Soversion celebram 20 anos de história com “espetáculo único” e convidado especial no São Mateus

A festa na Piedade, em Elvas, prossegue até domingo, sendo que na noite desta sexta-feira, dia 26 de setembro, para além de muita música, haverá corrida de touros no Coliseu.

Ao palco São Mateus, ainda antes do cabeça de cartaz Slow J, vão subir os elvenses Soversion, que prometem um “espetáculo único”, com um convidado “muito especial”, ou não estivesse a banda a comemorar o seu 20º aniversário. 

“Vai ser um espetáculo que nós ainda não fizemos, que vai ter algumas alterações, inclusivamente na forma como nos vamos apresentar, sendo nós uma banda em formato acústico”, começa por dizer o vocalista da banda, Roberto Cabral. O espetáculo dos Soversion, pela primeira vez e ao fim de 20 anos, não será em acústico.

O convidado “de honra” deste concerto, “de primeira linha da música nacional”, é o elvense Pedro Zagalo. “É um músico de quem somos muito amigos, que vem colocar teclas e vem aportar tudo aquilo que ele já tem feito por esse país fora, seja com os Monda, com Miguel Gameiro e os Pólo Norte, com o Herman José ou com tantos outros artistas com quem o Pedro já tocou”, acrescenta Roberto Cabral.

Assegurando que tocar em Elvas é “sempre especial”, Roberto Cabral diz ainda que o objetivo é que os elementos da banda se divirtam em cima de palco. 

Dos Soversion, para além de Roberto Cabral (voz e guitarra), fazem parte Francisco Nascimento (voz e guitarra), Dinis Adagas (baixo) e Luís Penetra (bateria).

Ainda antes do concerto dos Soversion, marcado para as 22 horas, haverá espetáculo, no Palco da Feira, com os Xumbo Torto, uma hora antes. A noite terminará ao som de Slow J.

João Fernandes: do “primeiro dos últimos” a vencedor do Prémio Literário Hugo Santos

“O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”: assim se chama a obra com que o campomaiorense João Fernandes venceu, sob o pseudónimo Fernando de Bulhões, a quarta edição do Prémio Literário Hugo Santos, promovido pelo Município de Campo Maior.

Em entrevista à Rádio ELVAS e Rádio Campo Maior, o autor começa por revelar de onde vem este seu gosto pela escrita. “O gosto foi-se construindo. Eu na secundária nem sequer era de Letras, era de Ciências, e tinha uma professora de Português que dizia que era o melhor que escrevia, dos de ciências. E para mim aquilo era um bocadinho um desafio, porque era como se eu fosse o primeiro dos últimos, porque teoricamente os de Ciências escreviam pior que os de Letras”, começa por dizer.

A partir daí foi tentando sempre melhorar a sua escrita e assim que ingressou na faculdade começou a colaborar com o jornal da associação de estudantes. Já formado, e de regresso à vila, passou a escrever algumas peças para o jornal da terra. Entretanto, as crónicas de alguns jornalistas fizeram-no também perceber que tinha um gosto especial pela escrita criativa, o que o levou a inscrever-se em alguns cursos da área.

Afastado há já algum tempo da escrita, de uma forma mais séria, acabou por reunir alguns dos textos que foi produzindo, ao longo dos últimos tempos, e por candidatar a sua obra ao Prémio Literário Hugo Santos, iniciativa que considera uma “boa” aposta, “pela atual vereadora, porque ocupou um espaço que não havia em Campo Maior”. A verdade é que nunca antes se candidatou a este concurso, que varia entre poesia e conto de ano para ano. “Mas agora inscrevi-me, atrevi-me e fiz esta obra de ficção”, comenta.  

Quanto à história de “O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”, o autor campomaiorense revela que tem como protagonista Elvira Remédios, “uma senhora que arranja relógios”: mais que isso, “ela é guardiã do tempo ou alguém que controla o tempo de uma certa forma”. “Mas depois, como na vida há coisas que nós não controlamos, ela acaba por encontrar um relógio que dá a volta completamente aos acontecimentos, não só dela, mas também da vila onde vive. Depois há todo um enredo que termina com ela a chegar a alguma conclusão… àquilo que eu não posso revelar, que é o fim da obra”, remata.

Para além de um prémio monetário de 1.500 euros, João Fernandes verá o seu trabalho publicado em livro, numa edição da Câmara Municipal de Campo Maior.

A entrevista completa a João Fernandes para ouvir no podcast abaixo:

Espetáculo pirotécnico depois de Slow J hoje no São Mateus

Elvas vive hoje mais um dia da Feira de São Mateus e Festas em Honra do Senhor Jesus da Piedade. Desde a passada sexta-feira, dia 19, milhares de pessoas passaram pelo parque da Piedade.

Os motivos de interesse vão desde a feira em si, com as louças, vestuário e calçado, entre oito, passando pelos espetáculos musicais e cerimónias religiosas.

Hoje está de regresso a alvorada com fogo de morteiros e estalaria, às 9 horas.

Pelas 10.15 horas há recitação do terço no Santuário seguida de celebração de eucaristia pelos Reitor do Santuário, o padre Ricardo Lameira. A recitação do terço repete-se às 20.15 horas mas, desta vez, animada pela comunidade paroquial de Olivença (Espanha). Para as 21 horas está marcada a celebração da eucaristia pelo Reverendo padre Jesus Chançon.

O Palco da Feira conta com a atuação dos Xumbo Torto, às 21 horas, e no palco São Mateus atuam os Soversion e Slow J. 

À uma da manhã há espetáculo pirotécnico multiposto e fogo preso.