Romeiros de Esperança organizam Festa do Porco este sábado

Os Romeiros de Esperança promovem este sábado, dia 28 de janeiro, uma Festa do Porco, na sua sede, na antiga escola primária de Hortas de Cima, no concelho de Arronches.

Com cerca de cem pessoas já inscritas, esta é uma iniciativa que não se realiza no concelho, há vários anos, segundo o presidente dos Romeiros, José Bicho. “Decidimos fazer este convívio, porque são coisas que se perderam muito”, assegura.

Depois do desmanche do porco, no sábado, a partir das 10 horas, serão servidas a tradicionais migas de pão com carne frita, “como se fazia antigamente nas matanças”.

“Às 13h30, vai-se servir a cachola e arroz com presas, com vinho à disposição de todos. Quem se inscrever, vai pagar uma pequena importância e, ao longo do dia, haverá os grelhados à vontade de cada um”, acrescenta o responsável.

Cruz Peregrina chega à Matriz de Campo Maior no domingo

Uma réplica da Cruz Peregrina está de passagem pelas várias paróquias da Arquidiocese de Évora, sendo que chegará à Igreja Matriz de Campo Maior no domingo, 29 de janeiro, pelas 17 horas.

A Paróquia de Campo Maior, através da sua página de Facebook, convida todos a estarem presentes na chegada da Cruz Peregrina à Igreja Matriz, “um momento tão importante e especial”.

Na segunda-feira, dia 30, pelas 21 horas, na Igreja Matriz, decorre uma Vigília de Oração.

Esta Cruz Peregrina é uma dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude que, este ano, acontecem de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, com a presença do Papa.

CAP condena “enorme desprezo do Governo” pelos agricultores

A Secretaria de Estado da Agricultura foi extinta, esta sexta-feira, 27 de janeiro, por decreto publicado em Diário da República, passando agora a existir apenas a secretaria de Estado das Pescas.

A extinção da Secretaria de Estado da Agricultura e a transferência de competências para a Secretaria de Estado das Pescas “é o último passo para o desaparecimento da agricultura como Ministério e, mais uma vez, demonstra o enorme desprezo deste governo para com os agricultores”, garante a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), em comunicado.

A decisão, garante a CAP, “revela falta de sentido de Estado, ignora as mais elementares noções de dignidade institucional, evidencia profundo desnorte político do Governo e reforça razões de protesto dos agricultores contra a incompetência de quem nos governa”.

Aquilo que a CAP considera ser um desrespeito para os agricultores fará subir o tom dos protestos em Castelo Branco, já na próxima segunda-feira.

O comunicado da CAP para ler na íntegra:

“A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) vem comunicar a sua profunda insatisfação com mais uma decisão incompreensível do Governo, que extingue a secretaria de Estado da Agricultura e transfere as suas competências para a tutela da Secretária de Estado das Pescas. Esta medida, mais uma vez, põe a descoberto o completo desnorte e a evidente incompetência que reina no Ministério da Agricultura, que não consegue colmatar a saída do anterior Secretário de Estado, Rui Martinho, e que falhou redondamente na escolha de Carla Alves para ocupar o lugar.

Num ano absolutamente vital para o setor agroflorestal nacional, em que será necessário aplicar uma nova Política Agrícola Comum (PAC), com a complexidade que tamanha tarefa exige e para a qual é fundamental motivar toda a máquina do Ministério da Agricultura, esta nova decisão, apresentada meramente como um “processo administrativo” e uma “questão de orgânica”, revela em toda a linha a falta de rumo e de visão estratégica do Governo no que à Agricultura e às Florestas diz respeito. Mais: sublinha, de novo, o absoluto desrespeito do Governo e da Ministra para com os agricultores nacionais.

A pasta da Agricultura precisa de competência técnica e de capacidade política. Neste momento, está vazia destes requisitos. A incompetência técnica gritante, o desconhecimento absoluto do funcionamento do Ministério que tutela e a mais do que evidente falta de peso político da Ministra da Agricultura transtorna e prejudica o setor, dificulta a vida dos agricultores. A Ministra da Agricultura, por ação ou omissão, continua a atuar deliberadamente contra aqueles que setorialmente tutela, resultando em graves prejuízos e perdas para a agricultura e floresta nacionais. A incompetência em apoiar a produção – quando existem verbas e instrumentos comunitários à disposição – traduz-se em perda de competitividade para os agricultores.

É absolutamente incompreensível como é que a Ministra da Agricultura anunciou ontem, com toda pompa e circunstância, após o Conselho de Ministros, o início da aplicação da nova PAC (como se de mais fundos se tratasse quando, na verdade, já era do conhecimento de todos o arranque do novo quadro comunitário), sem mencionar que, apesar da importância que tal assunto lhe parece merecer, afinal, irá prescindir da secretaria de Estado da Agricultura.

Os agricultores portugueses, a PAC, o regadio, os pagamentos diretos, a tutela de organismos e institutos públicos ligados à agricultura vão ser administrados e geridos por um governante que foi escolhido para ter a tutela das pescas e agora serve também para a agricultura. A exigência e a complexidade técnicas da PAC não são compatíveis com soluções de recurso que não têm em conta os perfis necessários para o bom desempenho das devidas funções.

Seja porque a Ministra foi incapaz de encontrar quem melhor servisse tecnicamente a secretaria de Estado da Agricultura, seja porque o Governo não quis fazer a 14ª remodelação do Executivo, a extinção da Secretaria de Estado da Agricultura anuncia aquilo que os agricultores portugueses já vêm adivinhando com o acelerado esvaziamento do Ministério. Depois da perda das florestas e da tutela dos animais para a tutela do Ambiente, depois do anúncio da extinção das Direções Regionais de Agricultura com a transferência das suas competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais, o fim agora consumado da Secretaria de Estado da Agricultura antecipa aquilo que parece uma inevitabilidade: o desaparecimento total do Ministério da Agricultura e a completa secundarização do setor agrícola nacional nas prioridades políticas deste Governo.

Os agricultores portugueses merecem mais, a Agricultura nacional merece respeito! Esta quinta-feira, 5.000 agricultores nacionais e 80 associações agrícolas do Norte do País fizeram ouvir a sua indignação numa manifestação em Mirandela, em protesto “contra a incompetência de quem nos governa”. Na próxima segunda-feira, dia 30 de janeiro, será a vez do setor fazer ouvir a sua voz em Castelo Branco. Desta vez, os agricultores portugueses vão ainda gritar mais alto contra o completo desnorte governativo do setor agrícola e florestal nacional! Basta, exigimos respeito!”

DECO descomplica linguagem do crédito: o que é a avaliação do imóvel?

São muitos os portugueses que recorrem aos bancos para comprar casa, sendo que, em muitos casos, deparam-se com a existência de contratos de crédito à habitação redigidos com linguagem demasiado técnica e de difícil compreensão.

Nesse sentido, a DECO tem vindo a procurar descomplicar ou descodificar alguma da linguagem utilizada pelas instituições de crédito, na hora de conceder um empréstimo.

Na edição desta semana da rubrica da Associação para a Defesa do Consumidor, a jurista Ana Sofia Rosa, “troca por miúdos” aquilo que é uma avaliação do imóvel que, segundo explica, poderá acontecer por razões diversas: “antes de concessão do crédito à habitação e com o objetivo de permitir ao banco a tomada de decisão sobre o montante a financiar; se quiser transferir o crédito à habitação para outra instituição financeira; para permuta de um imóvel por outro; se pretender entregar a casa ao banco (designada “dação em cumprimento”) para liquidar o empréstimo; ou situação de partilhas”.

Antes de conceder o crédito à habitação a instituição financeira deve proceder “à avaliação do imóvel através de um perito avaliador independente, habilitado para o efeito e registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Em regra, esta avaliação é paga pelo consumidor e o respetivo duplicado do relatório e documentação devem-lhe ser entregues”, adianta a jurista.

Caso não concorde com a avaliação, o consumidor pode apresentar ao banco reclamação escrita, devidamente fundamentada, e requerer segunda avaliação.

A rubrica desta semana da DECO para ouvir, na íntegra, no podcast abaixo.

Raide Hípico de Santa Eulália “Luís Tello Barradas” decorre este sábado

Foto arquivo

A 24ª edição do Raide Hípico de Santa Eulália “Luís Tello Barradas” decorre amanhã, sábado, 28 de janeiro, junto aos silos da Cersul.

A prova é organizada pela Associação Humanitária local e pela Secção de Veteranos da Sociedade Recreativa Popular e Desportiva.

Considerada como uma prova emblemática no calendário hípico, a nível nacional”, revela Alberto Barradas, presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária de Santa Eulália, “é com muito entusiasmo” que vê este raide realizar-se uma vez mais, para tentar “proporcionar a todos um dia agradável”.

A iniciativa, conta com diversas provas: “uma de nível internacional, onde estão representados sete países, prova de 80 Km, de 40Km e outra de 20 Km para jovens, um passeio de veteranos e uma pequena prova para crianças, que tem tido bastante sucesso”.

Alberto Barradas recorda quem 2014 bateram o recorde de participantes, com 127, sendo que este ano se esperam “cerca de 50, também com uma forte participação de cavaleiros de Elvas”, o que considera ser “um privilégio para Santa Eulália ter uma prova deste nível”

O 24º Raide Hípico “Luís Tello Barradas” tem início marcado para as 7 horas, de sábado, com a inspeção veterinária, seguindo-se, às 8 horas, a partida em grupo junto aos silos da Cersul.

Às 18 horas realiza-se a missa e às 19 horas tem lugar o jantar de confraternização com entrega de prémios, no pavilhão multiusos de Santa Eulália.

Campo Maior: investimento a fazer com estragos das cheias obriga a repensar Orçamento Municipal

Foi na semana passada que a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve reunida com vários autarcas da região, nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, para lhes explicar que apoios o Governo vai ter disponíveis para ajudar as autarquias, e não só, a fazer face aos prejuízos causados pelas cheias.

Nessa reunião, entre outros, esteve o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, que explica que, identificados quatro milhões de prejuízos no concelho, com as inundações de 13 de dezembro, na melhor das hipóteses, o município terá de investir 40% desse valor, dado que a taxa de comparticipação do Estado não irá além dos 60%. O autarca adianta que Ana Abrunhosa terá dado conta, nessa reunião, que o Governo tentará, ainda este mês, abrir os avisos para as candidaturas destinadas às câmaras municipais.

“Há-de chegar também a altura e o devido aviso para que os empresários possam recorrer ao fundo. Ainda não estavam fechadas as taxas de comparticipação, mas também está em análise e aquilo que aguardamos, neste momento, é a própria regulamentação e a abertura dos avisos”, acrescenta.

“Nós estamos, neste momento, a preparar aquilo que é uma recuperação em estradas municipais, porque temos de o fazer; temos também ainda uma estrada cortada; o património cultural e religioso de São Joãozinho; temos ali uma série de ruas com prejuízos”, revela Luís Rosinha. É agora necessário “repensar” o orçamento municipal para este ano, até porque, diz Rosinha, há um mês a esta parte, o executivo “não contava com esta despesa”.

Ainda que lembre que a Câmara Municipal de Campo Maior tenha terminada 2022 com “alguma disponibilidade financeira”, o autarca assegura que há projetos que, inevitavelmente, devido a este investimento agora necessário, terão de ficar parados, pelo menos, para já. “Tínhamos os nossos projetos em curso e temos aquele que será um projeto de grande envergadura, que tem a ver com a questão das áreas de acolhimento empresarial. Tínhamos aqui as nossas reservas e as nossas verbas guardadas para fazer face ao avanço destes projetos todos, mas agora estamos a rever financeiramente aquilo que é o processo”, diz ainda.

De recordar que o Governo aprovou apoios no valor de 185 milhões de euros para compensar os prejuízos provocados pelas cheias que atingiram o país em dezembro, sendo que foram identificados, com o levantamento feito no terreno, prejuízos de quase 300 milhões.