À semelhança dos últimos anos, a Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Expectação, em Campo Maior, volta a apoiar os alunos que frequentam o Ensino Superior.
Desta vez, revela o presidente da junta, Hugo Milton, são dez as bolsas de estudo a atribuir. No caso das dez bolsas não serem suficientes, a junta, “perante aqueles que se irão candidatar”, irá “fazer um esforço, com um acerto, de forma a que ninguém de fora”.
“O Município também este ano alargou o número das suas bolsas e esperamos que toda a comunidade campomaiorense, entre câmara e juntas de freguesia, sinta este apoio, para que os seus filhos possam ir mais além nos estudos”, acrescenta Hugo Milton.
Em causa está um apoio total de 800 euros a cada um dos contemplados com estas bolsas de estudo, valor a ser pago de forma faseada, ao longo dos meses. Os interessados têm até esta quinta-feira, dia 31 de outubro, para fazer a sua candidatura, através do preenchimento do formulário que está disponível na junta de freguesia.
Os alunos que obtenham a bolsa de estudo da Câmara Municipal de Campo Maior ficam, automaticamente, excluídos da lista de contemplados pelas bolsas da junta de freguesia.
É para perpetuar o legado de Paula Calado, professora e vereadora da Cultura na Câmara de Elvas, que perdeu a vida a 24 de junho do ano passado, que o coletivo Autores de Elvas acaba de lançar a primeira edição de um concurso escolar literário com o seu nome.
Não deixar que “o sonho de Paula Calado desapareça”, tendo em conta “as ideias que tinha para a cidade e para o concelho”, que começava “a dinamizar e a dar passos muito significativos”, explica a professora Teresa Guerreiro, enquanto porta-voz dos Autores de Elvas, é um dos grandes objetivos da iniciativa.
Ainda que o concurso tenha contado com o apoio, na sua fase de preparação, dos Agrupamentos de Escolas de Elvas e Campo Maior, do Colégio Luso-Britânico e do Centro Educativo Alice Nabeiro, esta é uma iniciativa aberta a todas as escolas do Alto Alentejo.
Esperando que venha a contar com “uma adesão significativa”, Teresa Guerreiro explica que a concurso vai estar a modalidade literária de conto. “Há quatro escalões, desde os mais pequeninos até aos alunos do secundário”, revela ainda a professora, que adianta que os vencedores serão conhecidos em junho.
Segundo a diretora do Agrupamento de Escolas nº 3 de Elvas, Fátima Pinto, para além da importância do concurso, no sentido de incentivar os alunos a escreverem, a iniciativa servirá, acima de tudo, para “perpetuar o nome de Paula Calado no tempo”, através da escrita dos mais novos. Nesse sentido, considera que os Autores de Elvas se uniram, “em boa hora”, aos agrupamentos de escolas.
Para a filha de Paula Calado, esta é das homenagens mais especiais e com mais significado já feitas à sua mãe. “Todas as homenagens para nós, enquanto família, são importantes, porque é a certeza que a mãe está viva e presente, mesmo depois de ter partido, mas esta é particularmente especial, porque os livros significavam muito para ela”, diz Sara Fevereiro, que apela ainda aos jovens para que escrevam e para que participem, “sem medos”, neste concurso.
A imagem gráfica do concurso esteve a cargo da designer e artista plástica Elisabete Matias, que garante que, para si, foi “um privilégio” poder também, através da sua arte, prestar homenagem a Paula Calado.
A abertura e encerramento da apresentação do concurso, que teve lugar no auditório da Escola Secundária D. Sancho II, na tarde da passada segunda-feira, 28 de outubro, esteve a cargo do professor Paulo Cachinho que, à guitarra portuguesa, interpretou dois temas de Carlos Paredes, músico de quem Paula Calado gostava particularmente.
A Câmara Municipal de Campo Maior vai comparticipar a aquisição de uma nova ambulância, em 2025, com vista a reforçar a frota da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da vila. O anúncio foi feito no passado sábado, 26 de outubro, pelo presidente da Câmara, Luís Rosinha, no decorrer da sessão solene de comemoração dos 75 anos da associação.
Por outro lado, e como explica o autarca, com o objetivo de valorizar os operacionais e de “cativar novos elementos para aderirem ao corpo ativo”, a autarquia irá avançar com um Regulamento Municipal de Apoio ao Bombeiro Voluntário. Embora diga que as medidas políticas com vista a ajudar a corporação “são sempre poucas”, Luís Rosinha garante que o município tem estado sempre atento, no sentido de ajudar os soldados da paz da melhor forma. Com o regulamento municipal, os Bombeiros de Campo Maior irão beneficiar de medidas que farão “a diferença nas suas vidas”.
Luís Rosinha lembra ainda que, praticamente, todos os anos, a autarquia tem vindo a comparticipar a compra de uma ambulância, “numa renovação de frota, que é obrigatória, para que possam ser prestados melhores e mais céleres cuidados a todos os campomaiorenses”.
Considerando que é “obrigatório” que os bombeiros venham a ter as suas condições revistas pelo Governo, Luís Rosinha espera que o grupo de trabalho criado para o efeito “olhe para estes homens e mulheres que dão a sua vida a cuidar dos outros”.
Dois apostadores em Portugal, a par de outros 21 no estrangeiro, venceram ontem, 29 de outubro, o quarto prémio do Euromilhões, no valor de 1.855 euros. O sorteio de ontem não teve totalistas, pelo que, em jogo, na sexta-feira, vai estar um jackpot de 98 milhões de euros.
O segundo prémio, de 293 mil euros, saiu a dois jogadores no estrangeiro, e o terceiro, de 45 mil, a três apostadores também fora de Portugal.
A chave vencedora do sorteio de ontem era composta pelos números 1, 2, 19, 30 e 45 e as estrelas 10 e 12.
O Museu Militar de Elvas celebra na quinta-feira, 31 de outubro, o seu 15º aniversário, com uma cerimónia comemorativa, com a participação do diretor da Direção de História e Cultura Militar, o Major-General António Joaquim Ramalhôa Cavaleiro.
Com início às 10h15, a cerimónia, a ter lugar na Sala Alentejo, começa com uma alocução do diretor do Museu Militar de Elvas, Coronel Nuno Duarte. Segue-se a projeção de um filme com as principais atividades desenvolvidas no último ano, a intervenção da Alta Entidade e distinção de personalidades que durante o ano apoiaram o Museu Militar.
Para as 11h15, está prevista a inauguração, após a sua requalificação, de algumas salas temáticas do Museu Militar. Será ainda inaugurada uma exposição de pintura do Dr. Sameiro Correia.
Segue-se, às 12h20, a assinatura do Livro de Honra e, dez minutos depois, é servido um Porto de Honra.
A sala de apresentações do Convento de Nossa Senhora da Luz voltou a ser utilizada na tarde do passado sábado, dia 26 de outubro, para a apresentação de mais uma obra literária, desta feita editada pela Associação Salgueiro Maia e intitulada ‘O Meu 25 de Abril’.
Para dar a conhecer este livro, a Associação Cívica e Cultural ‘Grémio Transtagano’, representada nesta tarde por Diogo Serra e José Ricardo, convidou o coronel João Andrade da Silva, que esteve ainda acompanhado na mesa pelo presidente do Município de Arronches, João Crespo.
Foi precisamente o autarca anfitrião que começou por se dirigir aos presentes, dando as boas-vindas a todos os que se encontravam no espaço e sublinhando o enorme gosto em receber o coronel João Andrade da Silva, a quem agradeceu o papel que teve na efetivação da revolução de abril. João Crespo não deixou de endereçar uma palavra de agradecimento também ao ‘Grémio Transtagano’ por mais esta colaboração com a Câmara Municipal.
Posteriormente, usou da palavra José Ricardo, que, depois de cumprimentar todos os presentes, elencou aqueles que são os objetivos da associação que representa e a história da mesma ao longo do tempo. A terminar a sua intervenção, José Ricardo agradeceu à autarquia e aos seus colegas de painel pelo trabalho desenvolvido para proporcionar este momento à população de Arronches, concelho que passou a ser o seu desde que se fixou para nele trabalhar e residir, considerando-se por isso um orgulhoso arronchense.
De seguida, Diogo Júlio sublinhou os supracitados agradecimentos e mostrou-se feliz por ter dado também o seu contributo para a obra, no caso abordando aquilo que foi o dia 25 de abril de 1974 em Arronches e como foi a sua experiência nessa data. Com um prazer muito grande em ver a recuperação do Convento de Nossa Senhora da Luz, o representante da associação falou então um pouco de um livro a que se referiu como uma compilação de testemunhos escritos com o coração, deixando um elogio ao coronel João Andrade da Silva, que considera um sonhador e, sobretudo, um homem de ação.
Finalmente, o grande protagonista da tarde, o coronel João Andrade da Silva começou por tecer algumas considerações sobre o momento atual do país e sobre a história do mesmo ao longo do tempo, sempre tendo como base a sua experiência pessoal. Com muito gosto em ver colegas militares entre o público presente, o coronel realçou que heróis de abril são todos e que uma das grandes vitórias alcançadas é precisamente o papel das autarquias na vida das populações e, a esse propósito, não deixou de elogiar a magnífica obra que é a recuperação do Convento onde se encontrava. Abordando a obra, João Andrade da Silva descreveu um livro escrito não só por militares, bem como por civis e por todos aqueles que quiseram dar o seu testemunho, sendo uma compilação com histórias de muita emoção e, entre as quais, destacam também o importante papel da mulher nesta revolução. Por fim, além de elencar as suas referências na vida militar, o coronel falou ainda de Salgueiro Maia como um exemplo a seguir e alguém de muita coragem, sublinhando as suas palavras de que o 25 de abril nunca estará acabado.
Emanuel Baleizão foi reeleito ontem, 28 de outubro, presidente do Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre.
O ato eleitoral para eleger os novos órgãos sociais realizou-se na sede do núcleo, em Ponte de Sor, com os sócios votantes a elegerem, por unanimidade, a única lista que se apresentou a sufrágio.
Emanuel Baleizão foi assim reeleito para o seu quinto mandato à frente dos destinos da entidade de classe dos treinadores de futebol e de futsal do distrito de Portalegre.
“Crescimento, sustentabilidade e representatividade são as três grandes premissas para o novo mandato, que irá assentar no aumento do número de associados, numa gestão eficiente para garantir a sustentabilidade da instituição e a presença do Núcleo de Treinadores nos grandes círculos de decisão nacional da classe de treinadores”, diz o Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre em nota de imprensa.
A noite ficou também marcada pela homenagem a António Landeiro, “que finaliza o seu percurso de vinte anos na qualidade de Presidente da Assembleia Geral do Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre, ele que foi um dos fundadores e principais impulsionadores para o nascimento da entidade. António Landeiro foi agraciado com uma salva e ovacionado veemente por todos os presentes”. Mário Frutuoso é o seu sucessor.
Os órgãos sociais do Núcleo de Treinadores de Futebol do Distrito de Portalegre têm agora a seguinte constituição:
A Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP vem, em comunicado, reafirmar “a necessidade da concretização de projetos há muito definidos” para o distrito de Portalegre “e repetidamente reafirmados pelos sucessivos governos PS e PSD, mas nunca concretizados”. A proposta de Orçamento de Estado para 2025, garante o partido, “ignora o distrito de Portalegre e os seus problemas”.
Entre esses projetos, encontram-se a ampliação e modernização do Hospital Distrital Dr. José Maria Grande, em Portalegre; a construção da variante à Estrada Nacional 246, que permita desviar o trânsito da freguesia de Santa Eulália, em Elvas; e a remodelação e alargamento da Estrada Nacional 373, entre Campo Maior e Elvas.
Chamando a atenção para o facto dos “mais recentes indicadores económicos do distrito não serem nada animadores”, o PCP, ainda assim, “congratula-se com os andamentos anunciados quanto à construção da barragem de fins múltiplos do Crato (Pisão) e da ponte internacional sobre o rio Sever”.
O comunicado para ler na íntegra:
“A DORPOR do PCP analisando os atuais aspectos da situação regional no tocante às questões económicas no quadro da discussão da proposta do orçamento do estado para 2025 reafirma a necessidade da concretização de projetos há muito definidos para o distrito e repetidamente reafirmados pelos sucessivos governos PS e PSD, mas nunca concretizados.
O PCP congratula-se com os andamentos anunciados quanto à construção da barragem de fins múltiplos do Crato (Pisão) e da ponte internacional sobre o rio Sever.
O PCP chama mais uma vez a atenção para que os mais recentes indicadores económicos do Distrito não serem nada animadores e as tendências não se revelarem no sentido positivo.
A proposta de orçamento de estado para 2025 continua a ignorar o Distrito de Portalegre e os seus problemas. Há que dar resposta a problemas estruturais de âmbito nacional (salários, pensões, habitação, saúde e educação). A proposta de orçamento deverá inscrever investimentos essenciais ao desenvolvimento equilibrado do Distrito.
Há que exigir a inscrição com dotação em sede de orçamento para 2025 os projetos há muito definidos e consensualizados por vários agentes políticos, económicos e sociais.
É tempo de acabar com a hipocrisia de anúncios de forma continuada de projetos cuja sua concretização vem sendo sucessivamente adiada.
O PCP com sentido de responsabilidade que o caracteriza e como ao longo dos anos tem demonstrado, vai apresentar em sede de discussão na especialidade do orçamento de estado para 2025 propostas que considera serem urgentes a sua concretização.
É urgente a tomada de medidas nas áreas da saúde, da ferrovia e rodovia, dos recursos hídricos, entre outros. O PCP propõe:
Ampliação e modernização do Hospital Distrital Dr. José Maria Grande em Portalegre
Com o objectivo de melhorar e alargar a prestação de cuidados de saúde à população, impõe-se a ampliação e modernização de vários espaços clínicos do Hospital Distrital Dr. José Maria Grande em Portalegre, que estão completamente obsoletos. A ampliação e modernização do Hospital permite igualmente a melhoria das condições de trabalho, o que facilitará a fixação de novos médicos em várias especialidades. As instalações do Colégio Diocesano de Santo António de Portalegre pela sua localização e proximidade poderão constituir uma possibilidade para a ampliação do Hospital.
Construção da variante à estrada nacional 246 que permita desviar o trânsito da freguesia de Santa Eulália em Elvas
Na freguesia de Santa Eulália, concelho de Elvas, vive-se há vários anos um problema rodoviário que carece de resposta. Trata-se de um estrangulamento causado pela existência de uma passagem inferior na linha do Leste na passagem da estrada nacional 246, que obriga ao desvio de veículos pesados (mercadorias e passageiros) para outras vias. Esta estrada é a principal ligação entre Elvas e a Capital de Distrito, Portalegre, sendo, por isso estruturante para o Distrito, fazendo a ligação com Espanha. Assim para resolver este problema que dificulta a circulação e coloca questões de segurança à população de Santa Eulália propõe-se a construção de uma variante que permita desviar o trânsito desta estrada nacional da freguesia.
Requalificação do IP2 entre Estremoz e Portalegre
O IP2 é uma via importantíssima ao fazer a ligação entre o baixo e o norte alentejano, a beira interior, o norte do país e assegurando a ligação a Espanha. As atuais duas faixas não são suficientes para garantir a segurança e a mobilidade das populações pelo que o alargamento da via e garantia da manutenção da mesma sem portagens representa um investimento central para o desenvolvimento regional e para o combate ao isolamento do interior.
Remodelação e alargamento da Estrada Nacional 373 Campo Maior- Elvas
Remodelação e alargamento da estrada nacional 373 de Campo Maior-Elvas é fundamental pela importância que essa via assume no transporte de mercadorias e pessoas, na mobilidade junto à fronteira e por razões de segurança, sendo um traçado de inúmeros e graves acidentes.
Construção de uma ligação com perfil IC entre Abrantes e Estremoz
É urgente a construção de uma ligação com perfil IC, em itinerário complementar entre Abrantes e Estremoz com passagem por Ponte de Sor, Avis e Sousel de maneira a permitir pôr fim ao isolamento imposto a estes concelhos e potenciar as suas capacidades produtivas e aumentar a atividade do território e melhorar significativamente a mobilidade das populações.
Finalização da construção do IC 13 em toda a sua extensão (Alter Chão – Montijo e Portalegre – Galegos), com variante à cidade de Ponte de Sor
O IC13 no Distrito de Portalegre assegura apenas a ligação Portalegre-Crato-Alter do Chão pelo que se torna necessário proceder à sua conclusão, assegurando assim a sua construção integral e a ligação Alter do Chão-Montijo e Portalegre-Galegos, investimento fundamental para o desenvolvimento da região, permitindo a ligação interconcelhos no distrito e aproximação significativa destes aos grandes centros urbanos do litoral.
Muitas outras propostas poderiam ser apresentadas, mas estas que agora apresentamos consideramos que ao momento são as mais pertinentes.
O PCP no decorrer da ação de contactos a realizar no âmbito da campanha “aumentar salário e pensões para uma vida melhor” denunciará um orçamento que serve os grupos económicos e financeiros e não serve o Povo e o País.
O evento “Fórum Solar Fotovoltaico: promover uma transição energética equilibrada através da colaboração multissectorial”, promovido pelo Laboratório Associado CHANGE, coordenado pelo Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora(MED), em coorganização com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejoe a Cátedra Energias Renováveis da Universidade de Évora, teve lugar na passada quarta-feira, dia 23 de outubro.
O evento que decorreu na sede da CCDR Alentejo, em Évora, reuniu 40 convidados de diversos setores (Academia, Administração Pública, ONGs, Associações e Promotores do Sector Energético) e focou-se na importância do uso de uma abordagem integrada e multissetorial para a implementação de centrais fotovoltaicas, abordando desafios e oportunidades no âmbito ambiental, social e económico.
Dos vários momentos do evento (sessão plenária, mesa redonda e workshops participativos), destacaram-se questões essenciais, como a importância da participação e trabalho coordenado de decisores, academia, setor privado e do envolvimento da sociedade civil desde o início dos projetos de instalação de centrais fotovoltaicas. Destacou-se igualmente a importância do acompanhamento e monitorização dos impactos da instalação de sistemas fotovoltaicos centralizados (do ponto de vista da conservação e restauro da natureza e dos recursos naturais, assim como de impactos socioeconómicos) e o fortalecimento do conhecimento nesta área.
Foi também identificada a necessidade de adaptação e criação de instrumentos políticos e mecanismos (comissões de acompanhamento e de avaliação, e outros) adaptados às necessidades da transição energética, de restauro ecológico e conservação da natureza, da gestão integrada do território e da justiça social.
Na abertura do evento, Carmen Carvalheira (Vice-Presidente da CCDR Alentejo, IP), Pedro Horta (Titular da Cátedra Energias Renováveis da UÉ) e Susana Filipe (Diretora Executiva do Laboratório Associado CHANGE), sublinharam a necessidade de parcerias e de discussão entre múltiplos atores, da academia, ONGs, Associações, Administração Pública e sector privado, com vista à definição dos aspetos essenciais para a concretização de uma transição energética equilibrada, que sirva todos, que responda aos desafios de mitigação dos impactos ambientais, que tenha em consideração a gestão equilibrada e integrada do território, assim como a preservação e restauro dos ecossistemas e dos serviços a estes associados, e todos os aspetos sociais e económicos de relevância.
Na sua apresentação “A Sustentabilidade da Transição Energética em Portugal”, Júlia Seixas (Professora da NOVA/FCT, Investigadora do CENSE/CHANGE e Pro-Reitora para a sustentabilidade da NOVA) contextualizou aquelas que são as necessidades energéticas e as metas estabelecidas no que respeita à transição energética em Portugal até 2030. Na sua intervenção Júlia Seixas, reiterou a importância do aspeto social no desenvolvimento integrado e sustentado necessário à transição energética e a importância de uma gestão coparticipada dos processos de desenvolvimento e implementação de energias renováveis, num contexto atual de alterações climáticas.
Na sua intervenção focada nos “Desafios e oportunidades da implementação de centros de produção e de armazenamento de energia localizados em solo rural no Alentejo”, Sara Rodrigues e Joana Dourado (CCDRA, IP) referiram a necessidade de reflexão e consciencialização dos fatores relevantes a considerar aquando da definição de critérios em matéria de ordenamento do território para a instalação de centros electroprodutores fotovoltaicos, tendo inumerado uma série de possíveis critérios qualitativos e quantitativos, que possam otimizar o uso do território, salvaguardando a proteção dos recursos naturais e patrimoniais.
Posteriormente, a discussão na mesa redonda, que contou com a participação de Cristina Branquinho (cE3c/CHANGE/FCUL), Luis Fialho (Cátedra Energias Renováveis, UÉ), Jorge Mayer (EDP), Miguel Sequeira (GEOTA), Sara Freitas (APREN) e Fátima Baptista (MED/CHANGE /UÉ), focou-se essencialmente na necessidade de otimização da tecnologia, do território e das infraestruturas no sentido de maximizar os efeitos positivos da instalação de energia solar, explorando, alavancando e desenvolvendo conceitos como o agrivoltaico e o ecovoltaico, a descentralização da energia e as comunidades de energia.
No seguimento deste evento, e tendo por base as discussões levadas a cabo, quer nas sessões plenárias, quer no workshop participativo, que se seguiu, será elaborado um Policy Brief, com recomendações específicas de instrumentos políticos e governança, que possam servir de base para a implementação integrada de centrais fotovoltaicas ajustadas ao território, especialmente ao Alentejo, alvo de uma elevada pressão para a implementação destas centrais, ao mesmo tempo que se assegura o cumprimento das metas de transição para as energias renováveis estabelecidas para Portugal.
A partir desta quarta-feira, 30 de outubro, e domingo, dia 3 de novembro, o espaço Arraiolos Multiusos acolhe a 23.ª Mostra Gastronómica, o 15.º Festival da Empada e a tradicional Feira do Tapete de Arraiolos.
Este é um evento organizado pela Câmara Municipal de Arraiolos, que anualmente convida visitantes a explorar a gastronomia e a cultura da região, oferecendo uma experiência completa com pratos típicos e a possibilidade de conhecer o famoso tapete.
“Este é um certame onde procuramos mostrar empresas, produtores e produtos do concelho de Arraiolos. Esta é uma característica que distingue esta iniciativa de outras do país, relativamente à questão da gastronomia, onde entramos no espaço do Arraiolos Multiusos e temos presente Arraiolos”, começa por dizer a presidente da Câmara de Arraiolos, Sílvia Pinto.
Com o certame, a autarquia tem também o objetivo de “fomentar o desenvolvimento económico no concelho”. “É uma edição que contará com várias atividades, como a demonstração da empada, showcookings, apresentações de livros e conferências, que conta com a presença da nossa gastronomia, dos nossos doces tradicionais, da nossa empada de Arraiolos e, claro, do nosso Tapete de Arraiolos”, acrescenta a autarca.
“Aliamos a tudo isto a nossa música tradicional, o cante alentejano e animação ao final do dia. E porque não queremos deixar os pequeninos de parte, temos o Espaço Criança com jogos tradicionais com a ligação ao tapete e ao mundo rural”, sublinha.
A Mostra Gastronómica promete “uma vasta seleção de iguarias alentejanas, promovendo a cozinha regional e incentivando a sustentabilidade e o uso de produtos locais”.