Por um rio Guadiana limpo em Badajoz manifestaram-se 2.000 pessoas

Em Badajoz, a Associação Salvemos o Guadiana liderada por sete reformados conseguiu mobilizar quase duas mil pessoas para uma manifestação com o lema “Queremos o Guadiana livre do nenúfar”.

Associações de moradores de alguns bairros de Badajoz, Amigos de Badajoz, Adenex, Greenpeace, os escuteiros, a Plataforma de Pensionistas que também reclamou melhores reformas para os idosos, o Clube de Canoísmo e Associação de Pescadores Amigos do Guadiana foram algumas das associações presentes na chamada popular.

A partida foi na avenida de Huelva, na sede da Delegação do Governo de Espanha, na Estremadura, em direção à sede da Confederação Hidrográfica do Guadiana, na avenida Sinforiano Madroñero. Onde, com as portas fechadas, já se tratava de um sábado, foram feitos cânticos e lido um manifesto.

Mas, o que fez sair da sua vida normal, estes quase dois milhares de vizinhos espanhóis de Badajoz? O nenúfar mexicano, uma planta invasora que só na zona ribeira do Guadiana, em Badajoz, tem já ocupados cerca de 90 hectares, em algumas zonas de margem a margem do rio.

O jacinto de água doce, outra planta invasora, foi retirado do rio pela Unidade Militar de Emergências, em 2020, e o espaço foi agora ocupado pelo Nenúfar Mexicano que terá sido detectado no Guadiana, há pelo menos 44 anos, embora sem o impacto atual, já que se limitava à zona das margens e apenas em alguns locais.

O nenúfar mexicano é uma erva aquática perene, com grandes folhas, até 25 cm, de cor verde, com padrão roxo ou castanho, flutuantes, com nervuras que irradiam do centro e grandes flores solitárias amarelas, com 12 a 30 pétalas e que parece ter tomado conta do rio Guadiana, pois a profundidade à passagem por Badajoz, esta situada maioritariamente, abaixo do três metros e favorece proliferação das raízes no leito do rio.

Caminhada do “Walking Festival” em Elvas neste sábado

Um percurso de cerca de seis quilómetros, com início e final no Forte da Graça, foi percorrido pelos participantes da caminhada incluída na programação do Alentejo Walking Festival – Festival de Caminhadas do Alentejo, tendo passadp pelo Aqueduto da Amoreira, Forte de Santa Luzia, Portas da Esquina, Casa das Barcas e Castelo.Elvas, neste sábado, 19 de outubro.

Alentejo Walking Festival é uma organização da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, com o apoio do Município de Elvas.

Campo Maior vai participar no Alentejo Walking Festival este domingo

Campo Maior vai fazer parte do Alentejo Walking Festival com o PR4 – “Percurso Defesas de Campo Maior”. O passeio pedestre tem a distância de 7,5 quilómetros e realiza-se este domingo, dia 20 de outubro, com o encontro dos participantes marcado, às 9h30, no Largo do Barata. O percurso tem como principais pontos de interesse o Castelo de Campo Maior, a Fortificação Abaluartada, o Mosteiro da Imaculada Conceição e as Portas de Santa Maria

O Alentejo Walking Festival promete meter toda a região a caminhar este fim de semana. Trata-se de uma iniciativa promovida pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, com o objetivo de dinamizar a plenitude dos percursos pedestres da zona.

Este, que é o maior festival de passeios pedestres de Portugal, procura levar os participantes a partir à descoberta do território alentejano a nível natural e cultural.

Os itinerários estão todos sinalizados pelos municípios do Alentejo e esta iniciativa surge “para apresentar, para dar, de uma forma organizada e estruturada, visibilidade aos 47 municípios com os seus passeios pedestres”, realça Pedro Beato, vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

“Nos dias 19 e 20 de outubro vamos ter uma grande ação, de todo o Alentejo a caminhar, num total 55 percursos, que estão disponíveis para inscrições no nosso site. Temos recebido muitas inscrições, sendo que alguns itinerários já estão esgotados, o que revela bem o interesse que os nossos passeios pedestres têm”, revela ainda Pedro Beato.

Outro objetivo da iniciativa é o contacto entre empresas, uma vez que o Alentejo Walking Festival vai contar com o contributo de especialistas de turismo de natureza. Estes especialistas pertencem a 12 empresas nacionais, que foram “convidadas para conhecerem os trilhos que existem e também para conhecerem empresas locais para que possam fazer negócios”, explica Pedro Beato. Estarão também presentes quatro jornalistas estrangeiros “que vão estar a acompanhar a primeira fase do festival, para dar cobertura mediática internacional sobre o mesmo, na expectativa que suscite mais interesse de operadores internacionais”.

Todas as informações sobre o Alentejo Walking Festival para conhecer no site oficial.

Santa Casa de Campo Maior promove participação ativa de idosos na sociedade

Através do projeto Cidadania Ativa, a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior tem vindo a promover os laços dos idosos do Lar Santa Beatriz com a comunidade da vila, para que possam ter uma participação mais ativa na sociedade.

A base do projeto, segundo a coordenadora Rosália Guerra, está no voluntariado e na ligação à própria comunidade. “Nós acreditamos que os nossos idosos precisam de manter as suas ligações à sua vida, na terra onde estão inseridos, no local onde desenvolveram a sua história de vida. Se perguntarmos aos nossos idosos qual o melhor sítio para envelhecer, eles respondem que é o local que conhecem”, começa por dizer Rosália Guerra.

Na prática, o propósito do programa passa por levar os idosos a visitar locais que são “considerados de cidadania”, como “a Câmara Municipal, o posto de turismo, o centro de saúde, museus, o centro comunitário e as juntas de freguesia”. “O que pretendemos é que os idosos possam continuar conhecedores dos seus direitos enquanto cidadãos, para serem mais participativos e para que, quando estão a tomar as suas decisões, o possam fazer de forma mais consciente, mais informada e mais ponderada”, realça ainda a coordenadora do projeto Cidadania Ativa.

Cidadania Ativa tem como objetivo fundamental proporcionar ao grupo de idosos do Lar Santa Beatriz, “até as suas capacidades cognitivas o permitirem”, uma participação ativa na comunidade através “do poder de decisão, de consciência e informação”.

Posto de turismo da Fonte Nova recebeu reunião da CIMAA

O posto de turismo da Fonte Nova recebeu no passado dia 17 de outubro uma reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA).

Na reunião estiveram presentes o presidente do Município, Luís Rosinha, bem como diversos autarcas dos vários concelhos do distrito de Portalegre. Nesta sessão foram abordados diversos temas que dizem respeito aos vários municípios, enquanto integrantes da CIMAA.

Soluções para escassez de água debatidas em conferência na ESBE

A Conferência Internacional: Água, Agricultura e Sustentabilidade decorre esta sexta-feira, dia 18 de outubro, no auditório da Escola Superior de Biociências de Elvas (ESBE).

Este evento é uma parceria entre a Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte do Alentejo (ADER-AL), e os Grupos de Ação Local (GAL) APRODER e TAGUS.

A escassez de recursos hídricos a nível internacional e nacional, em particular na agricultura, foi o tema principal da iniciativa, que segundo Rute Santos, Diretora da Escola Superior de Biociências de Elvas “é um tema crítico para o mundo nos próximos anos. Neste sentido, Portugal vai ter que gerir a sua água de qualidade no abastecimento às próprias populações e a agricultura é um grande consumidor de água”.

Relativamente às possíveis soluções para a escassez de água, Rute Santos assegura que, em primeiro lugar, tem de se conseguir, com um consumo adequado e responsável “um aproveitamento máximo dos recursos hídricos, ou seja, quer a capacidade de armazenamento quer a monitorização da água que é gasta ser feita de forma eficiente”. A água, diz ainda Rute Santos “é tão importante e necessária quanto o oxigénio”.

O principal objetivo desta conferência revela o presidente da Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte Alentejo, Pedro Espadinha, passa por “transmitir informações importantes à comunidade sobre o uso adequado da água, e, ao mesmo tempo, falar tecnicamente e politicamente da escassez de água e como se pode combater essa escassez”.

Para se conseguir fazer face à escassez de água, Pedro Espadinha aponta soluções a três níveis: “o uso eficiente da água a nível agrícola, o uso da mesma no abastecimento público e na construção de mais conservatórios e aproveitar a água que cai”.

A conferência reúne especialistas nacionais e internacionais para debater em “mesas redondas” os desafios urgentes relacionados com a gestão da água no setor agrícola, num contexto de alterações climáticas.

No ano passado mais de 400 mulheres portuguesas abortaram em Badajoz

No ano passado, a Clínica Guadiana Los Arcos, de Badajoz, realizou 439 Interrupções Voluntárias de Gravidez (IVG) a mulheres portuguesas. A noticia faz parte da edição desta sexta-feira do jornal Expresso que apresenta a informação e um gráfico (imagem ao lado) onde se vê a evolução das IVG´s, nessa clínica, números que regressaram quase aos registados na pré-pandemia e que se situavam nas 500 por ano.

O jornal conta o caso de mulheres portuguesas que são encaminhadas de Lisboa para Espanha, onde a IVG pode ser realizada até às 20 semanas, apesar de em Espanha o procedimento sem justificação médica só ser possível até às 14. A Associação de Planeamento Familiar de Lisboa é uma das entidades referidas no Expresso, como tendo encaminhado um caso relatado.

A clínica de Badajoz tem segundo a informação recolhida pelo Expresso um universo de 27% de clientes portuguesas, no total de intervenções ali realizadas. A maioria (64%) tinha um tempo gestacional entre as 10 e as 14 semanas. É precisamente pelo facto de Portugal ser mais restritivo nos prazos na IVG que Espanha é uma alternativa. No nosso País, a interrupção da gravidez por opção da mulher pode ser realizada nas primeiras 10 (dez) semanas de gestação, a informação é facilmente consultável no SNS www.sns24.gov.pt ou no site da Entidade Reguladora www.ers.pt e está regulada pela Lei  16/2007, criada após o referendo nacional que permitiu a IVG. Apenas a própria mulher pode pedir para interromper uma gravidez. No caso de ser menor de 16 anos, o consentimento para a realização da IVG é prestado pelo seu representante legal, a quem devem ser facultadas todas as informações necessárias.

Em Badajoz, a clínica fica situada na Calle Rey Mudaffar e no Google com as palavras de pesquisa “aborto Badajoz” é a primeira resposta, mas no País vizinho há muitas clínicas a realizar IVG, o Expresso indica o exemplo de Vigo, mas Madrid surge com a maior oferta com diversas clínicas especializadas, até porque acolhem mulheres vindas das mais diversas proveniências .

Enfermeiros de reabilitação do Alentejo reunidos em Elvas

O Centro de Negócios Transfronteiriço (CNT) de Elvas é esta sexta-feira, 18 de outubro, o ponto de encontro dos enfermeiros de reabilitação de toda a região Alentejo, num evento em que estes profissionais têm oportunidade de partilhar experiências e aprofundar conhecimentos, no decorrer de diversos colóquios científicos.

Este encontro, que serve para assinalar o início da atividade do núcleo de enfermagem de reabilitação que acaba de ser constituído na Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAALE), explica o enfermeiro gestor do Serviço de Ortopedia do Hospital de Santa Luzia, Rui Cambóias, tem “várias vertentes”. Por um lado, contempla “uma vertente científica de auditório”, com sessões viradas para a enfermagem de reabilitação, com “um encontro dos núcleos de enfermeiros de reabilitação de todo o Alentejo, que já estão formados no Baixo Alentejo, no Alentejo Central e Litoral Alentejo”. “Faltava, de facto, o Alto Alentejo, e nós estamos na fase de arranque e é este acontecimento que vai marcar o nosso arranque”, revela.

Por outro lado, participam neste encontro vários convidados, “conferencistas com algum peso”, que irão abordar diferentes temas relacionados com a enfermagem de reabilitação, e será ainda instituído o prémio “Comendador Rui Nabeiro”, para trabalhos livres a concurso. “Tivemos vários, de diferentes pontos do país”, revela Rui Cambóias.

No âmbito deste evento, promovido pelos enfermeiros de reabilitação da ULSAALE, realiza-se, em simultâneo, a mostra Expo Reabilitar, em que está reunida a indústria do setor, no sentido de a dar a conhecer à comunidade e às instituições locais. “A Expo Reabilitar está aberto à visita do público em geral e congrega as vertentes empresarial e institucional”, esclarece o enfermeiro.  

A partir de agora, a ULSAALE passa a contar com seis núcleos de enfermagem. “A recomendação da Ordem dos Enfermeiros é dividir as especialidades da enfermagem por seis capítulos diferentes, que vão desde a obstetrícia, à reabilitação e à pediatria, e nós estamos a arrancar com eles todos. Vai ser hoje a tomada de posse dos seis núcleos”, revela ainda o enfermeiro.

Centro Educativo Alice Nabeiro conquista Galardão Eco-Escolas

O Centro Educativo Alice Nabeiro, de Campo Maior, participou, no passado dia 10 de outubro, na cerimónia de atribuição do Galardão Eco-Escolas, na qual os alunos representantes receberam o diploma e a bandeira conquistada.

O trabalho desenvolvido ao longo de 2023/2024, com um vasto plano de ação, decorreu em estreita colaboração com um conjunto alargado de parceiros locais, regionais e nacionais.

O Dia das Bandeiras Verdes teve lugar no Palácio dos Desportos Helena Sentieiro, em Torres Novas, iniciando-se com a Eco-Mostra na qual foram proporcionadas diversas atividades para os participantes durante a manhã.

No Dia das Bandeiras Verdes é reconhecido o trabalho de todos os que participaram no Programa Eco-Escolas, e contribuíram para tornar mais sustentável o dia-a-dia da escola e da comunidade, pelo que durante o dia foram entregues os prémios dos desafios 2023/24 e, por último, a Bandeira Eco-Escolas 2024.

Já na passada sexta-feira, dia 11 de outubro, o Centro Educativo Alice Nabeiro recebeu a visita da representante do Ministério da Educação e da ABAEE, com o objetivo de auditar a aplicação da metodologia Eco-Escolas no CEAN e avaliar o respetivo desempenho. Esta auditoria aplica critérios de exigência elevados, o que valoriza quer o percurso do Centro, quer as possibilidades de melhoria das ações pelo planeta e pela sustentabilidade. A aposta na educação ambiental tem sido sistemática no CEAN desde a sua fundação, cumprindo um dos pilares mais relevantes da formação para a cidadania, ciência e ambiente.

Com mais de 30 anos, quartel dos Bombeiros de Elvas tem vindo a sofrer melhorias

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas tem vindo a procurar, dentro das suas possibilidades, realizar algumas obras no quartel.

Considerando que o atual edifício, já com mais de 30 anos, está “completamente ultrapassado”, face às necessidades dos dias de hoje, o presidente da direção, Amadeu Martins, revela que, com o apoio da Câmara Municipal de Elvas, o quartel conta com uma nova sala de bombeiro, que está “praticamente pronta”, faltando apenas “algum mobiliário”.

“Aqui há dois anos, também fizemos um balneário novo e quando acabarmos estas duas obras – que praticamente estão acabadas –, queremos passar a secretaria e a central telefónica para o piso térreo, porque as pessoas que vão ao quartel, para pagar a sua fatura, para marcar os seus serviços, para irem ao hospital ou fazer tratamentos, têm de subir as escadas. A população está cada vez mais envelhecida e custa-lhes subir as escadas”, adianta Amadeu Martins.  

Recentemente, a direção apostou na instalação de painéis solares fotovoltaicos no quartel. “Permite-nos reduzir a nossa fatura de eletricidade, em cerca de 50 por cento. Começamos no princípio de junho, foi um investimento grande, mas penso que, no máximo de dois anos, conseguimos tirar o rendimento desse investimento”, refere o presidente. Por outro lado, e com “um esforço grande”, a associação conseguiu também mudar os portões “de acesso à garagem das viaturas, na parte de dentro da parada”.

“As obras naquela casa fazem sempre falta e estamos dispostos a lutar para que isto aconteça, porque se assim não for, não vale a pena estarmos naquela casa”, remata Amadeu Martins.