O programa “Em Casa d’Amália”, gravado ao vivo, na Praça da República de Elvas, na noite de 27 de agosto, é transmitido este sábado, 14 de setembro, na RTP1, a partir das 22h45.

O apresentador, o fadista estremocense José Gonçalez, que garante que não esperava, por parte do público, uma “resposta extraordinária” a estas gravações ao vivo, garante que, em Elvas, sentiu-se “em casa”. “Conheço muito bem Elvas, porque passei aqui grande parte da minha juventude e, depois na minha vida adulta, fiz muitos eventos no coliseu e estive, muitas vezes, à frente da parte artística do São Mateus”, recorda.

Este, garante José Gonçalez, é, acima de tudo, um “projeto de verdade”, sendo que aquilo que aconteceu na Praça da República de Elvas é, precisamente, aquilo que as pessoas vão poder ver na televisão. “Depois há um outro lado, que me parece que é um trunfo importante, que é as pessoas perceberem que os artistas são pessoas comuns. Este é um projeto que mostra os artistas na sua verdadeira dimensão humana”, diz ainda.

De recordar que este programa, gravado em Elvas, contou com as participações de António Zambujo, Buba Espinho e Luís Trigacheiro, a quem se juntaram os músicos Bruno Chaveiro, na guitarra portuguesa, e Mapi, no piano.

Durante a gravação houve ainda espaço para que os fadistas elvenses Soraia Branco, Toy Faria e Vasco Gamelas interpretassem, cada um deles, um tema.

Graça Amiguinho, sob o pseudónimo Mary Foles, lança este sábado, 14 de setembro, no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), pelas 16 horas, o seu mais recente romance: “Sob o Céu da Batalha”.

A obra, de acordo com autora, tem como pano de fundo a guerra que assola a Ucrânia, tendo começado a ser escrita logo após a invasão da Rússia, a 22 de fevereiro de 2022. “Foi um sobressalto, na minha vida, porque nós, por exemplo, não gostaríamos que os nossos amigos espanhóis nos voltassem a invadir”, começa por dizer, assegurando que viveu com “tremor e uma angústia enorme” a “ansiedade” do povo da Ucrânia.

“Sob o Céu da Batalha” fala de “tristeza, de abandono, de dor, mas também de muito amor”, explica a autora, até porque, garante, “no meio da guerra há sempre alguém que resiste”. “Só a união entre as pessoas, só o amor que pode surgir, é que ajuda a colmatar a tristeza, o sofrimento de angústia e a perda”, assegura.

Composta por “sete grandes histórias de amor”, a obra tem numa mulher, mãe de duas crianças, que ruma a Portugal, deixando para trás o seu marido, no hospital de Mariupol, a sua personagem principal. E esta personagem será, este sábado, interpretada, na escadaria do MACE, pela jovem atriz Joana Lameira, do Coletivo Artístico 7350, liderado pelo elvense Luís Eduardo.

Depois do monólogo, que dará a conhecer a essência da obra, o público terá ainda oportunidade de, já na cafetaria do MACE, ouvir fado, na voz de José Fialho, acompanhado na guitarra por Nuno Cirilo, e assistir a uma passagem de modelos, com peças de Ana Gaiato Curião.