R.A.I.A. procura incentivar criação e investigação artística com base na identidade desta região fronteiriça

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, iniciativa de Luís Eduardo Graça (na imagem) e Nuno Franco Pires, é um dos projetos a votação à edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Elvas.

Trata-se de um projeto que tem em vista a criação e a investigação artística, tendo em conta a comunidade, a identidade e a cultura locais. Com a ambição de que venha a surgir, nesta zona da Raia, “um polo cultural mais ativo”, Luís Eduardo Graça explica que a ideia deste projeto partiu da necessidade de se aproveitar, do ponto de vista artístico e cultural, “a triangulação” entre Elvas, Campo Maior e Badajoz. “Devíamos aproveitar um bocadinho mais a vertente artística e cultural que estas localidades têm para oferecer e a R.A.I.A. pretende ser um espaço de encontro, de partilha e de reflexão do que é que o Alentejo, a raia ibérica, neste cruzamento de culturas desta fronteira física”, revela o responsável.

Nesse sentido, o objetivo é que os jovens de “vários pontos da Península Ibérica” se possam deslocar até Elvas para, e através de residências artísticas, explorar “o modo de vida, a cultura e os hábitos” das gentes do concelho, através de diferentes tipos de arte.   

Estas residências artísticas destinam-se a jovens estudantes ou que tenham, recentemente, concluído os seus estudos superiores, até aos 30 anos, de Portugal e Espanha, que pretendam explorar durante uma semana a comunidade local e transformar essa experiência num produto artístico ou de investigação. Numa primeira fase, o projeto contempla o desenvolvimento de três residências artísticas, em torno de três áreas distintas: música, desenho e literatura.

Assegurando que este é um projeto que, independentemente de vencer ou não o Orçamento Participativo, terá “pernas para andar”, Luís Eduardo Graça explica ainda para que servirá o valor de 11 mil euros que foi candidatado à iniciativa da Câmara Municipal de Elvas: “são três jovens que vêm para cá e esta verba serve para os acomodar, para os seus alojamentos, alimentação, para os seus transportes, para os materiais – para pintarem, para escreverem, para fazerem as suas artes –, como também para terem alguns workshops, durante essa semana, e um orientador, que tanto perceba de Elvas como da expressão que eles estão a estudar”.

R.A.I.A. – Residência Artística e de Investigação do Alentejo, a par de outros seis projetos, está a votação, até final deste mês, ao Orçamento Participativo (saber mais aqui).

A entrevista completa a Luís Eduardo Graça para no podcast abaixo:

Município de Campo Maior incentiva à visita de todos os espaços museológicos da vila com Passaporte Turístico

O Município de Campo Maior lançou recentemente o seu Passaporte Turístico, iniciativa com a qual procura valorizar e dinamizar os principais pontos de interesse turístico do concelho, convidando residentes e visitantes a conhecer de forma integrada o seu património cultural.

Este passaporte poderá ser obtido e carimbado em cada um dos espaços que integram este roteiro, funcionando como registo da visita efetuada. Após a conclusão do percurso e a recolha da totalidade dos carimbos, os participantes receberão um certificado simbólico emitido pela autarquia, em reconhecimento do seu interesse e empenho na descoberta da identidade cultural campomaiorense.

De acordo com o presidente da Câmara, Luís Rosinha, o objetivo é levar aqueles que visitam Campo Maior a passarem não só por um ou dois, mas por todos os espaços museológicos da vila. “É também uma forma de animar aqueles que nos visitam. Assim que tenham o passaporte concluído, levam uma lembrança de Campo Maior”, acrescenta.  

A verdade é que a oferta museológica de Campo Maior é vasta. “Temos a questão mais cultural, mais tradicional, do ponto de vista daquilo que é o Museu Aberto e a Casa das Flores, mas também temos uma das poucas Capela dos Ossos deste país e um património religioso significativo, do ponto de vista até da Casa-Museu Santa Beatriz, ou até mesmo aquilo que é uma das nossas essências, que tem a ver com o Palácio Visconde d’Olivã, onde temos o nosso museu direcionado à questão do azeite e da azeitona”, recorda o autarca.

O Município de Campo Maior reforça, desta forma, a sua estratégia de promoção turística e cultural, incentivando a participação da comunidade e proporcionando aos visitantes uma experiência diferenciadora, que alia o carácter lúdico à valorização da memória coletiva e das tradições locais.

GNR resgata águia-cobreira em Elvas

A GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), resgatou uma águia-cobreira (Circaetus gallicus), no concelho de Elvas, na passada segunda-feira, 15 de setembro.

“Na sequência de um alerta de um popular, que reportava a presença de uma águia-cobreira em estado debilitado, num terreno agrícola localizado naquele concelho, os elementos do SEPNA deslocaram-se de imediato ao local”, revela o Comando Territorial de Portalegre da GNR.

Depois de resgatada, a ave foi entregue no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em Portalegre, para monitorização do seu estado de saúde e recuperação.

A Guarda Nacional Republicana, através SEPNA, tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de situações de âmbito ambiental. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas.