Foi publicado recentemente um livro que reúne todo o conhecimento científico sobre as ilhas tropicais do Golfo da Guiné. Segundo José Janela, da Quercus, trata-se de uma obra única, dado que é a primeira vez que toda a biodiversidade das ilhas de São Tomé, Príncipe e Annobón é reunida num só volume.
Estas ilhas têm espécies endémicas, que não existem em mais nenhum lugar do planeta, e este livro dá uma visão completa, desde as florestas húmidas até à vida marinha. Além disso, junta o contributo de mais de 80 cientistas de vários países.
A coordenação da obra “Biodiversidade das Ilhas Oceânicas do Golfo da Guiné” é da responsabilidade de Luís Ceríaco, antigo aluno da Universidade de Évora.
Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Ambiente em FM”, com José Janela. Para ouvir no podcast abaixo:
Os jovens do Alentejo e da Extremadura, com talento para áreas como a fotografia, escultura e o desenho gráfico, voltam a ser desafiados a participar no tradicional Certame Transfronteiriço de Jovens Criadores “JABA”. Já na sua 19ª edição, e promovido pelo Departamento de Juventude do Município de Badajoz, o concurso tem candidaturas abertas até 8 de novembro.
As categorias a concurso são Audiovisual, Banda Desenhada, Design Gráfico, Escultura, Fotografia, Fotojornalismo e Pintura e podem participar jovens com idades compreendidas entre os 13 e os 35 anos. Os participantes entre os 13 e os 17 anos concorrem aos prémios júnior e os maiores de 18 aos prémios de adulto.
Ao todo, serão atribuídos nove prémios de 800 euros, aos participantes maiores de 18 anos: um por categoria, com exceção da área de Design Gráfico, que contará com dois prémios (um para o design da imagem dos Prémios Jaba 2026 e outro para a imagem do programa “Vice o Verão em Badajoz 2026). Será ainda atribuído um prémio especial do júri para adultos (pode ser atribuído em qualquer uma das áreas a concurso).
Serão entregues ainda cinco prémios júnior, de 400 euros, para as melhores criações apresentadas em qualquer área artística a concurso.
Cada participante poderá apresentar um máximo de duas obras por categoria, com exceção de Design Gráfico, à qual poderá concorrer com duas obras por cada tema proposto.
A Associação Cultural Públia e Hortênsia de Castro de Elvas está a promover um Concurso Internacional de Composição Musical.
Dar visibilidade à associação, enquanto organizadora de eventos, e dar destaque a novos talentos, é o principal objetivo do concurso que se divide em várias séries, sob o lema “Uma Viagem pelos Sons do Património Mundial de Elvas”, de acordo com o presidente da associação, Vasco Almeida. Nesta sua primeira edição, o concurso é dedicado ao Cante Alentejano e ao Forte da Graça.
A ser publicitado, tanto em Portugal, como em Espanha, a intenção é que participem, neste concurso, alunos de conservatórios, de academias de música e universidades. “Aqui, o único requisito é ser-se maior de 15 anos e poder escrever música”, explica o também maestro do Coral Públia e Hortênsia de Castro de Elvas.
As inscrições para este concurso, que abriram a 1 de outubro, em Dia Mundial da Música, podem ser feitas até 11 de janeiro e têm um valor de 15 euros para estudantes ativos e 20 euros para os restantes participantes. Os prémios vão desde os 75 aos 500 euros, em diferentes categorias. Haverá ainda uma distinção especial para jovens compositores entre os 16 e os 17 anos.
A estreia absoluta das obras vencedoras está marcada para 13 de junho de 2026, aquando da realização do concerto de aniversário da associação e do coral Públia e Hortênsia de Castro de Elvas.
O grupo Campo Maior Trail Runners, em parceira com a Adega Mayor, promove a 8 de novembro (sábado) aquela que será já a quarta edição da iniciativa desportiva e solidária “São Martinho On The Move”, que, desta vez, conta com uma caminhada de oito quilómetros e uma corrida de 13.
De acordo com Carlos Pepê, o responsável dos Trail Runners, esta é a “festa do outono, da caminhada e do trail”, ainda que mais que um evento desportivo, o “São Martinho On The Move” seja palco de verdadeiros momentos de convívio. “Aproveitamos o magnífico enquadramento da Adega Maior e fazemos aqui a promoção do atletismo, do trail e da caminhada, num cenário quase idílico, com a nossa Barragem do Caia a servir de pano de fundo. Juntamos ainda ali o melhor que temos da nossa paisagem, com a Adega Maior, as suas vinhas e os montados da Herdade dos Adens, e enquadrado na grande Herdade das Argamassas do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, que é o nosso patrocinador principal”, adianta o responsável.
As inscrições, que podem ser feitas aqui, têm um custo de cinco euros, sendo que o evento, com uma vertente social, procura apoiar os projetos de empreendedorismo social desenvolvidos pelos alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro. A inscrição dá direito a um copo de vinho, castanhas e a um “brinde especial”.
Os finalistas do Centro Educativo Alice Nabeiro irão também marcar presença no evento, com alguma doçaria e alguns salgados. “Temos ainda um momento musical, que cria ali um ambiente propício ao convívio, puxando um bocadinho também o espírito de São Martinho. Ao fim e ao cabo, tentamos criar um evento que seja duradouro, que seja sistemático, que garanta que a festa é feita e que todos, no final, saímos dali mais fortes, praticando desporto, convivendo e respeitando também os ritmos da natureza”, diz ainda Carlos Pepê. “Vamos continuar a fazer a festa do atletismo desta maneira, porque é também assim que estamos, na modalidade, com convívio, com amizade, com união, com superação”, remata.
Esta quarta edição do “São Martinho On The Move” tem início marcado, no dia 8, para as 15h30, na Adega Mayor. As inscrições vão-se manter abertas até ao próprio dia.
A Fortaleza de Juromenha está nomeada, na categoria de “Mais Património” para os Prémios Alentejo 25, promovidos anualmente pela revista alentejana “Mais Alentejo”, e que serão entregues este ano na XXIII Gala dos prémios que se realiza em Beja, no teatro Pax Julia, no dia 25 de outubro, pelas 16h00.
A votação para apurar os vencedores dos Prémios Alentejo 25, conforme é costume suceder, decorre em exclusivo no site da Mais Alentejo, com o endereço www.revistamaisalentejo.com entre as 00:00 do dia 4 de outubro e as 23:59 do dia 20 de outubro.
A Fortaleza de Juromenha, erguida junto ao rio Guadiana com Olivença em frente, é um dos ex-libris da região, onde convivem de forma exemplar três níveis de muralhas correspondentes a três períodos históricos sucessivos: taipa árabe, muralha medieval e perímetro exterior abaluartado seiscentista, que foram alvo de uma intervenção recente de requalificação correspondente a mais de 5 milhões de euros de investimento. Foi ainda criado um centro interpretativo da fortaleza que usa tecnologia de realidade aumentada com base no 5G.
A fortaleza integra o programa REVIVE, estando em preparação o lançamento de um concurso para desenvolvimento de uma unidade hoteleira em parte do seu interior.
As ruas de Campo Maior encheram-se de cor, música e alegria na manhã deste domingo, 19 de outubro, com a Arruada das Festas do Povo’26. A concentração inicial teve lugar no Jardim Municipal, de onde partiu o desfile que envolveu centenas de participantes.
O convite à população desafiava cada campomaiorense a trazer pandeiretas, castanholas e elementos tradicionais, num gesto de identidade e orgulho coletivo. A resposta não podia ter sido mais expressiva: o som, as cores e o entusiasmo contagiaram todo o percurso, celebrando a cultura e as raízes do concelho.
A Arruada voltou a evidenciar o forte espírito comunitário que marca as Festas do Povo, mantendo viva uma tradição que une gerações e faz de Campo Maior um símbolo de criatividade, devoção e pertença.
O ALERtejo – Encontro Literário de Elvas regressa para a sua segunda edição nos dias 24, 25 e 26 de outubro, consolidando-se como um espaço de partilha, diálogo e valorização da literatura nas suas múltiplas expressões.
Com um programa diversificado e de qualidade, o evento procura aproximar autores, leitores e amantes da literatura, procurando afirmar o Alertejo como ponto de encontro cultural.
O ALERtejo nasceu da convicção de que a literatura é capaz de atravessar barreiras — geográficas, sociais, linguísticas — e de criar ligações profundas entre aqueles que a vivem.
Sede de memórias, muralhas e património, Elvas é também espaço de travessia. Com a concretização desta segunda edição, o ALERtejo afirma-se como um encontro cultural marcado pela proximidade, a multiculturalidade e o espírito de partilha.
A abertura oficial terá lugar a 24 de outubro, no Hotel Vila Galé, com a tertúlia “O Falar Alentejano”. O acompanhamento musical estará a cargo d’Os Tutimeia.
O dia 25 de outubro, na Casa da Cultura, abre com a Feira do Livro e o atelier de artes plásticas “Os Avós, histórias contadas, memórias desenhadas”, dinamizado por Joana Gancho e António Pereira. Segue-se a apresentação da 2ª edição do Concurso Literário Paula Calado e a tertúlia “O papel das bibliotecas do interior do país na divulgação da literatura”, que reunirá profissionais de várias instituições regionais.
A tarde começa com o colóquio histórico “1524: Las Juntas de Badajoz y Yelbes”, e continuará com uma conversa com o escritor Álvaro Curia, a propósito do lançamento do seu novo livro “No Brasil não há Leões”, e pelo encontro com Nuno Duarte, vencedor do Prémio Leya 2024 com o livro “Pés de Barro”.
O dia culminará com um Encontro de Poesia Raiana, no Stand’Arte, reunindo poetas de Elvas, Badajoz, Campo Maior e Olivença, num momento único de criação transfronteiriça.
PROGRAMAÇÃO
24 de Outubro
Local : Hotel Vila Galé
21h00
Abertura do Alertejo – Encontro literário de Elvas
Tertúlia “O Falar Alentejano”
Com Fernando Fitas, José Gonzalez Carrillo e Nuno Franco Pires
Acompanhamento musical de Miguel Rondão e Gabriel Zuna (Os Tutimeia)
25 de Outubro
Local : Casa da Cultura
10h30
Abertura da Feira do Livro
Atelier de artes plásticas “Os Avós, histórias contadas, memórias desenhadas”, com Joana Gancho e António Pereira
11h30
Apresentação da 2ª edição do Concurso Literário Paula Calado.
Por Teresa Guerreiro, Tânia Morais Rico e Elisabete Matias com leitura de textos vencedores da edição anterior
11h45
Tertúlia “O papel das bibliotecas do interior do país na divulgação da literatura”
Com Teresa Guerreiro (Biblioteca Escola Secundária D. Sancho II de Elvas), Patrícia Marques (Biblioteca Municipal de Marvão), Fátima Bonzinho (Coordenadora da Rede de Bibliotecas Interconcelhia), Susana Farinha (Biblioteca Municipal de Sousel)
15h00
Colóquio “1524: Las Juntas de Badajoz y Yelbes” coordenado por Lorenzo J. Blanco Nieto e Sara Espino com a participação de Elisabete Fiel
16h00
Apresentação do livro “No Brasil não há Leões”, de Álvaro Curia do “Literacidades”
17h00
Conversa com o Escritor Nuno Duarte, autor do livro “Pés de Barro”, vencedor do Prémio Leya 2024
21h00
Local : Stand`Arte
Encontro de poesia raiana com participantes de Elvas, Badajoz, Campo Maior e Olivenza
Com Idaulina Borrega, Filomena Correia, José Soitino, Julian Portillo, Faustino Lobato, António Castro, Maribel Bazaga, Emilia González, Carmen Martins Ezequiel, César Magarreiro, Claudina Brito, Diogo Malin, Isabel Figueira, Jú Laranjeira e Maria Vicente
26 de Outubro
Local : Casa da Cultura
10h30
Apresentação do livro “Y se quedarán los pájaros cantando” de António Castro Sanchéz
11h30
Apresentação do livro bilingue “Notas para não esconder a luz”, de Faustino Lobato Delgado
12h30
Tertúlia “O papel dos clubes de leitura na divulgação da literatura”
Com Rosária Casquinha Silva, Patrícia Cerutti e Vitória Medalhas
13h30
Local: Restaurante Golden Hour
Almoço literário com o escritor Francisco Moita Flores
Está a chegar uma nova edição do “Descodifica-te”: um programa de capacitação online, promovido pela NoCode Institute, que apoia mulheres na aprendizagem e utilização de ferramentas No-Code e Inteligência Artificial, para criarem os seus próprios projetos digitais.
Destinado a mulheres, sobretudo, que se encontrem em fase de transição de carreira, o “Descodifica-te”, revela um dos fundadores da NoCode Institute, Miguel Muñoz Duarte, vai já para a sua quarta edição. “O grande objetivo é que pessoas, que são não técnicas, que não vêm dessas áreas da informática, do digital, da tecnologia, aprendam a fazer o que, se calhar, achavam que não conseguiam”, adianta.
“Os nossos alunos conseguem aprender rapidamente a fazer sites, a fazer aplicações móveis, a fazer chatbots com inteligência artificial, enfim, todo um sem número de ferramentas digitais, de soluções digitais, para lançar em seus negócios ou, eventualmente, para ganharem competências que permitam ter mais oportunidades de trabalho, seja por conta própria, seja no mercado do trabalho mais tradicional”, assegura Miguel Muñoz Duarte.
Todas as competências adquiridas com este programa, garante o responsável, servirão para qualquer tipo de indústria ou comércio, “desde o pequeno comércio às marcas e empresas maiores, que precisam de websites, de aplicações móveis ou ferramentas internas para eliminar processos que hoje em dia são, se calhar, um pouco ineficientes, reféns do papel ou do Excel”.
A participação neste programa, que é financiado pela Fundação AGEAS e a Fundação MEO, é totalmente gratuita. Terminado o curso, garante Miguel Muñoz Duarte, qualquer pessoa conseguirá desenvolver todo o tipo de solução digital, sem programação. Por semana, são lecionadas duas aulas: “uma aula para conteúdo mais prático e outra aula para dúvidas dos alunos, que funciona numa espécie de regime de muito prática e de mãos na massa”. “A cada semana, vão aprendendo uma nova competência, uma nova dimensão de desenvolvimento digital e podemos dizer que as pessoas, no final, conseguem desenvolver qualquer solução digital sem ter preciso programar, sem ter preciso aprender a fazer código”, remata.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai encerrar definitivamente a atividade da Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação de Estremoz.
Esta decisão resulta, essencialmente, da impossibilidade de adaptação das instalações aos requisitos estruturais e técnicos atualmente em vigor, bem como da inviabilidade económica decorrente da redução de cerca de 50% do financiamento face ao Acordo-Programa inicial, agravada pelos prejuízos acumulados entre 2022 e 2024.
Com capacidade total de 23 camas, e dedicada a internamentos para reabilitação com duração entre 30 e 90 dias, a unidade não reúne atualmente condições para garantir a sustentabilidade operacional, nem para assegurar os níveis exigidos de qualidade e segurança nos cuidados prestados.
A CVP está a trabalhar em articulação com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e com as autoridades locais de saúde para assegurar a transição dos utentes que, até à data de 31 de dezembro de 2025, possam ainda estar em acompanhamento, garantindo a continuidade assistencial e a segurança clínica durante todo o processo. Atualmente, estão internados nesta unidade 21 utentes.
No seguimento desta reestruturação, a instituição está a desenvolver esforços, internamente e com parceiros externos, para tentar assegurar os postos de trabalho ao maior número possível dos 29 colaboradores afetos à unidade, procurando garantir uma transição justa e que reconheça o contributo de cada pessoa.
A CVP reafirma a confiança na capacidade de gestão local das suas equipas, assegurando a presença ativa no concelho de Estremoz, através da prestação de serviços de emergência, transporte e apoio clínico à população. A clínica local será ampliada, permitindo reforçar a resposta em saúde e garantir que a comunidade continue a ter acesso próximo e de qualidade aos cuidados de que precisa. A CVP continuará a trabalhar em estreita parceria com as entidades locais, em particular com a Câmara Municipal de Estremoz, cujo empenho ao longo dos últimos anos se realça, reafirmando o seu compromisso de proteger a vida, a saúde e a dignidade das pessoas em todo o território nacional.
Dentro de pouco tempo, a Banda 14 de Janeiro irá iniciar mais um ano letivo da Escola de Música, onde sobretudo os jovens podem iniciar as aulas de solfejo.
“Os miúdos que queiram aderir à nossa escola, é dirigirem-se à sede, que estará lá sempre alguém para os receber e para dizer o que é que têm que fazer. É tão simples quanto isto”, começa por dizer o presidente da direção da banda, Vicente Grenho, que adianta que as inscrições para os interessados também por ser feitas a partir do formulário disponível nas redes sociais (aqui).
À escolha, para iniciar os seus estudos musicais, os alunos têm instrumentos de percussão, flauta transversal, clarinete, saxofone soprano, saxofone alto, trompete, trombone e tuba. “Mas é preciso ver se gostam, porque por vezes alguns não gostam”, diz o presidente.
“Enquanto não se é sócio, ou seja, enquanto se anda a aprender a ser músico, a frequentar as aulas solfejo, paga-se 15 euros por mês. Quando passam a músicos da Banda, já não pagam. Pelo contrário, recebem uma percentagem quando há atuações”, explica ainda Vicente Grenho.
Fundada em 1955, a filarmónica, atualmente com 70 anos de história, é um importante pilar cultural de Elvas, que não só promove a música, como ajuda a fortalecer os laços comunitários. Com um estandarte bordeaux, com a lira e o brasão de Elvas, a Banda 14 de Janeiro pertence à Federação das Bandas Filarmónicas do Distrito de Portalegre, tendo sido distinguida com o Diploma de Honra da Cidade de Elvas em 1980.