Um homem de 30 anos ficou em prisão preventiva, depois de detido pela PSP, por suspeitas de maltratar a sua companheira, em Elvas.
O indivíduo foi detido na passada quarta-feira, 18 de junho, “por fundadas suspeitas e de forma livre, voluntária e consciente, ter praticado por diversas vezes maus-tratos físicos e psicológicos à vítima”, revela o Comando Distrital de Portalegre da PSP na sua página de Facebook.
De acordo com a PSP, “o suspeito era bastante agressivo e perigoso, exercendo, igualmente, uma pressão psicológica e postura possessiva para com a vítima”.
Tendo recolhido na quarta-feira às celas de detenção, este homem foi ouvido em primeiro interrogatório judicial na sexta-feira, dia 20, no Tribunal Judicial de Elvas, onde lhe foi aplicada a medida de coação mais gravosa.
O Comando Territorial de Portalegre da GNR, no âmbito do Acordo de Cooperação Transfronteiriça em Matéria Policial e Aduaneira, promove na quinta-feira, dia 26 de junho, em Campo Maior, uma Reunião de Cooperação Transfronteiriça e de Controlos Móveis, em estreita articulação com a Guardia Civil de Espanha.
Estas reuniões têm como finalidade reforçar a cooperação transfronteiriça em matéria policial, nomeadamente nas áreas da vigilância da fronteira terrestre, do controlo dos fluxos migratórios e das comunicações. Pretendem, igualmente, consolidar os eixos de cooperação bilateral existentes entre os Comandos Territoriais da Guarda Nacional Republicana e as Comandancias da Guardia Civil localizadas junto à fronteira terrestre de ambos os países, promovendo o intercâmbio de informações e a partilha de experiências e boas práticas operacionais.
No âmbito da cooperação com a força de segurança congénere de Espanha, merece destaque o simulacro de perseguição policial transfronteiriça realizado no passado dia 8 de abril de 2025. Esta iniciativa teve como principais objetivos a consolidação e o aperfeiçoamento dos procedimentos operacionais conjuntos, a validação das melhores práticas e o reforço dos laços de confiança e colaboração entre as autoridades dos dois países no combate à criminalidade transfronteiriça, promovendo, assim, uma cultura integrada de segurança.
A reunião contará com a participação dos Comandos Territoriais de Portalegre, Évora e Castelo Branco, da Unidade de Ação Fiscal (UAF), da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF), e das Comandancias da Guardia Civil de Cáceres e Badajoz.
A tradição voltou a cumprir-se e, na noite de ontem, 23 de junho, a Ermida de S. Joãozinho recebeu a tradicional venda de fogaças, um momento sempre muito aguardado por todos aqueles que ali se dirigem para celebrar a sua devoção ao santo padroeiro de Campo Maior.
A animação da arraial esteve a cargo de “Ritmo Atual”. Estiveram presentes o presidente do Município, Luís Rosinha, bem como os vereadores Paulo Pinheiro, São Silveirinha e Fátima Vitorino.
Esta terça-feira, 24 de junho, é feriado municipal em Arronches, considerado o “ponto alto” dos festejos de São João, padroeiro desta vila alentejana.
Neste “dia nobre”, as comemorações iniciaram-se com o içar da Bandeira nos Paços do Concelho, ao som do Hino Nacional, seguido do desfile da Banda Euterpe pelas ruas da vila e de uma Missa Solene na Igreja Matriz.
O dia termina com uma sardinhada popular, a partir das 20h, no Jardim do Fosso, onde a partir das 21h há espetáculo do grupo Flamencura. Segue-se, às 22h, baile com Nuno José, com o encerramento da Feira do Livro marcado para a meia-noite.
De relembrar que os festejos de São João decorrem até domingo, dia 29 de junho.
O Município de Montemor-o-Novo deu mais um passo decisivo para a concretização do projeto startUP Montemor-o-Novo – Hub Criativo, com o lançamento do concurso público para a empreitada da obra de reabilitação do edifício municipal situado na Rua de Aviz.
Este projeto, integrado na estratégia municipal de estímulo e apoio ao empreendedorismo, apoio ao tecido empresarial, captação de investimento, atração e fixação de população no Concelho prevê a criação de uma nova incubadora de base não tecnológica, orientada para as áreas dos serviços, indústrias culturais e criativas, economia digital e turismo.
Olímpio Galvão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, em declarações à RNA adiantou que “está lançado desde o final do mês de maio de um concurso público para construção de um Hub Criativo da startup de Montemor-o-Novo. A startup como incubadora de empresas nasceu na Zona Industrial da Adua em julho de 2013. Foi um investimento de 727 mil euros, com 525 mil euros financiados pelo FERDER, é atualmente gerido pelo município e tem certificações junto da Startup Portugal. Tem espaços de coworking, tem espaços de boxe, ou seja, são pequenos armazéns que têm um perfil industrial e multiusos. Este perfil tem como propósito acolher projetos vocacionados para atividades produtivas. A incubadora tem uma taxa de ocupação superior a 80% e tem 13 empresas incubadas. Achamos que é essencial fazer aqui a criação de uma nova incubadora no centro da cidade, que vai nascer na Rua de Avis, no antigo jardim-de-infância número dois, um espaço que até já foi o tribunal, mas é um espaço que está muito bem atualizado. Esta será uma incubadora de base não tecnológica, orientada para as áreas de serviços, para as indústrias culturais e criativas, que é uma coisa que já tem um peso bastante grande na nossa economia e é vocacionada também para a economia digital e para o turismo”.
“Esta nova incubadora dentro da cidade será o Hub Criativo, que vai nascer na cidade de Montemor-o-Novo e tem uma área de cerca de 520 m². Terá uma capacidade inicial para 21 postos de trabalho e são distribuídos por salas de cowork, gabinete individuais, uma sala de reuniões, uma copa e gabinete de uma equipa técnica da Câmara Municipal. Será uma estrutura dinâmica e flexível que vai ao encontro das necessidades dos empreendedores. Este projeto tem um investimento de cerca de 890 mil euros. O curso da empreitada foi lançado com preço base de 725 mil euros. É um investimento também candidatado ao Programa Alentejo 2030, e conta já com um apoio garantido de 463.097.00€”, acrescentou.
“Acreditamos que vai ser uma grande mais-valia para a nossa cidade, ter esta incubadora mesmo no seu centro, irá dar uma vida nova, com gente nova, gente positiva a todo aquele espaço envolvente, mas também a toda a cidade”, rematou.
Foi com o objetivo de tornar o recreio da Escola de 1º Ciclo da Boa-Fé mais solidário e sustentável que o Agrupamento de Escolas nº 1 de Elvas, em outubro de 2023, implementou um projeto inovador, apoiado pelo programa Erasmus +: um projeto que viria a conhecer, neste ano letivo que agora chega ao fim, uma outra dimensão, com a colaboração da associação juvenil Arkus.
Levar as crianças a aprender a brincar, e com isso a evitar os conflitos, a adquirirem hábitos de vida saudáveis e a assumirem um compromisso cívico, com a participação em projetos comunitários de solidariedade e voluntariado, foram outros dos objetivos traçados.
A verdade é que o projeto “Ludorrecreios” conhece agora o seu término, mas, de acordo com a diretora do agrupamento, Paula Rondão, tendo em conta o sucesso alcançado, tem tudo para continuar no próximo ano letivo. “Isto surgiu da necessidade de evitar os conflitos nos intervalos e de tornar o recreio um espaço sustentável e para isso precisávamos de recursos humanos e físicos. Tratámos de apetrechar o recreio com espaços mais lúdicos, a nível de jogos, e também de espaços para eles lancharem. Depois, a nível de recursos humanos, precisávamos de animadoras, e fizemos esta prestação de serviços com a Arkus”, explica a diretora.
Ao abrigo deste projeto, são os próprios alunos que mantêm o recreio “livre de lixo e de conflitos”. “Tem resultado muito bem e tudo nos leva a crer que é para continuar. É para projetos como este que as verbas do projeto TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária) são para ser utilizadas”, acrescenta Paula Rondão.
Com as atividades desenvolvidas pelas monitoras da Arkus, as crianças tiveram oportunidade de aprender os mais diversos tipos de jogos tradicionais, enquanto se mantinham afastadas das tecnologias, como os telemóveis e os tablets, que, ainda assim, lembra Paula Rondão, estavam já proibidos na escola.
“Sem condicionar” as brincadeiras dos alunos, a escola procurou, com a Arkus, levar as crianças a aprenderem novos jogos, até porque, lembra o coordenador do projeto, o professor José Luís Carvalho, até então, “desperdiçavam muito do tempo de intervalo aos gritos e com empurrões”. Esperando que o projeto possa ter continuidade, o professor explica que os espaços de recreio da escola tornaram-se limpos, com as crianças a assumirem o papel de “Guardiões do Recreio”, e os lanches dos alunos mais saudáveis. Por outro lado, o projeto dos “Ludorrecreios” acabou por sair para fora do recinto da escola, com os resultados a serem apresentados à comunidade, revela ainda.
Dando conta das atividades desenvolvidas com as crianças, durante os intervalos, Débora Pires, uma de duas monitoras da Arkus afetas a este projeto na Escola da Boa-Fé, revela que procuraram sempre, durante as brincadeiras, que as crianças estivessem em constante aprendizagem. “Fazemos atividades de expressão plástica, dramática, coreografias, durante o intervalo da manhã e durante a pausa da hora de almoço”, explica.
Toda o programa de atividades levado a cabo por si e por Gabriela Piçarra, a outra monitora da Arkus, foi sempre sendo planeado mês a mês, num trabalho de proximidade com o corpo docente da escola. “Foi sempre um trabalho de equipa”, assegura Débora. O “Ludorrecreios”, garante por sua vez Gabriela Piçarra, veio, acima de tudo, “tornar as turmas mais unidas”. Hoje, ambas são para as crianças, não apenas monitores, mas suas amigas.
Fazendo um “balanço mais que positivo” de todo o trabalho levado a cabo, ao longo deste último ano letivo, as monitoras agradecem ainda ao agrupamento por depositar a sua confiança no trabalho da Arkus.
Já para a professora Fátima Carvalho, este projeto revelou-se uma “grande mais-valia”, até porque “os recreios são sempre a parte conflituosa das escolas”. “Naquela parte, da entrada na sala, após o intervalo, a primeira parte era sempre perdida entre queixinhas, para tentar resolver as brigas. Todas essas brigas têm vindo a diminuir de uma forma significativa”, garante. “E não é só a parte lúdica, porque este projeto envolve muito mais coisas, como a alimentação, respeito pelos idosos”, diz ainda.
A reportagem completa para ouvir no podcast abaixo:
Sempre com o objetivo de combater a solidão da população mais velha da vila, a CURPI de Campo Maior tem vindo, ao longo dos últimos tempos, a preparar um novo projeto: o “Correio do Coração”.
A iniciativa nada é mais que um jogo, através do qual a CURPI vai procurar conduzir os idosos até à instituição, para que ali encontrem uma forma de ocupar parte do seu dia. Ainda assim, revela a presidente da direção, Anselmina Caldeirão, é um projeto ainda “em fase embrionária”.
“Nós, instituição, vamos meter um cartãozinho na caixa de correio de idosos, que vamos selecionar, e depois eles terão de fazer um trabalho connosco. Eles vêm aqui à CURPI e o que diz lá no cartão eles vão desenvolver aqui connosco. É uma forma de os trazer à Academia Sénior e à instituição e de combater a solidão dos nossos seniores”, diz a responsável.
A entrar em funcionamento já em julho, com esta iniciativa a direção pretende levar aqueles que ainda não frequentem a instituição a perceberam a mais-valia de se associarem às atividades ali desenvolvidas diariamente.
Por outro lado, e garantindo desta forma que em Campo Maior “ninguém está só”, a ideia é que possa ser prestado, em caso de necessidade, algum tipo de apoio à população mais velha. “Queremos que sintam apoio, que sintam afeto”, remata Anselmina Caldeirão.