Os claustros do Museu Militar de Elvas foram palco este domingo, 11 de junho, para o quarto almoço convívio de ex-militares do Centro de Instrução de Condutores Auto e do Regimento de Infantaria de Elvas.
Foram cerca de 220 pessoas, entre ex-militares e familiares que marcaram presença neste momento. Carlos Cambóias, um dos organizadores da iniciativa revela que este é, acima de tudo, “um dia de festa e de convívio, onde reveem antigas amizades”.
Antes do almoço os ex-militares tiveram oportunidade de passar por alguns locais emblemáticos da cidade, onde prestaram serviço e segundo Carlos Cambóias ficaram todos “muito satisfeitos e está a ser um convívio muito agradável”.
Para o coronel Nuno Duarte, diretor do Museu Militar de Elvas, esta iniciativa “é muito positiva para juntar várias gerações que serviram Portugal, no Regimento de Infantaria 8, numa confraternização, entre famílias nos locais onde passaram muitos momentos, que deixam saudade”.
Falámos também com alguns ex-militares, que vieram de várias partes do país, para perceber o que destacam e como classificam o tempo em que prestaram serviço, em Elvas. No caso de Manuel Cruz, veio de Cabeço de Vide e passou 18 meses em Elvas, que classifica como “muito positivos, tal como este encontro porque encontrei aqui pessoas que já não via há 40 anos e não há quartel como este, no mundo”.
Manuel Pequito, na altura, conhecido como capitão do cachimbo, garante que este “é um dia emocionante e sinto-me realizado porque sempre respeitei os meus subordinados e por ver a amizade que eles têm por mim”.
De Barcelos veio Américo Costa, que garante que os melhores momentos da sua vida foram quando esteve em Elvas, por todas as experiências vividas.
Já Elsa Gonçalves foi uma das primeiras mulheres a ingressar na vida militar. Em Elvas esteve durante quatro anos e garante que quando foi embora sentiu “uma grande saudade, porque passei anos fantásticos e o que guardo é a camaradagem entre as pessoas e o apoio que dávamos uns aos outros”. Elsa Gonçalves classifica este encontro como “incrível, para reencontrar velhos amigos e recordar histórias e peripécias que nos aconteceram aqui”.
Joaquim Bucho define este encontro como “um regresso às origens, porque é um evento que reúne pessoas de todas as idades e há um ponto de união que é esta casa” e destaca um dos momentos mais marcantes para si que foi a saída da instrução de condução que, segundo diz, “dava alma à cidade e às estradas e levava Elvas, com os recrutas que eram às centenas, ao país inteiro”.