Estágios remunerados no Parlamento Europeu com candidaturas até 31 de outubro

Encontram-se abertas, até 31 de outubro, as candidaturas ao programa de estágios “Schuman”. Estes são estágios remunerados e que podem ser realizados num dos locais de trabalho oficiais do Parlamento Europeu – Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo – ou nos Gabinetes de Ligação nos Estados-Membros.

O programa de estágios, a realizar de março a julho de 2026, destina-se a nacionais de um Estado-Membro da União Europeia ou dos países candidatos à adesão, existindo ainda um pequeno número de vagas para nacionais de países terceiros.

Os candidatos devem ser titulares de um diploma do ensino secundário correspondente ao nível exigido para acesso à universidade, ou ter efetuado estudos superiores ou técnicos de um nível equivalente, ou ser titulares de um diploma de nível universitário. Devem ainda ser fluentes numa das línguas oficiais e ter conhecimento de outra.

A bolsa mensal atribuída aos estagiários é de 1.667 euros em Bruxelas e Luxemburgo, sendo que nos outros países varia de acordo com o custo de vida. Os estagiários com deficiência podem beneficiar de um subsídio adicional até 50% do subsídio mensal, consoante o grau de incapacidade.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana do programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira do Europe Direct Alto Alentejo:

Foragido condenado por abuso sexual de menor e violência doméstica detido no concelho de Vila Viçosa

Um homem de 51 anos, que se encontrava foragido à justiça desde dezembro de 2020, foi detido na passada terça-feira, 14 de outubro, pela GNR, no concelho de Vila Viçosa.

Este indivíduo “encontrava-se sujeito a um mandado de detenção para cumprimento de uma pena de prisão efetiva de oito anos e seis meses, pela prática dos crimes de violência doméstica e abuso sexual de menor”, revela o Destacamento Territorial de Évora da GNR em comunicado.

No âmbito de uma operação que visava o cumprimento de um mandado de detenção, os militares da Guarda desenvolveram diligências policiais que culminaram na localização e detenção do indivíduo. No decurso da ação, o homem tentou identificar-se como sendo outra pessoa, tendo-lhe sido apreendidos vários documentos de identificação falsos, “o que configura igualmente a prática dos crimes de falsificação e contrafação de documento”. Os factos relativos a estes crimes foram comunicados ao Tribunal Judicial de Évora.

Quanto ao cumprimento da pena de prisão efetiva, o indivíduo foi encaminhado para o Estabelecimento Prisional de Évora, tendo os factos sido remetidos ao Tribunal Judicial de Braga.

Escola Superior de Biociências de Elvas comemora 29 anos

A Escola Superior de Biociências de Elvas (ESBE) do Instituto Politécnico de Portalegre comemorou na terça-feira, 14 de outubrom o 29º aniversário do início das suas atividades letivas. O programa da comemoração contou com a presença de Roberto Grilo, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, de Rute Santos, diretora da ESBE, do vereador Cláudio Monteiro e de Luís Loures, presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, entre outras entidades.

Rute Santos está há 25 anos na escola e considera que tem sido um percurso muito desafiante: “já é um percurso assinalável, começámos com uma escola muito pequenina, temos vindo a melhorar as condições da escola, num desafio grande, no interior de Portugal. Por nossa causa há mais de 600 jovens e é um contributo para que a cidade tenha vida e esse contributo, não sendo a nossa missão, também é a nossa missão”.

Luís Loures, atual presidente do Instituto de Portalegre e professor na escola, realça que se trata de 29 anos de afirmação ao constante e grandes desafios: “se pensarmos que há 29 anos esta escola começou num apartamento da Rua de Alcamim e agora temos estas instalações do Quartel do Trem, com 12 salas e ainda temos aulas em quatro locais de Elvas. As instalações são um fator limitante. O concurso das obras do antigo Ciclo ainda não avançaram, vamos ter agora com a CCDR Alentejo que alterar. Precisamos de resposta de transportes públicos urbanos, que Portalegre tem. Por exemplo, um aluno do ensino superior não paga transportes públicos em Lisboa. Temos ter mecanismos de compensação para podermos ser competitivos.”

A antiga Escola Agrária de Elvas tem hoje a ambição de aumentar a sua oferta formativa e assim trazer mais alunos para a cidade, conforme sublinha Luís Loures: “fizemos um grande investimento de adaptação do Quartel do Trem, mas hoje é curto, foi criado para termos 270 alunos, de acordo com o caderno de encargos da altura e agora temos mais do dobro temos 630 alunos. É mais do dobro. Somos dos maiores contribuintes líquidos para trazer pessoas para o distrito. Mas, precisamos direcionar os investimentos para esta área para continuarmos a crescer”.

O vice-presidente da CCDR Alentejo na área da Agricultura, Roberto Grilo, referiu aos nossos microfones que a escola “tem sabido inovar e estar à altura das necessidades da região. Continua a ter muita qualidade na região, na investigação e a criar técnicos que possam responder as necessidades do sector agrícola no Alentejo”.

Inaugurada há 29 anos, a antiga Escola Agrária de Elvas, hoje designada Escola Superior de Biociências de Elvas, continua a procurar dar resposta às necessidades da região na área formativa e procura alargar a sua presença em Elvas.

Campo Maior e Elvas associam-se ao “Outubro Rosa” com as habituais caminhadas de sensibilização

Imagem: Liga Portuguesa Contra o Cancro – Portalegre

Campo Maior e Elvas são duas das localidades do distrito de Portalegre que, através das habituais caminhadas, se voltam a associar ao “Outubro Rosa”, movimento que nasceu nos anos 90, nos EUA, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama.

Em Elvas, a caminhada realiza-se já na manhã deste domingo, dia 19. A caminhada tem concentração marcada para as 9h30, na Praça da República, de onde parte, meia hora depois, terminando no Parque da Piedade. No caso de Campo Maior, a caminhada, para a qual as inscrições ainda se encontram abertas no Centro Comunitário, está agendada para dia 25, com partida às 9h30 do Jardim Municipal.

O grande objetivo deste “Outubro Rosa”, tal como explica Cristina Bruno, coordenadora do Grupo de Apoio de Portalegre da Liga Portuguesa Contra o Cancro, é consciencializar para a importância da realização de rastreios, com vista à prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de tumor. Pese embora o maior número de casos registados, e “cada vez em mulheres mais jovens”, o rastreio, garante a responsável, tem permitido uma maior resposta em tempo útil.

“O rastreio, que é uma ação nacional e que está em todo o lado, incluindo no distrito de Portalegre, através daquilo que normalmente as pessoas chamam de carrões, mas que são as unidades móveis  que, apesar do seu aspeto de caravana, lá dentro têm material e aparelhagem topo de gama. A grande diferença é que os exames que as senhoras fazem, agora numa faixa etária mais alargada – agora começa aos 45 anos – são vistos por dois médicos às escuras, como nós costumamos dizer, ou seja, dois médicos separadamente analisam aquele exame e fazem o relatório. Se o relatório não for coincidente, a senhora é chamada a ir a Lisboa fazer mais exames”, explica Cristina Bruno, alertando que para o facto de que, em muitos casos, e sem necessidade para alarmismos, está apenas em causa “uma má imagem ou dúvida”. “De qualquer das maneiras, é sempre importante fazer este rastreio”, assegura.

As caminhadas, que acontecem um pouco por todo o país, são a atividade mais visível deste “Outubro Rosa”, para as quais os participantes devem adquirir as famosas t-shirts cor de rosa. “As pessoas adquirem, a troco de donativo, as t-shirts cor de rosa, que a cada ano são diferentes, e depois organizam-se e juntam-se para fazer a caminhada. Este ano vamos ter em Elvas, Portalegre, Campo Maior, Monforte e vamos ter em algumas localidades em que algumas associações também que se quiseram juntar e que vão fazer essa caminhada. No fundo, é chamar a atenção, que é esse o objetivo, é ver a mancha rosa, é que as pessoas vejam e que sejam alertadas para a importância de uma deteção precoce do cancro da mama”, adianta a responsável.

Toda a verba angariada com as t-shirts serve para financiar a atividade da Liga Portuguesa Contra o Cancro, à semelhança do que acontece com o peditório anual, dado que a associação não recebe qualquer tipo de subsídio. No que toca ao cancro da mama, o grupo de apoio de Portalegre, adianta Cristina Bruno, fornece de forma gratuita, as cabeleiras, os sutiãs e as próteses. “A primeira vez que alguém necessita de um sutiã pós-cirúrgico ou de um sutiã com uma prótese, o primeiro é oferecido, quer a pessoa tenha ou não insuficiência económica”, esclarece. “A partir daí, quem pode pagar, paga, porque àqueles que não podem pagar, nós não cobramos absolutamente nada”, acrescenta. “Também é bom dizer que o preço que nós praticamos para quem pode pagar é o preço de custo, ou seja, a Liga não ganha dinheiro ao disponibilizar as próteses ou sutiãs”, remata Cristina Bruno.

Também alguns municípios, como o de Campo Maior, que por esta altura tem a Fortificação Abaluartada iluminada de rosa, têm vindo a procurar, dessa forma, a chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce do cancro da mama.