Academia de Música de Elvas distinguida no 2º Congresso do Ensino Artístico Especializado

A Academia de Música de Elvas marcou presença, através do seu diretor pedagógico, Luís Zagalo, no passado fim de semana, no 2º Congresso do Ensino Artístico Especializado – Teoria e Prática, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, por ser considerada uma boa escola.

Neste encontro, que contemplou a realização de conferências, sessões científicas, sessões de debate livre, painéis de discussão e apresentações de práticas, em regime presencial e online, estiveram presentes as instituições de ensino artístico especializado, dos cursos de iniciação, básico, secundário e superior.

No contexto deste congresso, a organização programou um painel intitulado “O que é uma boa escola do Ensino Artístico Especializado?”, para o qual convidou três escolas que considera serem referências de boas práticas, a nível nacional, no âmbito do ensino artístico especializado, designadamente a Academia de Música de Elvas, a Academia de Música de Óbidos e a Academia de Música de Alcobaça. A moderação esteve a cargo de Carlos Pinto da Costa, diretor pedagógico da Escola de Música de Esposende. Luís Zagalo, António Morais e Pedro Filipe representaram, respetivamente, as Academias de Música de Elvas, Alcobaça e Óbidos.

“Naturalmente, este convite representa uma honra, privilégio e alegria para o conservatório elvense, sobretudo porque a importância do reconhecimento entre pares é inexcedível”, revela a Academia de Música, em nota de imprensa enviada à redação da Rádio ELVAS.

Nesta ocasião Luís Zagalo afirmou que “um célebre provérbio africano recorda-nos uma divisa intemporal, ‘se quiseres chegar rápido, vai sozinho, mas se quiseres chegar longe, vai em grupo’. Tenho a felicidade de fazer parte do grupo que hoje celebra esta conquista. E mesmo que o sucesso, tal como o fracasso, seja um efémero impostor, todas estas pessoas, tal como Elvas, porque esta Academia é sua, devem permitir-se festejar.”

Extremadura com exportações em causa devido à guerra na Ucrânia

A Rússia e Ucrânia correspondem a 1,1% do comércio exterior total da Extremadura. O tabaco e tomate são outros produtos que agregam maior valor.

“Estamos sem saber o que fazer. Temos dois contentores para sair, na próxima semana, para a Rússia e outros dois para a Ucrânia. A nós isto afeta-nos de duas formas, estou pendente das notícias a cada segundo”, disse Loli González, responsável pela exportação das azeitonas González, um a empresa com sede em Granja, localidade de Cáceres, dedicada à produção de azeitonas de mesa há quase cinco décadas. Durante mais de metade deste tempo, 26 anos, fê-lo exportando para o mercado russo, tendo sido uma das empresas pioneiras da Extremadura. As suas latas chegaram mesmo a aparecer em anúncios televisivos, daquele país.

Para a Rússia vai 40% daquilo que essa empresa familiar exporta. Para a Ucrânia, mais 15%. No entanto, Loli González diz que isso “apanhou-nos no momento menos mau”. Há menos de uma década, os clientes russos representavam 90% da sua faturação. Foi justamente a procura por maior segurança que os fez diversificar os seus destinos no exterior e dar mais destaque às vendas nacionais, que já estão próximas de 50% do total.

A azeitona preta foi o produto mais afetado pelas taxas impostas há vários anos pelos EUA e agora, pelo menos no caso da Extremadura, pode ser mais uma vez o produto que mais prejudicado sai, do agravamento das relações comerciais entre a Rússia e os países ocidentais. Dos 26,8 milhões de euros que as empresas da comunidade autónoma exportaram para a Rússia e Ucrânia em 2021, cerca de 60% (15,6 milhões) foram azeitonas em conserva, a maioria pretas.

Em ambos os países este alimento é altamente valorizado. “Para eles é como um produto exótico. Quando se organiza uma festa, tem que haver um prato de azeitonas na mesa. Dá um certo prestígio”, detalha González. Após o ataque russo, os carregamentos para a Ucrânia “foram totalmente paralisados, ​​por enquanto”. Quanto às da Rússia, tudo dependerá da sua resposta às sanções europeias e da evolução das taxas de câmbio, o que previsivelmente irá debilitar tanto o seu poder de compra como a sua capacidade de pagamento.

As exportações da Extremadura para o mercado russo atingiram o pico em 2011, com 35,5 milhões de euros. Ficou então no “top ten” dos principais destinos de mercadorias da região (oitavo lugar). No contexto marcado pelo conflito que provocou a anexação da Crimeia, os envios para este mercado caíram progressivamente, embora com altos e baixos, para 14,3 milhões de euros em 2020, embora tenham recuperado novamente no ano passado com 19,2 milhões. Foi o décimo sexto país em que as empresas da região mais negociaram (mas apenas 0,8% do total), com um boom muito mais apreciável em valor do que em toneladas (aumento de 34% contra 12,7%).

Uma nota que distingue as exportações da Extremadura para a Rússia é que, ao contrário do que acontece com o setor externo em geral, onde a província de Badajoz responde de longe pela maioria dos envios (78,2% do valor total em 2021), aqui estão as empresas de Cáceres que têm o maior peso, com 15,7 milhões, mais de 80%. Algo semelhante ocorre com a Ucrânia, onde a exportação por parte da Extremadura é bem mais modesta, com 7,6 milhões no ano passado (posição 27), dos quais quase sete milhões vêm de Cáceres.

Muito abaixo da azeitona, o tabaco é o segundo produto com maior volume de negócios para estes dois destinos, com 3,4 milhões. Trata-se de tabaco em rama que acaba em vários “centros de produção” onde é transformado por multinacionais do setor, explica Víctor Gragera, responsável pela Área Internacional da Câmara de Comércio de Cáceres, de onde ontem se ofereceu para prestar aconselhamento personalizado às empresas exportadoras de Cáceres para os dois países, a fim de minimizar os danos que o conflito armado pode causar. Em terceiro lugar, com pouco mais de três milhões de euros, estão as preparações alimentícias, “normalmente são concentrados de tomate ou preparações para molhos”, acrescenta Gragera.

Apesar de a Estremadura ser uma potência no setor frutícola, esta medida não teve um impacto excessivo na exportação, mas afetou outras comunidades, como Aragão ou Catalunha. “A nossa competência do norte de Espanha, com empresas que se dedicavam praticamente ao mercado russo, como não o tinham, tiveram de se deslocar para outros destinos. Todas as mercadorias que antes eram enviadas para a Rússia foram para os nossos mercados e isso causou-nos um sério problema”, diz Miguel Ángel Gómez, diretor geral da Associação de Fruticultores da Extremadura (Afruex).

Agora, o que é “preocupante” é que as vendas para outros países vizinhos, como a Polónia, onde no ano passado a região comercializou frutas no valor de 13,5 milhões de euros, “grande parte” acabou por ser vendida na vizinha Ucrânia.

Carnaval este sábado à tarde em Campo Maior

Campo Maior vai ter animação de Carnaval neste sábado, dia 26, no Jardim Municipal, a partir das 16 horas.

Esta organização do Município campomaiorense anuncia as presenças de Sam e da Banda 1º de Dezembro, num espaço com artes circenses, insufláveis e a exposição de máscaras feitas por alunos do concelho.

“Junta-te a nós!” é o apelo da Câmara Municipal de Campo Maior para festejar o Carnaval de 2022, num ambiente preferencialmente destinado a crianças e jovens.

Governo distribui 81 veículos de combate a incêndios pelas corporações de bombeiros

Para permitir “um reforço da capacidade de resposta operacional no combate aos fogos rurais”, revela o Ministério da Administração Interna (MAI), vão ser distribuídos 81 veículos de combate a incêndios florestais pelas corporações de bombeiros localizados em zonas de maior carência.

“Foi possível incluir no Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito do Programa MAIS Floresta, uma verba de 12,6 milhões de euros destinada à aquisição de veículos florestais a operar pelos Corpos de Bombeiros”, adianta o MAI, em nota de imprensa.

O Ministério da Administração Interna assegura que vai ser “aumentada a capacidade da resposta operacional dos agentes de proteção civil, através da distribuição, via contrato de comodato a celebrar com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), de viaturas a corpos de bombeiros localizados nos territórios onde se verifique uma maior carência de Veículos Florestais de Combate a Incêndios (VFCI) e de Veículos Tanque Táticos Florestais (VTTF) face à respetiva área florestal”.

A aquisição de 81 veículos florestais – 59 VFCI e 22 VTTF –  representa a maior distribuição de veículos para resposta a incêndios rurais desde 1980.

Segundo o Governo, os critérios para a seleção dos corpos de bombeiros, propostos pela ANEPC e previamente apresentados à Associação Nacional de Municípios e à Liga dos Bombeiros Portugueses, foram aprovados pela ministra da Administração Interna e validados pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal.

O MAI revela ainda que a lista final de distribuição contempla 18 viaturas para as corporações do Alentejo, 26 para a região Norte, 25 para o Centro, oito para Lisboa e Vale do Tejo e quatro para o Algarve.

Biblioteca Escolar de Campo Maior acolhe projeto “Pinceladas de Leitura”

A Biblioteca Escolar de Campo Maior acolhe o projeto “Pinceladas de Leitura”, no âmbito do Plano de recuperação de Aprendizagens (Escola + 21/23).

Isabel Golaio, professora Bibliotecária explica que o projeto, apoiado pela Rede de Bibliotecas Escolares, surge no âmbito da candidatura Ler e escrever mais com a Biblioteca Escolar, e obteve financiamento, “para aquisição de novo e atual fundo documental para a biblioteca e privilegia a recuperação e consolidação de aprendizagens dos alunos e assume uma dimensão interdisciplinar, no qual estão envolvidas cinco turmas do 1º ano e quatro do 2º ano, onde todo o processo de aprendizagem da leitura sofreu algum atraso com o confinamento, daí a recuperação dessa aprendizagem”.

Relativamente às atividades é privilegiada “a leitura e a escrita com os alunos, com recurso ao livro impresso e dispositivos móveis, a cor é o fio condutor que liga todas as atividades, promovendo uma ponte com a educação artística”.

Para os alunos é muito estimulante, e “ficam muito entusiasmados” ao desenvolver este tipo de trabalho, articulado com os restantes professores titulares de turma, pelo que para Isabel Golaio, “o projeto está a correr muito bem”.

Foi também elaborado “um plano de trabalho adequado ao perfil dos alunos em causa, sem esquecimento das propostas de trabalho presentes no Roteiro+ Leitura e escrita”, que estão a ser disponibilizados como forma de orientação, pelo Ministério da Educação, assim como pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Biblioteca Escolar de Campo Maior que recebeu financiamento, no âmbito do projeto “Pinceladas de Leitura”, para aquisição de novo fundo documental para a biblioteca, com o objetivo de consolidar as aprendizagens dos alunos do 1º ciclo, consequência do confinamento a que estiveram sujeitos.

Guerra na Ucrânia já fez mais de 130 mortos e 300 feridos

O presidente da Ucrânia diz que o conflito, desencadeado pela Rússia, já fez 137 mortos e 316 feridos do lado ucraniano e que os líderes da NATO “têm medo” de apoiar a adesão da Ucrânia à aliança. Segundo Volodymyr Zelenskiy, a Rússia retomou os ataques aéreos às 4:00, mas que as tropas pararam de avançar. Diz ainda que os ataques atingiram alvos militares e civis e apelou à Rússia que cesse fogo.

Entretanto, foi anunciada a proibição de saída da Ucrânia dos homens entre os 18 e os 60 anos, que poderão ser chamados para a frente de combate.

Já na Rússia, várias manifestações antiguerra juntaram milhares de russos nas ruas de várias cidades do país. O número de detidos ultrapassa os 1.700.

No final da reunião de emergência do Conselho Europeu de ontem à noite, por causa da invasão russa da Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia anunciou “o início de uma nova era”, em resposta à decisão de Putin de “trazer de volta a guerra à Europa”, com uma “invasão em toda a escala que coloca em causa a paz” no continente.

Nesta reunião foram discutidas as sanções a aplicar à Rússia, que se alinham de acordo com cinco pilares: setor financeiro, energia, indústria aeronáutica, acesso a tecnologia de ponta e política de vistos.

A UE e os seus aliados querem vedar o “acesso da Rússia aos mais importantes mercados de capitais”; os 27 países deixem de estar tão dependentes dos fornecimentos de energia da Rússia e a Rússia deixe de poder refinar petróleo; a UE proíbe a exportação de aeronaves, bem como peças e equipamentos para manutenção de aviões; os países da UE e os seus aliados decidiram uma proibição coletiva de fornecimento de tecnologias de ponta à Rússia; e os diplomatas e homens de negócios russos deixam de ter acesso ao espaço da UE, com suspensão e cancelamento de vistos.