Barragem do Caia com 96% da sua capacidade está perto de atingir o nível de descargas

O volume de água armazenada na albufeira da Barragem do Caia é, ao dia de hoje, terça-feira, 23 de janeiro, de 182 milhões e 816 mil metros cúbicos, com o nível da água à cota de 232,40 metros, de acordo com os dados da Associação de Beneficiários do Caia.

Este volume corresponde a 96,22% por cento da capacidade máxima da barragem, estando a mesma, por isso, perto de atingir o seu limite de armazenamento.

Segundo Luís Rodrigues, gestor da Associação de Beneficiários do Caia, e apesar destes valores, “não há para já data prevista para efetuar descargas, uma vez que não há previsão de chuva, para os próximos dias”. Caso ocorra precipitação a Associação irá agendar uma data para que seja feita a dita descarga.

No entanto, a Associação de Beneficiários do Caia já alertou os residentes e agricultores que vivem e trabalham nas margens do rio Caia para a possibilidade de descargas, para que “atempadamente possam recolher os seus pertences e animais, nessa zona”.

Quanto às descargas de fundo, Luís Rodrigues referiu que se a Associação procedesse a esse tipo de descarga, que liberta cerca de 60m3 de água por segundo, não teria tanto controlo na quantidade água que sai, pelo que “as duas pontes sobre o Rio Caia, poderiam ficar submersas, o que obrigava as pessoas que se deslocam entre Elvas e Campo Maior, a terem de fazer o trajeto pela estrada de São Vicente ou por Badajoz.

Capital Europeia da Cultura: Associação Évora 2027 já está criada

Foi recentemente criada a Associação Évora 2027, após publicação em Diário da República e promulgação por parte do Presidente da República. Caberá a esta associação, da qual fazem parte oito entidades, lideradas pela Câmara Municipal de Évora, gerir a Capital Europeia da Cultura.

Segundo explica o presidente da Câmara, Carlos Pinto de Sá, a criação desta associação era “uma exigência” que já estava “prevista no dossiê de candidatura” de Évora a Capital Europeia da Cultura.

“Esta associação fará, sobretudo, a gestão das ações imateriais da Capital Europeia da Cultura, já que as ações materiais, isto é, aquelas que têm a ver com os investimentos na área física, como é o caso do pavilhão multiusos ou do espaço para a centro de Dança Nacional Contemporânea, esses investimentos serão feitos à parte, com projetos próprios”, revela o presidente. Um desses projetos, “a arrancar em breve”, adianta o autarca, diz respeito ao estádio desportivo, “que resultou de um concurso que a Câmara lançou e que foi ganho pelo Juventude Sport Clube”. A esperança é que a  construção do estádio possa começar já este ano.

Com uma “particular atenção” a ser dada às escolas, para que a comunidade escolar comece a ser mobilizada em torno do evento,  Carlos Pinto de Sá explica ainda que se pretende que a construção dos projetos da Capital Europeia da Cultura seja “aberta”, podendo contar com “a participação de todos”.

A Comissão Executiva Évora2027 é liderada pela Câmara Municipal de Évora e integra ainda a Direção Regional de Cultura do Alentejo, a Universidade de Évora, a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo, Turismo do Alentejo, Fundação Eugénio de Almeida e Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo.

Recorde-se que esta será a quarta vez que Portugal acolhe a iniciativa Capital Europeia da Cultura, depois de Lisboa em 1994, o Porto em 2001 e Guimarães em 2012.

Baixas e juntas médicas com novas regras a partir de março

Tendo por base dois diplomas, publicados em Diário da República, o Governo vem consolidar as condições de avaliação de incapacidade para reconhecimento de deficiência e em situações de certificação de incapacidade temporária para o trabalho.

O regime de avaliação de incapacidades das pessoas com deficiência, consagra que “os atestados médicos de incapacidade multiuso (AMIM) se mantêm válidos até que seja garantida nova avaliação, assegurando, deste modo, a atribuição e manutenção dos benefícios sociais, económicos e fiscais que tenham sido reconhecidos aos cidadãos com deficiência”.

A prorrogação da validade ocorre “mediante a apresentação de comprovativo de requerimento de nova junta médica, até à data do termo da validade do atestado, garantindo que nenhum cidadão perde direitos reconhecidos enquanto aguarda a realização de junta médica”.

Estas novas regras aplicam-se a atestados emitidos a partir do dia 1 de janeiro de 2024, salvaguardando-se as situações jurídicas constituídas ao abrigo do regime transitório para a emissão de atestado médico de incapacidade multiuso para os doentes oncológicos e do regime excecional de composição das juntas médicas de avaliação das incapacidades das pessoas com deficiência.

Face à nova organização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Unidades Locais de Saúde (ULS), o Governo estabeleceu que “as juntas médicas passam a ser asseguradas por iniciativa destas entidades, devendo existir pelo menos uma junta médica por cada uma das 39 ULS, o que permitirá uma maior abrangência das respostas a nível nacional”.

Incorporou-se igualmente na lei, e de forma definitiva, a regra criada durante a pandemia para proteger os doentes oncológicos, garantindo-lhes “a atribuição automática de um grau mínimo de incapacidade de 60% no período de cinco anos após o diagnóstico, sem necessidade de ser presente a junta médica”. Nestes casos, a confirmação da incapacidade e emissão do AMIM deverá ser feita por um médico especialista da unidade de saúde onde foi realizado o diagnóstico, diferente do médico que acompanha o doente.

De acordo com o novo decreto-lei, serão ainda “dispensadas de junta médica condições congénitas ou outras que confiram grau de incapacidade permanente, mediante critérios a definir por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas da segurança social e da saúde”.

Já as alterações à certificação de incapacidade temporária para o trabalho, que procede ao alargamento dos serviços competentes para a emissão da certificação da incapacidade temporária para o trabalho e à autodeclaração de doença, decorrem das propostas da Direção Executiva do SNS para facilitar o acesso e simplificar a utilização do SNS pelos cidadãos, reduzindo em simultâneo a carga administrativa dos médicos de medicina geral e familiar.

A Portaria n.o 11/2024, de 18 de janeiro, prolonga “de 30 para 90 dias o período inicial que os médicos podem decidir, quando entenderem adequado, para a baixa médica de doentes oncológicos e vítimas de doença isquémica cardíaca e de acidente vascular cerebral (AVC)”. Já em situações de pós-operatório, os limites temporais para o período inicial e para a prorrogação “passam de 30 a 60 dias, também de acordo com a decisão médica. Em caso de diagnóstico de tuberculose, o período inicial da baixa pode ser estendido pelo médico até 180 dias.

As novas regras vão vigorar a partir de 1 de março, data em que as baixas médicas passam também a poder ser emitidas em serviços de urgência e no setor privado e social, dispensando uma consulta nos cuidados de saúde primários para este efeito.

Recorde-se que em maio de 2023 entrou em vigor a primeira medida desta reforma dos mecanismos de certificação de incapacidade, tendo as baixas de curta duração (até três dias) passado a ser feitas no regime de autodeclaração de doença (ADD).

A celebrar cinco anos, InPP já tem quatro pedidos de patentes registados

Pedro Fevereiro

O InnovPlantProtect (InPP) comemora esta quara-feira, dia 24 de janeiro, em Elvas, o seu quinto aniversário e vai assinalar a data com um dia aberto à comunidade elvense, às empresas e produtores agrícolas, e à comunidade académica.

O evento comemorativo visa celebrar e dar a conhecer aos participantes a inovação científica e tecnológica desenvolvida pelo laboratório colaborativo (CoLAB) na proteção de culturas, de forma a encontrar soluções de impacto para os desafios agrícolas e societais que possam contribuir para a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.

Com “quatro pedidos de patentes para diferentes produtos e mais de dois milhões de euros angariados em projetos de inovação e desenvolvimento”, e ainda que tenha nascido em 2019, só em 2020 é que o laboratório colaborativo começou a desenvolver a sua atividade em prol da proteção de culturas de pragas e doenças, através de soluções biológicas e digitais, de acordo com o diretor executivo do InnovPlantProtect, Pedro Fevereiro.

Nesta comemoração do quinto aniversário, adianta o responsável, procura-se, por um lado, “mostrar o trabalho desenvolvido” e, por outro, “dar a conhecer os produtos já disponíveis”. Numa “expectativa de evolução”, a intenção é de que o InnovPlantProtect, até final do próximo ano, possa já ter 12 patentes submetidas. Pedro Fevereiro recorda ainda que, até então, foram atraídos para fazer parte deste projeto, em Elvas, profissionais, entre investigadores e técnicos, oriundos de toda a parte do mundo.

Presentes na comemoração, amanhã, estarão diversas personalidades e entidades nacionais e internacionais ligadas à agricultura e a biotecnologia. A abertura do evento, nas instalações do pólo de Elvas do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), que se realiza a partir das 14h35, contará com a presença da secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. A partir das 15h15 decorrerá uma sessão com os diretores dos cinco departamentos do CoLAB, que respondem à questão “Que inovação se produz no InPP?”.

A sessão de encerramento terá lugar pelas 16 horas e ficará a cargo de Pedro Fevereiro, do presidente da Câmara Municipal de Elvas, José Rondão Almeida, do secretário de Estado da Agricultura, Gonçalo Caleira Rodrigues, em representação da ministra da Agricultura,  Maria do Céu Antunes, da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato (sujeita a confirmação). Por fim, decorrerá um beberete e bolo de aniversário.

Parque infantil do parque Desportivo da Expectação vai ser requalificado

A requalificação do parque infantil, localizado no Parque Desportivo da Expectação, é um dos grandes objetivos do executivo da junta de freguesia, para este novo ano.

Com um investimento de cerca de 15 mil euros, explica o presidente da junta, Hugo Milton, o objetivo passa por dotar esse parque com uma nova imagem, com atrações mais apelativas e com melhores condições, para que as crianças de Campo Maior possam ali divertir-se, em segurança”.

A requalificação do parque Infantil inclui também “a mudança do piso, uma vez que aquele que existe é de areia, tornando-se uma atração para os gatos e pouco higiénico para as crianças”.

Ricardo Pinheiro candidato pelo PS por Portalegre e Nuno Mocinha é mandatário da candidatura

A Federação de Portalegre do Partido Socialista (PS) já divulgou a lista de candidatos para as eleições legislativas, marcadas para dia 10 de março.

O primeiro candidato é Ricardo Pinheiro, engenheiro eletrotécnico, de 43 anos e natural de Campo Maior. O segundo candidato é João Pedro Meira, de 27 anos, economista no Banco de Portugal, e é natural de Portalegre. Ana Sofia Rosa, advogada e natural de Elvas, tem 31 anos, e é o terceiro elemento da lista do PS. Já em quarto lugar surge Carolina Filipe, 28 anos, de Gavião, é Técnica Superior de Comunicação.

O mandatário da lista do PS, por Portalegre é Nuno Mocinha.

Segundo o partido, “cada membro desta equipa traz um conjunto único de competência e experiência, prontos para atender às necessidades específicas da nossa região. Eles conhecem profundamente o território do Alto Alentejo e estão comprometidos em representar os interesses desta região”.

“Esta é mais do que uma lista de candidatos. É um compromisso com a continuidade do excelente trabalho já realizado, uma mistura de vontade e atitude, experiência e humildade, motivação e responsabilidade”.

Aulas de Karaté às sextas-feiras em Arronches

Todas as sextas-feiras, entre as 18h30 e as 19h30, no Pavilhão Gimnodesportivo de Arronches, junto ao campo de futebol, há aulas de Karaté.

Estas aulas são abertas a crianças e adultos, sendo que os interessados em experimentar a modalidade devem fazer a sua inscrição através do contacto telefónico 961 952 592 ou do email cpkp.geral@gmail.com.

As aulas têm como instrutores José Rolo e Avelino Crespo.

Mora: prova do Vinho Novo de Cabeção regressa no último fim de semana deste mês

A prova do Vinho Novo de Cabeção regressa, no último fim-de-semana de janeiro, a esta freguesia do concelho de Mora.

O objetivo deste evento é “mostrar a todos o que de bom se faz na freguesia de Cabeção, no que ao vinho de talha diz respeito”, revela Paula Chuço, presidente da Câmara Municipal de Mora, adiantando que esta iniciativa incluiu diversas atividades, como “prova do vinho novo de Talha, que incluiu a Rota das Adegas, no sábado e domingo; bem como um concurso de vinhos de talha, acompanhada de alguns petiscos”. No pavilhão desportivo da freguesia estará também representado o comércio tradicional, com produtos regionais.

A animação musical também faz parte desta iniciativa, acima de tudo, com grupos do concelho, nomeadamente, o grupo de bombos, Grupos de Cantares e o Rancho Folclórico de Cabeção.

Prova do Vinho Novo de Cabeção que decorre nos dias 26, 27 e 28 de janeiro, no pavilhão desportivo desta freguesia do concelho de Mora.

Portalegre: projeto pretende sensibilizar população para riscos do radão

O projeto “RadAR – Os estudantes como atores-chave na gestão do radão”, é um projeto de ciência cidadã em Portalegre, que se concentra na problemática da exposição a concentrações elevadas de radão no interior de edifícios.

Este projeto é desenvolvido pelo Instituto Superior Técnico, pela Agência Portuguesa do Ambiente, com o apoio da Ciência Viva e é financiado pelo projeto RadoNorm. O projeto RadAR tem uma duração de 9 meses, de setembro de 2023 a maio de 2024, e um orçamento de 25 mil euros.

Os objetivos passam por promover a consciencialização da população sobre o radão e os seus efeitos na saúde, promover a monitorização de radão numa zona do país ainda pouco caracterizada, e fornecer aos cidadãos as informações necessárias para uma efetiva redução da concentração de radão nos casos em que se verifiquem concentrações elevadas.

Tudo para saber sobre este projeto no programa desta semana “Ambiente em FM”, com José Janela, da Quercus, que pode ouvir na emissão às 12.45 e às 16.30 horas ou no podcast abaixo:

União Europeia não vai proibir a reparação de veículos com mais de 15 anos

Nos últimos dias têm surgido algumas notícias sobre o facto de a União Europeia estar a ponderar proibir a reparação de carros com mais de 15 anos, para incentivar a compra de veículos menos poluentes.

No entanto, a Comissão Europeia vem clarificar que “não vai proibir as reparações em carros mais antigos”, mas sim “definir critérios sobre se um automóvel deve ou não ser considerado reparável”.

Segundo o comunicado da Comissão Europeia:

– não há absolutamente nada na proposta apresentada sobre “veículos em fim de vida” que proíba a reparação de veículos com mais de 15 anos (nem de veículos com qualquer outra idade)”.

– se um proprietário quiser reparar o seu automóvel, isso está perfeitamente de acordo com as regras propostas, independentemente da idade do veículo.

– caso um automóvel estiver danificado a ponto de não poder ser reparado, deverá será considerado um “veículo em fim de vida” e nesse caso aplicar-se-iam as regras do regulamento proposto.

– a proposta de regulamento contém critérios sobre a forma de determinar se um automóvel deve ou não ser considerado reparável, critérios esses que não incluem qualquer limite de idade.

Já no dia 15 de janeiro, um porta-voz da Comissão Europeia teve a oportunidade de explicar que a proposta em causa visa “exclusivamente abordar o caso de veículos que já atingiram o fim de vida útil. Não existe nada neste regulamento para impedir a reparação de automóveis que podem ser reparados. Só no caso de um carro estar a ser vendido é que existem regras neste regulamento que iriam permitir às autoridades determinar se um carro é realmente um carro, ou se na verdade já não é um carro, mas sim um veículo em fim de vida. E nesse caso, tem de ser tratado de acordo com as regras dos resíduos.”