“Temos que procurar uma escola inclusiva”, defende Álvaro Laborinho Lúcio

“Educação, Arte e Cidadania” foi o tema da palestra que decorreu esta quarta-feira, dia 12, em Campo Maior, promovida pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da vila.

Francisca Russo, presidente da CPCJ de Campo Maior, refere que esta ação “foi planificada em comissão alargada, com o objetivo de trabalharmos em conjunto com a escola e com outras entidades. Isto faz parte do plano anual da CPCJ e decidimos trazer o dr. Álvaro Laborinho Lúcio e a dra. Ana Paula Amendoeira para falarem sobre estes temas, bastante pertinentes”.

Álvaro Laborinho Lúcio, jurista, professor universitário, ex-ministro da Justiça e escritor português, foi um dos oradores desta palestra e referiu-nos que “é muito importante abordar estes temas, não só junto dos jovens mas de todas as faixas etárias. Nós temos todos que refletir sobre o estado atual da educação, face ao mundo que ai vem e que desafia os mais novos, não só porque vão ter que viver neles mas porque serão também os protagonistas. Nesse sentido, temos que procurara uma escola que seja inclusiva, sendo a arte um fator muito forte de inclusão”.

Sendo a “inclusão uma questão complexa, não tem soluções simples. O maior erro para uma questão complexa é tentar resolvê-la de forma simples”.

Ana Paula Amendoeira, diretora regional de cultura do Alentejo, considera que “cada vez mais é importante abordar temas como a educação, a arte e a cultura”.

A palestra decorreu no auditório da Escola Secundária de Campo Maior

 

SAAS a funcionar na Câmara Municipal de Arronches desde o início do mês

No âmbito daquilo que tem sido a transferência de competências para as autarquias locais, a Câmara Municipal de Arronches assumiu, desde o passado dia 1 de outubro, algumas das competências que até aqui têm sido da responsabilidade dos serviços do Instituto de Segurança Social.

Nos Paços do Concelho de Arronches, no Gabinete de Ação Social da autarquia, passará a funcionar o Serviço de Atendimento e de Acompanhamento Social (SAAS), que será composto por uma técnica de Serviço Social e por uma psicóloga, uma equipa que será ainda apoiada por um administrativo do município.

O SAAS passará a fazer o acompanhamento de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade social, bem como de todos os processos em matéria de celebração e acompanhamento dos contratos de inserção dos beneficiários do rendimento social de inserção. O Serviço de Atendimento e de Acompanhamento Social fará o atendimento aos munícipes entre as 9 e as 13 horas e entre as 14 e as 16 horas.

Os serviços de ação social da Câmara Municipal estão também disponíveis através do número de telefone 245 580 084 ou do endereço eletrónico apoio.social@cm-arronches.pt.

Novas instalações do Lar da Boa-Fé já foram inauguradas (c/fotos)

A obra de ampliação da Estrutura Social António Real da Costa, na Boa-Fé, com a instalação do Lar da Terceira Idade foi inaugurada ao final da manhã desta quarta-feira, 12 de outubro.

É no primeiro andar da instituição que funciona o lar da terceira idade com 34 camas, divididas por 19 quartos, duplos e individuais, contando também com biblioteca e sala de convívio, num investimento de 1,35 milhões de euros.

A Secretária de Estado da Inclusão, Ana Sofia Antunes marcou presença nesta inauguração e revela que “uma das grandes prioridades do Governo, ao nível de apoio social, nesta fase é a área dos mais idosos, porque a esperança média de vida cresceu, a população com mais necessidades cresceu e, a população idosa exige de nós outro tipo de atenção e qualidade de vida”.

“Estas pessoas não têm como prioridade, apenas, estar num lar, querem estar num sítio onde possam ter atividades e ser acompanhadas com todas as condições e, aqui”, referindo-se ao Lar da Boa-Fé, “têm essa dupla vertente, não só podem ter acolhimento residencial, mas também ter o apoio do centro de dia, com tudo aquilo que os possa manter ativos até o mais tarde possível”, acrescenta a Secretária de Estado.

Antes desta inauguração decorreu, na Câmara de Elvas, uma reunião entre as IPSS do concelho, o presidente da Câmara e a Secretária de Estado. Ana Sofia Antunes explica que foi objetivo “averiguar o que mais preocupa as instituições, ou seja, o nosso contexto socioeconómico atual, bem como o valor de todos os bens e produtos e, essencialmente energia”.

Ana Sofia Antunes recorda que o Governo tem vindo a fazer face a esse tipo de dificuldades, nomeadamente, “desde o primeiro semestre tem vindo a dar apoios às instituições, excecionais, para aquisição de combustíveis, também a transferência de apoio para alimentação e, no final do ano, irá fazer um apoio específico para os custos do gás” e, acima de tudo, a reunião serviu para que as IPSS dessem conta das suas dificuldades, bem como a apresentação das medidas do Governo.

Sobre este assunto o presidente da Câmara, Rondão Almeida, demonstra-se satisfeito pela presença da secretária de Estado, neste dia de inauguração, bem como na apresentação de propostas para reforçar verbas às instituições. “Cada uma das instituições fez sentir quais os seus problemas atuais, que estão relacionados com a receita que se mantém, mas a a despesa tem vindo a aumentar e, por essa razão houve uma resposta por parte da Secretária de Estado, para reforçar as verbas, o que significa que temos um Governo que está preocupado em acompanhar a evolução desta crise”.

Para Rondão Almeida o equipamento hoje inaugurado, e que estava prometido desde 2012, evidencia o facto de o município ter sempre presente a vertente social. “Isto está a complementar aquilo que são os objetivos traçados desde que cheguei a Elvas, em 1994, que foi dotar o concelho de creches, lares e centros de dia e, felizmente, hoje, inauguramos mais um equipamento, que estava prometido desde 2012 e em boa altura a Câmara conseguiu concretizar, o que significa que a Câmara de Elvas tem sempre presente a vertente social, nos dois escalões etários, quer crianças, quer idosos”.

O autarca agradece ainda a todos aqueles que contribuíram para que esta obra fosse uma realidade, na Boa-Fé, nomeadamente “à direção da Clepsidra, por estar disponível para dirigir os destinos da instituição, bem com aos trabalhadores destas instituições, que são quase 500 a trabalhar na área social, no concelho,” garantindo que este número significa que o desenvolvimento, em termos de economia social, em Elvas, tem sido um grande motor”.

De recordar que os utentes desta instituição estiveram durante um ano e meio instalados no CNT, devido às obras que ali decorreram. Rondão Almeida acrescenta que, depois da visita percebeu que “os utentes já se reveem nos novos quartos, o que é extremamente importante”.

A gestão do Lar da Boa-Fé cabe à Associação de Apoio Social de Elvas, a Clepsidra. Para a diretora da Associação, Isabel Mexia, “é um orgulho enorme chegarmos aqui, embora ainda nos faltem alguns documentos, nomeadamente licenças, para poder o espaço à comunidade, mas para nós, hoje, é um passo muito importante porque cada vez mais se nota esta dificuldade de resposta e vimos isso, porque em dois anos temos tido muita procura e muitas pessoas em lista de espera”.

“As nossas 34 camas vão, agora, dar resposta e ser uma mais-valia para a população”, acrescenta Isabel. Questionada sobre se estas 34 camas têm já destinatários, Isabel Mexia revela que pelo menos 20 pessoas do centro de dia irão ocupar essas camas, no lar.

A diretora de segurança social do Centro Distrital de Portalegre, Sandra Cardoso, marcou presença na inauguração e adianta que esta obra é “socialmente revelante, resultando de uma conjugação de esforços, para dar mais uma resposta social à população idosa”.

Lar de idosos da Boa-Fé que foi hoje inaugurado, depois de obras de ampliação, contando agora com 19 quartos e uma capacidade para 34 utentes.

Marvão acolhe XIV Concurso Internacional de Tapas e Pinchos Medievais

Marvão acolhe, nos dias 22 e 23 de outubro, o XIV Concurso Internacional de Tapas e Pinchos Medievais.

O certame que vai oferecer, aos visitantes do concelho de Marvão, a possibilidade de desfrutar de uma rota local da tapa e pincho medieval.

Almazán, Estella-Lizarra, Hondarribia, Jeréz de los Caballeros, Sigüenza e Marvão, localidades que integram a Rede de Cidades e Vilas Medievais, vão mostrar a sua arte culinária e competir pelo título de Chef Medieval 2022, num evento gastronómico de essência histórica e cultural.

Esta será apenas a segunda vez que o Concurso de Tapas e Pinchos Medievais se realizará em Portugal, depois de, em 2011, Marvão ter acolhido a quarta edição do certame que reúne os melhores cozinheiros de norte a sudoeste da Península Ibérica, na disputa pelo prémio de melhor tapa histórica.

Portugal Air Summit até sábado em Ponte de Sor

A sexta edição da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que vai decorrer em Ponte de Sor entre hoje, 12 de outubro, e sábado, dia 15, tem como tema central “Flying for a World of Opportunities”.

Abrir espaço para a discussão de um pós-pandemia para todos os setores da maior cimeira ibérica sobre aviação e por outro lado, a abordagem a novas oportunidades relacionadas com a necessidade de perfis altamente qualificados, a sustentabilidade, a problemática da energia, a retoma do turismo, os avanços tecnológicos neste salto digital a que o mundo assistiu com a pandemia, entre muitas outras.

Hugo Hilário, presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sor, considera que “os investimentos feitos no aeródromo da cidade, nos últimos anos, têm dado um reconhecimento muito grande, quer a nível nacional quer internacional. Partimos este ano para mais uma edição do Portugal Air Summit, com uma estimativa de números que duplicam em relação às últimas edições, o que é muito bom. No entanto, o mais importante é continuarmos a posicionar-nos como um território e uma localização privilegiada para o investimento”.

A primeira edição da Air Summit, em 2017, assumiu-se como “uma iniciativa lúdica, com espetáculos aéreos e com o intuito de mostrar à população as infraestruturas que a cidade já tinha” referiu Hugo Hilário, acrescentando que “rapidamente passámos para uma cimeira de três dias onde reunimos as principais empresas e instituições do setor”.

Rogério Alves, vice-presidente no município de Ponte de Sor, garante que “este vai ser o maior evento de sempre. Se não fosse a pandemia, já tínhamos chegado antes a este nível e para nós é uma grande expetativa e um grande orgulho por termos conseguido esta notoriedade”.

Na edição deste ano, a grande novidade vai para a apresentação do primeiro avião totalmente feito em Portugal, “o Luz222, cuja fábrica vai ser construída no Aeródromo de Ponte Sor. No Portugal Air Summit vamos apresentar não só a maquete do avião, mas também a da fábrica que vai ser construída em Ponte Sor”, garantiu o vice-presidente.

A Tekever é uma das empresas instaladas no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor e que vai participar nesta edição do Air Summit. O CEO do grupo, Ricardo Mendes, revela “expetativas muito altas com o intuito de mostrar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na cidade, além dos nos projetos que vão ser apresentados”.

O Portugal Air Summit assume-se como a maior cimeira Aeronáutica da Península Ibérica, que reúne intervenientes internacionais e nacionais da indústria dos setores de Aeronáutica, Espacial e da Defesa, que regista um volume de negócios de 1,7 mil milhões de euros, dos quais 87% dizem respeito a exportações, e conta com mais de 18.500 profissionais em Portugal.

Portugal 2030 beneficia “da requalificação de Terena”, diz presidente da CCDRA

A Câmara Municipal de Alandroal pretende continuar a investir no concelho e a criação de espaços museológicos faz parte do plano de atracão turística.

Depois de anunciado o museu para o castelo da vila, também a freguesia de Terena vai ganhar uma nova atração que, entre outro espólio, poderá “acolher tudo o que está relacionado com o endovélico e que, atualmente, se encontra em Lisboa”, como nos referiu o presidente da câmara, João Grilo.

“Desde sempre que é uma ambição ter em Terena um espaço dedicado a  todo o imaginário do Endovélico. É claro que este museu não vai dedicar-se apenas a este tema. Vamos aproveitar para que seja uma montra de todo o restante património do concelho, sendo um polo de atratividade que liga ao Castelo, à vila histórica, e ao Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, onde também estamos a intervir”, garantiu o autarca.

Já Ceia da Silva, presidente da CCDR Alentejo, considera que o projeto definido pelo município “enquadra-se perfeitamente no novo quadro comunitário 2030. Para mim, Terena é uma das joias da coroa do Alentejo. A região tem uma valia turística e patrimonial muito forte e Terena e insere-se neste espírito daí este projeto da autarquia ser muito importante”. Ceia da Silva garante ainda que “o novo quadro comunitário vai beneficiar da requalificação urbana de Terena porque é muito importante reabilitar as terras e os locais, valorizando-os.”

Terena fica no concelho do Alandroal, em pleno coração do Alentejo. Também conhecida por São Pedro ou São Pedro de Terena, tem apenas 700 habitantes, mas tem estatuto de vila.

A requalificação que vai ser feita da zona do castelo vai ser candidatada a fundos do Portugal 2030.

Palestra com Álvaro Laborinho Lúcio esta quarta-feira em Campo Maior

O auditório da Escola Secundária de Campo Maior será palco, hoje, para uma palestra sobre “Educação, Arte e Cidadania”, com Álvaro Laborinho Lúcio.

Na iniciativa, que tem início marcado para as 15h30, participa também a diretora regional de Cultura do Alentejo, Ana Paula Amendoeira.

A conferência é organizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Campo Maior.

Planos regionais de saúde para as demências ainda não saíram do papel

Seguindo sempre “a sua linha de intervenção”, o gabinete Alzheimer.m@ior, da Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, e após um período mais conturbado e de dificuldades, devido à pandemia, tem procurado orientar, sobretudo, numa primeira fase, os cuidadores das pessoas com demência, para as respostas clínicas e sociais existentes.

De acordo com uma das responsáveis pelo gabinete, Rosália Guerra, os cuidadores, quando procuram o apoio da Alzheimer.m@ior, fazem-no quando são “surpreendidos com um diagnóstico de demência” e não sabem o que fazer e como agir. “Aquilo que nós fazemos é orientar as pessoas para as respostas do ponto de vista clínico, que há ao dispor, que não são muitas, e para as respostas sociais, porque uma pessoa com demência e um cuidador podem precisar de um apoio de um centro de dia, de resposta de lar, do apoio de uma unidade de cuidados continuados”, explica Rosália Guerra, não escondendo que, “infelizmente”, ainda se está “muito longe de ter aquilo que é a resposta mais sensível à problemática”.

Rosália Guerra adianta que os planos regionais para a demência foram aprovados em dezembro do ano passado, mas que ainda não foram colocados em prática. “Queremos, com a maior brevidade possível, que venham a ser uma realidade, porque houve muito trabalho feito: os planos estão escritos, constituídos, mas não estão a acontecer”, revela, assegurando que esta é uma “lacuna muito grande” que precisa de ser corrigida urgentemente.

Por outro lado, Rosália Guerra defende que há também um “caminho urgente” a ser feito, com as respostas às pessoas com demência a precisarem de um “enquadramento maior” por parte dos agentes políticos, para que sejam alinhadas “com aquilo que é a política social” para os doentes.