A Extensão de Saúde do Centro de Saúde de Campo Maior, em Degolados, reabriu ao público, na passada quarta-feira, 29 de maio, com novas instalações, devidamente equipadas e climatizadas, que vão de encontro às necessidades dos utentes.

O espaço, localizado no antigo edifício do Centro de Dia e Lar de Degolados, irá estar ao dispor da população, melhorando desta forma o acesso dos degoladenses aos cuidados de saúde.

A cerimónia contou com a presença do presidente do Município de Campo Maior, Luís Rosinha, dos vereadores Paulo Pinheiro e São Silveirinha, de Anabela Carrilho, em representação da Assembleia Municipal, do executivo da Junta de Freguesia de Degolados, composto por João Cirilo, Olga Madeira e Bruno Marques, de Jorge Romudas, em representação da Junta de Freguesia de São João Baptista, da diretora clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalares da Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA), Vera Escoto, e da vogal executiva do Conselho de Administração da ULSAA, Ana Amélia Silva.

Os utentes do Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI), da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Elvas, têm vindo a produzir sacos sustentáveis, decorados com motivos alusivos a Elvas e a Campo Maior: produtos que a instituição quer agora colocar no mercado.

Nesse sentido, a APPACDM reuniu na tarde da passada terça-feira, 28 de maio, com representantes dos dois municípios, bem como com diversos empresários de ambos os concelhos, que a instituição espera que possam vir a seu seus parceiros, dando-lhes a conhecer os sacos, que, dentro em breve, podem estar à venda enquanto souvenirs.

Este trabalho, que surge no âmbito do projeto de Atividades Socialmente Úteis, explica a diretora técnica do CACI, Ermelinda Borrega, começou há já dois anos, depois de uma exposição com base em materiais reciclados, realizada no Forte da Graça. Os sacos, bordados pelos utentes, foram inicialmente pensados para os supermercados, mas querendo fazer algo “diferente”, e porque, segundo Ermelinda Borrega, não há souvenirs de Elvas e Campo Maior para lá dos habituais ímanes, a instituição decidiu enveredar por esse caminho.  

Tendo em conta que a capacidade de resposta, no que toca à produção destes sacos, não será “assim tão grande”, uma vez que se tratam de produtos produzidos por “pessoas com incapacidades” lembra a responsável, a APPACDM não reuniu com todos os empresários que gostaria. Ainda assim, “à medida que se for conseguindo ir dando resposta”, a ideia é que a instituição possa vir a alargar a lista de parceiros deste projeto.

“O símbolo do Património de Elvas e os Arcos”, a par da pandeireta e das flores, são os elementos que decoram estes sacos. Para a sua exposição, seja nos espaços turísticos, seja nos estabelecimentos comerciais de Elvas e Campo Maior, a APPACDM criou até um expositor próprio. Com vantagens para aqueles que queiram comercializar estes souvenirs, a APPACDM compromete-se a divulgar, de diversas formas, os serviços de cada um dos seus parceiros neste projeto, levando também os utentes a visitá-los regularmente.

Já o presidente da direção da APPACDM, Luís Mendes, explica que esta é só mais uma forma da instituição se “reinventar”, sempre com o objetivo de levar as suas “ideias” ao encontro da comunidade. “Tentamos alargar ao máximo as hipóteses de criar aqui uma parceria, com a divulgação e a venda deste saco sustentável, que é um projeto inovador do CACI”, adianta.

“Ficamos contentes por termos feito a apresentação e pela aceitação das pessoas que estiveram presentes. Só com a APPACDM não faz sentido. Faz sentido com todos juntos, porque juntos somos mais fortes”, diz ainda Luís Mendes.