ULSNA passa a ULSAA e integra Laboratório de Saúde Pública do Alto Alentejo

Com o arranque de uma “nova fase da reforma organizativa do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, desde ontem, 1 de janeiro, que a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) passou a designar-se Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo (ULSAA), integrando o Laboratório de Saúde Pública do Alto Alentejo.

A juntar às oitos Unidades Locais de Saúde já existentes (Alto Alentejo, Baixo Alentejo, Litoral Alentejano, Matosinhos, Guarda,  Alto Minho, Castelo Branco e Nordeste) surgem agora, no país, mais 31.

Por outro lado, o Ministério da Saúde, em comunicado, dá conta que, para além do “alargamento a todo o território nacional das Unidades Locais de Saúde”, esta nova fase da reforma organizativa do SNS fica marcada pela “generalização das Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo B”.

Elvas e Campo Maior são dois dos 51 concelhos do país que, pela primeira vez, contam com uma USF-B. Elvas e Campo Maior são dois dos 51 concelhos do país que, pela primeira vez, contam com uma USF-B. “Transformam-se em USF-B um total de 212 USF-A e 10 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados – centros de saúde tradicionais – que passam ao novo modelo, com potencial para atribuir médico de família a mais 300 mil utentes e impacto remuneratório para mais de 3.500 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que passam a receber incentivos associados ao desempenho das suas equipas no acompanhamento dos utentes”.

O comunicado do Ministério da Saúde para ler na íntegra:

“O primeiro dia de 2024 fica assinalado pelo arranque de uma nova fase da reforma organizativa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), nomeadamente pelo alargamento a todo o território nacional das Unidades Locais de Saúde (ULS) e pela generalização das Unidades de Saúde Familiar (USF) de modelo B.

O alargamento das ULS a todo o país, alicerçando o SNS neste modelo organizativo, facilita o percurso das pessoas no sistema de saúde ao integrar numa única gestão os centros hospitalares, os hospitais, os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) e a Rede Nacional de Cuidados Continuados de uma determinada área geográfica.

Esta integração constitui uma qualificação da resposta do SNS, simplificando os processos, incrementando a articulação entre equipas de profissionais de saúde, com o foco na experiência e nos percursos entre os diferentes níveis de cuidados, aumentando a autonomia de gestão, maximizando o acesso e a eficiência do SNS.

No âmbito da reestruturação do SNS, são criadas 31 novas ULS, a somar às 8 existentes, e é preparada a extinção de mais de meia centena de entidades, cujas atribuições passam agora para as ULS.

As ULS permitem responder às necessidades dos cidadãos, privilegiando a proximidade, a otimização de recursos, a continuidade e a integração de cuidados, no domínio da prevenção, no plano assistencial, no tratamento e prestação de cuidados e na recuperação e reabilitação.

A visão das ULS permite olhar para a Saúde além das “fronteiras” do hospital, valorizando os Cuidados de Saúde Primários e integrando outras instituições da sociedade local, nomeadamente municípios, juntas de freguesia, escolas e instituições particulares de solidariedade social, dando sentido à ideia de que a Saúde é um bem de todos e para todos, construindo uma comunidade sustentável.

Simultaneamente, na senda das medidas para aumentar e melhorar o acesso à saúde, no campo dos Cuidados de Saúde Primários, a generalização das USF alarga o número de pessoas com médico de família e valoriza os profissionais destas unidades de saúde.

Serão agora criadas 222 novas USF, permitindo a 51 concelhos terem, pela primeira vez, uma USF-B. No total serão 570 USF- B em funcionamento, em 154 dos 278 concelhos do continente, alcançando-se um marco histórico na reforma dos Cuidados de Saúde Primários iniciada em 2006.

Transformam-se em USF-B um total de 212 USF-A e 10 Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados – centros de saúde tradicionais – que passam ao novo modelo, com potencial para atribuir médico de família a mais 300 mil utentes e impacto remuneratório para mais de 3.500 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e secretários clínicos, que passam a receber incentivos associados ao desempenho das suas equipas no acompanhamento dos utentes.

A medida representa um importante avanço na reforma dos Cuidados de Saúde Primários do SNS e reforça o caminho de universalização de um modelo que garante uma resposta moderna e de proximidade aos utentes.

Ainda em 2024, seguir-se-á a passagem ao modelo B das USF-A remanescentes, com efeitos retroativos a janeiro, considerando uma classificação global de desempenho igual ou superior a 60% na avaliação do exercício de 2023.

O aumento das necessidades em saúde e bem-estar da população, associados ao envelhecimento, à carga de doença, assim como às suas crescentes exigências e expectativas, exige que o SNS continue a aumentar o acesso e a eficiência na prestação de cuidados de saúde fomentando modelos organizacionais que promovam a gestão integrada de Cuidados Primários e cuidados hospitalares, assegurando o foco nas pessoas.

O alargamento das ULS e a generalização das USF é um caminho crucial para a requalificação do SNS e para garantir cuidados de saúde atempados e de qualidade à população, sempre com o objetivo de melhorar os indicadores de saúde e bem-estar no país.”

39 Unidades Locais de Saúde (31 novas e 8 existentes)

– ULS Alto Ave: Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães com o ACeS do Alto Ave – Guimarães/Vizela/Terras de Basto e o Centro de Saúde de Celorico de Basto

– ULS de Barcelos/Esposende: Hospital de Santa Maria Maior-Barcelos com o ACeS do Cávado III – Barcelos/Esposende

– ULS de Braga: Hospital de Braga com os ACeS do Cávado I-Braga e do Cávado II-Gerês/Cabreira

– ULS da Póvoa de Varzim/Vila do Conde: Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde com o ACeS do Grande Porto IV-Póvoa de Varzim/Vila do Conde

– ULS do Médio Ave: Centro Hospitalar do Médio Ave com os ACeS do Grande Porto I – Santo Tirso/Trofa e do Ave -Famalicão

– ULS de Vila Nova de Gaia/Espinho: Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho com os ACeS do Grande Porto VII – Gaia e do Grande Porto VIII – Espinho/Gaia

– ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro com ACeS de Trás-os-Montes – Alto Tâmega e Barroso, do Douro I – Marão e Douro Norte e do Douro II – Douro Sul

– ULS de Entre Douro e Vouga: Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga com os ACeS de Entre Douro e Vouga I – Feira e Arouca e de Entre Douro e Vouga II – Aveiro Norte

– ULS de São João: Centro Hospitalar Universitário de São João com os ACeS do Grande Porto III – Maia/Valongo e do Grande Porto VI – Porto Oriental

– ULS de Santo António: Centro Hospitalar Universitário de Santo António com os ACeS do Grande Porto II – Gondomar e do Grande Porto V – Porto Ocidental

– ULS do Baixo Mondego: Hospital Distrital da Figueira da Foz com os Centros de Saúde da Figueira da Foz, de Soure e de Montemor-o-Velho

– ULS da Cova da Beira: Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira com o ACeS da Cova da Beira

– ULS de Dão-Lafões: Centro Hospitalar Tondela-Viseu, com o ACeS de Dão-Lafões

– ULS da Região de Leiria: Centro Hospitalar de Leiria com o ACeS do Pinhal Litoral, o Centro de Saúde de Ourém e os Centros de Saúde de Alcobaça e da Nazaré

– ULS de Coimbra: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Hospital Arcebispo João Crisóstomo – Cantanhede e o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais, com o ACeS do Pinhal Interior Norte e os Centros de Saúde de Cantanhede, de Celas, de Eiras, de Fernão Magalhães, de Norton de Matos, de Santa Clara, de São Martinho do Bispo, de Condeixa-a-Nova, da Mealhada, de Mira, de Mortágua e de Penacova

– ULS da Região de Aveiro: Centro Hospitalar do Baixo Vouga e do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar com o ACeS do Baixo Vouga

– ULS de Amadora/Sintra: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca com os ACeS da Amadora e Sintra

– ULS de Almada-Seixal: Hospital Garcia de Orta com o ACeS Almada-Seixal

– ULS da Lezíria: Hospital Distrital de Santarém com o ACeS Lezíria

– ULS do Estuário do Tejo: Hospital de Vila Franca de Xira, com o ACeS Estuário do Tejo

– ULS de Loures-Odivelas: Hospital de Loures com o ACeS Loures-Odivelas

– ULS de Lisboa Norte: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, com o ACeS Lisboa Norte e o Centro de Saúde de Mafra

– ULS de Lisboa Central: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto com ACeS de Lisboa Central

– ULS do Oeste: Centro Hospitalar do Oeste com ACeS Oeste Sul, com excepção do Centro de Saúde de Mafra, e os Centros de Saúde do Bombarral, das Caldas da Rainha, de Óbidos e de Peniche

– ULS do Médio Tejo: Centro Hospitalar do Médio Tejo com os Centros de Saúde de Abrantes, de Alcanena, de Constância, do Entroncamento, de Fátima, de Ferreira do Zêzere, de Mação, do Sardoal, de Torres Novas, de Tomar e de Vila Nova da Barquinha e o Centro de Saúde de Vila de Rei

– ULS da Arrábida: Centro Hospitalar de Setúbal com o ACES da Arrábida

– ULS de Lisboa Ocidental: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental com os ACeS Lisboa Ocidental e Oeiras e Cascais

– ULS do Arco Ribeirinho: Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, com o ACeS Arco Ribeirinho

– ULS do Alentejo Central: Hospital do Espírito Santo de Évora com o ACeS do Alentejo Central

– ULS do Algarve: Centro Hospitalar Universitário do Algarve com os ACeS Algarve I – Central, do Algarve II – Barlavento e do Algarve III – Sotavento

– ULS do Tâmega e Sousa: Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa com os ACeS do Tâmega I – Baixo Tâmega, com excepção do Centro de Saúde de Celorico de Basto, do Tâmega II – Vale do Sousa Norte e do Tâmega III – Vale do Sousa Sul

Oito ULS existentes: Matosinhos (1999), Guarda (2008), Baixo Alentejo (2008), Alto Minho (2008), Castelo Branco (2010), Nordeste (2011) e Litoral Alentejano (2012). A ULS Norte Alentejano (2007) passa a designar-se ULS do Alto Alentejo e integra o Laboratório de Saúde Pública do Alto Alentejo.

51 novos concelhos com USF-B

Amarante

Chaves

Lamego

Águeda

Albergaria-a-Velha

Cabeceiras de Basto

Elvas

Mealhada

Oliveira do Bairro

Régua

Portimão

Tondela

Vagos

Alcochete

Alenquer

Alijó

Almeirim

Alpiarça

Anadia

Arruda dos Vinhos

Campo Maior

Castro Marim

Celorico de Basto

Estremoz

Figueiró dos Vinhos

Golegã

Guarda

Lagoa

Mêda

Mesão Frio

Miranda do Corvo

Mirandela

Moimenta da Beira

Monção

Murça

Murtosa

Nelas

Nisa

Oliveira de Frades

Paredes de Coura

Penalva do Castelo

Ponte da Barca

Portel

Sabrosa

Santa Comba Dão

Santa Marta de Penaguião

Sines

Soure

Terras de Bouro

Vendas Novas

Vila Nova de Poiares

António Cachola e a extinção da Direção Regional de Cultura: “espero que ninguém se arrependa”

A extinção da Direção Regional de Cultura do Alentejo e a sua integração na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo tem vindo a ser muito contestada, por um conjunto de cidadãos da região, num grupo em que se inserem artistas como Vitorino, Janita Salomé e Celina da Piedade, a par de historiadores como António Borges Coelho e António Ventura.

Para o colecionador António Cachola, detentor do espólio em depósito no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), e embora diga não conhecer, “ao pormenor”, o que levou a esta extinção e “incorporação das suas competências” da Direção Regional de Cultura do Alentejo na CCDR, este terá sido um “tema muito estudado e muito amadurecido, durante muito tempo”.

Não tem dúvidas que a Direção Regional de Cultura “fez o que podia pelo Alentejo”, António Cachola destaca o trabalho “incansável” da diretora Ana Paula Amendoeira, no que toca à promoção cultural da região.

O colecionador espera agora que esta integração na CCDR Alentejo possa “funcionar muito bem”, para que “não se note a falta da Direção Regional de Cultura”. “O que eu espero é que se continue a promover a cultura da região como foi feito pela Direção Regional de Cultura”, assegura.

“Estou otimista, mas, sinceramente, acho que a fasquia está muito alta. Espero que ninguém se arrependa, a bem de todos os nós e da nossa região”, remata António Cachola.

Ceia da Silva quer que integração de novas competências na CCDR seja o “mais pacífica possível” 

As cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), que vão receber mais competências do Estado, têm enfrentado um processo de transformação em institutos públicos com estatuto especial.

As CCDR, incluindo a do Alentejo, vão ficar com as competências e com os funcionários, entre outros, das direções regionais de Cultura, Educação, de Conservação da Natureza e Florestas e de Formação Profissional.

A trabalhar com estas direções regionais, a CCDR Alentejo, de acordo com o presidente, António Ceia da Silva, pretende que esta integração seja “a mais pacífica possível”. “Estamos a trabalhar com a Direção Regional do Património Cultural, com a Direção Regional da Cultura e iremos, obviamente, depois contactar todos os técnicos. Temos vindo a trabalhar também com a Direção Regional de Agricultura e vindo a fazer reuniões, notificámos todos os técnicos, quer de uma área, quer de outra”, começa por dizer Ceia da Silva.

Técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) e do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação irão também transitar para a CCDR, adianta Ceia da Silva, que assegura que “ninguém vai sair dos locais de trabalho em que está”.

“Vamos procurar fazer as coisas da forma mais articulada, em diálogo, porque temos de cumprir com aquilo que são os normativos, mas de forma a que não haja pessoas que fiquem melindradas com este processo e, por isso, tudo faremos para que decorra da melhor maneira”, remata.

Será já neste ano de 2024 que a CCDR Alentejo assumirá mais competências, em áreas como Agricultura, Cultura, Ordenamento do Território, Ambiente e Economia.

Arcebispo de Évora deixa “abraço fraterno de gratidão e esperança” na chegada de 2024

Fazendo votos de bom Ano Novo para todos, o arcebispo de Évora, D. Francisco José Senra Coelho, em nota enviada à redação desta estação emissora, vai ao “encontro de todos para lhes levar o abraço fraterno de gratidão e esperança”.

A mensagem para ler na íntegra:

“Caros Presbíteros Eborenses, Estimados Diáconos, Religiosos e Esperançosos Seminaristas; Caríssimas Famílias, Amados Jovens e Queridas Crianças, votos de fecundo e abençoado ANO NOVO 2024!

Durante muitos decénios, foi tradição da nossa Amada Arquidiocese encher-se o Salão Nobre do então Paço Arquiepiscopal de clero, religiosos e fiéis, assim se dizia, afim de apresentarem ao Venerando Prelado os seus votos de “Ano Bom”. Era um momento muito marcado pela comunhão e gratidão no contexto daqueles tempos, na tarde do Dia de Ano Bom! Todos procurávamos estar e muitos vinham de longe. Era também oportunidade de nos reverermos.

Hoje, sou eu que vou ao encontro de todos para lhes levar o abraço fraterno de gratidão e esperança. E sempre, renovados votos de Bom Ano Novo!

1 – Muito obrigado, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom e Belo Pastor, pela fidelidade de todos e heroicamente sacrificada de muitos, aos Apelos  do Espírito Santo que sopra e se manifesta em nossa Igreja pelo discernimento sinodal, e nos pede que iluminados pela Palavra de Deus e nutridos pelo Pão da Eucaristia, revelemos aos nossos coetâneos o autêntico Rosto de Cristo Vivo em nossas Comunidades Cristãs, a começar pelas Paróquias, Movimentos Eclesiais, Associações e Grupos Cristãos e chegando até à Casa Arquiepiscopal, Serviços Arquidiocesanos, Comunidades Sacerdotais, Comunidades Religiosas e Seminários. Que transfiguremos os nossos ministérios e serviços, as nossas famílias e a nossa cidadania de modo a que pela nossa maneira de servir e de estar coerentemente, se descubra em nós o reflexo da Luz de Cristo, a qual em si mesma, deseja comunicar-se de modo experimental e partilhado a todos, para que em ninguém impere a escuridão mas brilhe a Luz de Cristo, pois todos aspiramos a ser filhos da Luz e não das trevas.

Que a nossa Arquidiocese seja à maneira de Maria, que hoje celebramos, uma Mãe de coração aberto! Aberto no pronto acolhimento, na escuta atenta, no acompanhamento comprometido de cada pessoa com sua história singular, na inserção atenta à partilha de talentos ao serviço da Humanização.

2 – Sim, hoje levo-vos também o abraço da Esperança, pois os jovens ensinaram-nos recentemente que quando escutamos e procuramos discernir os apelos dos Sinais dos Tempos, o Espírito Santo faz-se bússola, âncora e fortaleza, e se colaborarmos com Ele, podemos chegar aonde nunca ousamos imaginar. É deveras importante continuarmos em unidade pós JMJ e juntos, ou seja, sinodalmente, rezarmos e procurarmos discernir com a ajuda do Paraclito, os Sinais dos Tempos, no nosso agora e aqui, para que todos unidos e animados pela criatividade, audácia e generosidade dos jovens, rumemos até ao Ano Santo e Jubilar 2025, para isso nos apontam os Congressos Eucarísticos Nacional de Braga e Internacional de Quito, no Equador.

Acredito que os jovens podem fazer connosco a diferença, ajudando os nossos sonhos a tornarem-se realidade, mais forte e bela do que seria possível fazer com a soma das energias, talentos e capacidades de cada um de nós, pois o Espírito Santo até das nossas limitações soma beleza. Que esta Esperança se experimente e concretize na Visita Pastoral Missionária que se Deus quiser, farei/faremos aos Concelhos de Sousel e Borba. Rezemos por isso.

3 – Em Dia de Ano Novo, a Igreja celebra a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. Procuremos perceber melhor a mensagem desta solenidade.

De facto, de 22 de Junho a 31 de Julho do ano 431, realizou-se o Primeiro Concílio de Éfeso, na Igreja de S. Maria, na cidade de Éfeso, na Anatólia da Ásia Menor. Hoje Selçuk, na Turquia. Trata-se do terceiro Concílio Ecuménico, reconhecido por Católico, Ortodoxos, “Vellhos” Católicos, Anglicanos, Luteranos e outros grupos Cristãos.

Sendo Papa Celestino I e Imperador Teodósio II, o Patriarca de Constantinopla, Nestório, negou que  Maria fosse Theotokos, Mãe de Deus, mas somente seria Christotokos, ou seja, Mãe de Cristo. O Patriarca ao admitir que Maria fosse apenas a Mãe da natureza humana de Cristo e ao negar que Maria pudesse ser Mãe do Verbo Encarnado, na unidade do Seu Ser, caiu numa grave heresia, condenada pelos cerca de 250 Bispos reunidos  neste Concílio. Os Bispos, sob a presidência de S. Cirilo de Jerusalém, que o Papa Celestino reconheceu na integridade da doutrina e nomeou seu delegado no Concílio, confirmaram os ensinamentos originais do I Concílio de Niceia (325), condenaram os erros cristológicos e mariológicos de Nestório e proclamaram Maria, Mãe de Deus, Theotokos. Eis a alegria da unidade da nossa fé, de novo conseguida neste Concílio, que até hoje com sabor ecuménico continuamos a celebrar. Assim, percebemos como é importante e é maravilhosa a unidade da mesma Fé, e por consequência da Igreja, Esposa de Cristo. Maria é sempre Sinal de Unidade e nunca de divisão, por que é Mãe!

Sabemos que este terceiro Concílio Ecuménico consolidou a paz na Igreja do primeiro milénio, ainda que uma paz somente interior, pois se o Concílio foi celebrado em 431, no ano anterior, 430, já a sede episcopal de S. Agostinho, Hipona, tinha sido devassada pelos Godos que atravessando Roma e vandalizado terras da Gália e da Hespania dominaram Cartago e todo o Norte de África. Como profetizava Santo Agostinho ao terminar a sua vida, precisamente em 430, era um mundo velho que morria, para nascer um mundo novo que já se avizinhava e parecia despontar.

Eis, o olhar do Papa Francisco na sua Mensagem de Ano Novo para estes tempos novos, marcados pelas novas tecnologias chegadas à inteligência artificial. Uma leitura aprofundada, reflectida e partilhada em grupos, mais do que recomendada, considero “obrigatória” para todos os Cristãos atentos aos Novos Tempos, que são já os de hoje. Encontraremos certamente subsídios, inclusivamente nesta página da Arquidiocese e exortando,como vosso Bispo, que as Paróquias, Movimentos Eclesiais e Grupos de Vida se organizem em círculos de leitura partilhada desta Mensagem tão oportuna como atual.

Unidos ao Santo Padre, construamos pontes de diálogo, tolerância, respeito, justiça, inclusão e rezemos juntos pela Paz! E será certamente Bom Ano!

+ Francisco José Senra Coelho

Arcebispo de Évora”

Projeto Arronches + ECO com objetivo de construir um município mais sustentável

O Projeto Arronches + ECO abrange uma variedade de temas cruciais, desde o consumo sustentável da água até à compostagem doméstica, passando também pelas complexidades das alterações climáticas.

Este projeto marca a procura por uma comunidade mais sustentável e consciente no município. Esta é uma iniciativa focada na educação ambiental.

O projeto Arronches + ECO desdobrou-se em atividades direcionadas não apenas à população em geral, mas também aos alunos do Centro Lúdico e a diversas entidades locais. A disseminação do conhecimento sobre práticas ambientais responsáveis foi a peça central desse esforço coletivo. Este é um testemunho do poder da educação ambiental para moldar um futuro mais promissor e ambientalmente consciente.

Arronches é um sítio onde a história, a cultura e a natureza se encontram e que agora enfrenta alterações climáticas. Nos últimos anos, fenómenos climáticos extremos, como as ondas de calor, as inundações e as secas têm causado grandes prejuízos materiais no planeta. Como em muitas regiões, Arronches tem sentido o impacto do aquecimento global.

Numa publicação nas redes sociais, o município deixa o lembrete de que “é altura de mudarmos comportamentos, hábitos e ciclos. Surge aqui a oportunidade de construir um município mais verde e mais sustentável”.

Iniciativas verdes têm surgido focadas na redução da pegada ecológica, mas o caminho ainda é longo.

Elvas: trabalhos alusivos ao Natal de artistas de palmo e meio em exposição no MAEE

“Natal Encantado d’Elvas”: assim se chama a exposição, com trabalhos das crianças dos três agrupamentos de escolas de Elvas, que está disponível para visita, até 7 de janeiro,  no Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas (MAEE) António Tomás Pires.

Numa iniciativa inserida no evento “Elvas Cidade Natal”, esta mostra, segundo explica o vereador Cláudio Monteiro, resulta de um trabalho dos alunos, em conjunto com pais, encarregados de educação e professores. “Está aqui uma exposição magnífica e aproveito para convidar todos os elvenses e turistas a visitar, não só esta exposição, mas também o MAEE”, começa por dizer.

Ao todo, adianta ainda o vereador, encontram-se em exposição mais de 500 verdadeiras “obras de arte”, entre pais Natal, presépios, estrelas e coroas de natal. “Aqui a particularidade que as pessoas vão gostar muito é de ver presépios feitos, por exemplo, dentro de um garrafão de plástico, sempre com materiais reciclados e recicláveis”, adianta Cláudio Monteiro.

Para Brígida Gonçalves, a diretora do Agrupamento de Escolas nº 2 de Elvas, esta exposição está uma “maravilha”. “Há aqui trabalhos de todas as maneiras e feitios, com uma imaginação incrível”, assegura. Já Fátima Pinto, diretora do Agrupamento nº 3, assegura ser “espetacular” poder mostrar-se ao público em geral os trabalhos dos alunos, pelo que agradece a iniciativa à Câmara Municipal de Elvas.

Campo Maior: “Despertar Alentejano” aposta há largos anos na formação de acordeonistas

Desde 2009, ano em que foi fundado o grupo de Cantares “Despertar Alentejano”, em Campo Maior, que as portas da sede da coletividade, no Largo do Barata, se abrem, às terças-feiras à tarde, para aulas de acordeão.

Segundo o presidente do grupo, Carlos Clemente, esta escola, que tem como professor Tiago Afonso, surgiu da necessidade de fazer “nascer” acordeonistas na vila, para acompanharem o “Despertar Alentejano” nas suas atuações. “O que é mais importante aprender aqui são as saias de Campo Maior. O nosso interesse é tocar aquilo que é nosso. Atrás disso, vêm outras músicas”, assegura o responsável.

Estas são aulas são gratuitas para os residentes em Campo Maior. Para quem não é da vila ou do concelho, têm um custo de 25 euros. “Em princípio, deve-se ter algum conhecimento de música ou até aprender aqui o solfejo, antes de se começar as aulas de acordeão”, explica ainda Carlos Clemente, que também ele é acordeonista.

Estas aulas de acordeão funcionam com o apoio do Município de Campo Maior.