sob o olhar sempre atento da monitora Céu Militão. Assumindo a “enorme responsabilidade” que tem com estes grupos de crianças, Céu Militão confessa-se “muito feliz” por, uma mais, poder levar os mais novos à piscina. “Mais um ano aqui nesta piscina, que é uma maravilha”, assegura.
As crianças dos Clubes de Verão frequentam, diariamente, as piscinas: com um grupo de manhã e outro na parte da tarde. Às quartas e sextas-feiras, juntam-se a estas as crianças de outros ATLs da vila. Nesses dias, a piscina “fica lindíssima, cheia de crianças”, comenta a monitora.
Contando com o apoio de outras colegas, assim como de cerca de 25 jovens voluntários, como é o caso de Iara Cirilo, Céu Militão não dispensa as idas à piscina, dado que os Clubes de Verão contemplam muitas outras atividades, entre outros espaços da vila, no Centro Comunitário.
Para Iara Cirilo, de apenas 14 anos, que durante longos anos frequentou este programa municipal – entre os cinco e os 12 anos – o importante é ajudar “as crianças a divertirem-se”. “Aqui conseguimos criar amizades, é muito bom. Comecei a fazer voluntariado porque é um entretenimento e criamos memórias aqui nos Clubes de Verão”, diz ainda Iara, que considera que, agora, chegou a vez de ser ela a fazer aquilo que, em verão passados, fizeram por ela.
As piscinas municipais da vila vão manter-se abertas ao público até 7 de setembro.
As elvenses Olinda Moriano e Raquel Guerra, juntamente com Margarida Silva – filha de Olinda e afilhada de Raquel – conquistaram ontem, 27 de julho, um lugar no “The Voice Gerações”, programa de talentos da RTP1, apresentado por Catarina Furtado.
O grupo subiu a palco, para as “Provas Cegas”, com o tema “Eu Não Sei Quem te Perdeu”, de Pedro Abrunhosa. Prosseguem na competição na equipa de Anselmo Ralph, o único dos quatro mentores que virou a sua cadeira.
No âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas, que se faz de música, arte, cultura e gastronomia de várias partes do mundo, o chef elvense Vicente Grenho viajou, recentemente, até Itália e Marrocos, para dar a provar alguns dos seus melhores pratos.
Embora o responsável pelo festival, o italiano Marco Abbondanza, já tentasse convencer Vicente Grenho a participar no evento há alguns anos, só agora teve oportunidade de embarcar nesta aventura “riquíssima”, depois de se reformar.
Recebido com “um carinho especial”, Vicente Grenho teve em Itália “uma das melhores experiências” da sua vida. “Fiz lá a nossa cozinha alentejana, as nossas tradições, mas também aprendi as tradições dele”, começa por recordar. Presinhas do Alguidar à moda de Elvas com migas de tomate, gaspacho à alentejana e o célebre Bacalhau Dourado foram algumas das iguarias que fizeram as delícias de quem teve oportunidade de as degustar.
Já em Marrocos, Vicente Grenho encontrou uma realidade “um bocadinho diferente” daquela que conheceu em Itália. Numa pequena viagem de mini-bus, acompanhado por cinco músicos franceses e de Marco Abbondanza, ao deparar-se com “casas sem portas e sem janelas”, sentindo-se “impotente”. “No dia anterior tinha estado a fazer comida e todos comeram que foi uma maravilha e, no dia seguinte, vejo aqueles pobres ali sentados à porta”, recorda, descrevendo a situação como um verdadeiro “choque de realidade”.
Sendo que também a fadista elvense Soraia Branco tem já participado neste festival além-fronteiras, Vicente Grenho revela que está tudo já programado para que, em 2027, ambos levantem voo em direção a Cabo Verde.
A obra de repavimentação e reperfilamento da Estrada da Figueira (Caminhos Municipais 1087 e 1116), entre Campo Maior e Badajoz, que resulta de um investimento de 1,2 milhões de euros, deve arrancar já em agosto.
“Não nos foi ainda possível iniciar a obra, porque tivemos que submeter aquela intervenção a dois vistos prévios”, começa por explicar o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha. O visto do Tribunal de Contas, referente ao empréstimo, “já foi diferido”, ficando a faltar “o contrato de visto prévio da própria empreitada”.
“Temos o contrato assinado com a empresa adjudicante. Aquilo que queremos é que, assim que tiver o visto prévio, possamos avançar para a execução da mesma”, acrescenta o autarca, que garante que esta requalificação “faz muita falta àqueles que circulam diariamente” entre a vila e a cidade espanhola.
Esta empreitada, que abrange uma extensão de cerca de 4,5 quilómetros, prevê a colocação de sinalização horizontal e vertical, visando o melhoramento do troço rodoviário, que estabelece a ligação entre a Estrada Nacional 373 e a entrada da vila de Campo Maior, através da Avenida Fonte das Negras.
A Estrada da Figueira encontra-se degradada, com diversas irregularidades na faixa de rodagem, bermas e valetas, comprometendo a segurança rodoviária e a mobilidade na região.