Alandroal encerrou oficialmente participação no Programa de Assistência Municipal

O Município de Alandroal oficializou, na semana passada, a saída do Programa de Assistência Municipal (PAM), marcando o fim de um ciclo iniciado há oito anos. A cerimónia de assinatura do acordo de cessação confirmou o que já havia sido anunciado em maio, com o presidente da autarquia, João Grilo, a expressar a sua satisfação pelo encerramento do programa “um momento de viragem para o Alandroal”.

Segundo o autarca, os munícipes compreenderam ao longo dos anos a importância de uma gestão rigorosa, mesmo quando as dificuldades financeiras não eram visíveis à população, “por vezes, nem têm uma perceção das dificuldades, porque vamos sistematicamente colmatando e dando respostas”, afirmou, sublinhando que os desafios continuam a exigir responsabilidade e planeamento.

Com um sentimento de dever cumprido, João Grilo destacou este momento como um ponto de viragem para o concelho, que agora ganha maior autonomia. Ao longo do período de assistência, o município entregou cerca sete milhões e meio de euros, recursos que, segundo o presidente, “faziam muita falta” e teriam sido valiosos para acelerar o desenvolvimento local. “Queremos chegar a um nível de endividamento que não comprometa nenhuma das ações futuras nem daquilo que queremos fazer e até aliviar os contribuintes municipais que foram sacrificados este anos”, reforçou.

Alandroal já conta com 3,6 milhões de euros atribuídos a projetos no âmbito do programa Alentejo 2030, além de candidaturas aprovadas pelo Turismo de Portugal e outras em curso a nível europeu. Com este novo cenário, João Grilo admite “a possibilidade de reduzir impostos municipais, como o IMI e o IMT, caso haja aumento de receita”.

Centro Ciência Viva de Estremoz com novidades no arranque do ano letivo

O início de cada ano letivo é sempre um momento especial para o Centro Ciência Viva de Estremoz (CCVEstremoz) pois a ligação à comunidade escolar é algo muito importante.

Se os finais dos anos letivos são momentos de balanço interno do trabalho desenvolvido, o início é o momento de efinir objetivos.
2025-2026 será um ano de continuidade para alguns dos principais projetos. As visitas guiadas às exposições do CCVEstremoz, as idas às escolas ou o apoio às saídas de campo na área das Geociências (Sines-Almograve e Sintra) continuarão a ser locais frequentados.
Este ano o Centro vai fortalecer a aposta em dois aspetos essenciais: a produção de material didático de acesso livre para as aulas e os cursos de formação de professores.
Para além destas atividades, a estreita colaboração com a Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora e o Instituto de Ciências da Terra permite continuar a responder com qualidade aos desafios que possam surgir.

GNR recupera bufo-real em Portalegre

O Comando Territorial de Portalegre da GNR, através do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Destacamento Territorial de Portalegre, recuperou ontem, dia 11 de setembro, um bufo-real, no concelho de Portalegre.

“Na sequência de um alerta por parte de um cidadão a dar conta de que se encontrava uma ave presa numa rede de vedação e com uma asa ferida, os elementos do SEPNA dirigiram-se ao local. Na sequência da ação, a ave foi resgatada e entregue no Parque Natural da Serra de São Mamede, para monitorização do seu estado de saúde e recuperação”, revela o Comando Territorial de Portalegre da GNR em nota de imprensa.

A Guarda Nacional Republicana, através do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), “tem como preocupação diária a proteção dos animais, apelando à denúncia de situações de âmbito ambiental. Para o efeito, poderá ser utilizada a Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520) funcionando em permanência para a denúncia de infrações ou esclarecimento de dúvidas”.

A “atribulada” pré-campanha eleitoral em Elvas: o pontapé de saída para o debate autárquico na Casa da Cultura

Quatro dos cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal de Elvas, nas autárquicas de 12 de outubro, estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira, 12 de setembro, na Casa da Cultura, num debate promovido pela Rádio ELVAS: Margarida Paiva, da Aliança Democrática (AD); Rondão Almeida, do Movimento Cívico por Elvas (MCPE); José Eurico Malhado, do CHEGA; e Nuno Mocinha, do Partido Socialista (PS).

Embora o convite endereçado a todos os candidatos por esta estação emissora, a cabeça de lista da CDU, Ana Albergaria, não marcou presença por não se encontrar em Elvas.

A atribulada pré-campanha eleitoral em Elvas foi o primeiro tema a ser debatido, com Margarida Paiva a apontar, desde logo, a polémica em torno da “publicidade eleitoral no centro histórico, colocada pelo MCPE”: “se calhar sou um bocadinho legalista, mas se não é permitido, não consigo compreender a continuidade da sua existência”.

Por outro lado, e dizendo que a AD pugna pela “verdade e pela “legalidade”, a candidata destacou o facto de duas forças políticas não terem respeitado os diferentes momentos das candidaturas: “o PS, com um candidato que não foi admitido à Assembleia Municipal, e o MCPE, que também não tem um candidato admitido à Assembleia Municipal e outra candidatura à Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso”.  

Em resposta a Margarida Paiva, Rondão Almeida diz que a candidata da AD alega “pura e simplesmente aquilo que a Comissão Nacional de Eleições ainda não veio a invocar”. “Diz que se fez mal em colocar uma lona, mas o que é certo é que a Comissão Nacional de Eleições, nesse mesmo dia em que foi levantado o problema, foi questionada e, até este momento, ainda não disse nada. Mas a senhora, não só faz de Ministério Público, como de juíza, para dar a devida sentença”, diz o candidato do MCPE.

Quanto à exclusão da lista do MCPE à freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso, Rondão Almeida questiona-se sobre a “verdadeira razão” para o facto de se estar a fazer, “pela primeira vez, o acompanhamento junto do tribunal para filtrar (as candidaturas)”. “Gostava de saber qual a verdadeira razão, uma vez que há quatro anos a Lei da Paridade também já estava em execução e duvido que houvesse algum partido que tivesse cumprido os 40% e não tivesse recorrido àquilo que era a lei antiga: duas pessoas do mesmo sexo e, logo de seguida, uma do sexo oposto”, disse ainda.

Para José Eurico Malhado, o Tribunal de Elvas decidiu a exclusão da lista à Assembleia de Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso do MCPE pela “legalidade” e pela “justiça”: “quando a justiça é célere, quando a justiça não olha a fações políticas nem partidárias, eu acho que o tribunal decidiu bem, apesar de poder haver recurso do MCPE para o Tribunal Constitucional”.

O candidato do CHEGA revela ainda que não se opôs à candidatura liderada por Joaquim Amante àquela freguesia da cidade pelo MCPE, porque “as vitórias têm-se no terreno”, apesar do partido que representa “andar a ser atacado veemente nas redes sociais e nas secretarias”. “O presidente não poderá, momentaneamente, concorrer. As outras listas estão legalizadas, portanto, fez-se justiça, por enquanto”, acrescentou.

Relativamente à situação da candidatura do MCPE à freguesia de Assunção, Nuno Mocinha disse que há que esperar pelo que dirá o Tribunal Constitucional: “vamos ficar à espera e depois logo se vê se vale a pena haver alguma análise, alguma pronúncia, ou não, mas cabe agora ao Tribunal Constitucional analisar aquilo que, dentro da lei, foi feito, ou seja, contestar aquilo que foi a decisão do último juiz do tribunal”.

Não querendo que restem quaisquer dúvidas, Mocinha lembrou que o PS tem “todas as listas aprovadas”. “Aquilo que houve foi com um único candidato que, por ser chefe de divisão na Câmara Municipal de Elvas, a candidatura tinha que ter tratado, com tempo, de um requerimento, onde fossem suspensas as suas funções, e isso não aconteceu”, começou por explicar. Como o candidato em causa não tratou a tempo desse requerimento, “não pôde ser candidato”. “Mas não se confundam as coisas de um candidato com uma candidatura, ou seja, o PS concorre em todas as freguesias, à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal”, acrescentou.

O debate completo, conduzido por António Ferreira Góis, para ver na página de Facebook da Rádio ELVAS.

DECO lembra importância das famílias terem um fundo de emergência

Segundo a DECO, ter um fundo de emergência é essencial para todas as famílias e o primeiro passo para uma vida financeira saudável.

Trata-se de um montante, variável de pessoa para pessoa, que é colocado de parte para fazer face a um imprevisto. Ter um fundo de emergência não é mais do que o dinheiro que se obtém a economizar e que se reserva para cobrir gastos ou despesas inesperadas que poderão ocorrer, inclusive no curto prazo, na vida de cada um.

O dinheiro do Fundo de Emergência permitirá, por exemplo, pagar as despesas correntes e até inesperadas, sem que as famílias tenham de se endividar ou recorrer a crédito, logo sem entrar em stress financeiro numa situação imprevista, como doença, desemprego ou de quebra de rendimento. Esse fundo deve ser constituído por, pelo menos, cinco a seis vezes o rendimento mensal da família. Só assim será possível acautelar o imprevisto.

Como iniciar fundo de emergência?

  1. Começar por fazer o orçamento familiar e avaliar as despesas

O orçamento deve ser elaborado regularmente. Como a maior parte dos rendimentos são mensais, o orçamento deve ser elaborado todos os meses para conseguir uma atualização detalhada.

        2. Começar a poupar o que for possível

Analisar todas as despesas e procurar ineficiências dentro do orçamento, por vezes existem poupanças escondidas que é possível rentabilizar.

       3. Privilegiar a automatização da poupança

Retirar todos os meses um valor destinado à poupança.

      4. Aproveitar os rendimentos extraordinários

Encaminhar os rendimentos extraordinários – subsídios de férias, de Natal, reembolso do IRS, trabalho extra – para o fundo de emergência.

      5. O dinheiro deverá ser aplicado

Não se deve deixar o dinheiro parado. Aplicá-lo é sempre a melhor solução, mas é necessário privilegiar aplicações com baixo risco, de preferência com capital garantido e produtos com elevada liquidez que permitam o rápido acesso ao dinheiro.

Quando e quanto se deve poupar?

Todos os meses, ou sempre que possível, com regularidade, as famílias devem retirar uma parte dos seus rendimentos para uma poupança. O ideal seria guardar 10% do rendimento, no entanto esta apreciação terá de ser feita caso a caso.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo:

Vitor Kley sobe ao palco da Feira das Cebolas em Portalegre

Depois da inaugurada ontem, a Feira das Cebola, em Portalegre, vive hoje o seu segundo dia, recheado de atividades.

Pelas 15h00 no Parque de Leilões ocorre um evento particularmente apreciado pelos visitantes da Feira, o XII Leilão de Reprodutores de Gado Bovino.

Pelas 19h00, no Palco da AADP, decorrerá o espetáculo do grupo portalegrense de rock ADN, com as suas versões de clássicos dos anos 60 e 70, assim como os seus originais.

Ao início da noite, pelas 21h00, no Centro Hípico de Portalegre, regressa a Gala Equestre, naquele que foi um dos eventos mais presenciados e admirados pelo público o ano passado.

Pelas 22h30, um dos momentos mais aguardados da edição deste ano da Feira da Cebolas, com concerto no Palco Principal do conceituado cantor brasileiro Vitor Kley. Para fechar a noite, o set do DJ Nuno Krespo, a partir das 00h00.

Com um vasto e diversificado programa, a Feira é a montra do potencial económico do Norte Alentejano, com gastronomia, música, artesanato e divertimentos, com destaque para os expositores das áreas agrícola e pecuária, empresarial e de serviços. No total, estarão presentes mais de 140 expositores, com cerca de 40 dedicados à exposição de bovinos e ovinos.

Elvas: EB1 de Santa Luzia com proposta para requalificação do espaço exterior a votação no Orçamento Participativo

A Associação de Pais da Escola Básica de Santa Luzia apresentou, à edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara de Elvas, uma proposta que visa a valorização do espaço exterior daquele estabelecimento de ensino.

O objetivo é proporcionar aos alunos novas zonas de lazer e melhores condições para a ocupação dos seus tempos livres, transformando o recinto escolar num ambiente mais acolhedor, funcional e adaptado às necessidades das crianças, especialmente nos momentos fora da sala de aula.

Ainda assim, o presidente da direção da Associação de Pais, Rafael Cruz realça o facto das intervenções e dos melhoramentos que o Município tem realizado: “a escola tem tido algumas intervenções por parte do município, ao nível do mobiliário e da sala de aula, e também ao nível da qualidade térmica e acústica da escola, mas vemos que, a nível de exterior, a escola apresenta algumas lacunas. Começámos por perceber que espaço é que a escola tinha disponível no exterior, o que é que lá poderíamos colocar, e então, com a identificação dessas necessidades, apresentámos este projeto”.

A proposta contempla a criação de duas zonas sombreadas e cobertas: uma localizada entre o edifício do 1.º ciclo e a cantina e outra junto ao campo de futebol. Estas estruturas permitirão proteger os alunos, tanto em dias de chuva como nos períodos de maior calor, promovendo o conforto e a segurança durante as atividades ao ar livre.  

“Está prevista a instalação de três zonas de sombra, pois vivemos numa zona do país em que faz muito calor e quando chove também chove com intensidade no inverno; depois uma zona de pic-nic, pois não há mobiliário exterior onde as crianças se possam sentar. Por último, e talvez o ex-líbris desta proposta, que é um parque infantil. A escola tem 300 alunos e não existe um parque infantil”, acrescenta Rafael Cruz.

Os alunos terão assim uma área específica destinada à prática de atividade física ao ar livre, composta por três equipamentos lúdico-desportivos, instalados numa zona protegida com pavimento de borracha, garantindo a segurança durante as brincadeiras.

Esta proposta dividida em três áreas prevê um investimento de 24.434 euros e procura dar resposta em termos de qualidade do espaço escolar e no bem-estar dos alunos, reforçando o papel da escola como lugar de aprendizagem, desenvolvimento e inclusão.

Esta é apenas uma das sete propostas a votação (saber mais aqui) na edição deste ano do Orçamento Participativo de Elvas.  

A entrevista completa, na qual participam, para além de Rafael Cruz, Luís André, presidente da Assembleia Geral da Associação de Pais, e Pedro Romano, presidente do Conselho Fiscal, para ouvir no podcast abaixo:

Homem de 38 anos detido em Elvas por entrada e permanência ilegal em território nacional

Um homem de 38 anos foi detido na passada quarta-feira, 10 de setembro, no concelho de Elvas, pela GNR, por entrada e permanência ilegal em território nacional.

Este homem foi detido na “sequência de uma denúncia de um cidadão, que alertou para a presença de um indivíduo a circular a pé no interior da Autoestrada n.º 6 (A6), no sentido Espanha–Portugal. De imediato, os militares da Guarda deslocaram-se ao local e abordaram o indivíduo, constatando que o mesmo não possuía qualquer documento de identificação”, revela o Comando Territorial de Portalegre da GNR em comunicado.

No decurso das diligências policiais, levadas a cabo por militares do Posto Territorial de Elvas da GNR, “e após consulta aos sistemas de informação disponíveis, com o apoio da Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros (UCFE), confirmou-se a inexistência de qualquer registo ou informação associada ao mesmo, motivo pelo qual foi detido”.

O detido foi presente ao Tribunal Judicial de Elvas, que determinou o seu encaminhamento para um Centro de Instalação Temporária, localizado no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Esta ação contou com o reforço do Centro de Cooperação Policial e Aduaneira do Caia da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF).