Eleições esclarecem quem os portugueses querem para Governar o País

As eleições legislativas deste domingo foram esclarecedoras de quem os portugueses querem que seja Governo. As sondagens em Portugal valem cada vez menos e até as que foram feita à boca das urnas deixaram muito a desejar. O País mudou e está a mudar e o pessoal da sondagens ainda não deu por isso. A abstenção diminui pela primeira vez em muitos anos, o que quer dizer que os eleitores, sim, tem interesse pela politica. Afinal, os muitos debates que se realizaram, nas televisões e rádios sempre com muita audiência, colocaram a politica no prato do interesse comum nacional. Pontos que ficaram como resumo da noite:

-O PS ganhou com maioria e alargou a distancia para os parceiros de esquerda que foram descartados, talvez mesmo responsabilizados pela dissolução da Assembleia da Republica e para a direita, onde o PSD, segundo as sondagens, iria discutir, quiçá ganhar as eleições. Costa é um fenómeno e com seis anos de desgaste no poder, vence com o melhor resultado, a sua primeira maioria.

A desilusão da noite foi o PSD e Rui Rio, iludido pelas sondagens, nunca disputou verdadeiramente a eleição e agora, palavras do próprio, auto descarta-se e vai deixar o partido 

-Os três partidos esquerdistas da gerigonça perderam, Os Verdes desaparecem até do parlamento, sendo (os três partidos) “culpados da crise” pelo eleitorado, mais até no caso do Bloco de Esquerda que passa de terceiro a quinto partido mais votado, foi mesmo resumido a cinco deputados (perdeu 14), mais penalizado do que o PCP que vem em queda geral e perdeu metade dos deputados (seis, incluindo João Oliveira em Évora). Entra finalmente na Assembleia, Rui Tavares pelo Livre e o PAN de tanto querer proibir foi quase proibido de entrar no parlamento, ficando apenas com a líder, numa solitária cadeira, no hemiciclo.

-À direita, André Ventura, confirmou-se como a segunda vedeta da noite, em terceiro lugar nacional, somando 12 deputados que prometem agitar a legislatura. Se um Ventura incomodava muita gente, agora 12 Ventura incomodam muito muito mais. A Iniciativa Liberal ganhou um grupo parlamentar, atingindo oito deputados, tudo contra um CDS que se evaporou pela primeira vez do Parlamento, deixando de ser o partido do táxi para ser o Belenenses da politica portuguesa, um partido que já foi grande, mas agora vai ter que se refundar pelas divisões inferiores.

António Ferreira Góis

Diretor da Rádio Campo Maior

Ricardo Pinheiro e a vitória do PS em Portalegre: “ganha um projeto que tinha uma estratégia”

É com um “sentido de responsabilidade enorme” que Ricardo Pinheiro, eleito ontem, 30 de janeiro, deputado do PS, pelo círculo eleitoral de Portalegre, nas eleições legislativas, que ditaram a vitória do Partido Socialista, com uma maioria absoluta, que tanto ele, como o segundo e último deputado eleito pelo distrito, Eduardo Alves, também do PS, encara os próximos quatro anos.

Ricardo Pinheiro garante que o PS, acima de tudo, tem procurado “dar credibilidade à democracia de forma honesta e transparente”, sendo que, para si, em Portalegre, “ganha um projeto que tinha uma estratégia, um momento de cultura organizacional, em que os homens e as mulheres do Alto Alentejo confiaram”.

A promessa do antigo presidente da Câmara de Campo Maior é de “continuar a lutar por este território, em diferentes áreas e em diferentes setores”, procurando sempre colocar o Alto Alentejo “em linha com aquilo que são os grandes pilares de desenvolvimento à escala europeia”. Para além disso, diz o deputado, há que “transformar este território e as pessoas que nele habitam”, continuando sempre a desempenhar um papel de crescimento.

Comprometendo-se com o seu melhor para a governação do Alto Alentejo, Ricardo Pinheiro agradece ainda a todos aqueles que confiaram no Partido Socialista e lhe deram a vitória nestas legislativas. Para a região, diz ainda, os fundos comunitários “vão fazer toda a diferença”.

Em declarações à Rádio ELVAS, Pinheiro deixou ainda uma palavra de gratidão a toda a comunicação social, e ao “enorme trabalho isento que fez”. “Um bem-haja sempre a todos os jornalistas que fazem comunicação isenta no território do Alto Alentejo”, remata.

De recordar que o PS, no distrito de Portalegre, obteve 47.21% da votação (25.271 votos), destacando-se de PSD, com 23.23% (12.432 votos), Chega, com 11.46% (6.136 votos), CDU, com 7.58% (4.058 votos), Bloco de Esquerda, com 2.90% (1.550 votos), Iniciativa Liberal, com 2.08% (1.115 votos), e CDS, com 1.19% (635 votos).

Ricardo Pinheiro e Eduardo Alves eleitos pelo distrito de Portalegre

O PS venceu com vantagem suficiente para eleger os dois únicos deputados pelo circulo eleitoral de Portalegre, com à frente do PSD que teve

Na verdade, a diferença de 204 a favor do PS, impediu a eleição de José Pedro Luís, o jovem de 19 anos e cabeça de lista do PSD.

O CHEGA foi a terceira força com

PS vence em Campo Maior com 50,92 %

PPD/PSD com 14,23 %, que representa 541 votos e  da CDU com 12,86 %, que representa 489 votos.
O Chega teve 11,49 % (437 votos) e Bloco de Esquerda com 3,52 % (134 votos).

PS vence em Elvas com 46.52%

PPD/PSD com 19,63 %, que representa 1.855 votos e do CHEGA com 18,73 %, que representa 1.770 votos.
A CDU teve 3,29 % (311 votos) e Bloco de Esquerda com 2,98 % (282 votos).
Já a IL com 2,69 % teve 254 votos no concelho, à frente do CDS-PP (1,95 %) dos 184 votos expressos.

Projeções dão vitória ao PS quase com maioria absoluta

As televisões avançaram já com as projeções dos resultados de hoje:

TVI dá vitória ao PS

Projecção Pitagórica/TVI/CNN:

PS – 37,5%-42,5% (100-117 deputados)

PSD – 26,7%-31,7%  (75-95 deputados)

CHEGA – 4,5%-8,5%  (6-13 deputados)

IL 4,5%-8,5%  (7-11 deputados)

Bloco Esquerda – 3,0%-7,0%  (4-8 deputados)

CDU – 2,5%-6,5%  (4-8 deputados)

CDS – 0,9%-2,9%  (1-2 deputados)

RTP dá vitória ao PS

Projecção Univeersidade Catolica/RTP:

PS – 37%-42% (102-116 deputados)

PSD – 30%-35%  (84-94 deputados)

CHEGA – 5%-8%  (7-13 deputados)

IL 4%-7%  (5-9 deputados)

Bloco Esquerda – 3%-6%  (3-7 deputados)

CDU – 3%-6%  (3-7 deputados)

CDS – 1%-3%  (0-2 deputados)

Em Campo Maior até às 16 horas votaram 43% dos inscritos

O concelho de Campo Maior registava 43% de afluência às urnas, às 16 horas deste domingo, 30 de janeiro. Do total de 7.015 inscritos, já votaram 2991.

Em Degolados votaram 249 pessoas, em São João Batista votaram 1372 pessoas e na freguesia de Nossa Senhora da Expectação tinham votado 1370 pessoas.

Nas eleições legislativas de 2019, a esta hora, o concelho de Campo Maior registava às 16 horas um nível de votação de 38.6%.

Votantes em Elvas entre 37 e 69% às 16 horas

No concelho de Elvas, as percentagens de votantes nas mesas de voto oscilavam entre 37% e 69%, às 16 horas deste domingo, dia 30, nas Eleições Legislativas.

Em Elvas, na Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso, a mesa 1 tinha 46% de votantes, as mesas 2 e 3 tinham ambas 42% e a mesa 10 estava com 37% de votantes.

Em Barbacena, já tinham votado 339 dos 491 inscritos (69%). Em São Vicente, dos 620 eleitores inscritos, tinham votado 250 (40%).

Nas Eleições Legislativas anteriores, em outubro de 2019, a este hora, em Elvas era de 33% a percentagem de eleitores votantes.

Campo Maior com 23% de afluências às urnas às 12 horas

O concelho de Campo Maior registava 22,8% de afluência às urnas às 12 horas deste domingo, dia de eleições legislativas. Do total de 7.015 inscritos, 1587 já votaram.

Em Degolados votaram 95 pessoas, em São João Batista votaram 756 pessoas e na freguesia de Nossa Senhora da Expectação tinham votado 736 pessoas.

Nas últimas eleições legislativas, em 2019, a esta hora, o concelho de Campo Maior registava 18.7% de afluências às urnas.

Lepra continua a contagiar, sobretudo em países mais desfavorecidos

Foto APARF

No passado, a doença de lepra era considerada um castigo divino. Quando os doentes recebiam este diagnóstico eram marginalizados pela sociedade.

Infelizmente, em alguns países, nos dias de hoje, ainda se verificam alguns casos de “exclusão social em relação a estes doentes”, segundo Sandra Figueiredo, responsável de comunicação na Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau – APARF. “A transmissão da lepra acontece através da transmissão de cutículas, como a saliva, e esta é uma doença muitas vezes associada a ambientes de extrema pobreza e, sobretudo, sem acesso a água potável”.

Em Portugal, e lepra é uma doença que está erradicada, apesar de irem aparecendo alguns doentes, “provenientes de outros países”. A lepra é uma doença que começa com pequenas manchas na pele que têm a particularidade de serem insensíveis à dor. “Quando não é detetada precocemente, e acaba por evoluir, pode levar a situações mais complicadas”.

A lepra é uma doença característica, sobretudo, de países de terceiro mundo onde o acesso a água potável é mais reduzido. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o país onde existe um número mais elevado de doentes de lepra é a Índia, seguido do Brasil e Indonésia.

Este domingo, dia 30 de Janeiro, assinala-se o Dia do Doente de Lepra.