Portugal a Dançar passou por Elvas

A etapa do concurso Portugal a Dançar, a maior competição nacional de dança que se realiza no nosso país, terminou este domingo no Cine-Teatro Municipal com a júri Francisca Durão a reconhecer que “tivemos talentos incríveis, correu muito bem. Conseguimos chegar a estas localidades e ver que há um nível muito bom de bailarinos. Gostava que o podium fosse maior e houve mais do que três lugares a atribuir, pois há uma qualidade artística enorme”.

Os três bailarinos apurados irão à final que devia acontecer em Oeiras, mas foi alterado para Matosinhos para dia 11 de janeiro, por motivos logísticos.

Sobre a participação de concorrentes espanhóis, Francisca Durão, considera “bonito, porque o Portugal a Dançar leva a dança a pequenas localidades que não tem tantas academias de dança. A competição decorre em Portugal, mas é para todas as nacionalidades, se uma holandesa quiser pode participar. Aliás, a competição é para todas as idades, tivemos meninas de sete anos e pessoas com mais de 50 anos. Já tivemos concorrentes com 70 anos”.

Francisca Durão diz que “é muito bonito ser júri, porque vemos muita qualidade, mas é muito ingrato pois hoje daria seis lugares para passar, pois Elvas é uma cidade com muito nível artístico”.

Esta foi a segunda passagem do Portugal a Dançar por Elvas e teve ainda ações de formação sobre as danças de Bollywood, a cargo de Mafalda Carvalhinho; Flamenco, por Francisca Durão; e Dancehall, com Pedro Teixeira.

Conferência “Água, Agricultura e Sustentabilidade” na ESBE no dia 18

A Escola Superior de Biociências de Elvas (ESBE) acolhe, na próxima sexta-feira, 18 de outubro, a conferência internacional “Água, Agricultura e Sustentabilidade”.

A conferência é promovida pela ADER-AL – Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte do Alentejo, em parceria com os Grupos de Ação Local (GAL) APRODER e TAGUS.

Este evento faz parte de um projeto de cooperação no âmbito da medida 10.3 LEADER (Atividades de Cooperação dos GAL), com o objetivo de promover soluções inovadoras para enfrentar a escassez de água e o uso ineficiente de recursos, particularmente na agricultura.

A conferência reunirá especialistas nacionais e internacionais e outros stakeholders para debater os desafios urgentes relacionados com a gestão da água no setor agrícola, num contexto de alterações climáticas. Serão apresentadas soluções e políticas para uma utilização mais sustentável dos recursos hídricos, com foco na realidade portuguesa e no panorama internacional.

Este evento é uma oportunidade única para discutir as boas práticas de gestão da água, apresentar casos de sucesso e reforçar a cooperação entre os diversos agentes do setor agrícola. Convidamos todos os interessados a participar neste dia de reflexão e debate, que pretende contribuir para a construção de um futuro mais sustentável.

As inscrições para os interessados em participar na sessão podem ser feitas aqui.

Realizador Lav Diaz procura atores e figurantes no Alentejo

Na última quinzena de outubro, Borba, Vila Viçosa e Évora vão ser palco da produção de uma longa-metragem do prestigiado realizador filipino Lav Diaz.

O filme é protagonizado pelo ator Gael Garcia Bernal e será rodado em vários países, narrando a vida do navegador Fernão de Magalhães.

O realizador está interessado em reunir atores e não-atores locais para desempenharem alguns papéis no filme, num trabalho que será remunerado para todos os participantes.

A rodagem começa no dia 21 de outubro, sendo que os interessados em participarm podem fazer a sua inscrição aqui.

Alentejo com crescimento turístico “acima da média nacional”

Com um crescimento turístico “acima da média nacional”, com um aumento, não só em termos de procura, mas também de oferta, a região Alentejo tem batido recordes, “ano após ano”.

Só nos últimos tempos, lembra o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, abriram quatro novos hotéis na região. Por outro lado, e de acordo com os últimos dados divulgados, referentes ao mês de agosto, adianta o responsável, o Alentejo foi a região do país que, ao nível do mercado interno, mais cresceu. “Na procura consolidada, entre procura interna e externa, fomos o segundo destino que mais cresceu”, adianta.

Em agosto, o setor do alojamento turístico no Alentejo registou máximos históricos, com 3,8 milhões de hóspedes e 10,5 milhões de dormidas. “Nos oito primeiros meses do ano, estamos a crescer acima da média nacional. Há um abrandamento geral de todo o país, até com algum abrandamento da procura internacional, mas de qualquer forma eu acredito que o destino (Alentejo) vai continuar neste percurso muito positivo”, adianta José Manuel Santos.

Évora continua a ser o pólo principal de atração de turistas à região, sendo que o objetivo da Entidade Regional de Turismo é conseguir equilibrar a distribuição daqueles que procuram o Alentejo, que se foca muito em cerca de dez concelhos. Para isso, garante, é preciso, por um lado, “que apareça mais alojamento turístico em zonas menos robustas”, e, por outro, “tentar levar os turistas a áreas mais interiores, onde há alojamento, mas onde não há tanto fluxo turístico”.

A par de Évora, o Alentejo Litoral, com destaque para Grândola, Sines, Santiago e Alcácer, tem registado “um crescimento muito significativo de dormidas”. No Alto Alentejo, o crescimento tem sido “mais suave”, até porque “a oferta turística não tem crescido ao nível de toda a NUT II”. No que toca ao Alqueva, José Manuel Santos diz que, apesar da “muita procura”, esta zona não tem ainda uma capacidade hoteleira significativa.

As perspetivas, até final do ano, no turismo do Alentejo, são “muito boas”, com “um incremento também da procura internacional”. “Estamos a trabalhar para 2025, um ano que vai ser muito exigente e desafiante, quer na procura doméstica, quer nos mercados internacionais”, remata.

Projeto “O Nosso Recreio” vence Orçamento Participativo da Câmara de Elvas

O projeto “O Nosso Recreio”, de Marta Faria, que tem em vista a transformação dos espaços exteriores do Ciclo da Boa-Fé, criando áreas de trabalho, jogo e lazer, é o vencedor da edição deste ano do Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Elvas.

Trata-se de uma proposta inclusiva e aberta a toda a comunidade do Agrupamento de Escolas nº 1 de Elvas, que tem por base a criação de espaços facilitadores de relações saudáveis, através de uma oferta variada de atividades para os alunos brincarem durante os intervalos e após o horário escolar.

Com este projeto, explica Marta Faria, mentora pedagógico no Ciclo da Boa-Fé, procurou-se, em primeiro lugar, “dar voz aos alunos” no que toca às necessidades que enfrentam, diariamente, para ocupar os seus tempos livres na escola. O projeto é, em poucas palavras, “uma resposta aos pedidos dos alunos”, garante.

“Estamos a falar de uma escola que tem algumas necessidades a nível de equipamentos básicos”, lembra a responsável, que revela que este projeto surgiu depois de, no ano letivo passado, ter promovido várias Assembleias de Turma. “Todas as turmas da escola tiveram oportunidade de se manifestar, de trazer propostas para a escola e uma das coisas que ficou muito clara foi esta necessidade que os alunos identificavam de terem espaços e equipamentos para brincarem nos intervalos das aulas”, adianta.

Com um orçamento de seis mil euros, o Agrupamento de Escolas nº1 de Elvas, depois de vencer esta edição do Orçamento Participativo, vai poder adquirir um conjunto de equipamentos, desde mobiliário a diferentes recursos lúdico-pedagógicos, como simples jogos de tabuleiro e material desportivo. Por outro lado, a escola sede do agrupamento será equipada com um baloiço inclusivo, especificamente adaptado de forma a permitir a utilização pelos alunos das duas unidades do Centro de Apoio à Aprendizagem do agrupamento.

“O Nosso Recreio” venceu esta edição do Orçamento Participativo com 41 votos. A proposta do “Laboratório de Inteligência Artificial em Elvas” terminou com 23 votos, a das “Roncas e Rimas de António Brinquete” com 11 e “Expres’Arte” com cinco.

Lar Santa Beatriz com rotinas preenchidas

No Lar Santa Beatriz, em Campo Maior, os dias são preenchidos e a rotina é algo essencial para organizar o tempo e orientar as tarefas diárias.

O dia começa cedo, segundo Alexandra Mamede, animadora sociocultural do Lar Santa Beatriz, “o pequeno-almoço inicia-se às 9h. No final do pequeno-almoço começam as rotinas das atividades, por volta das 10h, com as terapias e o movimento de outras atividades”. Depois de almoço, as atividades voltam na parte da tarde até às 16h (hora considerada a do lanche) até às 16h30 “este período é muito destinado às visitas, é o momento em que o nosso lar fica cheio de familiares. A seguir às visitas, o jantar é servido às 19h, e por volta das 20h, começam os deitares”.

Alexandrina Abreu, utente do Centrou de Dia, tem 88 anos e está na instituição há quase 10 anos, após o falecimento do marido. A maior parte da sua vida foi a trabalhar no campo “acolher azeitona, a ceifar e a tirar a erva do trigo”. Relativamente à vinda para o Centro de Dia, Alexandrina Abreu diz que foi de iniciativa própria e “de livre vontade”. “Ainda arrumava a minha casa, mas para não estar sozinha sempre a pensar decidi vir para aqui (para o Centro do Dia do Lar Santa Beatriz)”.

“A minha rotina no Centro de Dia é estar aqui o dia todo e voltar para casa e ver só paredes, vejo um bocadinho de televisão e às 19h30 estou deitada. No outro dia acordo às 7h30 e venho novamente para o lar”, conta ainda Alexandrina Abreu.

No caso de João Matias, utente do Lar Santa Beatriz, explica que sua profissão foi “andar no campo até aos 20 e poucos anos”, em seguida, entrou para a tropa e depois voltou novamente a trabalhar no campo. No entanto, apercebeu-se que não era algo que realmente queria. “Fui para guarda-florestal auxiliar durante 12 anos, mas cansei-me e tirei a carta de pesados. Nesta profissão andei por muitos lugares. O meu último trabalho foi na Cooperativa Agrícola do Caia”

Com 95 anos, João Matias, segundo conta, ainda conduz e faz alguns afazeres fora da instituição, como pagar o seguro do carro e a água. “Tenho uma vida ativa no lar, vou para onde me apetece, informando sempre do sítio. Vou pagar a água, pagar os medicamentos e o seguro do carro”. Quando existem atividades dentro da instituição, João Matias, diz que participa em todas. “Só não participo, como gosto muito. Há uma atividade em especial que tenho pena de não haver mais vezes, que são os bailaricos”.

João Matias esteve no Centro de Dia do Lar Santa Beatriz durante 16 anos. Posteriormente mudou-se definitivamente para o Lar de Santa Beatriz há seis anos. “Esta muito provavelmente vai ser a minha última casa”, acrescenta João Matias .

O dia-a-dia no Lar Santa Beatriz que começa cedo e tem toda uma rotina planeada.