O Convento de Nossa Senhora da Luz é, atualmente, um verdadeiro baluarte cultural e, fruto do empenho da autarquia em promover autores locais junto da comunidade da região, recebe com frequência a apresentação de obras literárias no espaço da infraestrutura destinado para o efeito.
Foi o que aconteceu na tarde do passado sábado, dia 23 de novembro, com António Ventura a regressar a Arronches para apresentar a obra coordenada por Manuel Baiôa, intitulada ‘As Eleições Legislativas no Alentejo Durante a I República’, estando ambos acompanhados, na mesa, pela vereadora do Município, Maria João Fernandes e pelo presidente da Associação Cívica e Cultural ‘Grémio Transtagano’, Luís Carapinha.
Iniciando a sessão, a autarca deu as boas-vindas a todos os presentes, aludindo à forma como a recuperação do Convento tem servido de alavanca para valorizar o concelho através, sobretudo, da vertente cultural e turística. Maria João Fernandes deixou ainda um agradecimento aos autores e à associação, finalizando com a disponibilização da autarquia em colaborar com quem tiver interesse em apresentar os seus trabalhos em Arronches.
Já Luís Carapinha, presidente do ‘Grémio Transtagano’, antes de elencar os objetivos da coletividade e de abordar aquilo que tem sido a atividade da mesma, manifestou a sua gratidão para com o Município por mais uma excelente receção e por todo o trabalho que tem sido desenvolvido em parceria entre as instituições.
Após saudar todos os presentes e antes de abordar o livro, António Ventura não quis deixar de dizer que o trabalho autárquico é de extrema importância para as populações e a recuperação do Convento e a forma como o mesmo tem sido utilizado é um exemplo daquilo que deve ser feito. O professor falou então sobre a obra, destacando o período sobre o qual o mesmo incide, nomeadamente entre 1910 e 1926, como fundamental para a história do país.
Finalmente, Manuel Baiôa, depois de se mostrar bastante satisfeito por voltar ao Alto Alentejo e, sobretudo, a Arronches, começou por elogiar o trabalho feito pelos seus colegas na elaboração do livro, o qual escreveu juntamente com António José Queiroz e Pedro Figueiredo Leal, explicando a metodologia utilizada em todos os processos e quais os estudos que foram analisados. O escritor fez ainda uma introdução sobre o tema tratado e nomeadamente a transição da monarquia para a república, como funcionavam na altura os processos eleitorais, falando até de Arronches como exemplo nesse período da história.
