A apresentação pública da candidatura da CDU, pelo círculo eleitoral de Portalegre, às Eleições Legislativas, marcadas para 10 de março, tem lugar amanhã, terça-feira, 16 de janeiro.
A iniciativa tem lugar no Café Concerto do Centro de Artes e Espetáculos de Portalegre, pelas 18 horas.
O projeto do Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato, também conhecido por Barragem do Pisão, tem por objetivo assegurar uma solução integrada que garanta, de forma sustentada, o abastecimento público de água, o estabelecimento de uma nova área de regadio e a produção de energia a partir de fontes renováveis que contribuam para a transição energética, contribuindo para o desenvolvimento económico na região do Alto Alentejo.
O projeto da Barragem do Pisão, com a atualização da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), passa a ter uma dotação de 141.263.000,00€, ou seja, um reforço superior a 20 milhões, face ao inicial de 120.000.000,00€, cuja adenda foi assinada entre a CIMAA e a Estrutura de Missão do PRR, numa cerimónia que decorreu no Crato, no passado sábado, dia 13 de janeiro, e na qual esteve presente o primeiro-ministro, António Costa.
Este empreendimento materializa a concertação de quinze municípios que se alinharam em torno de um projeto, cujo potencial ambiental, agrícola, económico e social é superior a qualquer divergência política e partidária.
Para a concretização da Barragem do Pisão será necessário assegurar as seguintes componentes: a) Infraestruturas Primárias – inclui a barragem, a central mini-hídrica, os caminhos de acesso à barragem e o restabelecimento de caminhos afetados; b) Infraestruturas Secundárias – estações elevatórias de rega, condutas, reservatórios de regulação e redes de distribuição, redes de rega e beneficiação de acessos agrícolas; c) Central Fotovoltaica- instalação de painéis fotovoltaicos no espelho de água da albufeira e na área adjacente; d) Fornecimento de Água à Estação de Tratamento de Águas de Póvoa e Meadas- ligação da albufeira à Estação de Tratamento de Águas de Póvoa e Meadas para garantia das necessidades de consumo urbano.
No sentido do seu cumprimento e tendo em conta a prossecução do interesse público do território Alto Alentejo, toda a estrutura que compõe a CIMAA, assim como os autarcas do distrito, têm-se empenhado persistentemente na concretização da Barragem do Pisão.
Participam ainda ativamente na realização deste projeto outras entidades públicas, que pela sua natureza são fundamentais e relevantes no licenciamento de um projeto desta natureza, tais como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), entre outras.
Assim, e tendo em conta a sua especificidade e dimensão, o projeto foi sujeito a Estudo de Impacto Ambiental (EIA) nas suas várias componentes e nessa medida a consequente emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA), foi um passo fundamental para a aprovação da maior aspiração e reivindicação das populações do Alto Alentejo, que determinou uma série de condições de preservação e minimização de impactos ambientais, nomeadamente ao nível da flora, fauna e património cultural.
Decorrente da DIA, a CIMAA assumiu de imediato a necessidade de proceder em conformidade com as suas instruções e desígnios, procedendo a adaptações, correções, licenciamentos e outros trabalhos necessários ao progresso do empreendimento.
Deste modo, foram realizadas as consultas públicas previstas nos instrumentos legais para o efeito, com a devida disponibilização de todos os documentos elaborados – estudos, projetos, pareceres e outros documentos técnicos referentes a todas as componentes, bem como várias participações públicas e envolvidos os diversos agentes em cada uma das componentes, a saber: Infraestruturas Primárias, Infraestruturas Secundárias (Rede de Rega), Central Fotovoltaica e Fornecimento de Água à Estação de Tratamento de Águas de Póvoa e Meadas, permitindo ir ao encontro das expetativas das populações e, especialmente, dos agricultores, que acompanharam o desenvolvimento dos estudos e projetos com enorme interesse e satisfação, comprovadas, quer pelas dúvidas e sugestões colocadas aos projetistas, quer pela elevada participação nas consultas públicas e nos contactos diretos estabelecidos entre todas as partes.
Um dos principais avanços deste projeto foi a abertura do concurso público internacional, que se encontra em fase de apresentação de propostas por parte das empresas concorrentes, cujo valor da empreitada é superior a 70 milhões de euros, marcando desta forma o avanço material das operações que vão levar ao processo de construção da parede da barragem e da central mini-hídrica, assim como de outras infraestruturas dependentes: acessos à barragem e à central, torre de tomada de água, galeria de derivação provisória, duas estações elevatórias (uma para abastecimento urbano e outra para rega do bloco do Crato), um descarregador de cheias e o desvio provisório do leito do rio para permitir a construção da própria barragem.
Realça-se que a componente das Infraestruturas Secundárias (Rede de Rega) foi desenvolvida em estreita parceria entre a CIMAA, os Municípios e a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), enquanto ator fundamental e imprescindível no processo, tendo esta Direção-Geral ficado responsável pelo projeto de execução de Infraestruturas de Regadio do Aproveitamento Hidroagrícola do Crato.
O principal objetivo das entidades responsáveis e conscientes do respetivo papel, não será nunca uma disputa de águas, mas uma complementaridade e articulação que permita a gestão e eficiência do uso e aproveitamento da água e do uso dos solos e sua aptidão ao regadio, sem colocar em causa a sustentabilidade e o equilíbrio entre os sistemas.
Em Estudo Prévio (outubro, 2021), foram apresentadas e analisadas duas alternativas ao projeto, sendo consensual pela Comissão de Avaliação (CA) do Estudo de Impacto Ambiental a opção de área total beneficiada diretamente pela estação elevatória do Crato de 5 896 ha e beneficiada na ribeira da Seda e em redor da albufeira do Maranhão de 447 ha, correspondente a um total de 6 343 ha de área beneficiada.
Adicionando a área atualmente beneficiada de precários do Sorraia obtém-se um total de área beneficiada entre as albufeiras do Pisão e do Maranhão de 11 010 ha. Os estudos necessários à prossecução do AHFM do Crato foram submetidos a um Estudo de Impacto Ambiental.
Ainda no que à área acima referida diz respeito, foi indicação da CA a exclusão de uma área referente à IBA (Important Bird and Biodiversity Area) de Alter do Chão.
Assim, de acordo com o que atrás foi descrito, e com a observação dos estudos e projetos efetuados, a dimensão do perímetro e a área final beneficiada que abrangerá 5494 hectares (ha) – Dos quais 654,5ha correspondem ao Bloco do Crato, 3145 ha ao Bloco de Alter do Chão e 1695 ha ao Bloco de Fronteira – está de acordo com o modelo de simulação de exploração do sistema Pisão-Maranhão-Montargil e com os usos e concessionados existentes a jusante, decorrente da DIA emitida, estando previsto o lançamento do respetivo concurso público, no primeiro trimestre de 2024.
Relembre-se, uma vez mais, que o EAHFM do Crato – Barragem do Pisão tem ocupado um lugar cimeiro na estratégia da CIMAA para todo o Alto Alentejo, materializando a concertação de quinze municípios que se alinham em torno deste projeto, cujo potencial ambiental, agrícola, económico e social é superior a qualquer divergência política e partidária. Por outro lado, importa reforçar que a CIMAA, enquanto entidade gestora do projeto, trabalha desde o primeiro momento como uma equipa empenhada e rigorosa, provando a sua capacidade para gerir, não só, o maior investimento alguma vez realizado no Alto Alentejo, como um dos mais complexos projetos sob a alçada intermunicipal e do Plano de Recuperação e Resiliência Português.
Em suma, as vantagens da futura Barragem do Pisão para o Alto Alentejo são inegáveis pelas suas múltiplas valências. Desde logo, porque permitirá reforçar o abastecimento de água a oito concelhos dos quinze do Alto Alentejo, mesmo em anos consecutivos de seca, como é expectável que aconteça decorrente das alterações climáticas. O empreendimento trará também uma capacidade de produção sustentável de energia, capaz de satisfazer mais de 50% nas necessidades de consumo energético de todo o Alto Alentejo, contribuindo para a redução da pegada de carbono e para concretização das metas do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC). Finalmente, a sua futura área de regadio garantirá ao Alto Alentejo uma agricultura mais sustentável, ao utilizar novas técnicas nas culturas tradicionais e, simultaneamente, ao permitir a aposta na implementação de novas culturas, que serão um contributo importante para atingir a autossuficiência do território em termos de produção agrícola.
O livro “AI, Alentejo… memórias rurais”, da autoria de Abílio Amiguinho, professor Coordenador aposentado, do Departamento de Ciências Sociais, Território e Desenvolvimento, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Portalegre é apresentado na próxima terça-feira, 16 de janeiro, no auditório Abílio Amiguinho da ESECS-IPP.
Esta obra, das Edições Colibri, tem o prefácio de Rui Canário, Professor Catedrático Aposentado da Universidade de Lisboa.
A apresentação, marcada para as 17.30 horas, está a cargo do Jornalista Carlos Fino e conta também com a participação de Ana Paula Amendoeira, vice-presidente da CCDR Alentejo e da bibliotecária, Ana Maria Maroto.
O troço entre os quilómetros 37,700 e 38,370 da Estrada Nacional 371, no concelho de Campo Maior, está a ser alvo de reparação da pavimentação, pelo que, a circulação faz-se, de forma alternada, regulada por semáforos.
Os trabalhos decorrem diariamente entre as 8h30 e as 18 horas e têm conclusão prevista para sexta-feira, dia 19 de janeiro.
O Grupo Nabeiro-Delta Cafés, através da Novadelta Suíça, adquiriu a totalidade do capital e negócio da empresa AMD Swiss, uma distribuidora suíça de referência de produtos portugueses. Com este negócio a empresa portuguesa pretende reforçar a sua presença no mercado suíço, no âmbito da estratégia de internacionalização, consolidada nas últimas décadas em diferentes geografias, e com a ambição de continuar a crescer além-fronteiras.
Presente no mercado suíço desde 2016, com maior preponderância na região francófona, a Novadelta Suíça é responsável pela comercialização dos produtos das marcas do Grupo Nabeiro neste mercado, tendo como principal atividade a comercialização de café e produtos complementares, assumindo ainda a distribuição de outras marcas portuguesas de produtos de grande consumo.
A AMD Swiss foi fundada em 1998 e desenvolveu o negócio das principais Marcas Alimentares e Bebidas Portuguesas no mercado helvético no retalho e na restauração, através de uma rede de distribuidores locais, dando a conhecer o que de bom se produz em Portugal e promovendo a produção nacional além-fronteiras.
Esta aquisição permitirá que a Novadelta Suíça se afirme como a empresa de distribuição de referência de produtos portugueses, conquistando quota de mercado no canal off trade, através da presença nos principais retalhistas suíços, e no Canal on trade, através de uma oferta diversificada e que responda de forma mais eficaz e eficiente aos clientes do Grupo Nabeiro presentes na Região.
«Esta aquisição reforça a nossa estratégia de internacionalização e a nossa ambição em continuar a estar presente de uma forma consolidada em geografias prioritárias ao nosso plano de negócio. Aquando a nossa entrada na Suíça tinhamos a expectativa de manter um ritmo de crescimento consistente e esta transação é um passo fundamental e necessário para a expansão das nossas marcas e alinhada com a nossa ambição de chegar ao top 10 de marcas de café do Mundo», sublinhou Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro-Delta Cafés.
Recorde-se que para além da Suíça e Portugal, a Delta também conta com operações diretas em diversos países, como Espanha, França, Luxemburgo, Angola (Angonabeiro), Brasil e China e, de forma indireta, através de parcerias com distribuidores, noutros países, num total de 40 países.
Foi na região sudoeste de Angola, mais especificamente na ilha-montanha da Serra da Neve, que uma equipa internacional de cientistas, incluindo quatro portugueses, nomeadamente Mariana Marques, formada na Universidade de Évora, descobriu uma nova espécie de lagarto sem patas.
O objetivo desta descoberta é o de fornecer uma visão sólida e científica da fauna existente na Serra da Neve, de forma a apoiar a sua conservação e contribuir para a compreensão da sua rara biodiversidade.
Esta nova espécie de lagarto sem patas é o tema em destaque, esta semana, no programa “Ambiente em FM”, com José Janela da Quercus, que pode ouvir na emissão às 12.45 e às 16.30 horas ou no podcast abaixo:
Um homem, de 29 anos, foi constituído arguido, por suspeita de furto no interior de um armazém, no concelho de Campo Maior, na passada sexta-feira, 12 de janeiro.
De acordo com o Comando Territorial de Portalegre da GNR, “no âmbito de uma denúncia por furto no interior de um armazém, os militares da Guarda desenvolveram diligências policiais que culminaram na identificação e localização do suspeito e na apreensão do material furtado, nomeadamente, uma motosserra e uma roçadora”.
Os bens apreendidos pelos militares do Posto Territorial de Campo Maior da GNR, avaliados em cerca de mil euros, foram entregues ao legítimo proprietário.
O suspeito foi constituído arguido e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Elvas
O programa do feriado municipal de Elvas encerrou na noite de ontem, 14 de janeiro, com o já tradicional concerto da Orquestra Ligeira do Exército, no Cineteatro Municipal, que contou com casa cheia.
Neste espetáculo, de quase duas horas, a Orquestra Ligeira do Exército apresentou temas, entre outros, de Glenn Miller Orchestra, Os Quatro e Meia, Bruno Mars, Queen, Paulo de Carvalho e Bee Gees.
No final do concerto, o vereador Cláudio Monteiro, em representação da Câmara Municipal de Elvas, ofereceu à Orquestra Ligeira do Exército de uma placa com o brasão do Município.
O programa das comemorações do 365° aniversário da Batalha das Linhas de Elvas prossegue na noite do próximo sábado, 20 de janeiro, com o Cineteatro Municipal a receber o espetáculo “Tour Mundial” do ator e humorista Eduardo Madeira. Os bilhetes já estão à venda na Ticketline, podendo também ser adquiridos na bilheteira do Cineteatro antes do início do espetáculo.
A Junta de Freguesia da Expectação, em Campo Maior, espera, este ano, atribuir mais do que as habituais dez bolsas de estudo.
Ainda sem saber quantas bolsas no total serão atribuídas, uma vez que estão dependentes do número de bolsas atribuído pelo município, Hugo Milton, presidente da Junta, garante que haverá mais jovens a receber bolsa. “Posso dizer que vamos aumentar o número de bolsas, mas como o primeiro a atribuir essas bolsas é o município, depois analisamos a candidaturas e a quem a autarquia não atribuiu e reúne as condições terá bolsa. Nós atribuímos dez bolsas, mas este ano, o número vai ser superior, porque temos meio para isso”, explica.
Estas bolsas representam um valor anual de 800 euros e, segundo Hugo Milton, pretende-se “apoiar as suas famílias destes jovens, dando-lhes um apoio mais significativo, para que os seus filhos possam ir mais além”.